Diversos

Detran/RN vai oferecer cursos gratuitos para Motofretistas e Mototaxistas

A Governadora do RN, Rosalba Ciarlini, e o Diretor Geral do Detran/RN, Willy Saldanha, assinam nesta terça-feira (8), o Termo de Cooperação do Detran com o SETS/SENAT para a realização de cursos gratuitos para Mototaxistas e Motofretistas. A solenidade será realizada às 10h, no auditório da Governadoria. A iniciativa atende ao que determina a Lei Federal 12.009/2009, que regulamentou o exercício das atividades destes profissionais e que impõe a necessidade de aprovação em curso especializado para trabalhar nas funções.

“Esses cursos não tem o intuito de ensinar a dirigir, até porque apenas motoristas já habilitados poderão fazer. O objetivo é dar subsídio para ações de direção defensiva, de atitudes de segurança no trânsito. Trabalhamos assim para, se não acabar, mas diminuirmos a quantidade de acidentes envolvendo motos, que hoje são grandes”, disse Willy Saldanha.

Para se inscrever nos cursos, os interessados devem ter idade mínima de 21 anos, habilitação na categoria “A” há pelo menos dois anos, não estar cumprindo pena de suspensão do direito de dirigir, cassação da Carteira Nacional de habilitação, decorrente de crime de trânsito, bem como estar impedido judicialmente de exercer seus direitos. Essas exigências estão delimitadas na Resolução 410/2012 do Denatran.

Para o presidente do SindMoto/RN, José Barreto de Melo, a oferta destes cursos fortalece a figura do profissional, pois “é uma oportunidade de qualificação, de capacitação, que inclusive tem raiz na Lei 12.009/09, que regulamenta nossas atividades e que tem como autora a hoje governadora Rosalba Ciarlini, na época exercendo o mandato de senadora. Esses cursos atendem uma antiga reivindicação nossa, pois ele vai ajudar na prevenção de acidentes”.

Os cursos especializados obrigatórios destinados a mototaxistas e a motofretistas terão duração de uma semana, com carga horária total de 30 horas, das quais 25 teóricas e 5 com caráter prático, e serão ministrados por instrutores do Detran, Polícia Militar, SEST/SENAT e Potiguar Honda. A previsão é que as aulas da primeira turma tenham início em fevereiro.

As inscrições deverão ser feitas via internet, no site do Detran/RN. Clique aqui e preencha o formulário de inscrição.

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Saúde

Homem desenvolve condição rara após seguir conselho do ChatGPT

Foto:  Reprodução

Um homem de 60 anos foi internado em um hospital dos Estados Unidos com uma condição rara após seguir conselhos de saúde do ChatGPT. Ele tinha sintomas neuropsiquiátricos e dermatológicos associados ao bromismo, uma intoxicação causada pela ingestão excessiva de brometo. O caso foi publicado na revista Annals of Internal Medicine, em 5 de agosto.

O paciente relatou aos médicos que decidiu remover o cloreto de sódio, o sal de cozinha, da dieta após ler sobre possíveis riscos à saúde. Ao consultar a inteligência artificial, ele recebeu informações de que o sal poderia ser substituído por brometo, mas o gerador de textos não alertou sobre os perigos da troca. O homem ingeriu brometo de sódio por três meses

Diagnóstico e evolução clínica
Segundo o relato dos médicos responsáveis pelo atendimento, exames mostraram alterações nos níveis de eletrólitos e indícios de pseudo-hipercloremia. O paciente apresentou paranoia, alucinações e desconfiança em relação à água oferecida, além de sede intensa e insônia.

Após internação, ele revelou que havia feito múltiplas restrições alimentares por conselho dos modelos de inteligência artificial e falou do uso recente de brometo. A confirmação do bromismo ocorreu após avaliação clínica e consulta ao centro de controle de intoxicações.

