Geral

Especialistas dizem que risco de tsunami na costa brasileira após alerta de erupção de vulcão é remoto, mas RN está entre regiões mais vulneráveis

Ilhas Canárias – Tubos Vulcânicos — Foto: RPC

Um alerta amarelo de risco de erupção do vulcão Cumbre Vieja emitido nesta quinta-feira (16) reacendeu a discussão de possibilidade de formação de tsunamis que poderiam atingir a costa brasileira. No entanto, especialistas em geociências e sismologia ouvidos pelo G1 afirmam que a chance do desastre acontecer é remota.

Localizado na ilha de La Palma, nas Ilhas Canárias, próximo à costa do continente africano, o vulcão, que estava adormecido há décadas, deu sinais de atividades sísmicas.

O alerta emitido pelo governo espanhol indica que não há certeza de abalos, mas que o cuidado se estende para os próximos dias ou semanas.

O Instituto Geográfico Nacional da Espanha detectou 4.222 tremores no parque nacional Cumbre Vieja, em volta do vulcão. Nos últimos dias, além de aumentar o volume de movimentos sísmicos, a intensidade aumentou com abalos que tiveram magnitude superior a 3.

Segundo o pesquisador Saulo Vital, professor do Departamento de Geociências da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e Coordenador do Núcleo de Estudos e Ações em Urgências e Desastres (NEUD), não existem estudos aprofundados com simulações numéricas sobre os impactos para a costa brasileira, então seria difícil especificar com clareza quais estados seriam afetados por um possível tsunami.

Porém, devido ao formato da costa brasileira, a região do Nordeste se torna a região mais vulnerável, principalmente o litoral setentrional, formado por Ceará, Rio Grande do Norte e nordeste do Maranhão.

Alerta não é preocupação para o Brasil

O professor e pesquisador Saulo Vital explica que existem quatro níveis de alerta, o amarelo é o segundo nível, que trata-se, na verdade, de um estado de observação por causa dos pequenos sismos dos últimos dias. O pesquisador afirma que o alerta é importante, mas não é dos mais graves.

Segundo ele, o que poderia causar uma tsunami seria uma erupção explosiva, ou seja, o desmoronamento de parte do vulcão. Isso porque, de acordo com ele, os sismos que costumam ocorrer na área do Cumbre Vieja são moderados, e o que pode gerar tsunamis são abalos sísmicos de alta intensidade.

Caso haja uma erupção capaz de desestabilizar a estrutura rochosa do vulcão, causando um desmoronamento, essa queda iria gerar um movimento de massas d’água. Esse movimento criaria altas ondas, que atingiriam toda a costa do Atlântico.

O coordenador do Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Aderson Nascimento, explica que nenhum alerta foi feito ao órgão.

“Essa chance é muito pequena de acontecer. A gente como órgão de sismologia, ninguém soube de nenhum alerta que foi emitido pelo serviço geológico espanhol ou algum órgão oficial dizendo que isso está acontecendo”.

Ele compartilha a opinião do pesquisador paraibano e afirma que não há motivos para preocupação com um desastre tão grande no Brasil.

“A gente não tem essa preocupação no Brasil, porque esse evento é muito pouco provável”, diz. “Agora, eu não estou dizendo que a chance é zero de acontecer, eu estou dizendo que é muito baixa”.

Falta de plano de contingência é preocupação

Apesar dos alertas não demonstrarem riscos iminentes, a ausência de plano de contingência preocupa os especialistas em desastres. A preparação para lidar com fenômenos naturais que resultam em grandes estragos é uma das agendas desses pesquisadores, que reafirmam as problemáticas do Brasil nesse sentido.

Para o pesquisador Saulo Vital, acreditar que as chances são baixas é importante para não gerar alarde, mas assumir que, quando se trata de natureza, o imprevisível é possível deve ser um motivo para que o poder público se atente a preparar as cidades e proteger a população.

“Não há, por exemplo, um plano de contingência para fenômenos assim em João Pessoa, assim como várias outras cidades, é necessário que haja essa preparação para reduzir os danos”, explica.

Pesquisa levantou a possibilidade de tsunami

A pesquisa mais conhecida sobre o fenômeno foi publicada pelo pesquisador Mauro Gustavo Reese Filho, da Universidade Federal do Paraná.

