Esporte

(FOTOS) – Nova Ronda? Conheça a musa brasileira estreante do UFC que é ex-judoca

Luana Pinheiro sonha seguir os passos de Ronda Rousey — Foto: reprodução/Instagram

Quando judô e MMA são colocados lado a lado na mesma frase, o nome de Ronda Rousey é uma das primeiras lembranças que surgem na mente dos fãs de artes marciais. A americana, que fez história ao se tornar a primeira campeã do UFC, inspirou muitas outras mulheres e meninas ao redor do mundo. Uma delas é a judoca brasileira Luana Pinheiro, fã da peso-galo que optou por seguir os passos da estrela e trocar o quimono pelas luvas. Pouco mais de quatro anos após a migração, a paraibana conquistou seu maior desejo na última semana, quando foi contratada por Dana White no Contender Series ao nocautear Stephanie Frausto no round inicial.

— Comecei a acompanhar a Ronda porque ela vinha do judô e estava no UFC. Ela entrava, derrubava e pegava o braço de todo mundo. Eu ficava impressionada. Todos os meus amigos iam em algum bar, restaurante ou na casa de alguém para poder assistir. Eu ficava olhando e pensava: “Ninguém se reúne para ver minha luta de judô. Será que isso não é mais legal? Eu quero isso, quero que todo mundo saia daqui e vá me ver, quero todos os meus amigos torcendo por mim”. Nas competições de judô, tem um monte de lutas acontecendo ao mesmo tempo, você é só mais um. No MMA é tudo focado em você, todo mundo te assistindo. Então decidi que queria aquilo. Se a Ronda tinha conseguido por que eu não poderia? — comenta Luana, em entrevista ao Combate.com.

Luana Pinheiro começou a praticar judô ainda na infância, por influência dos pais — Foto: Reprodução/Instagram

Luana Pinheiro, hoje com 26 anos, nasceu em João Pessoa, na Paraíba, numa família em que o judô está no DNA: a mãe e os cinco irmãos são faixas-pretas, e o pai, coral. Por isso, a lutadora começou a praticar a arte marcial japonesa aos dois anos. Ela buscou outras modalidades – praticou natação, ginástica olímpica, futsal, surfe, handebol e balé – mas o judô acabou prevalecendo.

— Teve uma época em que eu estava querendo surfar, ficava de corpo mole no judô, e meu pai ameaçava jogar minha prancha fora. Eu ficava o dia inteiro na praia e à noite estava acabada. Eu me dei conta de que precisava treinar e me dedicar mais quando tinha 10 anos e ganhei minha primeira seletiva para ir ao (campeonato) sul-americano. Isso acabou sendo depois que eu fiquei mais velha. No começo não tem como, você é uma criança e quer fazer um milhão de coisas, tem energia para isso ainda. Depois de velha é que tem de escolher apenas uma porque o corpo já não aguenta.

Após se formar no colégio, surgiu a primeira grande mudança em sua vida: no início de 2012, uma oportunidade de treinar no Minas Tênis Clube, em Belo Horizonte, fez com que a jovem de 17 anos deixasse a família e fosse morar numa cidade distante.

— Eu fiquei feliz porque estava saindo de casa, que é o sonho de qualquer adolescente. Estava naquela “pilha” de poder sair de casa sozinha, na hora em que eu quisesse. Porque lá (no Minas) você mora numa república, até tem hora para voltar, mas não tem de ficar avisando aonde vai. Fiquei feliz de início, mas os meses foram passando e fui vendo que não seria tão legal assim. Quando chega o final de semana, por exemplo, você fica sozinha, não tem o que fazer. Como a gente convive muito com o pessoal que treina, também fica enjoado um do outro. Eu queria ver minha mãe, minha família… e não podia, eu só tinha que ficar sozinha num quartinho.

Em Belo Horizonte, Luana ainda chegou a iniciar duas graduações, em Fisioterapia e Arquitetura, ambas não concluídas. As obrigações acadêmicas eram difíceis de serem conciliadas com o dia a dia de treinamentos e, como atleta do Minas, a judoca já garantia seu rendimento apenas com o esporte.

