Política

Depoimento de Ricardo Barros gera bate-boca na CPI; deputado dá razão a silêncio de Bolsonaro e diz que presidente nunca afirmou que ele estivesse no caso Covaxin, mas ‘sim perguntou’

Foto: Reprodução/CNN Brasil

O líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), é ouvido pela CPI da Pandemia agora pelos senadores. A oitiva é vista nos bastidores do Senado Federal como uma das mais aguardadas pela cúpula da comissão.

O requerimento de convocação do deputado foi protocolado pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE). Nessa quarta-feira (11), porém, o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), atendeu a um pedido do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e transformou a convocação de Barros em convite.

A convocação de Barros estava prevista antes do recesso parlamentar e passou por uma série de trâmites jurídicos, incluindo o acesso de Barros a todos os documentos que citaram o seu nome na CPI até o início de julho. Em entrevista à CNN nesta manhã, Barros afirmou que não deixará nenhuma questão dos senadores sem resposta. Ele fará uma apresentação inicial e, em seguida, estará disponível aos senadores.

Em depoimento à comissão, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) revelou que, ao contar para o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre os indícios de corrupção na aquisição da Covaxin, o chefe do Executivo teria mencionado que o caso teria o envolvimento de Ricardo Barros. À época, Barros negou ser o deputado citado pelo presidente.

Aziz diz que Barros não pode opinar sobre membros da CPI; senadores discutem com relator

Ainda no início das perguntas do relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL), um discussão entre os parlamentares e o depoente paralisou as perguntas iniciais e o presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), suspendeu a sessão temporariamente. Barros voltou a afirmar que Bolsonaro não disse seu nome no suposto esquema da Covaxin e pediu para reexibir um vídeo mostrado durante sua fala inicial.

Inicialmente, Renan exibiu um trecho do depoimento de Luis Miranda – no momento em que ele revela a senadora Simone Tebet (MDB-MS) que o presidente teria citado o nome do líder do governo na Câmara ao saber das supostas irregularidades na Covaxin. O deputado então pediu para exibir o vídeo – já apresentado durante sua fala inicial. “Vamos abrir para este depoente um precedente que nenhum outro teve até agora?”, questionou o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

A fala de Randolfe provocou uma discussão entre os parlamentares Fernando Bezerra (MDB-PE), Eliziane Gama (Cidadania-MA), Renan Calheiros (MDB-AL), Marcos Rogério (DEM-RO) e Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ). Omar interveio, não permitiu a exibição do vídeo novamente e pediu que Barros colaborasse com a CPI.

“Deputado Ricardo Barros, por favor, responda as perguntas. Seus comentários sobre a CPI fale da porta pra fora. Aqui não. Aqui nós não criamos versões, são fatos. O Luis Miranda disse aqui que você participou disso, sim. E se eu fosse líder do governo eu não pedia, não, eu exigiria que ele se retratasse. Não era necessária a sua presença, não. Bastava o presidente ter desmentido Luis Miranda”, disse Omar Aziz.

Presidente nunca afirmou que eu estivesse no caso Covaxin; ele perguntou, diz Barros

Ao iniciar sua fala de apresentação na CPI da Pandemia, o deputado Ricardo Barros (PP-PR) afirmou que o presidente Jair Bolsonaro “nunca afirmou que eu estivesse [envolvido] no caso da Covaxin”, mas sim perguntou sobre seu nome.

Antes do início da oitiva, o líder do governo na Câmara já havia feito as afirmações por meio das redes sociais. As supostas irregularidades na compra da vacina Covaxin foram levadas ao presidente pelo deputado Luis Miranda e seu irmão, Luis Ricardo, servidor do Ministério da Saúde.

Em 4 pontos, entenda o caso da Covaxin e dos irmãos Miranda.

“Vou provar que o presidente NUNCA AFIRMOU meu envolvimento no caso Covaxim. Ele PERGUNTOU. Eu não participei das negociações da Covaxim como todos os ouvidos na CPI já confirmaram”, escreveu o deputado no Twitter.