O trabalho observou que o Oceano Atlântico não é famoso pela sua capacidade de gerar tsunamis, mas que o vulcão ativo Cumbre Vieja poderia ser o agente responsável por um evento desta natureza na região.

Segundo o pesquisador, “uma próxima erupção poderia desestabilizar a encosta da ilha e gerar um tsunami que percorreria distâncias transatlânticas, que atingiria praticamente todos os países banhados pelo Oceano Atlântico”, atesta no estudo.

Apesar do risco, pesquisas publicadas no exterior indicam que casos como esse são raros e nunca foram registrados na história. A distância entre João Pessoa e a Ilha de Palmas é de 6.309,41 quilômetros.

Tsunami na costa do Brasil em 1755

Uma pesquisa da Universidade Estadual do Rio de Janeiro encontrou evidências da chegada de um tsunami em praias da costa brasileira em 1755, como resultado de um terremoto que atingiu Lisboa. A onda gigante atravessou o Atlântico e causou estragos na costa brasileira. O estudo foi liderado pelo professor Francisco Dourado, do Centro de Pesquisas e Estudos sobre Desastres.

Ao todo, foram 270 quilômetros de trabalho de campo em 22 praias entre Rio Grande do Norte e o sul de Pernambuco, com quatro pontos de coleta de amostras. Mas a onda gigante atingiu toda a costa nordestina, com relatos de ter chegado também ao Rio de Janeiro, no sudeste do País.

“No material coletado, a gente vê elementos químicos que não eram pra ser encontrados ali. Eram pra ser encontrados em regiões com mais profundidade. Ou seja, algo trouxe aqueles elementos até ali. Da mesma forma, há vestígios de microanimais que não deveriam ser encontrados na praia”, afirmou o pesquisador à UERJ na época da pesquisa.

Na região da praia de Lucena, na Paraíba, as ondas variaram entre 1,8 e 1,7 m de altura. Na região de Pitimbu, no mesmo estado, a altura das ondas ficou entre 1,5 e 1,1 m; na região pernambucana de Tamandaré, variou entre 1,9 e 1,8 m. As ondas não chegaram muito altas, mas o volume de água foi grande.

As ondas inundaram até 4 quilômetros distantes da linha de costa, principalmente em locais com influência de rios, nas proximidades da Ilha de Itamaracá (PE). Em Tamandaré a inundação foi de até 800 metros. Já em Lucena foi de aproximadamente 300 metros.

Com G1

 

Opinião dos leitores

  1. O RN já sofre os efeitos de uma Tsunami desde as últimas eleições para o governo, ela vai deixar o RN arrasado.

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Brasil

Pedidos de reequilíbrio expõem falhas estruturais e pressionam concessões de saneamento

Foto: Governo de Sergipe/Divulgação

Os contratos de concessão e PPPs de saneamento têm destravado investimentos bilionários nos últimos anos, mas os pedidos de reequilíbrio econômico-financeiro apresentados por empresas de água e esgoto revelam fragilidades na fase pré-leilão e na execução dos projetos. Um estudo da Manesco Advogados analisou 13 casos em diferentes estados e identificou motivos recorrentes, como distorções nos dados usados para modelar os editais, erros de projeto e atrasos em reajustes tarifários.

Segundo o advogado Wladimir Ribeiro, informações imprecisas sobre a real cobertura das redes de água e esgoto — com perdas, índices de coleta e infraestrutura piores do que o previsto — respondem por grande parte dos pleitos. Já mudanças no cronograma de obras e a contenção política de tarifas reduzem a receita das concessionárias e forçam revisões contratuais. Para o especialista, mais da metade dos problemas poderia ter sido evitada com estudos de engenharia mais robustos.

A Abcon, entidade do setor, afirma que os pedidos fazem parte da dinâmica de contratos de longo prazo e não comprometem os R$ 181,6 bilhões destravados desde o novo marco legal. Hoje, cerca de um terço dos municípios brasileiros já tem serviços operados pela iniciativa privada. A presidente da associação, Christianne Dias, destaca que a infraestrutura subterrânea torna o diagnóstico prévio mais complexo e que ajustes são naturais à medida que projetos avançam.

O setor ainda convive com um desafio adicional: a ausência de uma agência nacional unificada de regulação. Como a titularidade dos serviços é municipal, análises de pleitos dependem de órgãos reguladores locais, o que gera demora e decisões desuniformes. Para a Abcon, fortalecer a regulação, garantir estabilidade institucional e seguir as normas de referência da ANA é crucial para preservar a segurança jurídica dos contratos e manter o ritmo dos investimentos.

