Judiciário

Fachin libera para julgamento recurso de Lula contra prisão

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou nessa segunda-feira(27) para julgamento um recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra a decisão do plenário da Corte que negou um habeas corpus antes de ele ser preso, em abril.

O recurso, do tipo embargos de declaração, foi pautado, no entanto, para ser julgado em ambiente virtual, quando os ministros do STF podem decidir remotamente sobre uma questão que trate de temas com jurisprudência já consolidada. O julgamento está marcado para ocorrer entre os dias 7 e 13 de setembro.

Na apelação, apresentada ainda em abril, a defesa de Lula volta a questionar se a prisão após condenação na segunda instância deveria ter sido automática, uma vez que, segundo os advogados, a ordem de encarceramento contra o ex-presidente não teria sido adequadamente fundamentada.

Lula foi preso em 7 de abril, três dias depois de o plenário do STF ter negado, por 6 votos a 5, um habeas corpus para impedir sua prisão. Desde então, ele se encontra na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.

Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. Bolsonaro me parece ser o candidato mais firme nas ideias para temtar mudar esse país,na questão da segurança e contra a corrupção não vejo nele um novo Collor esperamos que ele governe para o povo e pelo povo sem cobrar por isso como fez o Lula, no mensalão e na lava jato.

  2. Se o “melhor presidente” de todos os tempos tivesse andando na linha e nao roubado tanto nao estaria preso. O luladrao nao foi preso pq foi presidente. Foi preso pq roubou muuuuuuuito.

    1. Bilhões! Quase trilhões!
      Só falta achar onde "o capo" escondeu esse dinheiro todo.
      O de Aecim já acharam, mas ele tá solto não sei porquê.

  3. Agora fica a interrogação, caso o ex-presidente venha a ser solto diante dos fatos que já foram mencionados e o mesmo condenado, ainda assim, tendo a pena aumentado, que moral terão mediante isso deixar outros políticos presos que cometeram o mesmo crime? Muito preocupante a política nacional de nosso país. Em um país de vergonha por exemplo, na Suíça isso não acontece como em outros países sérios, o próprio poder judiciário respeitam as Leis de seus países, principalmente quando se trata de corrupções.

    1. é verdade que num país onde os direitos são respeitados um inocente preso e culpados soltos, como os do PSDB e PMDB. Incluindo o Temeroso

    2. Os corruptos que estão soltos são protegidos pelo foro privilegiado em função dos cargos que ocupam. E se beneficiam da lentidão e da complacência de certos ministros do STF. A propósito, os petistas Tofolli e Lewandoviski, juntamente com Gilmar Mendes e Marco Aurelio de Melo são os grandes protetores dos corruptos. E todos eles são contra a Lava Jato.

    3. Pior será se o Bolsonaro for eleito, ele será um novo Collor, mas desta feita protegido pelo Congresso e pelo Judiciário. Depois que tiraram uma presidente legitimamente eleita e prenderam o melhor presidente do Brasil, a tendência é um regresso aos tempos sombrios do período militar. Com uma diferença, o período militar, pelo menos, não retirou direito dos trabalhadores. Tem mais. No futuro, depois da desgraça feita e do arrependimento, muitos não poderão negar que votaram no Bolsonaro como muitos fizeram com Collor. As redes sociais não os deixaram mentir. Deus nos proteja.

    4. Bolsonaro é a única esperança para o retorno do nosso Brasil ao caminho da ordem e do progresso. E isso fica ainda mais claro quando vemos a insistência de alguns em defender corruptos, inclusive os presos e aqueles soltos pelos ministros que comentei acima. Gente assim nem devia se denominar brasileiro.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Governo Lula omitiu por oito meses R$ 2,5 bilhões em honorários da AGU

Foto: Ricardo Stuckert / PR

Andreza Matais – Metrópoles

O governo Lula (PT) omitiu durante oito meses informações sobre a distribuição bilionária de honorários advocatícios pagos aos integrantes das três carreiras que compõem a Advocacia-Geral da União (AGU). Os dados pararam de ser publicados em novembro passado e só voltaram a ser atualizados nesta quarta-feira (16), após questionamentos da reportagem.