Bolsonaro está certo em não responder a Miranda, diz Barros antes da oitiva

Antes de chegar à comissão, o deputado Ricardo Barros (PP-PR) falou brevemento com jornalistas. Segundo ele, o presidente Jair Bolsonaro está certo ao não responder ao deputado Luis Miranda (DEM-DF) após o parlamentar dizer que ele teria citado o nome de Barros no “rolo” da Covaxin.

“O presidente não pode desmentir o que nunca disse”, disse Barros. Ele também afirmou que nunca tratou do assunto com o presidente e que se trata “apenas de uma versão que o deputado Luis Miranda colocou”.

Segundo ele, todos os elementos sobre esse tema serão apresentados aos senadores durante o depoimento “para que encerremos [o assunto] por todas as vezes”. Barros nega ter participado de qualquer negociação da Covaxin.

Em entrevista à CNN, o presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), afirmou que Bolsonaro nunca desmentiu as falas de Miranda sobre o suposto envolvimento de Barros e que, por isso, o líder do governo deveria comparecer à CPI.

CNN Brasil

 

 

Opinião dos leitores

  1. Nessa conversa nem a boiada cai. Por que Sonsonaro PERGUNTARIA se BARROS estava envolvido ao invés de AFIRMAR, ele que tudo sabe, tem a sua agência particular de informações? Em breve saberemos a real participação do Messias.

  2. chega de perder tempo ouvindo bandidos. quem rouba mente e quem mente rouba! emite logo o relatório e foda-se quem for culpado. ô muído dos 600 diabos!!!

  3. O deputado estava ansioso para o seu depoimento taí… A pergunta é: até quando vai arriscar seu pescoço para defender o clã Bolsonaro ?

    1. Acredito que ele seria tão burro, igual a vcs que defendem aquele meliante, vide Palocci, Cervero, Paulo Costa, Nelma Kodama, Marcos Valério + 176 delatores que se entregaram ou for levados a força como o chefe da quadrilha.

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Política

Conselho de Presidentes dos Tribunais critica sanções dos EUA a Moraes

Foto: Gustavo Moreno/STF

O Consepre (Conselho de Presidentes dos Tribunais de Justiça do Brasil) classificou, nesta quinta-feira (31), como “inadmissível” a interferência dos Estados Unidos nos assuntos internos do Brasil.

Por meio de nota, o conselho manifestou “seu mais veemente repúdio” à decisão do governo de Donald Trump de impor sanções a membros do STF (Supremo Tribunal Federal), com base na chamada Lei Magnitsky.

“A medida configura grave e inadmissível interferência nos assuntos internos do Brasil, atenta contra a soberania nacional e representa um ataque direto à independência do Poder Judiciário brasileiro. É inaceitável que magistrados e magistradas, no exercício regular de suas funções constitucionais, sejam alvo de retaliação por decisões proferidas no âmbito do Estado Democrático de Direito”, diz o documento.

O governo americano anunciou na quarta-feira (30) sanções financeiras ao ministro Alexandre de Moraes. A legislação trata de graves violações aos direitos humanos, incluindo ditadores, e a decisão de usá-la para uma autoridade brasileira é inédita.

De acordo com o Consepre, a tentativa de “constranger ou intimidar” o Poder Judiciário por meio de sanções unilaterais viola os princípios fundamentais do Direito Internacional e compromete o respeito entre nações soberanas.

“Tal conduta estabelece um precedente perigoso e incompatível com os valores democráticos que devem pautar as relações entre os Estados.”
CNN

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Geral

Defesa de Zambelli alegará problemas de saúde em audiência na Itália


A defesa da deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) deve pedir para que ela vá para prisão domiciliar ou responda em liberdade até que o pedido de extradição seja analisado pelo governo italiano.

O advogado Fábio Pagnozzi disse que ela será acompanhada na audiência pelo representante da defesa na Itália nesta sexta-feira (1º).

A justificativa para o pedido será a saúde da parlamentar. Zambelli, de acordo com o advogado, está sem acesso à medicação de uso diário na penitenciária que foi encaminhada até a audiência. Ela tem diversas comorbidades e pode começar a sentir os efeitos da falta dos remédios em 48 horas.

Outra alegação é que ela não representa risco aos cidadãos do país europeu.