Com informações da CNN Brasil

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Economia

Mesmo com lucros recordes, Petrobras soma dívidas bilionárias e lidera benefícios fiscais no país

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

A Petrobras, que registrou lucro líquido de R$ 32,7 bilhões no terceiro trimestre e já acumula R$ 94,6 bilhões em 2025, atua para convencer o presidente Lula (PT) a vetar trecho da MP 1.304, que eleva o Preço de Referência do Petróleo e amplia o pagamento de royalties. A mudança afeta diretamente o caixa da estatal e de outras petroleiras, que passariam a pagar mais à União, estados e municípios.

A informação é da coluna do Tácio Lorran, do Metrópoles. O movimento da companhia contrasta com o volume de benefícios fiscais que recebe. Dados do Portal da Transparência mostram que, entre janeiro de 2023 e junho de 2024, a Petrobras obteve mais de R$ 10,7 bilhões em isenções e descontos tributários — valor que supera o de empresas como Vale, Embraer e grandes montadoras. Somente em 2023, o alívio fiscal chegou a R$ 8 bilhões, puxado por regimes especiais como o Repetro e programas ligados a combustíveis.

Ao mesmo tempo, a estatal acumula mais de R$ 25 bilhões em dívidas ativas com a União e os governos do Rio de Janeiro e São Paulo. São R$ 12,5 bilhões devidos ao governo federal e outros R$ 12,2 bilhões ao estado fluminense, além de R$ 1,27 bilhão em débitos inscritos em São Paulo — que fazem da Petrobras a 20ª maior devedora paulista.

A empresa afirma cumprir suas obrigações e diz que as disputas tributárias decorrem de divergências técnicas com a Receita Federal. Segundo a estatal, foram recolhidos cerca de R$ 200 bilhões em tributos e participações governamentais até setembro de 2025, e os incentivos fiscais são previstos em lei. A Petrobras também diz que garante os valores contestados por meio de depósitos, fianças e seguros.

Com informações do Metrópoles

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Geral

Governo Lula limita papel da Anatel na internet e acirra disputa sobre fiscalização de big techs e IA

Foto: Divulgação/Anatel

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reduziu o papel da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) no ECA Digital ao vetar sua participação direta na aplicação da lei e transferir, por decreto, a responsabilidade para a ANPD (Agência Nacional de Proteção de Dados). A mudança reacendeu a disputa sobre quem deve fiscalizar big techs e regular o uso de inteligência artificial no país.

Setores de telecomunicações afirmam que o governo cometeu um “jabuti” regulatório ao enfraquecer uma agência consolidada, com mais de 1.300 servidores e estrutura nacional, em favor de uma autoridade mais nova e ainda em adaptação. “É um golpe na Anatel”, criticou Vivien Suruagy, presidente da Feninfra. O Congresso havia concedido à Anatel o protagonismo no bloqueio de plataformas infratoras, mas o dispositivo foi vetado sob alegação de inconstitucionalidade.

A decisão também tem impacto em debates futuros, já que a ANPD pode ganhar relevância na fiscalização de IA e fake news caso projetos em tramitação avancem. O governo enviou ao Congresso uma MP que transforma a ANPD em agência reguladora e cria carreiras específicas. Enquanto aliados do Planalto afirmam que a autarquia terá condições de se estruturar, especialistas como Ricardo Campos, da Universidade de Frankfurt, veem retrocesso e dizem que nenhum país atribui à autoridade de dados o papel de regular big techs.

A Secom nega que tenha havido restrição à Anatel e afirma que a reorganização ocorre sem aumento de despesas. A própria Anatel diz respeitar a decisão presidencial, mas pondera que a ANPD, criada há apenas cinco anos, enfrentará desafios operacionais. Já plataformas representadas pela câmara-e.net afirmam que, independentemente da configuração escolhida, será essencial garantir capacidade técnica e diálogo equilibrado para a implementação do ECA Digital.