O tratamento incluiu manejo dos sintomas e reposição de eletrólitos. O paciente se recuperou e, ao voltar às suas faculdades mentais, relatou que havia tido lesões de pele e cansaço persistente no período anterior à psicose, outros dos sintomas característicos da intoxicação por brometo

O brometo foi utilizado como sedativo no início do século 20 e teve o uso interrompido nos EUA entre 1975 e 1989, justamente devido à toxicidade. Na época, o bromismo era responsável por até 10% das internações psiquiátricas no país.

Ao testar a pesquisa do paciente sobre substitutos para o sal, os médicos obtiveram do ChatGPT a mesma menção ao brometo, sem advertências ou questionamentos sobre o objetivo da substituição.

“A IA não forneceu um aviso de saúde específico, nem perguntou sobre por que queríamos saber [como substituir o sal], como presumimos que um profissional médico faria. Assim, é importante considerar que o ChatGPT e outras IAs podem gerar imprecisões científicas, não têm capacidade para discutir criticamente os resultados e, em última análise, alimentam a disseminação de desinformação”, afirmam os pesquisadores.

Metrópoles

 

 

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Música

Sábado tem Bandigalado no Fest Bossa & Jazz na Praia de Pipa

Foto: Divulgação

A Bandigalado se apresenta no próximo sábado no Fest Bossa & Jazz, o festival internacional de música, com entrada gratuita, que acontece todos os anos na praia de Pipa (RN), e este ano acontece nos dias 14 a 17 de agosto. O show da banda irá fechar a noite do próximo sábado (16), na principal praça de Pipa, a Praça do Pescador, com início previsto para às 22 horas. A Bandigalado é uma banda de rock natalense composta por sete integrantes: Alexandre Azevedo (vocal), Lucien Dantas (bateria), André Macedo (baixo), Cláudio Macedo (guitarra base), Silvério Neto (guitarra solo), Misael Queiroz (guitarra solo) e Pedro Ratts (teclado).

A banda foi fundada em 2011 por Alexandre, Lucien, André e Cláudio, amigos de infância e fãs de rock, para se divertirem e confraternizarem com amigos e familiares próximos. Profissionais liberais e sem qualquer experiência com música, os fundadores tiveram que estudar e desenvolver suas habilidades em cada instrumento, para poder se apresentar entre amigos. Com o passar do tempo, a banda se desenvolveu e incorporou novos músicos.

O quinto integrante a entrar foi Silvério, decisivo para a “profissionalização” da banda, elevando o nível e possibilitando tocar músicas mais elaboradas. Na sequência veio Misael, para abrilhantar o time e ampliar as possibilidades de repertório, especialmente em rock nacional. Por fim, Pedro assumiu os teclados, fechando a configuração ideal para a banda.

Hoje a Bandigalado se apresenta em diversos eventos privados e, mais recentemente, tem recebido honrosos convites para eventos externos maiores, como a Festa Anual do ex-aluno do Colégio das Neves e o Fest Bossa & Jazz, na famosa praia de Pipa. O nome da banda vem do famoso termo “galado”, apelido jocoso com o qual os natalenses chamavam os militares americanos que aqui estiveram na época da Segunda Guerra, quando frequentavam as festas em seus trajes de gala e conquistavam os corações das moças natalenses.

Bandigalado é rock, amizade e som de excelente qualidade.
Contatos para shows com Alexandre Azevedo pelo (84) 99461-2027.

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Cidades

Instituições cobram reabertura de leitos no Hospital Maria Alice Fernandes

Foto: Reprodução

Um requerimento foi formalizado na 4ª Vara Federal, pelo Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Norte (Cremern), Ministério Público (MPRN) e Defensoria Pública do Estado (DPE/RN), solicitando a adoção de medidas urgentes pela Secretaria de Saúde Pública do Estado (Sesap) para a regularização da capacidade de atendimento do Hospital Pediátrico Maria Alice Fernandes, em Natal, no prazo de até 48 horas. A unidade é referência estadual em alta complexidade pediátrica e neonatal.

A medida foi motivada pelo bloqueio de sete leitos de UTI, sendo cinco de UTI neonatal e dois de UTI pediátrica por falta de medicamentos, materiais e insumos básicos, conforme verificado por vistoria realizada pelo Cremern. A situação vem comprometendo o atendimento a recém-nascidos, crianças e adolescentes em estado grave. Dados do sistema Regula Leitos indicaram que, na segunda-feira (11), 12 pacientes pediátricos e neonatais aguardavam vaga em terapia intensiva, alguns com prioridade clínica máxima.