Ainda segundo a defesa, ela não tem interesse em fugir da Itália já que está lista de difusão vermelha da Interpol.

Sem pedido de asilo

O advogado informou ainda que não cabe um pedido de asilo político contra a extradição, já que Zambelli tem cidadania italiana.

A defesa durante o procedimento de extradição irá dizer ao governo italiano que ela é uma perseguida política no Brasil e vai pedir o reconhecimento dos direitos dela como cidadã italiana para que ela permaneça no país.

Extradição

O Ministério do Interior da Itália, equivalente ao Ministério da Justiça brasileiro, recebeu o pedido do Brasil em 12 de junho. Após análise, distribui a um tribunal.

Após a prisão da deputada, para fins extradicionais, o tribunal avalia se há condições de extradição, analisando documentação e a condenação pelo crime de invasão de dispositivo eletrônico.

Depois da decisão do tribunal, aceitando ou negando, o processo volta ao Ministério do Interior, que informa a decisão à Embaixada do Brasil na Itália.

A partir daí, se tiver autorizada a extradição, o processo de extradição entra na fase logística, em que a extraditanda é trazida ao Brasil.

A PF (Polícia Federal) entra nessa fase para ir até a Itália buscar a deputada federal. Se o pedido for aceito, os agentes definirão se a extradição será em voo comercial ou em aeronave própria da PF.

CNN

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“Congresso apoiará medidas contra tarifaço”, diz Silvio Costa Filho

Foto: reprodução

O Brasil se mobiliza para enfrentar a tarifa de 50% anunciada pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. O ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, afirmou que o Congresso Nacional demonstrará apoio às medidas que serão implementadas para combater essa sobretaxa.

Costa Filho destacou que há um esforço coletivo do governo federal para apoiar os setores afetados da sociedade brasileira, visando preservar a empregabilidade. Como exemplo dessa atuação governamental, ele citou o suporte dado durante as cheias no Rio Grande do Sul no ano passado.

Diálogo com o Legislativo

O ministro tem mantido conversas com Hugo Motta e Davi Alcolumbre, buscando ampliar o diálogo entre o Congresso Nacional e o governo. Ele expressou expectativas positivas para o segundo semestre, destacando a importância da cooperação entre os Poderes.

Entre as pautas estratégicas previstas para avançar este ano, Costa Filho mencionou a questão do Imposto de Renda, que poderá beneficiar mais de 15 milhões de brasileiros com redução na taxação. Além disso, a PEC da Segurança Pública também foi citada como fundamental para o enfrentamento da criminalidade no País.

Costa Filho ressaltou que, apesar de eventuais divergências nas discussões entre o Congresso e o Poder Executivo, há disposição para um diálogo construtivo.

“O debate faz parte do momento e é da democracia”, afirmou, defendendo a importância de iniciar o segundo semestre com espírito desarmado.

CNN

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Geral

TARIFAÇO: Brasil será chamado a negociar, dizem emissários do governo Trump a empresários dos EUA

Foto: Joyce N. Boghosian/Casa Branca

O Brasil será chamado a negociar com o governo americano, revelaram emissários do governo Trump a empresários dos Estados Unidos, conforme apurou o Estadão/Broadcast. A data, contudo, ainda segue em definição e não é aberta pelos interlocutores.

Apesar de ter sido o país mais taxado até aqui – com exceção da China, cujas alíquotas passaram dos 100% e foram suspensas por 90 dias para tratativas bilaterais -, o Brasil teria ficado mais para o fim da fila, segundo apurou a reportagem, porque Washington estaria dando prioridade aos mercados que são superavitários comercialmente com os Estados Unidos.

Ao contrário do que trazia a carta de 9 de julho do presidente Donald Trump – quando informou a sobretaxa de 40%, além da alíquota de 10% de 2 de abril, levando a 50% -, o Brasil tem déficits constantes com os EUA.

Empresários americanos, em contato com contrapartes brasileiras, afirmam que, até aqui, os acordos firmados pelos Estados Unidos com países parceiros têm seguido a ordem de superávit comercial. A prioridade, segundo os interlocutores, tem sido os mercados com os quais os Estados Unidos têm déficit comercial – caso da União Europeia, Japão e Indonésia, citam.