Com informações da Folha de S.Paulo

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Geral

COP30 começa em Belém com pressão global e alerta da ONU sobre ritmo insuficiente

Foto: Fernando Sette/Divulgação

A COP30 abre oficialmente nesta segunda-feira (10) em Belém, marcada por avanços percebidos pelo governo — como o interesse de mais de 50 países no fundo das florestas —, mas também por desafios persistentes. Três décadas após a primeira conferência, as emissões continuam em alta, o consumo de combustíveis fósseis cresce e o mundo segue distante das metas do Acordo de Paris. Relatório recente da ONU reforça que as atuais trajetórias levam o planeta a um aquecimento entre 2,3°C e 2,5°C, muito acima do limite de 1,5°C estipulado em 2015.

Enquanto dados da Agência Internacional de Energia mostram expansão das energias solar e eólica, aumento nas vendas de veículos elétricos e investimentos recordes em energia limpa — que somaram US$ 2,2 trilhões em 2024 —, especialistas alertam que esses avanços ainda não substituem os combustíveis fósseis. A demanda global por carvão, por exemplo, deve permanecer em patamar elevado até 2027, impulsionada principalmente pela Ásia. Apesar do progresso tecnológico, o ritmo de transição segue insuficiente para frear o aquecimento.

A Cúpula de Líderes, realizada nos dias 6 e 7, antecipou o tom político da conferência. Em discursos firmes, Lula defendeu o multilateralismo e a criação de mecanismos globais de financiamento climático, incluindo a taxação mínima para super-ricos e grandes multinacionais. Já o secretário-geral da ONU, António Guterres, criticou empresas que lucram com a crise climática, enquanto o presidente chileno, Gabriel Boric, rebateu declarações recentes de Donald Trump, ausente da COP30, que negam a existência do aquecimento global.

No centro das discussões também está a NDC brasileira, que prevê reduzir entre 59% e 67% das emissões até 2035 e zerar o desmatamento ilegal até 2030. O plano inclui ainda o compromisso de neutralidade climática em 2050 e políticas estruturadas no Plano de Transformação Ecológica. Especialistas avaliam que, embora factíveis, as metas apresentadas ainda ficam abaixo do potencial ambiental do país — e a COP30 deve pressionar por maior ambição nos próximos anos.

Com informações da CNN Brasil

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Educação

Enem 2025 registra 27% de abstenção no primeiro dia, confirma Ministério da Educação

Foto: Agência Brasil

O primeiro dia do Enem 2025 terminou com abstenção de 27% dos inscritos, índice semelhante ao de 2024. Segundo o ministro Camilo Santana, dos 4,8 milhões de estudantes que confirmaram participação, pouco mais de um quarto não compareceu neste domingo (9). As provas foram aplicadas em 1.804 municípios de todo o país, e o segundo dia está marcado para 16 de novembro.

Nesta etapa inicial, os candidatos enfrentaram 5h30 de prova, composta por 90 questões objetivas e a redação. O conteúdo abrangeu áreas de Linguagens e Ciências Humanas, incluindo português, literatura, língua estrangeira, história, geografia, filosofia, sociologia, artes, educação física e temas ligados às tecnologias da informação. A redação trouxe o tema “Perspectivas acerca do envelhecimento na sociedade brasileira”.

Três cidades do Pará — Belém, Ananindeua e Marituba — terão calendário diferenciado por causa dos impactos logísticos da COP30. Nessas localidades, o Enem será aplicado nos dias 30 de novembro e 7 de dezembro, em caráter excepcional, para garantir condições adequadas aos participantes durante o período do evento internacional.

Outro município com datas especiais é Rio Bonito do Iguaçu, no Paraná, que sofreu destruição generalizada após um tornado na última sexta-feira (7). Para os moradores afetados, o exame será reaplicado nos dias 16 e 17 de dezembro, assegurando que todos os candidatos tenham condições de realizar as provas.

Com informações do Metrópoles

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Geral

Articulação entre governo e Alcolumbre barra avanços na CPI do INSS e impede convocações sensíveis

Foto: Brenno Carvalho/O Globo

A CPI do INSS segue marcada por prisões, disputas e acusações de intimidação, mas dois nomes politicamente delicados continuam protegidos: Paulo Boudens, ex-chefe de gabinete de Davi Alcolumbre, e José Ferreira da Silva, o Frei Chico, irmão do presidente Lula. Segundo a oposição, que nominalmente controla a presidência, a relatoria e a maioria da comissão, essa blindagem só foi possível graças a um alinhamento entre a base governista e o comando do Senado. Ambos os requerimentos considerados mais incisivos — quebra de sigilo de Boudens e convocação de Frei Chico — foram derrubados por votos articulados entre aliados de Lula e parlamentares próximos a Alcolumbre.

