Política

Governo considera subsidiar conta de luz de grandes igrejas

Um dos potenciais beneficiados, o Templo de Salomão da Igreja Universal, tem cultos diários de manhã, à tarde e à noite Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas/VEJA

A pedido do presidente Jair Bolsonaro, o Ministério de Minas e Energia avalia alternativas para subsidiar a conta de luz de grandes templos religiosos. A pasta confirmou que está “estudando o assunto”. Uma minuta de decreto, espécie de documento prévio, foi elaborada e enviada ao Ministério da Economia, que resiste à ideia por contrariar a agenda reformista do ministro Paulo Guedes, defensor da redução desse tipo de benefício. A informação foi antecipada nesta sexta-feira pelo jornal O Estado de S. Paulo.

A intenção do governo é reduzir a conta de luz de consumidores de maior demanda, conectados à alta tensão, como basílicas e catedrais, que pagam tarifas mais caras no chamado horário de ponta, justamente quando acontecem algumas celebrações religiosas. O objetivo seria o de equivaler as tarifas mais caras, dos horários de maior consumo, às cobradas no restante do dia. O horário de ponta varia de acordo com cada distribuidora, mas costuma durar três horas seguidas, entre o fim da tarde e o início da noite nos dias de semana.

Apesar de ser direcionada a todos os templos religiosos, o alvo principal da medida são os evangélicos, com uma bancada que é uma das principais bases de apoio ao governo Bolsonaro. Em entrevista a VEJA, o bispo Robson Rodovalho, fundador da Sara Nossa Terra, defende que o presidente é “o primeiro a dar real importância às igrejas”, e que um subsídio desta natureza não havia sido discutido antes por “falta de vontade política”. “As igrejas sempre foram preteridas, por preconceito”, diz. No caso da Sara Nossa Terra, conta que usa geradores próprios para os ares condicionados, além de lâmpadas LEDs automáticas. “São poucos os templos grandes e pessoalmente, acredito que o impacto na economia seria pequeno”, diz.

Sócio-fundador e diretor do Centro Brasileiro de Infra Estrutura (CBIE), Adriano Pires, discorda da medida. “Se adotada, é absurda. Não dá para governar refém de grupos de interesses, porque uma hora vai ser a igreja, outra será os caminhoneiros, outra as montadoras”, diz Pires, que é especialista no setor de energia. Reforça que o valor que os templos deixariam de pagar teria de ser custeado por outros consumidores. “É preciso lembrar que a economia é um jogo de soma zero. Se um não paga, o outro paga por dois. E como o governo justificaria, por exemplo, que vai subsidiar energia das igrejas e não de escolas ou de hospitais?”, completa.

Se prosperar, este não será o primeiro afago de Bolsonaro à comunidade evangélica. Com o aval do presidente, o Congresso aprovou no ano passado um projeto que garante incentivos fiscais às igrejas até 2032, e, por decreto, liberou os templos de realizar adaptações para garantir a acessibilidade em áreas destinadas ao altar e ao batistério. Além disso, em julho, manifestou a intenção de indicar um presidente “terrivelmente evangélico” ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Veja

Opinião dos leitores

  1. Tomara que seja só mais uma iniciativa parte da estratégia bolsonariana de governar, propor um absurdo e depois voltar atrás. O famoso bode na sala.

  2. Que Deus nos proteja de tanta loucura, daqui a pouco esse maluco vai criar a "Jihad" tupiniquim , tálquêi!??

  3. Isso é um absurdo. O estado é laico e não pode subsidiar igrejas ainda mais do que já subsidia. Como o ministro da Economia vai aceitar isso?

  4. PAGAR CONTA DE ENERGIA ELÉTRICA DE IGREJAS, QUE JÁ SÃO ABUNDANTEMENTE BENEFICIADAS POR DISPENSA DE IMPOSTO DE RENDA PELOS DÍZIMOS E OFERTAS QUE OS FIÉIS DEIXAM "VOLUNTARIAMENTE"?
    ISSO É ALGUMA PIADA DE MAU GOSTO?

  5. Isso significa, simplesmente, usar o dinheiro arrecadado do povo para pagar a conta de energia das igrejas, que já têm imunidade tributária, ou seja, não pagam impostos.
    Se isso sair mesmo do papel será um tiro no pé do governo.
    Pra um país que está precisando de dinheiro, gastar com o improdutivo deveria ser das últimas opções.
    Melhor seria incentivar a qualificação da mão de obra e, com isso, gerar empregos com melhor renda.
    Subsídios para templos que já não pagam impostos é um absurdo.