Desde dezembro passado, esses honorários somam R$ 2,5 bilhões. Os dados publicados no Portal da Transparência só vão até maio deste ano.

Como servidor de carreira da AGU desde 2006, o chefe da AGU, o ministro Jorge Messias, tem direito aos honorários advocatícios. Na última rodada de dados publicados pelo Portal da Transparência, referentes ao mês de maio de 2025, Messias recebeu R$ 21.096,23 em honorários.

Ou seja, sob Jorge Messias, a AGU manteve em sigilo durante meses os pagamentos recebidos pelo próprio ministro. Até então, os dados eram divulgados mensalmente.

A interrupção da divulgação das informações também contraria o discurso de campanha de Lula nas eleições de 2022. Na ocasião, o petista afirmou que faria um “revogaço” dos sigilos impostos na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

No último mês disponível no Portal da Transparência até então, ou seja, outubro de 2024, 33 pessoas receberam mais de R$ 100 mil em honorários. Um servidor, Marcos da Rocha, recebeu R$ 517.008,39. Outra, Maria da Conceição Carvalho do Prado, recebeu R$ 496.278,49.

Em maio deste ano, o maior pagamento foi a uma servidora chamada Regina Lucia Lopes Jaguaribe Haguette, no valor de R$ 478.701,19.

Além dos honorários em si, uma mudança recente nas regras também contribuiu para a elevação dos rendimentos dos integrantes da AGU: o pagamento do terço adicional de férias passou a considerar também o montante recebido em honorários. Ou seja, para fins de terço de férias, os honorários são parte do salário.

O sigilo imposto pela AGU na gestão de Jorge Messias coincide com a adoção da bandeira contra os supersalários pelo governo Lula (PT).

Nesta semana, a bancada petista na Câmara apresentou um projeto de lei para coibir a multiplicação dos “penduricalhos”, adicionais que inflam os rendimentos de alguns servidores públicos, principalmente no Judiciário. Recentemente, a deputada federal Tábata Amaral (PSB-SP) viralizou nas redes sociais com um vídeo sobre o tema.

No discurso, governo defende cortar supersalários

A distribuição elevada de honorários sigilosos na AGU coincide também com um momento de dificuldade, da parte do governo, para equilibrar as contas públicas.

A última crise a atingir o governo Lula (PT) seu deu por conta da derrubada, no Congresso, de um decreto presidencial que pretendia elevar as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).O assunto foi parar no Supremo Tribunal Federal (STF), e é uma das apostas do ministro Fernando Haddad (Fazenda) para fechar as contas deste ano.

Os honorários dos advogados da União são distribuídos pelo Conselho Curador dos Honorários Advocatícios (CCHA), uma entidade sem fins lucrativos criada por lei e vinculada à AGU. No ano passado, o CCHA recebeu R$ 3,84 bilhões. Desde fevereiro de 2017, recebeu R$ 15,8 bilhões da União.

Honorários são uma espécie de prêmio pago aos advogados quando vencem uma ação judicial – neste caso, trata-se de processos nos quais a União era parte, representada por um advogado público da AGU. O valor é rateado entre os cerca de 8 mil integrantes das carreiras da AGU, inclusive aposentados.

Procurado, o CCHA disse que a publicação das informações parou de ser feita por “incompatibilidades técnicas” entre os sistemas da entidade e da Controladoria-Geral da União (CGU), que mantém o Portal da Transparência.

Disse ainda que os dados “já foram enviados” e que CGU e CCHA estão trabalhando para “viabilizar a correta publicação das informações, o que deve acontecer nos próximos dias” (leia mais abaixo). A entidade não deu prazo para voltar a publicar as informações.

À coluna, Messias disse que determinou à própria AGU que passe a publicar os valores dos honorários, enquanto os montantes não estiverem disponíveis no Portal da Transparência. “Não podemos aceitar não ter transparência”, disse ele.