Já com o Brasil, os EUA têm superávit comercial, que foi de US$ 253 milhões em 2024, conforme dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Seguindo essa premissa, o Brasil ficou para o “fim da fila”.

A estratégia foi repassada por secretários do governo americano e assessores da Casa Branca a empresários locais. Interlocutores destacam, contudo, que há um componente político na negociação bilateral que não pode ser ignorado.

Nesta quinta-feira, na ordem executiva sobre o tarifaço do Brasil, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cobrou que o governo brasileiro tome ações contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e se alinhe aos interesses americanos como condição para rever as tarifas de 50% aplicadas contra produtos do Brasil.

No texto, Trump afirma que há uma “emergência nacional” no Brasil. Segundo ele, ações do governo brasileiro têm “ameaçado a segurança nacional, a política externa e a economia” americana. O presidente dos Estados Unidos cita Moraes nominalmente, fala em “abuso de autoridade judicial” e também menciona uma “perseguição política” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Negociadores estavam enxergando pouco espaço para negociações porque tudo estaria apenas nas mãos de Trump. De forma geral, após a extensa lista de exceções, autoridades ficaram sem entender de imediato o que ela poderia realmente significar.

A publicação em paralelo do decreto da lista de exceções surpreendeu o Executivo. O foco do governo brasileiro neste primeiro momento era a negociação da tarifa geral de 50% e do prazo de entrada em vigor da sobretaxa. O governo brasileiro esperava negociar exceções para serem excluídas da tarifa apenas em um segundo momento.

Outro interlocutor comentou que, com um presidente centralizador e pouco afeito à previsibilidade, há o temor de que novas notícias negativas possam chegar ao front a qualquer momento. Apesar disso, todas as empreitadas do Brasil foram avaliadas como positivas até aqui e, possivelmente, embriões para ações que devem ser tomadas na sequência.

Entre elas estão as teleconferências feitas entre o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, a comitiva de senadores a Washington e o encontro do chanceler Mauro Vieira com o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, também na capital americana.

Estadão Conteúdo

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89% dos brasileiros acreditam que tarifaço de Trump vai prejudicar a economia, diz Datafolha

Foto: Chip Somodevilla / POOL / AFP e Brenno Carvalho / Agência O Globo

O tarifaço de 50% sobre produtos exportados do Brasil para os Estados Unidos deve prejudicar a economia brasileira. Essa é a opinião de 89% dos brasileiros, segundo pesquisa Datafolha.

Desse total, cerca de 66% avaliam que a medida vai prejudicar muito. Outros 23% acreditam que haverá um pouco de prejuízo. Uma parcela menor (7%) diz que não ver impacto negativo.

Entre eleitores de Bolsonaro na última disputa presidencial, 92% antecipam que o tarifaço vai prejudicar a economia brasileira. Dos que votaram em Lula, 87% acham o mesmo.

A pesquisa foi feita nos dias 29 e 30 de julho, antes da publicação do decreto que oficializou a sobretaxa de 50% e detalhou a lista quase 700 produtos isentos. O Datafolha entrevistou 2.004 pessoas com mais de 16 anos em 130 municípios. A margem de erro máxima é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Situação econômica pessoal

A maioria dos brasileiros (77%) também vê impacto negativo das sobretaxas na situação econômica pessoal, sendo que 43% avaliam que vai prejudicar muito, e 34%, um pouco. São 19% os que dizem que não haverá prejuízo.

Reação do governo Lula ao Tarifaço

Questionados sobre o que o governo brasileiro deveria fazer para reagir ao tarifaço promovido por Trump, 72% responderam que Lula deveria negociar para tentar convencer os EUA a mudarem de ideia. Além disso, 15% afirmaram que o Brasil deveria taxar igualmente os produtos americanos importados.

Para 6%, todas as condições exigidas pela Casa Branca deveriam ser atendidas. Esse índice sobe para 13% entre os eleitores de Bolsonaro em 2022. Entre os petistas, cai para 1%.

