Reportagem da Tribuna do Norte nesta quinta-feira(12) destaca que o pagamento do décimo terceiro salário deve colocar em circulação na economia do Rio Grande do Norte até dezembro deste ano, cerca de R$ 2,4 bilhões, montante que é 4,34% maior que o volume liberado em 2019 (R$ 2,3 bilhões).
A reportagem ainda destaca que o décimo terceiro salário deve injetar na economia nacional algo em torno de R$ 215 bilhões, montante que representa aproximadamente 2,7% do PIB nacional.
O décimo terceiro salário é uma obrigação, não uma concessão ou favor.
Quem não paga, deve responder pelo crime administrativo e sofrer as sanções políticas no caso público, já na iniciativa privada, a penalidade vai doer muito mais no bolso se desobedecer, além das penalidades trabalhistas.
Em 4 de outubro de 2024, dois dias antes das eleições municipais, uma denúncia anônima fez a Polícia Federal (PF) ir a uma agência do Banco do Brasil na Avenida Barão do Rio Branco, em Castanhal, cidade a 70 km de Belém, capital do Pará.
Ao chegar ao local, a PF encontrou o policial militar Francisco Galhardo com R$ 5 milhões em espécie. Galhardo foi flagrado do lado de fora do banco, no momento em que entregava R$ 380 mil a uma pessoa identificada como Geremias Hungria.
Todos foram presos em flagrante, acusados de crime eleitoral, e um inquérito foi aberto para apurar a origem e o destino do dinheiro. O celular apreendido naquele dia com o PM Francisco Galhardo levou os investigadores a suspeitas que vão além da compra de votos.
Nele, a PF encontrou tratativas de compra de votos e confirmou as suspeitas do ilícito eleitoral.
No entanto, o aparelho forneceu mais informações e resultou na descoberta de fortes indícios de uma série de outros crimes; entre eles, corrupção em uma licitação do governo do Pará relacionada à Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30).
As mensagens revelaram que o PM Francisco Galhardo era, na verdade, um funcionário do deputado federal Antônio Doido (MDB-PA) e desempenhava todo tipo de função, desde a segurança do parlamentar até o saque, o transporte e a entrega de valores milionários.
Além do saque de R$ 5 milhões pelo qual foi preso, os investigadores descobriram que, entre 2023 e 2024, Francisco Galhardo sacou R$ 48,8 milhões, de acordo com dados enviados pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
O dinheiro foi sacado de contas de duas construtoras: a J.A Construcons e a JAC Engenharia.
O deputado Antônio Doido (MDB), à esquerda na foto, ao lado secretário Ruy Cabral, em janeiro deste ano
A primeira empreiteira tem como sócia Andréa Dantas, mulher do deputado federal Antônio Doido. A segunda está registrada em nome de Geremias Hungria, funcionário de uma fazenda do deputado, e o mesmo homem preso ao receber os R$ 380 mil de Francisco Galhardo, o PM que também trabalha para Doido.
As coincidências despertaram a desconfiança da Procuradoria-Geral da República (PGR). Para os investigadores, as duas empresas abastecem um esquema milionário relacionado ao desvio de verbas públicas e corrupção.
Contratos milionários
As duas empreiteiras vinculadas a Antônio Doido têm contratos milionários com o governo do Pará e venceram duas licitações da COP30. Uma de R$ 142 milhões e a outra de R$ 123 milhões, totalizando quase R$ 300 milhões. Somente na primeira a PGR aponta indícios de corrupção.
No celular apreendido pela PF, os investigadores encontraram dezenas de mensagens sobre saques milionários e entregas de valores realizadas por Francisco Galhardo.
Diálogos entre o PM e o secretário Benedito Ruy Cabral, conhecido com Ruy Cabral, chamaram a atenção dos investigadores e levantaram suspeitas sobre corrupção na licitação da COP30.
Ao menos quatro mensagens trocadas pelo PM Francisco e o secretário de obras do Pará são apontadas pela PGR como forte indício de que eles tratavam da entrega de dinheiro de corrupção relacionada à conquista da licitação da COP30 conduzida pelo próprio Ruy Cabral.