No entanto, até o momento, as informações não estão disponíveis no site do órgão. A página da AGU na internet até inclui uma aba sobre os honorários advocatícios, mas o link direciona para a página inicial do Portal da Transparência, onde os dados pararam de ser publicados em dezembro.

AGU: Informações estão com CCHA

Procurada, a AGU disse que a publicação das informações sobre os honorários advocatícios é “de responsabilidade exclusiva do CCHA” e que informações pessoais de Jorge Messias e de outros membros da AGU devem “ser consultadas diretamente no Portal da Transparência”.

Leia abaixo a íntegra da resposta da AGU:

“Segundo a previsão do art. 27 da Lei n° 13.327, de 29.7.2016, os ‘honorários advocatícios de sucumbência das causas em que forem parte a União, as autarquias e as fundações públicas federais pertencem originariamente aos ocupantes’ de cargos jurídicos da Advocacia-Geral da União (AGU).”

O atual advogado-geral da União, Jorge Messias, é também procurador da Fazenda Nacional, concursado, desde 2006.

As informações pessoais relativas à remuneração do Advogado-Geral, assim como de todos os demais membros da AGU, devem ser consultadas diretamente no Portal da Transparência do Governo Federal, cuja atualização é responsabilidade do próprio Conselho Curador dos Honorários Advocatícios (CCHA) e da Controladoria-Geral da União (CGU).

As decisões relacionadas à autorização de pagamento, critérios de distribuição e à natureza das verbas — sejam elas ordinárias ou referentes ao reconhecimento de direitos não pagos dentro do prazo — são de responsabilidade exclusiva do CCHA, conforme previsão do art. 34, caput e incisos I a V, da Lei nº 13.327, de 2016.

Dessa forma, sobre honorários, as informações devem ser solicitadas diretamente ao CCHA”.

CCHA: pagamentos voltarão a ser públicos nos próximos dias

Procurado, o Conselho Curador dos Honorários Advocatícios (CCHA) disse que a publicação das informações foi suspensa por “incompatibilidades técnicas” entre os sistemas da entidade e do Portal da Transparência, mantido pela Controladoria-Geral da União (CGU). Ainda segundo o CCHA, a publicação das informações deve voltar a ser feita nos próximos dias.

Leia abaixo a íntegra da manifestação do CCHA:

“Com a implementação de um novo modelo de detalhamento das informações, mais preciso e transparente, foram identificadas incompatibilidades técnicas entre os sistemas do Conselho Curador dos Honorários Advocatícios (CCHA) e os sistemas atualmente utilizados pela Controladoria-Geral da União (CGU).

Apesar disso, os dados já foram devidamente enviados, e ambas as instituições estão trabalhando conjuntamente na parametrização e adequação dos sistemas, a fim de viabilizar a correta publicação das informações, o que deve acontecer nos próximos dias.”

Andreza Matais – Metrópoles

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Argentina: Justiça intima Cristina Kirchner e mais 8 condenados por corrupção a pagarem R$ 3 bilhões por “dano causado ao erário”

Foto: Emiliano Lasalvia/AFP

Um tribunal da Argentina determinou na terça-feira, 15, que Cristina Kirchner e outros oito condenados por corrupção paguem, juntos, 684,99 bilhões de pesos argentinos (cerca de R$ 3 bilhões), segundo decisão divulgada pela imprensa local. A defesa de Kirchner não informou se irá recorrer da decisão.

A ex-presidente Kirchner (2007-2015) foi condenada em junho a seis anos de prisão e à inelegibilidade política perpétua por administração fraudulenta na concessão de obras viárias durante seu mandato. Atualmente, cumpre a pena em prisão domiciliar.

Após uma perícia oficial sobre o “dano causado ao erário”, o tribunal determinou que Kirchner e os demais condenados paguem, em conjunto, a soma de 684,99 bilhões de pesos argentinos.

