O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, homologou a delação do ex-governador do Rio Sérgio Cabral. O acordo tem cerca de 20 temas e deve permanecer sob sigilo. A informação foi publicado pelo site “O Antagonista” e confirmada pela coluna. O material foi remetido à Procuradoria-Geral da República (PGR).
Cabral assinou acordo de delação premiada com a Polícia Federal, que enviou o material para homologação de Fachin, em 16 de dezembro do ano passado, conforme revelado pelo GLOBO.
Durante entrevista ao Show de Notícias, da 97FM, na última quinta-feira (21), a vereadora Brisa Bracchi (PT) reafirmou que o evento Rolé Vermelho – Bolsonaro na Cadeia, que contou com emenda parlamentar, tinha também o objetivo de comemorar a prisão do ex-presidente Bolsonaro.
“Eu sou uma parlamentar do PT! Eu também comemoro e também quero que Bolsonaro vá pra cadeia”, afirmou Brisa.
Um vídeo registrado nesta quinta-feira (21) mostra o momento em que Damária Jácome, ex-vice-prefeita de João Dias (RN), a irmã dela e outro suspeito são conduzidos para a delegacia de Foz do Iguaçu, no Paraná, após serem capturados no Paraguai.
Foram cumpridos três mandados de prisão contra investigados pelo assassinato do então prefeito de João Dias, Marcelo Oliveira de Araújo. As prisões ocorreram em Ciudad del Este, no Paraguai, após uma operação conjunta que contou com a cooperação internacional da Polícia Federal, apoio operacional da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Foz do Iguaçu/PR e atuação da Polícia Nacional do Paraguai, por meio do comando da Tripartido que atua na Fronteira.
Foram capturados: Damária Jácome de Oliveira, vice-prefeita de João Dias à época do crime e filiada ao Republicanos; Leidiane Jácome de Oliveira, vereadora e irmã de Damária; e Weverton Claudino Batista, também investigado pela participação na trama criminosa. Os três estavam foragidos desde agosto de 2024.
O Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) do Hospital Walfredo Gurgel “vive uma situação de guerra”, nas palavras do coordenador Marco Almeida. O cenário atual, que envolve o atendimento dos pacientes com queimaduras em um corredor improvisado da unidade, foi provocado pelas obras de reforma do CTQ, iniciadas em agosto do ano passado e interrompidas pouco depois. O secretário estadual de Saúde Alexandre Motta, disse que a paralisação ocorreu por conta de descumprimentos por parte da empresa responsável, o que gerou um distrato de contrato. A pasta pretende contratar uma nova empresa com dispensa de licitação em 45 dias.
Além da ausência de um espaço próprio para atendimento, faltam profissionais para dar conta da alta demanda. “É uma situação de guerra, extremamente delicada e nunca antes vista, onde a gente precisa se virar com o que tem. Os pacientes ficam em um corredor, em leitos de enfermaria, que não são adequados. O ideal é que o atendimento aconteça em um local fechado, mas nós não temos onde fazer nosso ambulatório nem a reabilitação”, afirmou Marco Almeida.
O secretário Alexandre Motta esclareceu que a empresa vencedora da licitação para a reforma do CTQ não cumpriu prazos determinados em contrato e que, por isso, foi necessário o distrato. Não há previsão para que a obra seja retomada. A Sesap prevê a contratação de uma nova empresa dentro de um mês e meio, sem a necessidade de uma nova licitação para poder agilizar o recomeço dos serviços.
”No dia 15 de abril demos entrada em um processo interno para a dispensa de licitação. Esse trâmite ocorreu e a dispensa foi assinada na última quarta-feira (20) com a perspectiva de uma nova contratação em aproximadamente 45 dias. O passo seguinte vai ser a obra em si, porque parte dos recursos, vindos de emendas, já estão alocados”, pontuou Motta.
Sobre a falta de profissionais, Alexandre Motta informou que a Sesap está com um concurso em fase de homologação para absorver 2 mil profissionais de nível médio, dos quais parte será direcionada ao quadro da unidade.
“A falta de profissionais está presente em todos os hospitais da rede e também em outros setores do Walfredo. Não sei precisar de quanto é a vacância no CTQ, mas o Conselho Regional de Enfermagem vai se juntar à Sesap para fazer esse dimensionamento e a gente espera resolver essa questão o mais breve possível”, falou.
O governo brasileiro avalia que o envio de navios de guerra dos Estados Unidos para a costa da Venezuela tem a clara intenção de intimidar os países da América Latina que adotam uma linha de independência em relação às políticas do presidente Donald Trump.