“Vem.”
“Entra. Vem. Na minha porta atrás.”
“Meu chefe, eu deixei com… Eu deixei com a Andreia.”
As conversas, coincidentemente, iniciam-se no mesmo dia, 20 de setembro de 2024, em que o consórcio formado pelas duas empresas ligadas a Antônio Doido vence a licitação da COP30. Também na mesma data, o PM Francisco Galhardo sacou R$ 6 milhões.
Francisco de Assis Galhardo do Vale, tenente-coronel da PM do Pará
Telefonema, mensagens e entrega
Logo após retirar os valores, o PM trocou mensagens cifradas que indicavam um encontro com o secretário de Obras e a entrega de algo.
Na visão dos investigadores, os diálogos “sugerem a ocorrência de crimes de corrupção passiva e ativa”.
A PGR narra que, após o saque milionário, o PM Francisco Galhardo “efetuou chamada de voz para Rui Secretário”, conforme consta no contato salvo no celular do policial.
“Rui Secretário” é o secretário de Obras Públicas do Pará, Ruy Cabral, segundo a PGR.
A chamada de voz, que não chegou a ser atendida, e as mensagens trocadas em seguida, de acordo com os investigadores, mostram a intenção do PM em se encontrar com o secretário responsável pela licitação da COP30 “pouco mais de duas horas após o consórcio” vencer a licitação.
“Inicialmente, o secretário encaminhou a Galhardo a mensagem: ‘Vem’. Vinte minutos depois, Galhardo respondeu com três mensagens, posteriormente apagadas, e tentou uma chamada de voz”, diz a PGR ao citar as conversas.
Em seguida, o PM mandou uma nova mensagem e informou estar em local em frente à secretaria do governo do Pará.
“Ao que o secretário respondeu que foi chamado para uma reunião com o deputado Chicão e que retornaria em 15 minutos”, diz a PGR, referindo-se às mensagens trocadas entre o PM Francisco Galhardo e Ruy Cabral.
Passados 40 minutos, o secretário Ruy Cabral encaminhou uma nova mensagem: “Entra. Vem. Na minha porta atrás”.
Em outra mensagem em áudio, o PM indica não ter conseguido ir ao local e diz ter deixado algo para o secretário, com uma pessoa chamada “Andreia”, mesmo nome da esposa do deputado federal Antônio Doido, Andréa Dantas.
Essa mensagem na qual Francisco Galhardo interage com o secretário demonstra a intimidade e a hierarquia com que o PM trata o secretário de Obras.
“Meu chefe, eu deixei com com a Andreia”, diz trecho do áudio enviado por Francisco Galhardo.
A PGR ainda cita uma nova tentativa de encontro tratada em mensagens pelo PM Francisco Galhardo e o secretário de Obras no dia 23 de setembro, três dias depois do consórcio ganhar a licitação da COP30.
Nesse dia, o PM Francisco Galhardo tenta ligar para Ruy e envia: “Boa tarde!!”. O secretário de Obras do Pará responde: “Estádio”.
“Ok. Quando o sr. retornar para a Sedop me avise. Estou na Augusto Montenegro indo para o centro”, diz o PM em resposta.
Por fim, segundo a PGR, o encontro entre os dois ocorreu em 24 de setembro, quatro dias após o consórcio formado pelas empresas ligadas ao deputado Antônio Doido, chefe do PM Francisco Galhardo, vencer a licitação da COP30 conduzida pelo secretário Ruy Cabral.
Trecho do relatório da PGR que cita as mensagens sobre a suspeita de corrupção na licitação da COP30
Organização criminosa
Com base nesse material, a Procuradoria-Geral da República pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de inquérito contra o deputado Antônio Doido, sua esposa, Andréa, o PM Francisco Galhardo e o secretário Ruy Cabral, por suspeita de vários crimes, entre eles, corrupção passiva e ativa.