A decisão não especifica quanto cada um deverá pagar. O valor “deverá ser depositado em conta à disposição do tribunal no prazo de dez dias úteis”, conforme o documento. Esse prazo se estende até 13 de agosto devido ao recesso do Judiciário argentino.

Caso o pagamento não seja realizado, a Justiça confiscará valores e leiloará os bens já bloqueados dos condenados, conforme previsto no despacho.

Na última declaração de bens feita à Oficina Anticorrupção em 2023, Cristina Kirchner informou possuir um patrimônio de quase 250 milhões de pesos argentinos (cerca de R$ 1,125 milhão).

Segundo informações da imprensa local, a ex-presidente também tinha diversos imóveis, que foram transferidos para seus dois filhos há alguns anos.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Comissão da Câmara aprova isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil; Projeto segue para o plenário

Foto: Vinícius Loures/Câmara dos Deputados

Uma comissão especial da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (16) o projeto que aumenta a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para R$ 5 mil.

A partir deste valor, inicia-se uma transição com descontos no imposto para quem ganha até R$ 7.350.

Atualmente, estão isentos do pagamento de IR quem ganha até dois salários mínimos deste ano, o equivalente a R$ 3.036.

O texto foi aprovado em votação simbólica na comissão especial, criada sobre o tema. Agora, a proposta segue para análise do plenário da Câmara. O que deve ocorrer após o recesso parlamentar, em agosto.

Para compensar o aumento das isenções e descontos, será aplicada uma alíquota extra progressiva de até 10% para quem ganha acima de R$ 600 mil por ano, ou R$ 50 mil por mês.

Esta alíquota máxima de 10% incidirá para quem recebe anualmente partir de R$ 1,2 milhão (R$ 100 mil por mês).

Mudança proposta por Lira

O projeto foi enviado ao Congresso pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No texto original, a faixa de desconto iria até R$ 7 mil.

Na semana passada, o relator, Arthur Lira (PP-AL), disse que aumentou este limite para manter a neutralidade da proposta, uma vez que, nos moldes enviados pela Fazenda, o projeto teria R$ 29 bilhões de sobra de arrecadação.

Lira cogitou reduzir o imposto previsto para os mais ricos no projeto original de 10% para 8% ou 9%.

Mas disse que “a dureza com que foi tratado” durante a tramitação da pauta o fez optar por “privilegiar o andar de baixo”.

A ampliação da faixa de desconto de R$ 7 mil para R$ 7.350 deve beneficiar 500 mil pessoas, segundo o relator.

g1-RN

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

VÍDEO: Polícia Civil deflagra “Operação Agrado” para apurar prática de corrupção envolvendo servidores públicos e despachantes ligados ao Detran-RN em Mossoró

A Polícia Civil do Rio Grande do Norte, por meio da Delegacia Especializada de Defesa da Propriedade de Veiculos e Cargas (DEPROV/Mossoró), com o apoio do 2º Núcleo de Investigação Qualificada (2º NIQ), deflagrou, nesta quarta-feira (16), a “Operação Agrado”, com o objetivo de apurar a prática dos crimes de corrupção passiva, corrupção ativa e associação criminosa envolvendo servidores públicos e despachantes ligados ao Departamento Estadual de Trânsito (Detran/RN), no município de Mossoró.

A ação resultou no cumprimento de nove mandados de busca e apreensão, duas medidas de afastamento cautelar da função pública e cinco medidas cautelares diversas da prisão, expedidas pela 3ª Vara Criminal de Mossoró.

A Polícia Civil informou em nota que em breve dará mais detalhes da operação.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Em nova carta aos EUA, governo Lula cita ‘indignação’ com tarifaço e fala em negociar

Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo

O governo Lula informou nesta quarta-feira (16) que enviou uma nova carta ao governo dos Estados Unidos na qual manifestou “indignação” com a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, informou estar disposto a negociar e cobrou resposta a uma outra mensagem enviada em maio.

Segundo o governo, a carta enviada em maio continha uma proposta confidencial sobre possibilidades de negociação de tarifas comerciais.