O Datafolha também questionou quão bem informados os brasileiros estão sobre o tarifaço. Cerca de 32% declararam estar bem informados, 39% mais ou menos. Há 9% que se consideram mal informados e outros 18% que não tomaram conhecimento do assunto.

No recorte por renda, o desconhecimento ou baixo conhecimento sobre o tarifaço atinge 40% dos mais pobres, com ganhos mensais de até dois salários mínimos. Na fatia dos mais ricos (acima de dez salários mínimos), o percentual é de 9%.

Folhapress

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Trump considera possibilidade de banir vistos para torcedores brasileiros na Copa do Mundo de 2026

MetLife Stadium, em Nova Jersey, receberá a final da Copa do Mundo de 2026  • Matthew Ashton – AMA/Getty Images

Torcedores brasileiros podem ser impactados pela tensão diplomática entre Estados Unidos e Brasil, em especial durante a Copa do Mundo de 2026, que terá EUA, México e Canadá como sedes.

Segundo apuração de Lourival Sant’Anna, analista de Internacional da CNN Brasil, o presidente Donald Trump considera a possibilidade de banir os vistos para brasileiros, incluindo o período da Copa.

A medida polêmica seria uma forma de ter um impacto maior sobre a opinião pública brasileira contra o atual governo do País — essa é a intenção de Trump com outras medidas, como o tarifaço.

Ainda de acordo com Lourival Sant’Anna, a restrição de vistos a cidadãos brasileiras já começou a ser vista durante a missão de senadores em Washington, nessa semana. Os políticos receberam vistos bem mais restritos em termos de dias de estadia nos EUA.

A Copa do Mundo de 2026 será realizada entre 11 de junho e 19 de julho de 2026 e, pela primeira vez, terá um formato com 48 seleções. A Seleção Brasileira já garantiu vaga no torneio.

Outro país classificado, por exemplo, é o Irã, cujos cidadãos são proibidos de entrar nos Estados Unidos desde que Trump assinou uma proclamação para proibir viagens de vários países, em junho, alegando riscos à segurança.

A Fifa ainda não se pronunciou sobre o caso, mas o presidente da entidade, Gianni Infantino, é visto como um aliado político de Donald Trump, como ficou claro durante a Copa do Mundo de Clubes, também sediada pelos EUA.

Assim como a Fifa, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) também não pretende se posicionar no momento sobre o assunto. Segundo apuração da CNN, a entidade máxima do futebol nacional já está ciente da possibilidade, mas vai aguardar desdobramentos para tomar atitudes.

A promessa, contudo, é de defender os interesses do torcedor brasileiro, que nunca foi impedido de se fazer presente em uma Copa do Mundo. A Seleção Brasileira é a única a se classificar para todas as edições do torneio.

A CBF estuda, também, realizar reuniões com o Governo Federal para buscar a resolução da possibilidade de sanções aos torcedores nos Estados Unidos.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

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Lula se reuniu com ministros para discutir tarifaço mas medidas não serão anunciadas nesta semana

Foto: WILTON JUNIOR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com ministros no Planalto nesta quinta-feira, 31, para discutir impactos do tarifaço de Donald Trump, cujo anúncio oficial foi feito na quarta-feira, 30, segundo apurou o Estadão/Broadcast. Nenhuma medida, seja de apoio às empresas e aos trabalhadores ou de reciprocidade em relação aos Estados Unidos, deve ser anunciada pelo governo nesta semana.

O Palácio do Planalto também não trabalha com a possibilidade de anúncio das medidas em formato de “pacote”.

Lula se reuniu com os ministros da Fazenda, Fernando Haddad; da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann; da Casa Civil, Rui Costa; da Saúde, Alexandre Padilha; e da Secretaria de Comunicação Social, Sidônio Palmeira.

O secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Márcio Elias Rosa, também participou, representando o vice-presidente Geraldo Alckmin, que participou do programa Mais Você, da TV Globo, nesta quinta pela manhã.

O objetivo de Lula com o encontro foi discutir com os ministros o conteúdo do tarifaço de Trump, com todos os setores que serão afetados (já que quase 700 itens foram isentos da sobretaxa), e o impacto na economia brasileira.