A Sesap afirmou que vem trabalhando de forma emergencial junto à gestão do hospital pediátrico, com apoio de outros hospitais da rede estadual, para manutenção dos serviços de UTI neonatal e pediátrica em funcionamento hoje na unidade. “Ao longo dos últimos dias hospitais da rede estadual compartilharam materiais para cooperar com a manutenção dos leitos do Maria Alice, bem como o processo licitatório foi finalizado e as ordens de compra foram enviadas aos fornecedores com o objetivo de reabastecer a unidade e reabrir os leitos hoje inoperantes. A Sesap ressalta ainda que o estado conta com uma rede de leitos clínicos e de UTIs neonatal (117 leitos) e pediátricos (184 leitos), com o objetivo de manter a assistência aos pacientes de todas as regiões”, disse a pasta.

No pedido protocolizado, as instituições requerem que o Estado do Rio Grande do Norte, por meio da Sesap, promova o desbloqueio dos leitos em até 48 horas, com fornecimento integral dos insumos e recursos humanos necessários para funcionamento contínuo e ininterrupto dos 20 leitos de UTI. Além disso, solicitam informações e cronograma para a imediata ativação de 10 novos leitos de Unidade de Cuidados Intermediários Neonatais (UCINCo), cuja estrutura física já está pronta, mas permanece inoperante por falta de recursos humanos e materiais.

Tribuna do Norte 

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Geral

Morre José Simplício Maia, referência na endocrinologia potiguar

Foto: Reprodução

Faleceu nesta terça-feira (12), aos 84 anos, o médico endocrinologista José Simplício Maia, fundador da Laboclínica de Endocrinologia, onde dedicou mais de cinco décadas de sua carreira. Foram 51 anos de atuação na instituição, marcada por atendimento e pesquisa na área.

O velório será realizado nesta quarta-feira (13), a partir das 10h, em um centro de velórios localizado na Rua São José, no bairro Lagoa Seca.

O sepultamento está previsto para às 17h, no cemitério Morada da Paz, em Emaús.

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Geral

Lula discute desemprego e exclusão social em conferência sobre economia solidária

Foto: Ricardo Stuckert / PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa nesta quarta-feira (13) da abertura da 4ª Conaes (Conferência Nacional de Economia Popular e Solidária), no Palácio do Planalto. O evento segue com programação até sábado (16) e tem como tema “Economia Popular e Solidária como Política Pública: Construindo territórios democráticos por meio do trabalho associativo e da cooperação”.

A conferência deve definir sugestões para a elaboração do 2º Plano Nacional de Economia Solidária. A última conferência aconteceu em 2014, quando foi elaborado o primeiro plano nacional.

Ao todo, são esperados 1.500 delegados, como representantes do governo federal, estadual e municipal, sociedade civil, entidades e empreendimentos de economia popular e solidária.

O secretário nacional de Economia Popular e Solidária do MTE (Ministério de Trabalho e Emprego), Gilberto Carvalho, explica que o objetivo da conferência é consolidar as propostas, com diretrizes e ações para os próximos anos.

Para ele, a economia popular e solidária é uma alternativa para enfrentar a pobreza, o desemprego e a exclusão social. “Durante quatro dias, vamos debater os rumos do setor no Brasil e aprovar propostas para fortalecer essa política pública”, afirmou.

A conferência é o resultado de uma mobilização que percorreu todo o país. Ao todo, foram realizadas 182 conferências locais, 27 estaduais e 14 conferências temáticas, que reuniram cerca de 15 mil participantes em 1.500 municípios ao longo deste ano, segundo dados do MTE.

Política públicas

O ministério ressalta a adoção de diversas políticas públicas para fortalecer o setor. Entre as iniciativas, há o Programa Paul Singer de Formação, que selecionou 500 agentes territoriais com a missão de apoiar e expandir os empreendimentos solidários.