A nova carta é assinada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, que também comanda o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), e pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.

O documento foi enviado nesta terça (15) é endereçado ao secretário de Comercio dos EUA, Howard Lutnick, e ao representante de Comércio do país, Jamieson Greer.

Desde que Trump anunciou no início do ano uma série de tarifas a produtos importados vendidos no mercado americano, Alckmin e Vieira conversaram com autoridades americanas, incluindo Lutnik e Greer.

“O governo brasileiro manifesta sua indignação com o anúncio, feito em 9 de julho, da imposição de tarifas de importação de 50% sobre todos os produtos exportados pelo Brasil para os Estados Unidos, a partir de 1° de agosto”, diz um trecho da carta.

“A imposição das tarifas terá impacto muito negativo em setores importantes de ambas as economias, colocando em risco uma parceria econômica historicamente forte e profunda entre nossos países”, completa o documento.

As autoridades brasileiras afirmam que estão prontas para dialogar com os norte-americanos e negociar uma solução “mutuamente aceitável” sobre o comércio bilateral entre os dois países.

“[Dialogar] com o objetivo de preservar e aprofundar o relacionamento histórico entre os dois países e mitigar os impactos negativos da elevação de tarifas em nosso comércio bilateral”, acrescenta o documento.

Membros do governo Lula afirmaram nesta quarta-feira à GloboNews que o governo Trump ainda não procurou o Brasil formalmente para negociar a tarifa de 50% anunciada pelo presidente americano.

g1

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Para 53%, discurso que coloca ricos contra pobres “não está certo”, diz pesquisa Quaest

Foto: Ricardo Stuckert / PR

Pesquisa Quaest divulgada nesta 4ª feira (16.jul.2025) mostra que mais da metade dos brasileiros é contra “o discurso que coloca ricos contra pobres“.

O levantamento encomendado pela Genial Investimentos ouviu 2.004 pessoas de 16 anos ou mais em todo o Brasil de 10 a 14 de julho. A margem de erro é de 2 p.p., para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.

Eis o cenário da pesquisa, quando os entrevistados responderam à pergunta “Com qual das opiniões você concorda mais? O discurso que coloca ricos contra pobres…”:

  • Não está certo, porque cria mais briga e polarização – 53%;
  • Está certo, porque chama atenção para os privilégios de alguns – 38%;
  • Não souberam ou não responderam – 9%.

A mesma pesquisa mostrou que 60% dos entrevistados são favoráveis a elevar a taxa do Imposto de Renda para os super-ricos.

  • A favor da elevação da taxa de IR para super-ricos – 60%
  • Contra a elevação da taxa de IR para super-ricos – 35%
  • Não souberam ou não responderam – 5%

O levantamento mostra que 75% defendem a elevação da faixa de isenção do IR.

  • A favor da elevação da faixa de isenção do IR – 75%
  • Contra a elevação da faixa de isenção do IR – 21%
  • Não souberam ou não responderam – 4%

Os entrevistados também disseram que são a favor de aumentar o imposto dos mais ricos para diminuir o dos mais pobres.

  • São favoráveis à medida – 63%
  • São contrários à medida – 33%
  • Não souberam ou não responderam – 1%

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou uma reforma do Imposto de Renda que estabelece isenção para quem recebe até R$ 5.000 por mês. Para compensar a perda de arrecadação, a proposta cria alíquotas mínimas para quem recebe mais de R$ 50.000 por mês. Parte do Congresso resiste à medida.

A esquerda conseguiu emplacar críticas aos super-ricos logo depois da derrubada do aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) pelo Congresso em 25 de junho. O aumento do IOF integra uma série de medidas do governo para aumentar a arrecadação e equilibrar o Orçamento. O Planalto aproveitou o contexto da derrota para reforçar o discurso a favor da aprovação da reforma do Imposto de Renda.