— A gente viaja muito no judô, tem muita competição, e quando eu mudei para Arquitetura tinha muito trabalho para fazer. E todos os meus trabalhos eram individuais, eu não conseguia fazer um trabalho em grupo porque ninguém podia ir na minha casa e meus amigos também moravam em outra cidade. Eu não tinha como tirar um dia para fazer só o trabalho da faculdade, tinha que treinar sempre. O treino era o principal, a faculdade era um extra que eu tinha que arrumar tempo. Então várias vezes já fiquei estudante até seis horas da manhã quando tinha prova.

Em 2015, após perder a seletiva de classificação para as Olimpíadas do Rio, Luana tomou a decisão de migrar para o MMA, um desejo que já vinha crescendo em sua mente. A atleta já não sentia mais a mesma empolgação na prática do judô e não estava animada para encarar mais um longo ciclo olímpico em busca da classificação para Tóquio 2020. No Natal, revelou aos pais o desejo de começar nas artes marciais mistas. As primeiras reações não foram muito favoráveis, e Luana lembra que escutou perguntas como “você está maluca?” e “Já brigou na rua, já tomou um soco na cara?”.

— Minha mãe não curtiu muito a ideia, mas não iria me proibir. Eu estava indo embora de lá, fui me despedir do meu pai, e ele falou que tinha um presente para mim. Ele me deu uma luva de boxe, mesmo não curtindo muito a ideia. Até hoje ele não gosta muito, porque, como ele veio do judô, ainda tem muito essa coisa de usar só a técnica, de ter a disciplina, sem agressividade. Então me deu essa luva de boxe, falou que não curtiria muito mas que me apoiaria se eu quisesse – afirma Luana, que já havia conhecido Cristiano “Titi”, seu primeiro mestre no MMA.

— Antes de eu ir para João Pessoa de férias já tinha conhecido o sensei Titi. Toda semana tinha um treino de chão lá no Minas e ele é quem ia passar umas dicas para a galera. Ele tinha me convidado para fazer um treino de jiu-jítsu, eu fui e perguntei se lá tinha MMA também. Pedi para fazer um treino mas ele disse que o sensei Floriano (do judô) não deixaria. Não tinha como eu fazer um treino de MMA e depois ir pro Minas se me machucasse. Então já fui para casa com essa ideia e quando voltei para Belo Horizonte já estava decidida que queria lutar MMA.

No início de 2016, então, Luana começou sua jornada no MMA na equipe BH Rhinos, liderada pelo mestre “Titi”. Naturalmente, sua maior dificuldade no início foi em absorver as técnicas da trocação.

– No judô eu já era uma menina agressiva. Eu já derrubava e não parava até a menina encostar as costas no chão e o árbitro parar. No judô eu já tinha esse ímpeto de bater, mas não podia. E no MMA eu poderia bater em alguém com toda a minha força e seria normal, estava no esporte, ninguém iria me chamar de maluca. Então foi uma coisa que gostei muito, de poder extravasar, mostrar minha força. Foi difícil. No primeiro treino o sensei já me colocou para fazer boxe com queda, chamou uma menina do jiu-jitsu… a gente começou a trocar soco e eu não sabia nem socar direito, era quase uma briga de rua (risos). O meu instinto, quando chegava perto, já era de abraçar e derrubar de qualquer jeito. É uma coisa que vem de mim.

Com cerca de seis meses de treinamento, em outubro de 2016, Luana fez sua estreia no MMA. Ela optou por não competir na modalidade amadora e já fazer a primeira luta no profissional: “Como assim vou apanhar e não vai valer nada?”, diz. A mãe e a irmã da peso-palha viajaram de João Pessoa a Belo Horizonte para assistir ao confronto, e as colegas de equipe dos tempos de judô também se fizeram presentes. Com arena lotada, Luana viveu uma emoção que ainda nunca havia sentido na vida.

— No judô, se perder, já tem outra luta na próxima semana, pode disputar repescagem… No MMA é a sensação de estar indo para a guerra, instinto de sobrevivência: se eu não matar, vou morrer. Tem uma luta em que a Ronda derruba a adversária no kochi guruma, segura no honke zagatame, fica socando, olha pro árbitro e o árbitro acaba (contra Alexis Davis). Minha intenção era fazer igual. Começou a luta, caí por cima da menina, encaixei no honke zagatame e fiquei batendo… olhei para o árbitro e ele não parava, a menina começou a se mexer e pensei: “Meu deus, eu achei que fosse acabar aqui”. E minha mãe gritando de desespero do lado de fora (risos). Foi bom para fazer três rounds de porradaria, de loucura. Foi um teste para eu saber se era aquilo que eu queria mesmo – contou Luana que, em 2018, por intermédio do namorado, o também lutador Matheus Nicolau, migrou para a academia Nova União, no Rio de Janeiro.