“Além de as duas pessoas jurídicas que formam o consórcio serem suspeitas de pertencer ao deputado federal (Antônio Doido), diversos elementos circunstanciais adicionais reforçam a suspeita de corrupção de agentes públicos para viabilizar a adjudicação da obra”, afirma a PGR.
Os “elementos circunstanciais adicionais” citados pela PGR são conversas encontradas no celular do PM Francisco Galhardo.
Segundo a PGR, Antônio Doido, Galhardo e o secretário do governo do Pará “aparentam integrar organização criminosa voltada à prática de crimes contra a administração pública e violações em processos de licitação e contratos administrativos, predominantemente no estado do Pará”.
“Adicionalmente, foram identificadas evidências do cometimento de delitos eleitorais e transgressões contra o sistema financeiro nacional”, diz a PGR.
O pedido da PGR é de fevereiro de 2025. Um mês antes, em janeiro, o governo do Pará, comandado pelo governador Helder Barbalho (MDB), havia cancelado o ato que sagrou o consórcio das empresas ligadas a Antônio Doido vencedor na licitação da COP30.
Segundo a PGR, o rompimento do contrato quatro meses após as mensagens indicarem possível corrupção na licitação foi “possivelmente em razão das sucessivas denúncias que questionavam a lisura do procedimento licitatório, bem como em decorrência da prisão em flagrante de seu sócio administrador, Geremias Hungria, em outubro de 2024”.
O caso, atualmente, é relatado pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal. Após o pedido da PGR, a PF deu seguimento à investigação dos fatos narrados pela Procuradoria-Geral em fevereiro.
O resultado da análise vai dizer se mais um grande evento internacional realizado no Brasil, assim como a Copa do Mundo e as Olímpiadas, ficará manchado pela corrupção.
Outro lado
Procurado pela coluna, o governo do Pará, em um primeiro momento, disse que a licitação não estava inserida entre as intervenções da COP30.
Após ser informado pela coluna que o dado sobre a licitação ser uma das intervenções da COP30 estava no próprio site do governo paraense (veja imagem abaixo), a assessoria de imprensa enviou nova manifestação. Nela, o governo do Pará afirma que “a COP30 em Belém abriu oportunidades estratégicas para enfrentar antigas carências de infraestrutura do município”.
Print de documento do governo do Pará sobre obra para a COP30
Ainda segundo o governo do Pará, estudos técnicos preliminares foram realizados e foi produzido um portfólio de intervenções.
“Todavia, algumas iniciativas, a exemplo de outras obras de mobilidade, eficiência energética, turismo e saneamento, acabaram sendo excluídas do conjunto de obras originalmente associado à COP30”, disse o governo.
Sobre a licitação com suspeita de corrupção, o governo disse que o processo licitatório “foi formalmente revogado, ato devidamente publicado em dezembro de 2024, e que toda a documentação preliminar permanece acessível para consulta pública, reafirmando o compromisso e dever do governo do estado do Pará com a transparência e o interesse público”.
Como mostra a reportagem, o cancelamento da licitação se deu após a prisão do PM Francisco Galhardo e, segundo a PGR, depois da divulgação das notícias de suspeitas de irregularidades no procedimento licitatório.
A gestão estadual também se posicionou sobre o secretário de Obras Públicas, Ruy Cabral.
“O governo do Pará esclarece que, no exercício de suas funções, o secretário mantém interlocução institucional com órgãos da administração pública e representantes da sociedade civil exclusivamente para a consecução do interesse público, não se estendendo a qualquer espécie de relação de natureza privada”, diz a nota.
Ainda de acordo com o governo, o secretário Ruy Cabral “não participou de reuniões com o policial mencionado, tampouco recebeu bens, valores ou benefícios de tal agente, e não foi notificado acerca de qualquer investigação ou procedimento administrativo ou judicial que o envolva”.
“O governo do estado reforça que não possui ciência de qualquer investigação originada a partir das contratações citadas e que, caso seja formalmente notificado, colocará imediatamente todos os mecanismos de controle interno à disposição das autoridades competentes, assegurando a pronta elucidação dos fatos”, afirma a nota.