Em 2 de julho, durante evento em Salvador, Lula exibiu um cartaz da campanha “Taxação BBB: Bilionários, Bancos e Bets”. A imagem foi compartilhada em suas redes sociais com a mensagem: “Mais justiça tributária e menos desigualdade. É sobre isso”.

O PT impulsionou campanhas nas redes sobre o tema, defendendo a necessidade de taxar os super-ricos. Perfis de esquerda usaram o mote “Congresso inimigo do povo”. Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara dos Deputados, virou um dos principais alvos dos vídeos produzidos com inteligência artificial. Nas peças, o congressista é chamado de “Hugo nem se importa”.

No dia 10 de julho, movimentos sociais se uniram a partidos e congressistas de esquerda em um ato na avenida Paulista que reuniu 15.100 pessoas, segundo estimativa do Monitor do Debate Político no Meio Digital da USP (Universidade de São Paulo). A manifestação que tinha como mote “Congresso Inimigo do Povo”.

Poder 360

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Tarifaço de Trump: perfis com comportamento de ‘robôs’ turbinam reação da esquerda no X

Foto: ANDREW CABALLERO-REYNOLDS / AFP

Perfis de esquerda com poucos seguidores e indícios de comportamento automatizado e coordenado concentraram boa parte da mobilização crítica ao ex-presidente Jair Bolsonaro e ao presidente americano Donald Trump na rede social X, após o anúncio do tarifaço a produtos brasileiros. Dados reunidos pelo GLOBO a partir da ferramenta de monitoramento Brandwatch mostram que cerca de um terço do 1,6 milhão de postagens com o mote “Bolsonaro taxou o Brasil”, feitas ao longo da última semana, partiu de um conjunto pequeno de contas com alto volume e frequência de publicações.

Do total de 149 mil contas analisadas entre 9 e 14 de julho, cerca de mil delas concentraram 31% de todo o conteúdo — alinhado ao discurso do governo de Luiz Inácio Lula da Silva — compartilhado no período (500 mil postagens). No grupo, 639 somam menos de mil seguidores cada, número consideravelmente inferior ao total de usuários que acompanham, por exemplo, influenciadores de esquerda conhecidos, como Thiago dos Reis (445 mil seguidores), ou a conta oficial do PT (1,5 milhão de seguidores).

Foto: Editoria de Arte/O Globo

Vinte posts por minuto

O perfil com maior volume de publicações no período, identificado como Gilson Araújo (@GilsonAraj90635), exemplifica o comportamento com indício de automação, tática associada nos últimos anos ao bolsonarismo. A conta fez 20 postagens por minuto na tarde da última sexta-feira, por volta das 14h, e tem apenas 169 seguidores no X. O perfil replicou em boa parte das publicações a hashtag “Bolsonaro taxou o Brasil”, atribuindo a responsabilidade do anúncio das tarifas de 50% sobre os produtos brasileiros ao ex-presidente.

Horas antes, o uso da mesma expressão foi incentivado por administradores de um grupo de WhatsApp que reúne influenciadores e apoiadores que compõem o chamado “Clube de Influência”, iniciativa lançada pelo PT há duas semanas para a mobilização contra o Congresso e pela campanha de “ricos contra pobres”. Reportagem do jornal “O Estado de S. Paulo” revelou na segunda-feira que a rede criada para abastecer influenciadores conta com integrantes do Instituto Lula, da Fundação Perseu Abramo e sindicatos.

Descrita no canal de mensagens como uma “nova estratégia” e uma “onda de tags e textos para não perder a pauta e derrubar a deles (oposição)”, a orientação para o uso da expressão foi dada às 11h09 da sexta-feira. Cerca de 50 minutos depois, a frase de efeito já circulava em contas de usuários alinhados à esquerda, tendo sido replicada pelo perfil com maior volume de publicações mapeado pelo GLOBO. Na postagem, a conta afirma que o ex-mandatário teria “taxado o Brasil para chantagear o STF e ficar livre de todos os crimes que cometeu”. Repostada também por outras contas, a mesma tag apareceu uma hora depois em primeiro lugar nos “trending topics” do X, marco registrado e comemorado também no canal de mensagens do WhatsApp.