Segundo fontes do governo ouvidas pela CNN, Trump quer dar um recado muito claro de que pode, se quiser, usar até mesmo a força para impedir que esses países adotem medidas que contrariem os interesses ideológicos ou econômicos do seu governo.
Na lista estariam Colômbia, México, Panamá e, claro, também o Brasil – que resiste às tentativas de interferência de Trump na política e na soberania do país.
Todas essas nações têm contenciosos importantes com a administração trumpista – e, com exceção do Panamá, são governados por políticos de esquerda.
Embora lembrem que Trump é muito imprevisível, as fontes do governo ouvidas pela CNN não acreditam, no entanto, que a Casa Branca tenha planos de invadir a Venezuela ou fazer algum tipo de ação militar mais contundente contra o ditador Nicolás Maduro. Pelo menos por enquanto.
A ideia dos americanos seria reafirmar e ilustrar com um elemento de força – como são os navios de guerras e os milhares de marines que eles transportam – a proposta de manter as nações da região sob influência estratégica de Washington.
Algo parecido como o que foi a Doutrina Monroe, anunciada ainda no século 19.
Um dos principais articuladores dessa estratégia de intimidação é o secretário de Estado, Marco Rubio. Filho de imigrantes cubanos que se opuseram à revolução liderada por Fidel Castro, Rubio é um dos políticos mais abertamente hostis a governos de esquerda na América Latina.
O Brasil é, com folga, o país da América Latina com o maior percentual da população vivendo sob as regras impostas por grupos criminosos. É o que revela um estudo elaborado por quatro pesquisadores de universidades americanas, publicado na última semana pela Cambridge University Press.
Os dados mostram que entre 50,6 e 61,6 milhões de brasileiros, cerca de 26% da população do país, estão submetidos à chamada governança criminal, o conjunto de regras impostas aos moradores por uma organização que controla aquele território.
As análises foram obtidas com base na edição de 2020 da pesquisa Latinobarómetro, levantamento realizado por uma organização chilena que faz anualmente pesquisas de opinião em 18 países da América Latina. Os pesquisadores estimam que entre 77 e 101 milhões de pessoas na região, ou 14% da população dessas nações, vivem sob governança criminal.
Depois do Brasil, o segundo colocado é a Costa Rica, com 13% da população submetida às regras das facções, seguida por Honduras (11%), Equador (11%), Colômbia (9%), El Salvador (9%), Panamá (9%) e México (9%). O conjunto de regras afeta todos os aspectos da vida de uma comunidade, das eleições ao acesso aos serviços públicos.
Em geral, a presença das facções pode causar desde uma diminuição nos índices de criminalidade até uma explosão nas taxas de homicídio. Os pesquisadores citam, por exemplo, a redução nas mortes violentas na cidade de São Paulo vista ao longo dos anos 2000.
Eles relacionam o fenômeno com a ascensão do Primeiro Comando da Capital (PCC), assim como acordos de paz firmados por grupos de outros países com os seus respectivos estados, que resultaram em uma redução nos homicídios, como o caso dos maras, as gangues de El Salvador, ou os combos de Medellín, na Colômbia.
O estudo também questiona o senso comum de que as facções se proliferam apenas em áreas em que há ausência do Estado. Os pesquisadores apontam que o mais provável é que ocorra o oposto.
— Se você olhar o Brasil, as facções são muito fortes, e o país tem um Estado forte comparado a outros lugares. E onde surgiram as facções? No Rio e em São Paulo. A facção mais forte (o Primeiro Comando da Capital, o PCC) nasceu em São Paulo, o estado mais rico da União — diz Benjamin Lessing, professor de ciência política da Universidade de Chicago.
Lessing levanta a hipótese de que a força da repressão estatal pode ser o catalisador da expansão da governança criminal de uma facção. Ele cita, por exemplo, os altos níveis de encarceramento, a repressão ao tráfico de drogas e operações policiais dentro de territórios controlados por facções como fatores que, paradoxalmente, acabam fortalecendo o crime.
— Quanto mais existe a ameaça da polícia entrar e apreender drogas, mais a facção tem incentivo para governar (um território). Acho que é consistente a ideia de que a repressão estatal é o motor da governança criminal — diz o pesquisador.