O município de Francisco Dantas, localizado no Alto Oeste potiguar, tem se destacado na área da educação. Com pouco mais de 2.700 habitantes, a cidade já soma seis prêmios educacionais nos últimos cinco anos e hoje tem o maior índice de alfabetização do estado, com 78,95% das crianças alfabetizadas até os 7 anos.
Entre os reconhecimentos estão o Selo UNICEF, a Medalha Justina Iva, o Prêmio Potiguar Escola Alfabetizadora, o Selo Nacional Criança Alfabetizada, o Prêmio FEMURN de Investimento em Gestão Pública e o Selo Petronilha Beatriz Gonçalves, concedido a escolas com práticas pedagógicas antirracistas.
À frente da gestão está o prefeito José Adolfo, que foi eleito pela primeira vez em 2020, aos 24 anos, e reeleito em 2024. O gestor afirma que sua trajetória pessoal influenciou diretamente a prioridade dada à educação no município.
“Estudei toda minha vida em escola pública e tenho um carinho especial pela Escola Municipal Augusta Leopoldina do Monte, onde estudei e que hoje é premiada. Sabia que a educação era o caminho para transformar a realidade da nossa cidade”, afirmou o prefeito em entrevista ao programa Meio Dia RN.
Desde o início de sua gestão, a prefeitura tem investido na estrutura física das escolas, com reforma e ampliação das unidades, climatização de todas as salas de aula, aquisição de novo mobiliário, além de apostar fortemente na formação continuada de professores e na implantação de políticas de educação inclusiva.
O compromisso com a alfabetização também tem sido uma prioridade. A cidade se destacou no cenário nacional ao receber o Selo Nacional Criança Alfabetizada, reflexo dos investimentos feitos para garantir que os alunos cheguem ao 2º ano do ensino fundamental plenamente alfabetizados.
“Francisco Dantas mostra que, mesmo sendo um município pequeno, é possível fazer uma educação pública de qualidade, com resultados concretos, quando há planejamento, responsabilidade e compromisso com o futuro das crianças”, completou José Adolfo.
Com os avanços, o município tem se tornado referência para outras cidades do estado e do país, consolidando a educação como principal motor de desenvolvimento social e econômico local.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, indicou haver indícios de envolvimento do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), em crimes praticados na compra de respiradores pelo Consórcio Nordeste, quando ele era governador da Bahia, em 2020. A informação foi divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo.
Em manifestação enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), Gonet afirmou que Rui Costa assinou um contrato com pagamento antecipado integral e sem garantias ao ente público, referente ao acordo com a empresa Hempcare Pharma, que nunca entregou os equipamentos. O prejuízo estimado é de R$ 48 milhões.
O procurador-geral solicitou ao ministro Flávio Dino, relator do inquérito no STF, que o caso retorne ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), argumentando que os fatos ocorreram durante o mandato de Rui Costa como governador, o que justificaria a retomada do foro naquela Corte.
A investigação foi inicialmente aberta pela Polícia Civil da Bahia e depois encaminhada à Justiça Federal, onde ficou paralisada. Gonet defende que o caso volte ao STJ com base na nova jurisprudência do STF, que mantém a competência do tribunal superior para julgar crimes praticados no exercício de mandatos de chefia do Executivo estadual.
Defesa nega acusações
Em nota, a assessoria de Rui Costa afirmou que a manifestação da PGR não apresenta qualquer novo elemento acusatório e que o próprio Ministério Público já havia se posicionado anteriormente no processo, afirmando não haver vínculo entre o ex-governador e as irregularidades.
“A nova peça da PGR não agrega nenhum elemento acusatório quanto à conduta do então governador da Bahia”, diz a nota.
A defesa também ressaltou que Rui Costa determinou a abertura de inquérito na Polícia Civil após o não recebimento dos respiradores.
Delação e suspeitas
O inquérito ganhou força após a delação de Cristiana Taddeo, dona da Hempcare, que confessou o pagamento de R$ 1,6 milhão em comissão a um suposto intermediário do governo baiano. Segundo ela, o empresário Cleber Isaac Soares teria indicado a empresa como fornecedora, alegando proximidade com Rui Costa e com a então primeira-dama Aline Peixoto.