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Polícia

MP do Pará investiga evento de Fafá de Belém que gastou mais de R$ 1,5 milhão

Foto: Reprodução

O projeto Varanda de Nazaré, tradicional evento organizado por Fafá de Belém durante o Círio de Nazaré, virou alvo de uma investigação do Ministério Público do Pará (MPPA).

Segundo o site Folha do Pará, o promotor de Justiça Sávio Rui Brabo de Araújo determinou a abertura de um inquérito civil para apurar supostas irregularidades no uso da verba de mais de R$ 1,5 milhão, liberada através de um chamamento público, celebrado entre a Fundação Cultural do Estado do Pará (FCP) e o Programa Estadual de Incentivo à Cultura (PEIC).

Ainda de acordo com a publicação, o objetivo da investigação é descobrir a destinação e a aplicação do valor de R$ 1.569.936,00 repassados para a realização do evento, que reúne artistas e políticos.

O inquérito está sob responsabilidade da Promotoria de Tutela das Fundações, Associações de Interesse Social, Falência, Recuperação Judicial e Extrajudicial. Até o fechamento desta nota, Fafá de Belém e a Fundação Cultural do Pará ainda não haviam se manifestado sobre o assunto.

No Instagram, a cantora foi bastante criticada: “Finalmente uma notícia boa 😍😍”, disse uma. “Essa mulher chega nessa época, enche os bolsos. Só aparece nessa época!”, afirmou outra. “O Círio [de Nazaré] já virou um ganho para os ricos”, reclamou um terceiro. “Enquanto isso, a saúde de Belém entrando em colapso”, pontuou mais uma.

Na edição deste ano, o Varanda de Nazaré contou com a presença de nomes conhecidos do público. Entre eles estão Alane Dias, Dira Paes, Fábio Porchat, Francisco Gil, Gerson Camarotti, Tati Machado e Rafa Kalimann.

Metrópoles

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Brasil

Ministro minimiza danos e diz que pasta apura causas de apagão

Foto: Reprodução

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que o apagão que atingiu todas as regiões do país na madrugada desta terça-feira (14), foi um problema na infraestrutura de transmissão e não falta de energia. A declaração foi feita durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais do MME (Ministério de Minas e Energia).

“Não houve grandes danos ao sistema, o dano foi pontual numa subestação da Eletrobras e nós vamos apurar através desse relatório para evitar novos episódios desse tipo”, afirmou Silveira.

O apagão, que afetou todas as regiões, começou com um incêndio em um reator da Subestação de Energia de Bateias, no Paraná. O incidente desligou a subestação, desagregando as regiões Sul e Sudeste/Centro-Oeste. A ocorrência gerou o desligamento de cerca de 10 mil megawatt de cargas.

O MME acionou um grupo especial de resposta rápida, e o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) informou que restabeleceu 100% das cargas em todas as regiões.

O ministro afirmou que o ONS deve apresentar o relatório até a próxima sexta-feira (17) para apurar o dano pontual e evitar novos episódios.

Moradores relatam apagão em várias regiões do país
Moradores de diversas regiões do Brasil relataram falta de energia elétrica na madrugada desta terça-feira (14). Segundo informações da analista da CNN, Isabel Mega, o governo federal está investigando as causas de um incêndio na Subestação de Energia de Bateais, localizada a 30 km de Curitiba, no Paraná, que pode ter causado o apagão em todo o país.

A Enel São Paulo informou que a interrupção afetou 937 mil clientes. Em Avaré, no interior de São Paulo, os usuários relataram que ficaram mais de uma hora sem energia elétrica.

No Rio de Janeiro, a Light RJ, concessionária de energia, comunicou que o apagão resultou na interrupção do fornecimento para 11 subestações da Light, afetando parte da Baixada Fluminense, zona Norte e zona Oeste, totalizando 450 mil clientes.