A informação é da coluna da Malu Gaspar, do O Globo. A rejeição ao pedido contra Boudens veio após relatório do Coaf revelar que ele recebeu R$ 3 milhões de uma empresa citada pela PF como parte do esquema de descontos indevidos em aposentadorias. Já Frei Chico, vice-presidente do Sindnapi, está ligado a uma entidade que, segundo o STF, teria acumulado R$ 389 milhões em cobranças irregulares. Mesmo assim, a convocação dele perdeu força horas antes da votação, quando substituições de última hora garantiram maioria favorável ao governo. Os oposicionistas afirmam que as trocas foram decisivas e partiram diretamente da cúpula do Congresso, sob influência de Alcolumbre.

O clima na CPI azedou após os recuos. Deputados e senadores se enfrentaram em sessões tensas, com acusações cruzadas de interferência política e proteção indevida. Carlos Jordy afirmou que o caso expõe uma tentativa de resguardar figuras ligadas ao presidente do Senado, enquanto governistas responderam dizendo que a oposição quer usar a comissão como palco eleitoral. A senadora Eliziane Gama, por exemplo, defendeu que a investigação deve evitar “espetacularizações” e acusou adversários de mirar na imagem de Lula ao insistir na convocação de Frei Chico.

Abalada pelas derrotas, a oposição acusa o governo de construir uma “muralha” para impedir apurações que possam atingir aliados estratégicos. Parlamentares como Bia Kicis afirmam que sucessivas derrotas configuram “blindagem organizada”, citando outros requerimentos engavetados envolvendo personagens do escândalo. Com o ambiente cada vez mais polarizado, a CPI entra em nova fase de desconfiança interna e disputa aberta por narrativas, enquanto tenta avançar nas investigações sobre o bilionário esquema que atingiu aposentados em todo o país.

Com informações do O Globo

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Geral

Aquacoco leva o RN para o pódio da Fórmula 1

Foto: Divulgação

A marca potiguar Aquacoco, referência nacional em hidratação natural, marcou grande presença na Fórmula 1 – Grande Prêmio de São Paulo 2025, com uma ativação exclusiva no camarote do G4 Educação, um dos espaços mais disputados do autódromo de Interlagos.

A ação reuniu influenciadores, criadores de conteúdo e convidados especiais, entre eles Léo Souza, que está comandou a cobertura da Escuderia Aquacoco: conceito criado para traduzir o espírito dos campeões.

Foto: Divulgação

Com a iniciativa, a Aquacoco reforça seu posicionamento como marca brasileira de alcance internacional, levando o nome do Rio Grande do Norte para um dos palcos mais icônicos do esporte mundial.

“Estar na Fórmula 1 é mais do que patrocinar um evento, é acelerar junto com quem inspira performance, equilíbrio e conquista”, destacou Diogo Gaspar, CEO da Aquacoco.

Foto: Divulgação

Leveza, energia e orgulho potiguar: a Aquacoco segue cruzando fronteiras com o sabor dos campeões.

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Guararapes, dona da Riachuelo, confirma venda do Midway Mall para Grupo Tasso Jereissati por R$ 1,6 bilhão

Foto: Divulgação/Midway Mall

A Guararapes deu mais um passo para concluir a venda do Midway Mall ao comunicar ao Cade a transferência total do empreendimento por R$ 1,6 bilhão. O acordo, firmado por meio de um memorando de entendimentos com a Capitânia Capital e um grupo de investidores, representa a venda de 100% das quotas do maior shopping de Natal. Embora ainda não haja contrato definitivo, o movimento é visto pelo mercado como decisivo para fortalecer o caixa e tornar a companhia ainda mais enxuta e focada no varejo.

A operação marca uma guinada estratégica da Guararapes, que vem reduzindo sua dependência de ativos imobiliários para concentrar esforços na modernização da Riachuelo. Há seis meses, o BTG Pactual conduz a negociação como parte do plano de desalavancagem da empresa, que hoje ostenta baixa relação entre dívida líquida e Ebitda. A venda do Midway encerra um ciclo iniciado em 2005, quando o shopping se tornou símbolo do projeto de integração vertical idealizado por Nevaldo Rocha.