Cristiana admitiu não possuir documentos mínimos exigidos para o fornecimento e reconheceu irregularidades na negociação. A defesa de Cleber Isaac nega qualquer envolvimento ilegal e afirma que ele já prestou esclarecimentos em CPI sobre o caso.
Operações que pretendiam fazer do Brasil polo de exportação estão entre as mais afetadas | Foto: Porto de Itapoá/Divulgação
Além das exportações e do faturamento das empresas brasileiras, o tarifaço de Donald Trump também tem derrubado negócios com interessados em fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês) no País. Parte das operações, sobretudo aquelas que tinham como objetivo tornar o Brasil uma plataforma exportadora − algo comum na área −, tem sido suspensa, até que o cenário se torne mais definido.
“Negócios em setores que dependem de exportação ou de insumos importados e que estão na tarifa retaliatória estão sendo temporariamente suspensos”, diz Isabela Xavier, sócia do escritório de advocacia BVA. “Alguns têm voltado para serem redesenhados e, se a nova tarifa mostrar ser insustentável erguer uma planta de exportação para o mercado americano, provavelmente o negócio não vai se concretizar.”
Os casos se multiplicam em escritórios de advocacia e butiques especializadas em fusões e aquisições. No BVA, um cliente europeu negociava a compra de uma companhia brasileira da área de máquinas e equipamentos, que vende exclusivamente ao mercado nacional. A ideia era transformar a fábrica em polo exportador para os EUA. O negócio foi suspenso logo que a ameaça do tarifaço foi feita, no início de julho, e se mantém nessa situação, até que a tarifa sobre o produto fique totalmente clara.
Na Brasilpar, consultoria especializada em transações com empresas de pequeno e médio porte, que faturam entre R$ 100 milhões e R$ 500 milhões, a situação é parecida. No primeiro semestre, a empresa fechou quatro negócios, sendo que três tinham estrangeiros na ponta compradora ou vendedora. Agora, pelo menos duas operações que visavam a exportações entraram em compasso de espera.
“O Brasil estava praticamente sozinho na festa das aquisições internacionais, já que China e Rússia entraram em rota de colisão com os Estados Unidos”, diz Tom Waslander, sócio da Brasilpar. “Mas negócios baseados em projetos de exportação têm sido suspensos, pelo menos temporariamente.”
Um dos negócios na Brasilpar, no setor de autopeças, tinha comprador norte-americano com proposta firme na mesa. Outro, tinha alguns interessados. Ambos entraram em compasso de espera e, no primeiro caso, Waslander acredita que só voltará às negociações no ano que vem.
Parte da Imap, rede com cerca de 500 sócios especializados em M&A em 50 países, a Brasilpar continua vendo o Brasil com ativos baratos e com um mercado interno de 200 milhões de consumidores interessantíssimo para aquisições. “Há muito interesse e muitas consultas de estrangeiros”, diz ele.
Prova disso, afirma, são os negócios fechados no primeiro semestre. Num deles, a japonesa Shinagawa Refractories fez sua segunda aquisição no Brasil, com a compra da empresa de serviços industriais Reframax, por R$ 600 milhões. Já a espanhola Tiba adquiriu a empresa de logística SMX e os fundadores da Benefício Fácil venderam a empresa para a Pluxee (antiga Sodexo), com envolvimento dos controladores franceses.
“Temos, historicamente, de 25 a 30 mandatos sendo negociados simultaneamente e muitos que não envolvem exportações continuam andando”, diz ele. “O impacto em número de transações como um todo será pequeno.”
Brasil brigando com uma economia mais de uma dezena de vezes maior do que a nossa, com quem todos os países qurem fazer negócios para: a) proteger um regime que se baseia em prisões ilegais, censura e gente exilada por opinião; b) se aliar outras autocracias, em nome de um multipolarismo de DCE.