CNN

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Música

Bandigalado é atração do Oktober Fest Natal no Museu da Rampa

Foto: Divulgação

A Bandigalado Rock Natal será uma das atrações do Oktober Fest Natal, que vai acontecer no próximo dia 25 de outubro, um sábado, no Museu da Rampa, a partir das 16 horas. O show da banda irá iniciar às 18 horas, com a banda MobyDick abrindo o palco às 16 horas. O último lote de ingressos (quase esogtados) ainda está disponível pelo App Outgo. A Bandigalado é uma banda de rock natalense composta por sete integrantes: Alexandre Azevedo (vocal), Lucien Dantas (bateria), André Macedo (baixo), Cláudio Macedo (guitarra base), Silvério Neto (guitarra solo), Misael Queiroz (guitarra solo) e Pedro Ratts (teclado).

A banda foi fundada em 2011 por Alexandre, Lucien, André e Cláudio, amigos de infância e fãs de rock, para se divertirem e confraternizarem com amigos e familiares próximos. Profissionais liberais e sem qualquer experiência com música, os fundadores tiveram que estudar e desenvolver suas habilidades em cada instrumento, para poder se apresentar entre amigos. Com o passar do tempo, a banda se desenvolveu e incorporou novos músicos.

O quinto integrante a entrar foi Silvério, decisivo para a “profissionalização” da banda, elevando o nível e possibilitando tocar músicas mais elaboradas. Na sequência veio Misael, para abrilhantar o time e ampliar as possibilidades de repertório, especialmente em rock nacional. Por fim, Pedro assumiu os teclados, fechando a configuração ideal para a banda.

Hoje a Bandigalado se apresenta em diversos eventos privados e, mais recentemente, se apresentou no badalado Fest Bossa & Jazz, na famosa praia de Pipa, o que rendeu à banda um novo convite para se apresentar na Paraíba, no dia 21 de novembro próximo, no Fest Bossa & Jazz Bananeiras. Uma semana depois deste show, irão se apresentar na Festa Anual do Ex-aluno do Colégio das Neves, no sábado 29.

O nome da banda vem do famoso termo “galado”, apelido jocoso com o qual os natalenses chamavam os militares americanos que aqui estiveram na época da Segunda Guerra, quando frequentavam as festas em seus trajes de gala e conquistavam os corações das moças natalenses. Bandigalado é rock, amizade e som de excelente qualidade. Contatos para shows com Alexandre Azevedo pelo (84) 99461-2027.

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Judiciário

Caso “Rolê Vermelho” entra na fase final na Câmara de Natal

Foto: Reprodução

A Comissão Especial que analisa o pedido de cassação do mandato da vereadora Brisa Bracchi (PT) por suposto uso político de recursos públicos no evento “Rolê Vermelho” ocorrido em09 de agosto, na Cidade Alta, encerra a fase de depoimentos das testemunhas de defesa, incluindo a oitiva da própria acusada de quebra de decoro parlamentar, na tarde desta terça-feira (14).

Também será ouvido um funcionário da Fundação Capitania das Artes (Funcarte), órgão municipal responsável por executar a emenda parlamentar, no valor de R$ 18 mil, que resultou no pedido de cassação do seu mandato proposto pelo vereador Matheus Faustino (União Brasil).

Ao fim da instrução processual e dos depoimentos das testemunhas, segundo o Regimento Interno da Casa, começa a correr o prazo de cinco dias para o denunciado para apresentar razões finais.

Em seguida o relator, vereador Fúlvio Saulo (Solidariedade), emite seu parecer e em seguida a Comissão processante decide pela procedência ou improcedência da acusação, solicitando ao presidente da Câmara, vereador Ériko Jácome (PP), a convocação de sessão para julgamento.

Na sessão de julgamento, o processo será lido integralmente, e, a seguir, os vereadores que desejarem poderão manifestar- se verbalmente pelo tempo máximo de 15 minutos cada um, e, ao final, o denunciado, ou seu procurador, terá o prazo máximo de duas horas para sustentar oralmente sua defesa.

Durante a fase de depoimentos as testemunhas ouvidas foram a secretária municipal de Cultura e presidente da Funcarte, Iracy Azevedo, o produtor cultural Geraldo Gondim, a produtora musical Barbara Baracho, da Banda Skarimbó e o seu vocalista, além da cantora Kristal.

Conforme registros oficiais, foram pagos R$ 15 mil à cantora Khrystal e banda; R$ 2,5 mil à banda Skarimbó e R$ 500,00 ao DJ Augusto, totalizando R$ 18 mil com recursos públicos oriundos de emenda impositiva da vereadora Brisa Bracchi.

Em seu depoimento sobre organizador do “Rolé Vermelho: Bolsonaro na Cadeia”, o produtor Geraldo Gondim confirmou que o ato apresentado como “cultural” — realmente tinha viés político associado ao PT, partido ao qual é filiado.