A mesma hashtag foi replicada por uma segunda conta, identificada pelo nome “@OveinhoT78336”, também com comportamento semelhante ao de um “robô”. O perfil retuitou uma postagem que juntava a frase a outras hashtags recomendadas no grupo de WhatsApp: “BolsoTaxa” e “Defenda o Brasil”, além de “Estamos com Lula”. A conta, que tem 1.270 seguidores, fez 3.335 publicações ao longo da última semana, chegando à máxima de 27 postagens por minuto.

Em meio aos retuítes, também prevaleceram compartilhamentos de lideranças políticas da esquerda, como o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), e conteúdos com a expressão “Respeita o Brasil”, divulgada na semana passada após a ameaça de tarifaço feita por Trump. O slogan foi um dos difundidos nas redes sociais pela militância petista junto da campanha “Brasil com S de Soberania”, adotada em um vídeo publicado nos perfis do governo federal.

Resposta estruturada

A mobilização coordenada, segundo o diretor da Escola de Comunicação da Fundação Getulio Vargas (FGV Comunicação Rio), Marco Aurélio Ruediger, é mais um indício de que a esquerda tem tentado “reposicionar” sua atuação nas redes nas últimas semanas, depois de dois anos reagindo a pautas levantadas pela direita:

— A resposta tem sido mais estruturada no sentido de contrabalancear a construção de narrativas que, geralmente, vem da oposição, e dessa vez conseguiu favorecer o governo pela entrada do trumpismo na discussão nacional. Hoje, quase não se fala mais sobre a questão da derrubada do IOF ou da crise do INSS.

O alcance da campanha contrária a Trump e Bolsonaro, para a professora e pesquisadora Letícia Capone, do Instituto Democracia em Xeque, favorece a percepção da população sobre o campo político, que passa a ser visto como um segmento que consegue convergir e mobilizar reações a decisões políticas:

— A partir do momento em que a esquerda e o governo passam a mobilizar hashtags e publicações, isso pode sugerir para a população que eles estão mais alinhados com o que está circulando na esfera pública.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Um assunto para o nosso nobre ministro careca o Xandão resolver.
    Quem sabe ele não coloca essas pessoas no interminável inquérito das fake news??
    hehehehe…

  2. Um assunto nosso nobre ministro careca o Xandão resolver.
    Quem sabe ele não coloca essas pessoas no interminável inquérito das fake news??
    hehehehe…

  3. O pior é que isso revela que a esquerda conta com o baixo QI médio do brasileiro para se perpetuar no poder, mentindo e alienando

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Música

Show “João Bosco Quarteto” chega ao Teatro Riachuelo Natal em 1º de agosto

Foto: Divulgação

Um dos maiores nomes da música brasileira, João Bosco sobe ao palco do Teatro Riachuelo Natal no dia 1º de agosto com o show “João Bosco Quarteto”. A apresentação marca o retorno do artista à capital potiguar em uma noite que promete emoção, poesia e grandes clássicos da MPB. Os ingressos estão disponíveis a partir de R$ 100 na bilheteria do teatro e no site uhuu.com.

Com uma carreira sólida e respeitada, João Bosco é conhecido por sua voz marcante, seu violão inconfundível e por composições que fazem parte da história do Brasil. No repertório do espetáculo, o artista reúne músicas de seu mais recente álbum, Boca Cheia de Frutas — apontado pela crítica como um dos lançamentos mais importantes do ano —, e sucessos consagrados como “O Bêbado e a Equilibrista”, “O Mestre Sala dos Mares”, “Kid Cavaquinho”, “Jade”, “De Frente pro Crime” e muitos outros.

No palco, João Bosco reafirma seu talento como artesão da canção popular, misturando ritmos, crítica social e lirismo com maestria. O show celebra a força da música brasileira e convida o público a cantar junto com um dos maiores compositores do país.