Fotos :Ricardo Stuckert/PR e Will Oliver/Pool/EFE/EPA
A equipe econômica do governo Lula estuda uma alternativa para responder ao tarifaço do presidente americano Donald Trump, em substituição a taxação de produtos importados dos EUA.
Entre as opções avaliadas está o endurecimento nas regras opera entrada de mercadorias americanas no país. Seria o fim da chamado “licenciamento automático” das importações.
Hoje, a lista de produtos com licenciamento automático ou facilitado inclui desde frutas, carnes e medicamentos, até produtos químicos e microchips para indústrias.
As mercadorias fazem parte do Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex), uma plataforma do governo que integra todas as autorizações necessárias para alguns produtos entrar no país, como anuência do Ibama, Anvisa e Receita Federal.
Se um produto já entra de forma recorrente no país, enviado por um mesmo fabricante, que já segue as regras tributárias e sanitárias do Brasil, por exemplo, não é necessário que toda remessa passe pelas avaliações de autoridades brasileiras. Os produtos passam a entrar de forma “automática”.
O fim desse procedimento poderia atrasar a entrada de produtos americanos no país, sem que haja um aumento de taxa sobre eles. A saída é considerada uma resposta menos agressiva aos americanos, ao mesmo tempo em que mostra o incômodo brasileiro com o tarifaço.
A resposta externa seria uma das duas frentes do plano brasileiro de reação a Donald Trump. O fim do licenciamento automático seria avaliado no médio prazo e com cautela, de acordo com integrantes da equipe econômica que trabalham diretamente na elaboração das respostas aos americanos.
No curto prazo, seria aplicado o plano de socorro aos exportadores brasileiros, como já mencionado pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento e Comércio, Geraldo Alckmin. A ajuda aos empresários do país deve ser a reação mais imediata do governo brasileiro.
Para a ajuda aos produtores nacionais, o governo estuda linhas de financiamento com baixo impacto fiscal. Ou seja, sem precisar de recursos do Tesouro. A ideia seria trabalhar, por exemplo, com fundos já disponíveis para empréstimo no BNDES, Caixa e Banco do Brasil. O auxílio também não deve ocorrer de forma geral e linear, para todos todos os exportadores, mas sim para os empresários que estejam na lista dos mais prejudicados, que dependem quase que exclusivamente das exportações aos EUA.
Mesmo que os produtores de café sejam impactados, por exemplo, a avaliação do governo é de que eles poderiam reposicionar facilmente as vendas do produto para outros países. Assim como a Petrobras, que conseguiria direcionar a venda de petróleo de forma rápida para outras nações. Esse redirecionamento de produção não ocorreria da mesma forma com produtos como os pescados ou derivados de madeira que seguem regras sanitárias específicas dos EUA.
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O Brasil criou 166,6 mil empregos com carteira assinada em junho de 2025. Trata-se de um recuo de 19,2% ante o mesmo período em 2024, quando houve saldo positivo de 206,3 mil postos de trabalho.
Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (4) pelo Ministério do Trabalho e Emprego. O resultado veio abaixo das expectativas do mercado.
Atualmente, o Brasil tem 48,4 milhões de pessoas trabalhando formalmente nos setores público e privado –variação positiva de 3,4% em relação ao estoque de junho de 2024.
SALÁRIO MÉDIO
O salário médio de admissão foi de R$ 2.278,37 em junho. O resultado representou um aumento de R$ 24,48 (ou alta de 1,09%) em relação a maio (R$ 2.253,89), considerando o valor corrigido pela inflação.
Na comparação com junho de 2024, houve uma alta real de R$ 28,76 (ou crescimento real de 1,28%).
1º SEMESTRE
O saldo de empregos com carteira assinada de janeiro a junho foi de 1,22 milhão de vagas. É uma baixa de 6,8% em relação aos 1,31 milhão de empregos criados no 1º semestre de 2024.
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro disse nesta 2ª feira (4.ago.2025) que não pretende disputar a Presidência da República nas eleições de 2026.
A declaração foi feita nos stories do perfil da ex-primeira-dama no Instagram, em resposta a uma reportagem que associava a transferência de seu domicílio eleitoral para Brasília e as suas viagens pelo país ao suposto interesse em concorrer ao Palácio do Planalto.