Segundo Gondim, a vereadora Brisa Bracchi não atuou, diretamente, na organização do ato político, ocorrido na “Casa Vermelha”, localizado na rua Princesa Isabel, mas contribuiu por divulgá-lo em suas redes sociais.

“A gente saiu pedindo para todo mundo que tá envolvido pra fazer colab, gravar vídeo, foto…”, declarou Gondim, que admitiu ter produzido e distribuído pulseiras vermelhas com os dizeres “Bolsonaro na Cadeia”.

O denunciante vereador Matheus Faustino chegou a participar da penúltima reunião de oitivas de testemunhas, na quinta-feira (09). “Com as novas provas anexadas, as declarações feitas pelos depoentes a partir das minhas perguntas e por tudo que já se sabia, a Comissão Especial terá condições de julgar o caso com imparcialidade e responsabilidade após finalizado todo o devido processo legal de ampla defesa”, dizia na ocasião.

Para a vereadora Brisa Bracchi, série de depoimentos das testemunhas comprovam que ”não há qualquer prova contra o nosso mandato. As testemunhas foram unânimes em apontar a legalidade dos atos do mandato e explicaram que a execução das emendas foi feita pela Funcarte, dentro de todos os trâmites legais por eles mesmos atestados”.

Tribuna do Norte

Opinião dos leitores

  1. Cassação e inelegibilidade Já!!!
    Não tem nem o que pensar.
    Usou e desviou recursos públicos, para fazer campanha política contra o adversário.
    Se o nosso Brasil fosse um país sério, cabia aqui uma prisão cadeia braba, é sérioo que essa menina fez.
    Mas como se o nosso presidente é um desonesto, mais sujo do que pau de galinheiro im ex presidiário?
    Fora Brisa!

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Política

Moraes citou risco de fuga como principal motivo para manter prisão domiciliar de Bolsonaro

Foto: Reprodução

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes negou o pedido da defesa de Jair Bolsonaro para revogar a prisão domiciliar e as demais medidas cautelares impostas ao ex-presidente. Na decisão, Moraes afirmou que há risco concreto de fuga e citou o descumprimento reiterado de determinações judiciais como motivos centrais para manter as restrições.

Segundo o ministro, a manutenção da prisão domiciliar e do uso de tornozeleira eletrônica é “necessária e adequada para cessar o acentuado periculum libertatis” — expressão jurídica usada para indicar perigo à ordem pública ou à aplicação da lei penal caso o investigado permaneça em liberdade plena.

Moraes destacou que o ex-presidente foi condenado pela trama golpista a 27 anos e três meses de prisão, em regime fechado, e que, portanto, há necessidade de garantir a efetividade da execução da pena.

O ministro também ressaltou que as medidas cautelares permanecem válidas para “assegurar a aplicação da lei penal e evitar a evasão do distrito da culpa”, citando manifestações da PGR (Procuradoria-Geral da República).

R7

Opinião dos leitores

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Geral

Barroso assina aposentadoria e deixa STF a partir de sábado

Foto: Antonio Augusto/STF

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), assinou nesta segunda-feira (13) sua aposentadoria antecipada, que passa a valer a partir de sábado, 18 de outubro. Com isso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá a oportunidade de indicar mais um ministro para a Corte, sua terceira escolha desde que assumiu o mandato em 2023.

Barroso permanecerá em atividade até sexta-feira, resolvendo pendências de gabinete e deixando preparados votos de processos dos quais pediu vista. Entre os casos, ele avalia votar, como ato final no STF, sobre a ação que discute a descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação, segundo informações da CNN Brasil.

O ministro poderia seguir na Corte até 2033, quando completaria 75 anos, idade limite para aposentadoria compulsória. No entanto, justificou a saída antecipada afirmando que “a vida é feita de ciclos” e optou por encerrar sua trajetória antes do prazo.

Com a saída de Barroso, seu acervo de processos, incluindo casos remanescentes da Operação Lava-Jato, será redistribuído e ficará sob responsabilidade do futuro indicado. Ele já está fora do sistema de distribuição de processos do STF, preparando a transição para o sucessor.

Atualmente, o favorito à vaga de Barroso é Jorge Messias, ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU). O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) também é cotado como opção, mas corre em segundo plano na avaliação do Palácio do Planalto.