A pasta também retomou o Cadsol (Cadastro Nacional de Empreendimentos Econômicos Solidários), usado para a formalização das iniciativas e o acesso a políticas públicas.

O MTE também tem incentivado a formação de cooperativas de motoristas de aplicativo e entregadores, com foco na melhoria das condições de trabalho e renda.

Segundo dados do Cadsol, em 2016, o Brasil registrava 20.670 empreendimentos solidários, envolvendo 1,425 milhão de trabalhadores.

R7

Opinião dos leitores

  1. Gostaria de saber se vão devolver o meu dinheiro do INSS roubado por essa quadrilha. Sou filiado ao sindicato do irmão de Lula.

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Geral

Alcolumbre cede a ministro de Lula em indicação para agência reguladora

Foto: Reprodução

Na véspera da sabatina, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), resolveu ceder ao ministro de Minas e Energia do governo Lula, Alexandre Silveira, em uma indicação para a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Brasil (ANP).

Após inicialmente pressionar o governo a rever a decisão, Alcolumbre recuou e topou manter a indicação do secretário de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia, Pietro Mendes, para uma vaga na ANP. Pietro é apadrinhado por Silveira.

O recuo de Alcolumbre ocorreu após uma série de reuniões. Uma delas aconteceu na segunda-feira (11) com as presenças do líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), do senador Laércio Oliveira (PP-SE), relator da indicação, e de Pietro.

A indicação do secretário do MME para a ANP já havia sido encaminhada por Lula ao Senado em dezembro de 2024. Diante da resistência de Alcolumbre, contudo, o governo avaliou recuar e indicar para a vaga o advogado Ângelo Rezende.

A ideia do governo seria enviar uma mensagem modificativa ao Senado para alterar a indicação. O nome de Ângelo foi sugerido pelo líder do governo no Senado. A sugestão, inclusive, foi levada ao Palácio do Planalto e teve o aval de Lula.

Fontes ouvidas pela coluna do Igor Gadelha dizem que Alcolumbre topou manter Pietro após ficar irritado por não ter participado das negociações para indicação de Ângelo. A expectativa agora é de que o advogado volte a ser indicado para a ANP em 2026.

Metrópoles – Igor Gadelha

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Meio Ambiente

Brasil perdeu território maior que a Bolívia de áreas naturais em 40 anos, mostra estudo

Foto: Edilson Dantas / O Globo

Ao longo das quatro últimas décadas, o Brasil perdeu anualmente uma média de 2,9 milhões de hectares de áreas naturais, segundo estudo do MapBiomas divulgado nesta quarta-feira. O impacto deste cenário significa uma redução de 111,7 milhões de hectares entre 1985 e 2024, total que corresponde a 13% do território nacional e supera o tamanho da Bolívia. Durante esse intervalo, o percentual de municípios brasileiros cuja agropecuária acumula a maior parte de sua extensão subiu de 47% para 59%.

O levantamento destaca que o processo de transformações, que trazem impactos significativos nas áreas naturais e na expansão da agropecuária, não se deu de maneira uniforma. A primeira década estudada é apontada como responsável pela expansão do desmatamento no Brasil. No início da série histórica, em 1985, o país tinha 80% do território coberto por áreas naturais. Ao longo dos dez anos, foi registrado um aumento de 36,5 milhões de hectares de áreas antrópicas, cenário impulsionado pela expansão de pastagens e o crescimento da urbanização, o que levou a redução da cobertura natural brasileira para 76%.

O total de floresta suprimida foi superado na década seguinte, entre 1995 e 2004, quando a conversão de vegetação nativa para a agropecuária totalizou 44,8 milhões de hectares no Brasil. A expansão esteve presente, sobretudo, na pastagem, com 35,6 milhões de hectares, enquanto o crescimento da agricultura no período foi de 14,6 milhões de hectares. Na Amazônia, houve a apropriação humana de 21,1 milhões de hectares e a consolidação do chamado “arco do desmatamento”. Até 2005, o percentual de cobertura natural era de 72%.