Michelle afirmou que os deslocamentos fazem parte do compromisso assumido com o PL Mulher, ala feminina do partido. “Estamos focados em visitar os municípios estratégicos de cada Estado, capacitando nossas mandatárias e lideranças regionais”, declarou.
Michelle disse ainda que não há “bastidores obscuros” nas suas recentes movimentações, como sugerido na reportagem. “Há trabalho. Seriedade. Transparência. Essa interpretação distorcida partiu, única e exclusivamente, da senhora e de suas fontes furadas”.
INTERESSE NO SENADO
Em entrevista a jornalistas, em 17 de julho, o ex-presidente confirmou que sua mulher irá concorrer ao Senado pelo DF nas eleições de 2026. O nome dela chegou a ser cogitado como alternativa do PL à Presidência da República, caso Bolsonaro não consiga reverter sua inelegibilidade.
Segundo ex-mandatário, o objetivo é ampliar a bancada no ano que vem para “equilibrar os Poderes”. Em entrevista ao Poder360 em 15 de julho, ele disse que o PL deve eleger cerca de 120 deputados federais e ao menos 20 senadores em 2026.
O Partido Liberal (PL) de Parnamirim, presidido por Salatiel de Souza, vai sediar nesta quarta-feira (06) a Oficina do Rota 22, com foco na construção de políticas públicas municipais. O evento acontece às 14h, na Câmara Municipal de Parnamirim, com realização da Consultoria Sagres.
Com o tema “Desafios e Potencialidades Municipais”, a oficina tem como objetivo reunir gestores, lideranças e cidadãos para debater soluções inovadoras para os desafios enfrentados pelas cidades brasileiras.
Salatiel, que foi candidato a prefeito de Parnamirim em 2024, reforça a importância da escuta ativa e do planejamento estratégico para o desenvolvimento da cidade:
“Este é um momento de diálogo sério. Precisamos pensar políticas públicas a partir da realidade do povo, com planejamento, técnica e visão de futuro.”
A Comissão Especial de Inquérito (CEI) que apura a atuação dos planos de saúde em Natal marcou para esta quarta-feira (6), às 14h30, uma nova reunião no plenário da Câmara Municipal. Foram novamente convocadas as operadoras Unimed, Hapvida e Humanas, para que prestem esclarecimentos sobre denúncias de negativas de atendimento e cobertura a crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
A primeira convocação, realizada no final do semestre passado, não foi atendida pelas operadoras, gerando forte repercussão entre os parlamentares, entidades e famílias afetadas. A ausência foi considerada desrespeitosa com a Comissão e, principalmente, com as famílias que enfrentam dificuldades para garantir o tratamento de seus filhos.
O vereador Kleber Fernandes (Republicanos), presidente da CEI e também da Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara, reforça a importância da presença dos planos de saúde nesta nova rodada de trabalhos.
“Este é um momento de transparência. Os planos de saúde precisam se posicionar diante de denúncias graves, que envolvem não apenas a negativa de terapias essenciais, mas também o descredenciamento de clínicas e a demora nas autorizações. A Câmara está do lado das famílias e vai até o fim nessa apuração”, afirmou o parlamentar.
Além das negativas de cobertura, a CEI investiga também atrasos na liberação de terapias multidisciplinares, descredenciamentos de clínicas especializadas e falta de clareza nos contratos e reajustes. A Comissão já recebeu dezenas de denúncias de pais e responsáveis, que estão sendo analisadas e incluídas no relatório final. O documento poderá recomendar medidas administrativas e judiciais contra operadoras que adotem práticas abusivas e violem os direitos dos consumidores.
A Abin (Agência Brasileira de Inteligência) informou ao Congresso Nacional que abriu a fase de testes de um novo aplicativo de mensagens instantâneas para uso interno do governo federal, em substituição a plataformas como o WhatsApp e o Telegram.