Opinião dos leitores

  1. Quem sabe a musica da Roberta miranda canta!
    Vá com Deus!!
    Se vossa excelência preferir, vá sem Deus também.
    Vá com o cramunhão.
    Você que sabe.

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Geral

TCU eleva cobranças ao governo Lula e alerta para risco de reprovação de contas

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O Tribunal de Contas da União (TCU) intensificou as cobranças contra o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em relação a manobras fiscais, em decisões que integrantes do Executivo interpretam como risco real de eventual reprovação das contas presidenciais. Entre os alertas mais contundentes está a orientação de que a equipe econômica deve perseguir o centro da meta de resultado primário, e não apenas o piso, prática adotada desde a implementação do novo arcabouço fiscal.

Além disso, o plenário do TCU considerou irregular a inclusão de receitas incertas no Orçamento para evitar o congelamento de despesas e prepara novos alertas sobre a “prática reiterada de exclusão de despesas e renúncias de receitas” para cumprimento da meta fiscal. Técnicos ouvidos sob reserva afirmam que, caso não haja mudanças na política fiscal, o tribunal poderia recomendar ao Congresso a reprovação das contas do presidente.

O histórico pesa sobre o governo. Em 2016, as contas de Dilma Rousseff foram reprovadas em razão das chamadas “pedaladas fiscais”, que incluíram autorização de gastos sem previsão orçamentária e atrasos em repasses a bancos públicos. Especialistas e técnicos alertam que a demora em corrigir irregularidades hoje poderia levar a um desfecho semelhante, com responsabilização futura de gestores.

A meta fiscal deste ano prevê déficit zero, com margem de tolerância de até R$ 31 bilhões. No último relatório de avaliação do Orçamento, o governo projetou déficit de R$ 30,2 bilhões, próximo ao limite inferior, e anunciou intenção de recorrer das decisões do TCU. Caso não haja reconsideração, técnicos indicam que poderão adotar um congelamento de R$ 30 bilhões para buscar o centro da meta.

Outros alertas recentes do tribunal incluem a inclusão de receitas incertas no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), como valores de acordos tributários que não ingressaram efetivamente nos cofres públicos. Para o TCU, tais práticas violam princípios de prudência e responsabilidade fiscal, e, embora não sejam determinações, servem como avisos de que persistir na irregularidade pode gerar responsabilização futura.

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Economia

Gol anuncia proposta para fechar capital no Brasil e reorganizar operações

Foto: REUTERS/Paulo Whitaker

A Gol (GOLL54) comunicou nesta segunda-feira (13) ao mercado a possibilidade de fechamento de capital no Brasil, por meio da incorporação da Gol Investment Brasil pela Gl Linhas Aéreas. Caso aprovada, a operação resultará na saída da companhia aérea da B3, bolsa brasileira de valores.

Segundo a empresa, o movimento tem como objetivo reorganizar as operações, gerar sinergias e reduzir custos, mas ainda depende de aprovação societária. Para isso, foram convocadas Assembleias Gerais Extraordinária e Especial de Preferencialistas, marcadas para o dia 4 de novembro.

A aérea alerta, no entanto, que a não obtenção dessas aprovações pode inviabilizar a operação, trazendo riscos à liquidez, à governança e à cotação das ações. “A eventual não implementação da incorporação pode afetar negativamente a cotação das ações da Companhia”, afirmou em fato relevante.

O anúncio ocorre em meio a uma reestruturação financeira da Gol. Em maio, os acionistas aprovaram um processo de capitalização voltado a auxiliar a recuperação judicial da companhia nos Estados Unidos, onde enfrenta desafios financeiros significativos.

A empresa também destacou que a saída da bolsa brasileira não ocorrerá caso o custo total de recompra das ações preferenciais de minoritários seja igual ou superior a R$ 47,2 milhões, limitando, assim, a implementação da incorporação.

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Geral

Lula tenta blindar Janja no caso de jatinhos da FAB

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que amplia os chamados “poderes” da primeira-dama Janja da Silva é visto por críticos como uma tentativa de blindar a companheira do presidente frente a denúncias sobre o uso de aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB). Pela lei, o uso de jatinhos da FAB é reservado a chefes de Poder, ministros de Estado, comandantes militares e, mais recentemente, a ministros do STF.