Com nove lutas no cartel e quatro anos de experiência no MMA, Luana atingiu o grande objetivo de todo lutador no último dia 10, ao nocautear Stephanie Frausto no Contender Series, em Las Vegas (EUA), e ganhar um contrato com o UFC.

— Entrar no UFC sempre foi o meu objetivo, nunca estive satisfeita nos outros eventos porque a Ronda estava lá (no UFC). Era algo que eu queria e não ia sossegar até conquistar. Pode ter sido cedo, mas foi uma coisa que eu batalhei para isso. Com certeza tem muitos atletas duros que estão há tempos no MMA e não têm essa oportunidade. Principalmente para homem, porque tem mais, mas acho que para mulher tem menos concorrência — diz Luana, que ganhou elogios de Dana White após o duelo.

— Fiquei feliz demais. A minha missão na luta era agarrar, derrubar, trabalhar o jiu-jítsu, o ground and pound… mas acabou que foi completamente diferente do que eu estava prevendo. Fiquei feliz ainda mais ainda por ele (Dana White) ter falado que queria ver meu judô no UFC. É bom para mim porque as meninas sempre esperam que eu vá agarrar como uma louca, mas já estou vindo de dois nocautes. Então, são mais armas para as adversárias se preocuparem.

Apesar de se tornar cada vez mais versátil dentro do cage, Luana avalia que pode levar certa vantagem sobre as adversárias do UFC impondo suas variadas técnicas do judô. A comparação com Ronda Rousey deve se tornar inevitável caso a paraibana tenha sucesso dentro no Ultimate – mas isto está longe de incomodar a peso-palha, na realidade, é motivo de orgulho.

— Logo quando eu migrei para o MMA era isso… Ronda, Ronda, Ronda… depois deu uma diminuída e agora está voltando. E eu realmente conheci o MMA por conta dela. Eu migrei para o MMA por conta dela. Então, é isso mesmo. E eu curto, quem não ser comparada com a Ronda? — conclui.

Globo, via Combate

Opinião dos leitores

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Saúde

Brasil registra 46 casos confirmados de intoxicação por metanol e 8 mortes

Foto: Reprodução

O Brasil já soma 46 casos confirmados de intoxicação por metanol após consumo de bebidas alcoólicas, conforme divulgado pelo Ministério da Saúde nesta sexta-feira (17). Além disso, 87 ocorrências seguem em investigação.

São Paulo concentra a maior parte dos casos: 38 confirmados e 44 suspeitos. O Paraná tem quatro confirmados, Pernambuco três, e o Rio Grande do Sul um. Ao todo, 528 suspeitas foram descartadas.

Outros estados com casos em investigação incluem Pernambuco (23), Rio de Janeiro (6), Piauí (3), Mato Grosso do Sul (2), Goiás (2), Paraná (2), Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraíba e Tocantins, todos com uma notificação cada.

Mortes

Até agora, o número de óbitos permanece em oito: seis em São Paulo e duas em Pernambuco. Outros oito casos de mortes estão sob investigação, com suspeitas em São Paulo, Pernambuco, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Pará. 26 mortes suspeitas já foram descartadas.

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Saúde

Micro e nanoplásticos estão em tudo que você come, bebe e respira, alertam cientistas

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Os micro e nanoplásticos já estão em todo lugar: água, ar, solo, alimentos e até dentro do corpo humano. Pesquisa de cientistas da UFF, UFRJ e Uerj analisou 140 estudos internacionais e comprova a onipresença dessas partículas, embora os efeitos exatos na saúde ainda estejam sendo investigados.

Partículas foram encontradas em alimentos comuns como açúcar, sal e mel, além de peixes e frutos do mar que transferem os microplásticos para os humanos. Animais contaminados já foram detectados da Amazônia ao Rio Grande do Sul, e a poluição também entra no corpo pela respiração e pela pele.