Os pesquisadores ponderam no artigo que os resultados obtidos têm “limitações significativas”, mesmo após exercícios de validação e delimitação de erros. Os dados, segundo eles, são mais propensos a subestimar do que a superestimar a verdadeira prevalência da governança criminal.
Isso porque a pesquisa Latinobarómetro, além de questionar apenas sobre algumas atividades centrais de governança, tem dificuldade de obter acesso de recenseadores a áreas com forte controle de gangues.
— Se você perguntar se aquele local tem muito crime, as pessoas vão dizer que sim. Muitas vezes, a taxa de vitimização é superestimada, por exemplo. Agora, se perguntar se o crime controla e coloca ordem, não é tão comum a pessoa achar que o crime está melhorando a segurança quando não está. É mais difícil ter um falso positivo com uma pergunta dessas — afirma Lessing.
O motorista de Uber José*, morador do bairro Jorge Teixeira, na Zona Leste de Manaus, conta como é viver sob as regras impostas por uma organização criminosa. Desde que a facção fluminense Comando Vermelho (CV) alcançou a hegemonia no estado de Amazonas, sua comunidade, segundo ele, reduziu o volume de brigas, roubos e violência doméstica. Dois vizinhos dele, diz, foram expulsos de suas casas pelo CV depois de baterem em suas mulheres.
— Um foi para o interior; outro nem sei onde está. Esse pessoal (integrantes do CV) não quer que a polícia chegue na comunidade — opina.
Brasil tem 64 facções criminosas
Levantamento publicado por O GLOBO em 10 de agosto mostrou que o Brasil conta com 64 facções espalhadas por 27 unidades da federação. Os dados foram coletados junto a fontes das secretarias de Segurança Pública, Administração Penitenciária e Ministérios Públicos de todos os estados.
Entre os grupos mencionados pelas autoridades, 12 têm presença em mais de um estado, e os outros 52 são, até onde se sabe, organizações locais. Há duas delas, contudo, com presença efetivamente nacional. O PCC está em 25 unidades da federação, enquanto os fluminenses do Comando Vermelho (CV) se encontram em 26. Os grupos só não estão, ainda, no Rio Grande do Sul. O crime gaúcho gerou suas próprias facções interestaduais: Bala na Cara (BNC) e Os Manos.
Bahia (17), Pernambuco (12) e Mato Grosso do Sul (10) são os estados que mais concentram grupos criminosos. Enquanto os dois do Nordeste têm um cenário fragmentado, com muitas facções locais disputando espaço, o território sul-mato-grossense é o maior “importador” de facções de outros estados. A rota do narcotráfico que passa pela fronteira com o Paraguai e a Bolívia estimulou nove das 12 facções interestaduais a criarem núcleos de atuação ali.
Apesar de o PCC já ter presença internacional, as autoridades brasileiras quase não encontram núcleos grandes de facções estrangeiras no país. A única exceção é no estado de Roraima, onde o grupo venezuelano Tren de Aragua possui membros. O estado que mais “exporta” facções nacionalmente é o Rio de Janeiro, que além do CV tem duas organizações com atuação interestadual: o Terceiro Comando Puro (TCP) e os Amigos dos Amigos (ADA).
É difícil dizer se o número de facções está diminuindo ou crescendo no país, sobretudo quando se trata dos grupos menores, porque não há critério oficial para diferenciar uma facção criminosa de uma gangue com atuação circunstancial.
Um terremoto de magnitude 7,1 atingiu a Passagem de Drake, um corpo de água localizado entre o extremo sul da América do Sul e a Antártida, nesta quinta-feira (21), informou o Centro Alemão de Pesquisa em Geociências (GFZ).
A Passagem de Drake fica próxima ao Chile, entre o extremo sul da América do Sul e a Antártica, e é famosa por ser uma das regiões mais perigosas do planeta. O local é o ponto mais longínquo ao norte da Península Antártica.
O tremor ocorreu a uma profundidade de 10 km, segundo Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês).
“Não estamos conseguindo dialogar com a nova classe trabalhadora.”
A avaliação é de Edinho Silva, presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, o PT, em entrevista à BBC News Brasil, na segunda-feira (18/8).
Assumir que o partido enfrenta dificuldades para dialogar com a “classe trabalhadora” parece ter um peso extra para a liderança de um partido cujo nascedouro foi o movimento sindical do final dos anos 1970 e início dos anos 1980 e que carrega “trabalhadores” no nome.