A década que transcorreu de 2005 até 2014 foi marcada por apresentar o menor incremento de área antrópica em 40 anos, com crescimento de 17,6 milhões de hectares, além de registrar redução da perda de vegetação nativa. No período, a perda líquida ficou em 17,1 milhões de hectares — também o menor valor em quatro décadas. Desse total, 15,4 milhões de hectares eram de florestas.

“Há a concentração do desmatamento no Cerrado, principalmente na região conhecida como Matopiba, que abrange os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. A pesquisa mostra que 80% dessa perda de vegetação para a agricultura ocorreu nestes territórios”, aponta Marcos Rosa, coordenador técnico do MapBiomas.

Também foi nesta década que ocorreu a maior expansão da agricultura temporária (12,5 milhões de hectares) e 20,9 milhões de hectares de vegetação nativa foram convertidos para pastagem. O período, no entanto, foi quando a área de pastagem parou de crescer no Brasil. O MapBiomas destaca também o crescimento da silvicultura nestes dez anos, com acréscimo de 2,5 milhões de hectares.

A década mais recente, entre 2015 e 2024, teve a expansão da mineração como destaque. O crescimento de 58% foi concentrado, sobretudo, na Amazônia (66%). Foi neste período também que o Pampa registrou a maior taxa de supressão de campos — perda de 1,3 milhões de hectares — de modo que a área agrícola passou a superar os campos nativos usados para pecuária. No ano passado, eram 7,9 contra 5,8 milhões de hectares.

Estes dez anos também tiveram uma desaceleração da expansão agrícola em todos os biomas, principalmente no Cerrado e na Mata Atlântica, onde a expansão foi 2,7 milhões de hectares e 3 milhões de hectares menor que na década anterior, respectivamente. Entretanto, o levantamento alerta para o surgimento de uma nova fronteira de desmatamento na Amazônia, a Amacro — composta pelos estados do Amazonas, Acre e Rondônia.

Os pesquisadores também identificaram que os ciclos de inundação no Pantanal tem reduzido a cada década, e o ano de 2024 foi o mais seco nos 40 anos. A Amazônia também enfrentou secas severas no período, com oito dos dez anos de menor superfície de água da série histórica registrados entre 2015 e 2024. O Brasil chega, então, a 2024 com 65% do território coberto por vegetação nativa e 32% pela agropecuária.

“Há um cenário de desafios. Precisamos evitar o retrocesso do avanço legislativo de proteção da natureza conquistado nessas quatro décadas, além de termos que lidar com o controle de queimadas derivadas das mudanças climáticas e a diminuição do ciclo de cheias no Pantanal”, afirma Marcos Rosa. — Por outro lado, temos oportunidades com a melhoria do manejo da área de pastagem, o qu garante melhor proteção do solo e produtividade.

Transição para a agropecuária

Nestas quatro décadas, a formação florestal foi o tipo de cobertura que mais perdeu área no Brasil, com uma redução de 15% ou 62,8 milhões de hectares — total ligeiramente superior ao território da Ucrânia. A formação savânica vem em seguida, com uma diminuição de 25% ou 37,4 milhões de hectares, uma área maior que o território da Alemanha.

Por outro lado, a pastagem e a agricultura foram os usos da terra que mais se expandiram no período. A área ocupada com pastagem cresceu 62,7 milhões de hectares (+68%) e a agricultura, 44 milhões de hectares (+236%).

Se em 1985 420 municípios tinham predomínio de agricultura, em 2024 esse número saltou para 1.037. Já as cidades cuja pastagem é predominante não se expandiram na mesma velocidade, passando de 1.592 para 1.809 no período. Proporcionalmente ao tamanho dos territórios, os estados com maior área de agricultura são Paraná (34%), São Paulo (33%) e Rio Grande do Sul (30%).

Os dados mostram também um crescimento da silvicultura de 7,4 milhões de hectares, ou 472%. No ano passado, mais da metade destas áreas estavam no bioma Mata Atlântica (50,6%), seguido do Cerrado (37%) e do Pampa (8%).