A regulamentação permite que a Casa Civil solicite o uso das aeronaves em nome de Janja, medida que especialistas consideram fora do que a legislação prevê e que poderia reduzir a exposição de Lula a processos por supostos excessos. Até então, o Planalto alegava que a primeira-dama “não é cargo público” para justificar suas viagens. Com o decreto, ela passa a ter uma posição formal que a equipara a autoridade pública, alterando a interpretação legal sobre seus direitos de deslocamento oficial.

A oposição aponta que a medida formaliza uma prática questionável, abrindo espaço para críticas sobre o uso de recursos públicos e eventuais crimes de responsabilidade. Parlamentares e órgãos de controle já monitoram a utilização das aeronaves, classificando a ação como um “excesso de mordomia” paga pelo contribuinte.

Do lado do governo, a justificativa é de que o decreto apenas dá transparência às atividades de interesse público da primeira-dama, sem criar cargos ou aumentar despesas. Apesar disso, a medida segue cercada de críticas e levanta dúvidas sobre a legalidade do uso das aeronaves.

O episódio reforça o debate sobre os limites da atuação da primeira-dama e o uso de recursos públicos, enquanto Janja continua a participar de viagens oficiais custeadas pela União.

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Geral

QUE SITUAÇÃO: Nora que perdeu o sogro no Walfredo dispara “o descaso do Governo Fátima mata!”

Foto: Thiago César/InterTV e Reprodução

Após a morte de Damião da Silva, de 80 anos, vítima de um acidente de bicicleta em Campo Grande, a nora do idoso, Aryedna Lima, desabafou nas redes sociais sobre a tragédia: “20:30h e acabamos de sepultar meu sogro. 😭 O descaso desse desgoverno mata! Obrigada por compartilhar da minha dor. 😭 Meu sogro estava consciente e aparentemente bem, mas a demora pela tomografia fez com que ele perdesse muito sangue e evoluir a óbito. 💔😭”

O caso ganhou repercussão após os dois tomógrafos do Hospital Walfredo Gurgel — maior unidade pública de saúde do Rio Grande do Norte — voltarem a quebrar, pela segunda vez em menos de um mês. A paralisação dos equipamentos comprometeu exames de imagem e atrasou diagnósticos, gerando revolta entre pacientes e familiares.

Damião precisou ser transferido às pressas para o Hospital Deoclécio Marques, em Parnamirim, para realizar a tomografia, quatro horas depois de ter dado entrada no Walfredo. Enquanto aguardava atendimento, o idoso ficou deitado em uma maca com fratura exposta nas costas e não resistiu aos ferimentos, segundo a família.

O diretor do Walfredo Gurgel, Geraldo Neto, reconheceu a “fragilidade na estrutura” e admitiu a necessidade urgente de substituição dos tomógrafos. Um dos aparelhos, com nove anos de uso, precisa de peças importadas; o outro, com 15 anos, voltou a apresentar falhas após breve funcionamento. Juntos, os equipamentos realizam mais de 4 mil exames por mês.

O hospital aguarda a liberação de R$ 2,5 milhões do governo estadual para a compra de um novo tomógrafo, mais moderno, mas ainda não há previsão de quando o investimento será efetivado. Enquanto isso, pacientes seguem expostos à demora no diagnóstico e à insegurança em procedimentos essenciais.

Opinião dos leitores

  1. A parte mais triste dessa história é que provavelmente esse senhor, que Deus o tenha, era um eleitor do PT, um partido de bandidos e criminosos condenados que foi eleito em primeiro turno nas últimas eleições com voto majoritário nos interiores apesar da derrota na capital (onde há o mínimo de educação, não tem PT – o próprio Lula já declarou isso)

  2. Incompetência total não só do governo, mais também do “EXCELENTÍSSIMO” secretário de saúde, o mesmo estar a frente da pasta por pura vaidade, não por amor e zelo a saúde do estado.
    A culpa é da governadora ? Também, pois nomeou um incompetente para ser chamado de “VOSSA EXCELÊNCIA”.
    a estas alturas do desastre, se o diretor do hospital Walfredo Gurgel e o ” GESTOR” da pasta da saúde tivesse humanidade e amor próprio, no mínimo entregariam seus cargos. Um diretor e um secretário de estado que não mandam em nada e nem capacidade tem para adotar providências para conserto de uma máquina.
    Alto lá!!!
    ISTO É UMA VERGONHA!!!
    P. S. VAIDADE ACABA COM O HOMEM.

    1. Infelizmente, concordo com você, no RN tem esquerdiotas demais.

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