Estima-se que cada pessoa consuma entre 39 mil e 52 mil microplásticos por ano, podendo chegar a 121 mil se a inalação for considerada. O número sobe ainda mais para quem consome água engarrafada. Nanoplásticos, porém, são ainda mais difíceis de detectar, o que indica que a contaminação pode ser subestimada.

As partículas se acumulam em pulmões, sangue e órgãos, e já foram encontradas em placentas e cordões umbilicais, atingindo fetos. Um estudo detectou microplásticos em 60% dos coágulos arteriais, sugerindo um possível papel na formação de doenças cardiovasculares, embora a relação de causa e efeito ainda precise ser confirmada.

Enquanto ONU enrola, você engole plástico

O alerta dos cientistas é urgente: reciclagem, menos descarte e ação de governos e indústrias são fundamentais. A ONU tenta negociar um tratado internacional contra a poluição plástica, mas o fim das negociações já foi adiado duas vezes. Enquanto isso, o plástico segue entrando silenciosamente no corpo de todos.

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Brasil

BH: Polícia apreende 15 mil garrafas para falsificação de bebidas e interrompe possível rota do metanol

Foto: Divulgação/PCMG

A Polícia Civil de Minas deu um grande golpe na cadeia de falsificação de bebidas em Belo Horizonte. Cerca de 15 mil garrafas originais vazias, de marcas conhecidas como vodka, gin e whisky, foram apreendidas em um depósito no centro da cidade. Um homem de 61 anos foi conduzido para prestar esclarecimentos, mas liberado por não haver bebidas suspeitas no local, conforme informações da CBN.

Segundo a PC, todas as garrafas estavam com rótulos, tampas e bicos preservados, prontas para o envase clandestino. “O responsável revendia as garrafas exatamente com rótulo e tampas para reinvase. Precisamos identificar a fábrica e a origem da bebida adulterada”, explicou o delegado Rafael Alexandre de Faria.

O material apreendido foi encaminhado à Superintendência de Limpeza Urbana de BH para descarte seguro, evitando que retornasse ao mercado ilegal.

O delegado reforçou que a operação é parte do combate à adulteração com metanol, que tem provocado intoxicações graves em outros estados, principalmente em São Paulo. “Quando se utiliza álcool combustível adulterado na produção da bebida, há risco de formação de metanol. Ao atacar a falsificação, cortamos qualquer possibilidade de intoxicação”, disse.

Foto: Divulgação/PCMG

Além desta ação, a Polícia Militar, com apoio da Receita Federal, Instituto Mineiro de Agropecuária e Vigilância Sanitária, também realizou operações na semana contra produção, armazenamento e comercialização clandestina de bebidas alcoólicas.

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Política

Sancler de Garibaldi marca presença na 63ª Festa do Boi em Parnamirim

Foto: Divulgação

O pré-candidato a deputado estadual e coordenador-geral da Vice-governadoria do RN, Sancler de Garibaldi, circulou nesta sexta-feira (17) pela 63ª edição da Festa do Boi, no Parque Aristófanes Fernandes, em Parnamirim.

Ao lado do vereador de Caicó, Arthur Maynard, Sancler visitou os estandes da maior feira agropecuária do Norte-Nordeste, que reúne cerca de 600 expositores e movimenta mais de R$ 85 milhões em negócios.

Em sua fala, ele destacou a relevância do evento para a economia do estado e o fortalecimento do setor rural. “A Festa do Boi é um símbolo da força e da tradição do nosso agronegócio. Aqui, produtores, empreendedores e instituições se unem pelo desenvolvimento do estado, gerando emprego, renda e oportunidades para o homem do campo”, afirmou.

Promovida pela Associação Norte-Rio-Grandense de Criadores (ANORC), com apoio do Governo do Estado, SEBRAE-RN e outras instituições, a festa segue até sábado (18), com leilões, exposições, atividades técnicas e atrações culturais para toda a família.

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Gastronomia

O gosto da nossa cozinha e o tempero da nossa gente estão no Papo de Fogão desta semana

Tá pronto pro sabor? Essa semana o Papo de Fogão tá daquele jeito que a gente ama: tem o influenciador Militão Chaves ensinando um ravioli de gema que é puro encanto, e a bartender Letícia Biruta preparando uma caipirinha de caju com manjericão que é do outro mundo!