Do lado comprador, a Capitânia Capital reforça sua presença no varejo regional ao incorporar ao portfólio um ativo de forte geração de fluxo e com indicadores crescentes. Somente nos primeiros nove meses de 2025, o Midway registrou R$ 89,8 milhões de receita líquida e R$ 88,9 milhões em NOI, números impulsionados pela retomada do consumo e pelo aumento da ocupação das lojas. Os bons resultados ajudaram a consolidar o shopping como um dos mais valorizados do Nordeste.

A expectativa é de que o Cade dê aval à transação nos próximos meses. Com a conclusão da venda, a Guararapes ganha fôlego para acelerar iniciativas de digitalização, renovar o parque de lojas e avançar na redução de passivos. O negócio, considerado estratégico por analistas, abre uma nova etapa para a companhia — mais leve, capitalizada e totalmente alinhada ao seu core de moda e varejo.

Com informações de Economic News Brasil

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Exportações do Brasil para os EUA caem 25% nos três primeiros meses após tarifaço

Foto: Dado Galdieri/Bloomberg

As exportações do Brasil para os Estados Unidos caíram 25% nos três primeiros meses após Donald Trump aplicar tarifas de 50% sobre a importação de diversos produtos brasileiros.

A sobretaxa entrou em vigor no dia 6 de agosto.

Somando agosto, setembro e outubro de 2024, o Brasil exportou US$ 10,2 bilhões ao mercado americano, contra US$ 7,6 bilhões nos mesmos meses de 2025 – efeito direto do tarifaço.

Entre os principais produtos brasileiros afetados pelas tarifas, estão:

  • Açúcares e melaços: queda de 78,7%
  • Tabaco: queda de 70,6%
  • Carne bovina: queda de 53,6%
  • Café não torrado: queda de 16,6%

Outros produtos que não estão incluídos na sobretaxa, como petróleo e minério de ferro, também registraram quedas superiores a 20%, por questões de mercado e de demanda.

As exportações para a China, por outro lado, registraram alta de 26% na soma de agosto, setembro e outubro. Foram US$ 27,1 bilhões em vendas aos chineses em 2025, ante US$ 21,5 bilhões no mesmo período de 2024.

Grande parte dessa alta foi puxada pela venda de soja aos chineses.

No caso da carne bovina, um dos produtos mais afetados pelo tarifaço, as vendas a Pequim quase dobraram, passando de US$ 1,79 bilhão em 2024 para US$ 2,97 bilhão em 2025 nesse período.

A venda de café não torrado para a China – embora ainda pouco expressiva – teve um salto de 335%, chegando a US$ 125 milhões no período.

No caso da carne bovina, o México também ajudou a sustentar a balança do setor, com alta de 174% nas vendas nos três meses.

Já no caso dos açúcares e melaços, países árabes e do Sudeste Asiático contribuíram para manter o desempenho do setor relativamente estável.

CNN Brasil

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Gastos com bônus de produtividade para servidores do INSS batem recorde e chegam a R$ 161 milhões

Foto: José Cruz/Agência Brasil

Os gastos do INSS com bônus de produtividade para servidores atingiram R$ 161,5 milhões em 2024, o maior valor desde a criação do programa, em 2019. O benefício paga um valor extra por processo concluído para acelerar a análise de pedidos.

Apesar do aumento de despesas, o efeito do bônus na produtividade caiu: o ganho médio era de 45% em 2019 e caiu para 12% em 2024 — o pior desempenho da série. No fim de 2024, a fila do INSS voltou a crescer e chegou a 1,8 milhão de pedidos.

O valor do bônus é de R$ 68 por processo, podendo render até R$ 17 mil por mês. Alguns servidores receberam valores excepcionais por ganhos retroativos, chegando a R$ 99 mil em um mês.

O programa foi suspenso em outubro de 2024 por falta de verba e será retomado com um aporte de R$ 287 milhões do governo, destinado ao pagamento dos bônus e à manutenção de serviços como a Central 135.

Desde 2019, o INSS já gastou R$ 600 milhões com o programa (corrigido pela inflação).
Especialistas afirmam que o bônus ajuda a reduzir a fila, mas pode prejudicar a qualidade das análises e defendem novos concursos. O INSS perdeu 49% do seu quadro de servidores entre 2014 e 2024.

Com informações de Folhapress

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