Aos 60 anos de idade, Edinho Silva assumiu o comando do PT em julho, ao vencer as eleições internas do partido. Mesmo antes de vencer a disputa, ele já era apontado como um dos homens de confiança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Sociólogo, Edinho atribui essa dificuldade às próprias origens do PT, formado a partir da lógica da defesa de direitos de trabalhadores com vínculo formal de emprego. Em meio a um mercado de trabalho novo, o partido, segundo ele, vem precisando modernizar suas propostas.
“Sou defensor de que, em vez de nós ficarmos tentando regulamentar da perspectiva da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), que a gente comece a dialogar com esse trabalhador dentro dessa nova realidade”, diz.
O diagnóstico reflete uma das principais preocupações do PT neste momento: reconquistar diálogo com setores médios das periferias e com categorias marcadas pela informalidade, como motoristas de aplicativo e moto-entregadores.
Essa dificuldade de diálogo se viu refletida, em grande medida, no campo eleitoral. Em 2024, por exemplo, o partido obteve uma pequena recuperação no número de prefeituras conquistadas, saindo de 183 para 252. Apesar disso, o partido obteve o comando de apenas uma capital, Fortaleza.
Para Edinho, as urnas mostraram que parte da classe média brasileira, especialmente a que vive nas periferias das grandes cidades do país, virou as costas para o partido.
No campo político, Edinho critica o aumento do poder do Congresso Nacional sobre verbas do orçamento. Estimativas apontam que deputados e senadores sejam responsáveis pela execução de até R$ 52 bilhões por meio de emendas parlamentares, o que, segundo Edinho, descaracteriza o presidencialismo.
Apesar de Lula ter prometido, nas eleições de 2022, acabar com o chamado “orçamento secreto”, mecanismo que proporcionou esse aumento no volume de verbas atribuído aos parlamentares, Edinho diz que o presidente não teve forças para cumprir a promessa.
“Para voltar a caracterizar o presidencialismo, teríamos que alterar essas normas e, hoje, é impossível você alterar essas normas com a atual correlação de forças no Congresso Nacional”, afirma.
Apesar dos desafios, Edinho se diz confiante na força da legenda e no papel central de Lula em 2026.
“Eu tenho certeza absoluta de que o presidente Lula chegará em 2026 muito competitivo para ganhar as eleições.”
Filiado ao PT desde 1985, Edinho tem longa trajetória política no partido: foi vereador em Araraquara (SP), prefeito da cidade por quatro vezes, deputado estadual em São Paulo, ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social no governo Dilma Rousseff (PT) e coordenador da campanha de Lula em 2022.
A operadora Humana Saúde acionou a Polícia para intervir em um protesto que reuniu mães de pacientes e profissionais da clínica Janela Lúdica. No local, que é referência no tratamento de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), os policiais encontraram um cenário de tensão e revolta entre os familiares, pacientes e profissionais de saúde. A mobilização ocorreu no bairro de Lagoa Nova, na última quarta-feira (20), e foi motivada diante de cortes drásticos nos honorários dos profissionais e da interrupção de atendimentos, o que deixou famílias em situação de desespero. Vídeos que circulam na internet mostram a revolta de mães e pacientes no local.
Uma testemunha, que preferiu não se identificar, relatou que a mobilização surgiu diante da redução de 50% dos pagamentos aos profissionais, feita sem qualquer negociação prévia. “Essas mães estavam revoltadas porque durante muitos meses tentam consultas, têm dificuldades em função da alta demanda e ontem esse tratamento foi interrompido. Os profissionais não pararam por completo, mas houve uma paralisação parcial. As mães entenderam perfeitamente a reivindicação deles e acharam justas. Elas ficaram extremamente insatisfeitas com a atitude do plano de saúde”, afirmou.
Segundo a mesma fonte, a presença da polícia acirrou os ânimos. “O pior é que ninguém da operadora foi lá para conversar, dizer o que estava acontecendo ou mediar o assunto. Preferiram o caminho da polícia para coibir. Mas não era um caso de polícia. Se fosse, seria contra a operadora por negar atendimento e reduzir de forma abrupta o salário de profissionais dedicados”, criticou.
A dona de casa Camila Georg, mãe do Emerson Gerg, de 5 anos, uma criança autista, que precisa do atendimento, reforçou as denúncias contra o plano de saúde. “Descredenciaram clínicas e jogaram todas as crianças dentro da Janela Lúdica, sem ter condições de atender, sem profissionais suficientes. Estão pagando R$ 17 a hora trabalhada, menos 10%, ou seja, R$ 15,30.