Vem sentir o gosto da nossa cozinha e o tempero da nossa gente!

SÁBADO
BAND MARANHÃO e PIAUÍ – 8h
PARAÍBA
TV CORREIO/RECORD, 13h30

DOMINGO
RIO GRANDE DO NORTE – TV TROPICAL/RECORD, 10h

Ou no nosso canal do YouTube
http://youtube.com/c/PapodeFogao

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Brasil

FAMÍLIA METANOL: Dona de fábrica clandestina não mostra arrependimento e mantém clima de frieza

Foto: Divulgação/SSP-SP

Vanessa Maria da Silva, dona da fábrica clandestina de bebidas que contaminou pelo menos três pessoas com metanol em São Paulo, segue fria e sem demonstrar arrependimento, segundo o delegado-geral da Polícia Civil, Artur Dian. Vanessa foi presa no dia 10, e a fábrica da família, em São Bernardo do Campo, foi fechada.

A fábrica é responsável pelos primeiros óbitos confirmados por metanol no Brasil: Ricardo Mira e Marcos Antônio Jorge Junior, que beberam bebida adulterada no Torres Bar, na Mooca, e um jovem que perdeu a visão e segue internado na UTI após consumir álcool adulterado no Nova Europa, no Planalto Paulista.

Vanessa e familiares compravam etanol em postos de combustível para adulterar as bebidas. O marido dela é conhecido no ramo de falsificação de bebidas. A polícia afirma que não há ligação com o crime organizado e que os postos não estavam envolvidos em operações de adulteração de combustíveis da PF.

Foram registrados 82 casos de intoxicação, sendo 38 confirmados e 44 em investigação, com 6 mortes confirmadas em São Paulo, Osasco, Jundiaí e São Bernardo do Campo, segundo a Secretaria Estadual de Saúde. O marido e o pai de Vanessa têm antecedentes criminais relacionados à falsificação de bebidas, mas Vanessa é a única presa até agora.

Três endereços do garrafeiro que auxiliava a família foram alvo de buscas e apreensões, assim como dois locais ligados ao irmão dele e bares em diferentes regiões da cidade. Apesar da família negar saber que o etanol estava contaminado, o delegado Dian alerta: ao adulterar bebidas, eles assumiram o risco de matar.

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Mundo

Cabello pega facão e dispara contra os EUA: “Defenderemos a pátria até com os dentes”

Foto: Reprodução/Instagram

O ministro da Justiça da Venezuela, Diosdado Cabello, não perdeu tempo. Nesta quinta-feira (16), em Carayaca, estado de La Guaira, ele discursou para militares com um facão na mão e avisou: “Vamos usar as armas do povo e, se precisar, defender a pátria até com os dentes”, conforme o Metrópoles. Cena de filme de ação? Talvez. Mas ali, é política real.

A tensão explode após Donald Trump autorizar operações da CIA no território venezuelano. Cabello deixou claro: quem tentar interferir vai encontrar resistência armada. “As armas do povo estão com o povo. Quem entrar aqui vai enfrentar camponês com facão ou fuzil em qualquer esquina”, disparou.

Enquanto os EUA intensificam ataques navais contra barcos suspeitos de levar drogas, já deixando 27 mortos, Maduro e Cabello não ficam parados. Exercícios militares rolam em Caracas e zonas de defesa integral são ativadas em Mérida, Trujillo, Lara e Jaracuí, com quase meio milhão de milicianos prontos para agir.

A escalada tem cheiro de guerra. Maduro é acusado de comandar o Cartel de los Soles, e a CIA recebeu poderes letais para agir no Caribe. Navios de guerra, caças F-35 e operações isoladas ou conjuntas mantêm a tensão no alto, e a Venezuela mostra que não vai recuar nem um centímetro.

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Judiciário

Barroso segue Rosa Weber e se despede do STF com voto polêmico sobre aborto: “Marca registrada” antes de sair

Foto: Fellipe Sampaio/STF

O ministro Luís Roberto Barroso não quis sair de fininho do STF. No seu último dia no tribunal, registrou voto pela descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação. A aposentadoria começa neste sábado (18), mas o ministro quis deixar sua marca — e de forma histórica.