O MapBiomas também mostra que o período de 1985 a 2004 anos foi marcado por taxas de ganho de pastagem que superavam a área de perda. Nos períodos seguintes, no entanto, foi observada uma estabilidade no valor. Os pesquisadores observam uma maior perda destas áreas na Caatinga, Mata Atlântica e Cerrado, enquanto a Amazônia lidera o ganho de novas áreas de pastagem, seguida de perto pelo Pantanal.

Quase sete em cada dez (67,5%) das áreas convertidas em pastagem por década ocorreu sobre áreas de formação florestal e savânica. Na contramão, 25% das terras que deixaram de ser pastagem voltaram a ser florestas ou savanas.

Secas mais recorrentes

Os pesquisadores apontam que as áreas úmidas brasileiras ocupavam 84 milhões de hectares, ou quase 10% do território nacional, em 195. Já em 2024, eram 74 milhões de hectares, ou 8,8% do tal brasileiro. Aos longo dos 40 anos, todos os biomas perderam superfície de água, com exceção da Mata Atlântica, por conta da criação de reservatórios e hidrelétricas a partir dos anos 2000. Os dados mostram que as reduções mais drásticas ocorreram no Pantanal, cuja superfície de água em 2024 esteve 73% abaixo da média registrada nas quatro décadas.

O Globo

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Geral

The New York Times lista acusações contra Moraes

Foto: Evaristo Sá/AFP

O jornal norte-americano The New York Times (NYT) listou acusações contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que está no centro do debate sobre as tarifas impostas pelos EUA ao Brasil. A reportagem afirma, logo no título, que o “Brasil manteve o controle rígido sobre as grandes empresas de tecnologia”.

A publicação afirma que as “tarifas impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, podem mudar isso”. O NYT afirma que o magistrado brasileiro “prendeu sem julgamento, bloqueou veículos de notícia e ordenou remoção de contas”.

Para além das ações de Moraes e paralelamente às sanções comerciais, o texto traz a tese de que empresas do setor digital ampliam sua influência nos debates sobre regulamentação tecnológica no Brasil.

Com a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, representantes de empresas como Google e Meta passaram a ser recebidos por autoridades e ministros do STF, em meio à elaboração de normas relativas à liberdade de expressão e à inteligência artificial.

Pressão dos EUA e resposta do governo brasileiro

Apesar da pressão internacional, sobretudo dos EUA, o governo brasileiro reafirma que decisões judiciais não podem ser influenciadas por interesses externos. Além disso, Moraes continua à frente do processo que tem o ex-presidente Jair Bolsonaro como réu, mesmo diante das sanções norte-americanas.

Washington mira as regras brasileiras para o setor da tecnologia. Os EUA mantêm relevante intercâmbio comercial com o Brasil, com superávit de aproximadamente US$ 7,5 bilhões em 2024, num fluxo total superior a US$ 90 bilhões. A Casa Branca alega que as normas locais prejudicam empresas norte-americanas e censuram vozes conservadoras.

Revista Oeste

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Geral

Sem verba, jatinhos da FAB voam menos em 2025

Foto: Reprodução

A utilização dos jatos da Força Aérea Brasileira (FAB) para transporte de autoridades dos Três Poderes registrou, em 2025, o segundo menor volume de voos desde o início da série histórica, em 2003. Entre janeiro e julho, foram contabilizadas 654 decolagens — número superior apenas ao registrado no mesmo período de 2020, quando, em plena pandemia, ocorreram 407 voos.

O encolhimento da agenda aérea tem relação direta com restrições orçamentárias enfrentadas pelo Ministério da Defesa. Nos dois últimos bimestres, a pasta sofreu um bloqueio de R$ 3,26 bilhões para que o governo federal conseguisse cumprir a meta fiscal. Parte desses recursos foi desbloqueada apenas no fim de julho, mas a recomposição do orçamento ainda não se refletiu plenamente nas operações.