O presidente tem mapeado, junto de seus ministros, as medidas que serão tomadas para garantir empregos e apoiar as empresas em um cenário de eventual queda de receita por causa da tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros.

Fontes ouvidas pelo Estadão/Broadcast disseram que a reunião desta quinta-feira foi uma continuação da reunião de emergência convocada por Lula na tarde de quarta, logo após o anúncio da ordem executiva do presidente dos Estados Unidos. O encontro acabou no início da tarde desta quinta.

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, não esteve presente na reunião. Ele estava em Washington na quarta-feira e volta ao Brasil nesta quinta.

Segundo fontes ouvidas pela reportagem, ele pode se reunir com Lula ainda hoje para relatar como foi a conversa com o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio.

O anúncio oficial do tarifaço trouxe várias exceções de produtos, que que gerou um misto de alívio entre os setores que ficaram de fora e de muita apreensão entre os que não conseguiram escapar.

É uma longa lista de exceções – são 694 itens. Entre eles estão alguns produtos importantes na lista de exportações brasileira, como o suco de laranja, a celulose e aviões da Embraer. Por outro lado, alguns produtos de peso na balança, como café, carnes e frutas passarão a ter uma alíquota extra de 40% – que se soma à de 10% atualmente em vigor, chegando à taxa de 50%. A medida entrará em vigor no dia 6 de agosto.

Estadão Conteúdo

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Alckmin diz que tarifaço deve afetar cerca de 36% das exportações do Brasil aos EUA

Foto: Cadu Gomes/VPR

O vice-presidente Geraldo Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, disse na manhã desta quinta-feira, 31, que a confirmação do tarifaço dos Estados Unidos contra o Brasil, decretado no dia anterior pelo presidente americano Donald Trump, não significa o fim do diálogo entre os países. Ao contrário, “não acabou essa questão, agora acelera a negociação”, disse Alckmin em entrevista ao programa Mais Você, da TV Globo, apresentado por Ana Maria Braga.

“O presidente Lula está aberto. Mas conversa entre presidente da República precisa ser preparada. Se depender do Lula, a conversa é pra ontem”, disse Alckmin. Ele reforçou que a escalada tarifária por parte do governo americano é uma situação “perde-perde”, ou seja, é ruim tanto para os Estados Unidos quanto para o Brasil: “Esse tarifaço é um perde-perde, os americanos vão pagar mais caro no café, na carne, na fruta, no peixe, calçado, e nos atrapalha em mercado, emprego e crescimento.”

O vice-presidente também tratou de relativizar o impacto das tarifas no setor produtivo brasileiro, lembrando que, com as exceções incluídas por Trump no decreto do tarifaço, apenas 35,9% da pauta de exportação brasileira para os Estados Unidos vai ser taxada em 50%. Isso porque cerca de 45% dos produtos entraram na lista de isenção (e, portanto, pagarão apenas os 10% de tarifa anunciada em abril) e outros 20% estão submetidos a taxas setoriais que já estavam em vigor não só para o Brasil, mas para todo o mundo.

Em relação à possibilidade do tarifaço ter um efeito desinflacionário no Brasil, reduzindo preços de produtos como café e carne, que antes seriam exportados para os Estados Unidos, Alckmin disse que é cedo para ter certeza de que isso vá acontecer. Café e carne estão entre os produtos que não receberam isenção no decreto de Trump. Alckmin foi ao programa de Ana Maria Braga usando um par de meias com desenhos de grãos de café e a inscrição coffee (“café”, em inglês).

Veja

Opinião dos leitores

  1. Eu gostaria que alguém me explicasse como é que Lula quer conversar e fazer acordo se em todas as suas falas só sai agressão e insulto contra Donald Trump?

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Brasil tem desemprego de 5,8% no trimestre encerrado em junho de 2025

Foto: Felipe Menezes/Metrópoles

A taxa de desemprego no país foi de 5,8% no trimestre encerrado em junho. Foi a menor taxa de desemprego do país da série histórica para esse dado, iniciada em 2012, informou nesta quinta-feira (31) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Assim, o resultado ficou abaixo do verificado no trimestre anterior, encerrado em maio (6,2%), detalhou o IBGE na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua). A taxa também ficou abaixo do resultado de igual período de 2024 (6,9%).