Seguindo o caminho da ministra Rosa Weber, que em 2023 liberou o mesmo processo antes de se aposentar, Barroso registrou seu voto, fazendo com que a tenha 2 votos a 0 pela descriminalização. Mas o julgamento foi suspenso e só será retomado em plenário presencial, com debate e transmissão ao vivo.

Como presidente do STF, ele segurou o caso por dois anos, alegando que a sociedade não estava pronta para o debate, deixando claro que sua posição era pública e firme, mesmo sem gerar tumulto social. Em seu voto, Barroso afirmou que “a interrupção da gestação deve ser tratada como uma questão de saúde pública, não de direito penal”.

Ele destacou que o foco deve ser educação sexual, contraceptivos e apoio à mulher, e não a criminalização. Segundo o ministro, a penalização atinge principalmente meninas e mulheres pobres, que não têm acesso a informações, medicamentos ou procedimentos seguros, enquanto mulheres de classes média e alta podem recorrer a clínicas no exterior.

Hoje, o aborto no Brasil é permitido apenas em três situações: risco de morte da gestante, gravidez por estupro ou feto anencéfalo.

“Se os homens engravidassem, aborto não seria crime”, afirma ministro

Barroso ressaltou ainda que praticamente nenhum país democrático mantém o aborto criminalizado nas primeiras semanas, citando Alemanha, Austrália, Canadá, Espanha, França, Itália, Portugal, Reino Unido e 39 países europeus. Nos EUA, a decisão fica a cargo de cada Estado.

“As mulheres são seres livres e iguais, com direito fundamental à sua liberdade sexual e reprodutiva. Direitos fundamentais não podem depender da vontade das maiorias políticas. Se os homens engravidassem, aborto já não seria tratado como crime há muito tempo”, concluiu o ministro.

 

 

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Política

Alckmin minimiza tarifaço de Trump e garante: ‘Caminha para ser superado’ enquanto EUA engordam exportações

Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

O vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou nesta sexta-feira (17), direto da Índia, que o fator político citado por Donald Trump na carta que anunciou o tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros “caminha para ser superado”. O comentário veio um dia depois da reunião entre o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, na Casa Branca.

“Está ficando claro que a separação de poderes é a base da lei, do regime democrático. Não tem um poder que comanda o outro. E mais: os Estados Unidos não podem reclamar, as exportações americanas para o Brasil este ano estão crescendo a dois dígitos, mais de 11%”, disse Alckmin.

Rubio e Vieira divulgaram uma declaração conjunta na quinta-feira (16) classificando como “muito positiva” a reunião. O documento cita discussões sobre comércio e outras questões bilaterais, além da intenção de agendar um encontro entre Trump e Lula em breve.

Tarifaço no radar

O ministro Mauro Vieira afirmou que reforçou a posição brasileira transmitida pelo presidente Lula a Trump sobre a necessidade de reverter o tarifaço imposto desde julho.

“Manterei contato direto com o secretário americano nos próximos dias para monitorar o avanço e estabelecer prazos para novos encontros. O objetivo de que os presidentes se reúnam proximamente continua mantido”, disse Vieira.

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Política

FIM DO CASAMENTO: Ciro Gomes deixa PDT e mira PSDB ou União Brasil para 2026

Foto: Reprodução

O ex-governador do Ceará, Ciro Gomes, pediu nesta sexta-feira (17) sua desfiliação do PDT a Carlos Lupi, presidente nacional do partido. A carta, obtida pelo Antagonista, diz apenas que se trata de uma decisão difícil e agradece aos quase dez anos de militância.

O ex-governador evita detalhar os motivos. “Não desejo reproduzir neste documento as razões que me levam a esta dificílima decisão. Boa parte delas o companheiro conhece muito bem e nada pode fazer para removê-las”.

A saída ocorre em meio à aproximação do PDT com o PT, do governador Elmano de Freitas, favorito à reeleição, e já alimenta especulações sobre o futuro político de Ciro. Ele vem se aproximando do PSDB, mas o União Brasil também aparece como alternativa.

O ex-governador já criticou publicamente Lula, Bolsonaro e Temer durante o escândalo dos descontos não autorizados em aposentadorias, episódio que resultou na queda de Lupi como ministro da Previdência, embora ele não tenha sido investigado formalmente.

 

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