Resumindo: nenhum profissional quis ficar. Eles estão saindo e avisando aos pais que estão se desvinculando da clínica. Nossos filhos vão ficar sem tratamento”, lamentou.
Ainda de acordo com Camila, a situação se agravou após mudanças na política da clínica. “Na sexta-feira houve uma reunião com os profissionais colocando as novas regras: se a criança faltar, mesmo com atestado médico, o profissional não recebe. E as mães, mesmo justificando, podem perder a vaga se houver três faltas. Isso é um absurdo. Ano passado a Humana foi adquirida pelo grupo Atenas, do Paraná, e aí começaram todos os problemas”, destacou.
A superlotação é outro ponto levantado pelas famílias. Antes, a clínica atendia cerca de 60 crianças. Hoje, já são aproximadamente 300, de acordo com os relatos. “Não bastasse a superlotação, a Humana fechou contrato para mandar mais crianças para cá. E ainda fazem terapia em grupo, colocando quatro ou cinco crianças em uma mesma sala, o que não é adequado. Não é isso que nossos filhos precisam”, criticou Camila.
Para os profissionais de saúde, a redução nos valores pagos e a falta de diálogo representam um golpe duro. Psicólogos, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais relatam dificuldades para manter seus planejamentos financeiros. “Cada um tem seu cronograma de vida, e esses recursos já fazem parte do dia a dia. Retirar de forma abrupta impacta diretamente na vida das famílias dos profissionais também”, relatou a testemunha.
Diante do impasse, mães e profissionais organizaram um protesto para a próxima segunda-feira (25), às 14h, em frente ao supermercado Nordestão, na Av. Salgado Filho, em Natal. O ato busca chamar a atenção da sociedade e das autoridades para o que consideram um desrespeito grave à saúde e ao direito de crianças com autismo. “Nossos filhos não podem ficar sem tratamento. A Humana precisa ser responsabilizada”, concluiu Camila.
Após a derrota na eleição para o comando da CPMI do INSS, integrantes do governo Lula apostam que alguns fatores ajudarão a diminuir o possível desgaste que a comissão poderia gerar para a gestão petista.
O primeiro deles é o julgamento de Jair Bolsonaro (PL) no STF, marcado para começar em 2 de setembro. A aposta de auxiliares de Lula é de que o julgamento do ex-presidente dividirá os holofotes com a CPMI.
Outro argumento citado por ministros e assessores de Lula é o de que a CPMI não terá o mesmo impacto da CPI da Covid, quando as pessoas assistiam às sessões pela TV, porque estavam confinadas em casa.
Apesar das apostas, integrantes do Palácio do Planalto dizem que vão “dobrar” a atenção na CPMI, sobretudo após a oposição derrotar o governo e garantir a presidência e a relatoria da comissão.
O conselho de administração da Petrobras elegeu nesta quinta-feira, 21, o conselheiro da estatal Bruno Moretti para a presidência do órgão, depois que Pietro Mendes renunciou ao cargo para ocupar uma diretoria da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), segundo apurou o Estadão/Broadcast.
A dúvida sobre a indicação direta de Moretti, segundo uma pessoa a par do tema, era se ele seria escolhido pelo ministro Alexandre Silveira para a Secretaria de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia (MME), cargo que também era ocupado por Pietro Mendes.
Segundo se especula no setor, porém, os nomes que estão sendo avaliados para a secretaria do MME são o de Tabita Loureiro, diretora da Pré-sal Petróleo (PPSA), e do diretor de Gás Natural do MME, Marcelo Gomes Weydt.
A eleição de Moretti como presidente do conselho de administração da Petrobras foi confirmada pela estatal no início da noite desta quinta-feira, por meio de fato relevante.
Quem é o novo presidente do Conselho da Petrobras
Secretário especial de análise governamental da Presidência da República e conselheiro de administração e membro do comitê de investimentos da Petrobras, Moretti é formado em economia pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Possui mestrado em Economia da Indústria pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), doutorado em Sociologia pela Universidade de Brasília (UnB) e estágio pós-doutoral em Sociologia pela UnB. Atualmente, é doutorando em Desenvolvimento Econômico pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Moretti foi diretor e secretário executivo substituto da Secretaria Executiva do Ministério da Saúde, entre 2014 e 2015. De 2015 a 2016 atuou como secretário executivo adjunto da Casa Civil da Presidência da República. Foi assessor técnico no Senado, de economia, infraestrutura, política fiscal e orçamento público entre 2017 e 2022.
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