No trimestre encerrado em junho, o país tinha 6,3 milhões de desempregados – pessoas de 14 anos ou mais que buscaram emprego, mas não conseguiram encontrar. O número aponta retração de 17,4% frente ao trimestre anterior, encerrado em maio (menos 1,3 milhão de pessoas), e queda de 15,4% frente a igual período de 2024 (menos 1,1 milhão de pessoas).

Entre maio e junho, a população ocupada (empregados, empregadores, funcionários públicos) era de 102,3 milhões de pessoas, também recorde da série histórica do IBGE. Isso representa um avanço de 1,8% em relação ao trimestre anterior (mais 1,8 milhão de pessoas ocupadas). Frente a igual trimestre de 2024, subiu 2,4% (acréscimo de 2,4 milhões de pessoas).

Já a força de trabalho – que soma pessoas ocupadas ou em busca de empregos com 14 anos ou mais de idade – estava em 108,6 milhões no trimestre móvel encerrado em junho, recorde da série histórica 0,5% a mais do que no trimestre móvel anterior encerrado em maio (mais 492 mil pessoas), e 1,2% acima de igual período do ano passado (mais 1,3 milhão de pessoas).

Em um total de dez grupamentos de atividade investigados pelo IBGE na Pnad Contínua, seis apresentaram alta no número de trabalhadores no trimestre encerrado em junho ante o trimestre móvel anterior (finalizado em março). São eles: administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais. Os demais não apresentaram variação significativa, informou o instituto.

Com informações de Valor Econômico

Opinião dos leitores

  1. Esse IBGE é igual às escolas do RN, o aluno reprova e passa de ano, esse é o governo do PT, mapa da fome, desemprego, índice de aprovação, tudo MENTIRA. PAPEL ACEITA TUDO 🫏🫏🫏💩💩

    1. Certamente tem. Mas o quanto esse índice subiria se não fosse o Uber e o iFood? Lembrando que o PT e os políticos de esquerda queriam banir esses aplicativos que são a salvação de muitas famílias!

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Geral

Lei Magnitsky: Governo Lula vai atuar na defesa de Moraes contra sanções aplicadas pelos EUA

Foto: Ton Molina/STF

A Advocacia-Geral da União (AGU) vai atuar na defesa do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, contra as sanções aplicadas pelo governo de Donald Trump por meio da Lei Magnitsky.

A estratégia jurídica ainda vai ser definida, mas, neste momento, são dois caminhos principais em avaliação pela AGU, Palácio do Planalto e pelos ministros do STF: acionar a Justiça americana e/ou recorrer a organismos internacionais para questionar a legalidade da aplicação da sanção a Moraes.

Na prática, Moraes virou “cliente” do governo federal, uma situação inédita provocada pela decisão sui generis da Casa Branca de aplicar a Magnitsky com motivações políticas.

As estratégias já estão sendo discutidas pela AGU com Lula e seus auxiliares e também com os ministros da Suprema Corte, mas a definição só ocorrerá após conversa entre Moraes e o advogado-geral da União, Jorge Messias.

Segundo reportagem da “Folha de S. Paulo”, a AGU estuda contratar um escritório de advocacia nos Estados Unidos. O blog confirmou com auxiliares de Lula e com o Itamaraty que esse é um caminho provável.

A AGU e o Itamaraty já tinham levantado a possibilidade de contratar um escritório de advocacia nos EUA no início do ano, quando Moraes foi processado na Justiça da Flórida pelo grupo de mídia de Trump, a Trump Media & Technology, junto com a plataforma Rumble. Moraes havia determinado o bloqueio da plataforma, por se recusar a cumprir decisões judiciais no Brasil.

A avaliação do governo é que a aplicação da Magnitsky contra Moraes não se trata de uma medida contra alguém individualmente, e sim de um ataque à soberania do país. Nesse sentido, cabe à AGU atuar na defesa do magistrado no exterior.

Opinião dos leitores

  1. Omau ta si voltando pra ele mesmo bem feito Deus escreve certos por lenhas tortas agora ele vai passar pelo oque ele fez os outros passar

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