Atualmente, apenas dois ou três dos dez aviões destinados ao transporte de autoridades estão voando. A expectativa é de que uma quarta aeronave retorne ao serviço no fim de agosto, e uma quinta esteja operacional em outubro. Alguns aparelhos estão há meses parados e necessitam de revisões mais complexas, o que exige tempo, peças importadas e equipe técnica suficiente — fatores que limitam a retomada imediata.

O pico de voos da FAB neste ano foi registrado em abril, com 125 decolagens. A partir daí, o número caiu gradualmente, intensificado pelo bloqueio de verbas em maio.

No dia 22 de julho, após aumento na arrecadação, o governo Lula descongelou R$ 20,6 bilhões do Orçamento de 2025, sendo R$ 1,92 bilhão direcionados à Defesa. Segundo a pasta, R$ 693 milhões serão aplicados em obras do Novo PAC e R$ 1,23 bilhão em outras despesas discricionárias. Não foi detalhado quanto irá diretamente para a FAB.

Quem mais utiliza os jatos

Entre os passageiros mais frequentes em 2025, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, lidera com 66 voos, principalmente para São Paulo e João Pessoa. Em seguida, aparece o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, com 62 viagens, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com 57.

O uso das aeronaves segue regras previstas em lei, com prioridade para o vice-presidente da República; presidentes do Senado, Câmara e STF; ministros de Estado; comandantes das Forças Armadas e o chefe do Estado-Maior Conjunto. O ministro da Defesa também pode autorizar o transporte de outras autoridades, brasileiras ou estrangeiras.

Com informações do Poder 360

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Geral

Lula ignora Tarcísio ao citar adversários que podem enfrentá-lo e diz que ‘quanto mais candidatos da direita, melhor’

Foto: Ricardo Stuckert

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (12) que, quanto mais candidatos de direita disputarem contra ele em 2026, “melhor”. Lula disse que, se decidir disputar a reeleição, vencerá e não tem preocupações. “O povo vai comparar o mundo em que vivia com o mundo em que está vivendo. Se achar que está pior, paciência. É porque eu não soube explicar”, afirmou ao jornalista Reinaldo Azevedo, em entrevista à BandNews TV.

Lula citou os governadores Ratinho Júnior (PSD-PR), Ronaldo Caiado (União Brasil-GO) e Romeu Zema (Novo-MG) como presidenciáveis. No entanto, não mencionou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), apontado como favorito entre empresários e o mercado financeiro.

O presidente criticou a postura desse setor em relação ao seu governo, dizendo que nunca quis fazer comício com empresários e que, embora respeite quem produz no país, dá prioridade aos trabalhadores mais pobres. “Empresários acham que eu não posso fazer política de inclusão social”, afirmou. “Os R$ 300 bilhões que gasto com inclusão social, eles queriam para eles”, acrescentou.

Enquanto Lula diz que disputará a reeleição se estiver com saúde em 2026, os governadores de direita já se movimentam para lançar suas candidaturas. Ronaldo Caiado fez seu lançamento em abril, e Romeu Zema anunciará o dele no próximo sábado, em São Paulo. No PSD, Ratinho Júnior disputa a indicação com Eduardo Leite, mas o presidente do partido, Gilberto Kassab, já demonstrou preferência pelo políco do Paraná.

Os dois governadores do PSD também dependem do movimento de Tarcísio de Freitas, que Kassab disse que apoiaria caso ele dispute a Presidência. Até agora, Tarcísio diz que pretende disputar a reeleição em São Paulo, mas é pressionado a concorrer ao Palácio do Planalto.

Jovem Pan News

Opinião dos leitores

  1. Realmente tem que ter cuidado com esse rato ladrão, não gasta 1/5 desse valor de 300 bilhões, com inclusão social, mas como é um mentiroso costumaz, não se importa em está mentindo inúmeras vezes no dia, só muda os objetivos e os valores, mas sempre esse canalha está tentando enganar alguém. Não passa de um bandido esse LULADRAO.

  2. Qualquer um vence esse papangú caso as eleições sejam limpas, claras e transparente.
    Qualquer um, até eu.
    Um desastre esse governo.
    Só aumentou impostos e tarifas até agora.
    Ah!!!
    Vez muito Turismo também, lula e Janja thur.

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