Durante o governo Bolsonaro, a Abin suspendeu o uso de um aplicativo de mensagens próprio (batizado de Athena) e escanteou o sistema oficial para distribuição de alertas e relatórios de inteligência, sob justificativa de agilizar a comunicação dentro do governo.
O uso do WhatsApp, no entanto, provocou um curto-circuito em 8 de janeiro de 2023, quando informes de inteligência que apontavam o risco de ataque às sedes dos três Poderes foram enviados em grupos de mensagens ou diretamente a autoridades por meio do aplicativo.
Na ocasião, o Ministério da Justiça, então sob o comando do hoje ministro do Supremo Tribunal Federal Flávio Dino, negou ter recebido qualquer alerta da Abin. O ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) Gonçalves Dias disse que só soube dos informes posteriormente.
A informação sobre o novo aplicativo foi dada pelo diretor-geral da Abin, Luiz Fernando Corrêa, à Comissão de Controle de Atividade de Inteligência do Congresso Nacional no começo de julho. A reunião foi secreta, mas a apresentação de Corrêa foi tornada pública pela comissão.
Autoridades a par do desenvolvimento afirmam que inicialmente o aplicativo seria usado apenas pelos integrantes do Sisbin (Sistema Brasileiro de Inteligência), rede que reúne diferentes órgãos públicos para troca de informações de inteligência. Hoje, porém, a ideia é fornecer o app para toda a administração pública federal.
A retomada de um aplicativo exclusivo também ganhou corpo diante da preocupação do governo com soberania digital, uma vez que o sistema deve usar criptografia própria. O modelo anterior, Athena, também permitia, por exemplo, a destruição do banco de dados de forma remota, caso o celular fosse perdido ou roubado.
“A Abin vem desenvolvendo o Programa de Transformação Digital (PDX), que busca modernizar a comunicação segura disponibilizada ao Sisbin por meio de aplicativo inovador, ágil e integrado à estratégia do governo digital. A ferramenta já possui versão inicial e está em fase de testes”, informou a agência no documento apresentado aos parlamentares.
Além do novo aplicativo, a Abin disse estar desenvolvendo uma plataforma para “catalogação, estruturação e compartilhamento de dados e de documentos de inteligência” entre os membros do Sisbin, “seguindo as diretrizes de compartimentação previstas em legislação”.
O WhatsApp pertence à big tech americana Meta, dona do Facebook e do Instagram. Já o Telegram é controlado pelo russo Pavel Durov.
Assim como o extinto Athena e outros aplicativos comerciais, o app estatal deve possibilitar o envio de textos, áudios, fotos e vídeos, além da criação de grupos e a realização de chamadas. O sistema está sendo desenvolvido em parceria com a Universidade Federal do Ceará e o Serpro, empresa de tecnologia do governo federal.
Procurada pela reportagem, a Abin afirmou que o aplicativo está em fase de validação pelo Ministério da Gestão e que não poderia fornecer detalhes no momento.
Em entrevista à Agência Brasil em dezembro do ano passado, Corrêa afirmou que “uma das falhas de comunicação” em 8 de janeiro de 2023 foi “no serviço de mensageria”.
O uso do WhatsApp para a troca de informações sensíveis foi duramente criticado por Ricardo Capelli, escalado pelo presidente Lula (PT) como interventor na segurança pública do Distrito Federal e ministro interino do GSI após os ataques golpistas.
“Não é adequado que informes de inteligência confidenciais de um país sejam repassados através de um aplicativo de mensagem de uma empresa privada de uma nação estrangeira. Não se trata de xenofobismo nem conspiracionismo. Estamos tratando de soberania nacional”, disse Capelli, hoje presidente da ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial).
O décimo terceiro salário é uma obrigação, não uma concessão ou favor.
Quem não paga, deve responder pelo crime administrativo e sofrer as sanções políticas no caso público, já na iniciativa privada, a penalidade vai doer muito mais no bolso se desobedecer, além das penalidades trabalhistas.
Injetar?
Mas de onde sai esse dinheiro?
O auxílio emergencial deve ter injetado uns 250 bilhões às custas de dívida para o governo federal.