A abertura da noite ficará por conta do potiguar Sueldo Soaress, que apresenta um repertório autoral com influências da música nordestina. A apresentação integra a programação do Projeto Toca Brasil, que conecta artistas consagrados a talentos regionais.

O evento é realizado pela Viva Promoções e conta com incentivos da Lei Djalma Maranhão, patrocínio da Unimed Natal, Hotel Villa Park e Espacial Veículos, além do apoio da Lei Câmara Cascudo, via Secretaria de Cultura do RN e Fundação José Augusto, CDA Distribuidora e Supermercados Nordestão.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Cidades

Greve dos motoristas intermunicipais é suspensa no RN; negociação será retomada nesta quarta

Foto: Divulgação

Os trabalhadores do transporte de passageiros intermunicipal no Rio Grande do Norte adiaram por 24 horas o início da greve da categoria, que estava prevista para começar nesta quarta-feira (16). De acordo com o secretário-geral do Sindicato dos Rodoviários do Estado (Sintro/RN), Arnaldo Dias, a decisão atendeu a um pedido feito pela Procuradoria do Trabalho durante audiência de conciliação realizada no fim da tarde da terça-feira (15). As informações foram publicadas no perfil oficial do Sintro/RN no Instagram. Uma nova rodada de negociações está prevista para às 17h desta quarta.

A reunião de conciliação, realizada no Ministério do Trabalho do Estado, contou com a participação de representantes dos motoristas do transporte intermunicipal e do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do RN (Setrans). “A gente teve essa rodada de negociação para chegar a um acordo com os empresários, mas alguns pontos avançaram e outros não. Por conta disso, o procurador pediu para suspendermos a greve no prazo de 24h”, afirma o secretário-geral do Sintro-RN.

O edital de greve dos motoristas foi publicado no último sábado (12). De acordo com o documento, o cancelamento da paralisação depende do aceite do Setrans/RN quanto ao dissídio econômico da categoria e às cláusulas sociais da negociação referente à data-base 2025/2026.

Segundo Arnaldo Dias, embora tenha havido convergência em relação às reivindicações salariais e ao vale-alimentação na audiência desta terça-feira (15), os empresários não aceitaram pagar o valor retroativo da data-base referente ao mês de julho. Além disso, a categoria segue reivindicando o pagamento integral do plano de saúde e os valores retroativos do vale-alimentação.

As pautas voltarão a ser discutidas em nova audiência marcada para as 17h desta quarta-feira (16). Mesmo com a possibilidade de início da greve a partir desta quinta-feira (17), o secretário destaca que a expectativa é de que Sintro e Setrans cheguem a um entendimento. “O sindicato está sendo aberto. A greve deveria ter sido iniciada na terça e suspendemos e viemos para negociação”, destaca o secretário do Sintro/RN.

Tribuna do Norte

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Quaest: Pela 1ª vez, mais brasileiros acham que economia vai piorar em vez melhorar

Foto: Reprodução

Pela primeira vez na série histórica da pesquisa da Quaest, iniciada em junho de 2023, Pela 1ª vez, mais brasileiros acham que economia vai piorar em vez melhorar nos próximos 12 meses. O percentual dos que têm essa perspectiva superou o de quem acredita em uma melhora no cenário econômico.

Segundo a pesquisa, encomendada pela Genial Investimentos, 43% dos entrevistados disseram que a expectativa é de que a economia vai piorar. Na última pesquisa, realizada em maio de 2025, 30% tinham essa opinião.

Agora, 35% dos entrevistados responderam que acreditam na melhora da economia. Esse percentual era de 45% em maio.

Outros 19% acham que a situação vai continuar como está, e 3% não souberam responder.

Veja os números

  • 43% acreditam que a economia vai piorar (era 30% na última pesquisa)
  • 35% acreditam que a economia vai melhorar (era 45% na última pesquisa)
  • 19% acreditam que a economia vai permanecer igual (era 21% na última pesquisa)
G1

Opinião dos leitores

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *