Finanças

Governo quer acabar com brecha que permite o chamado ‘milagre da aposentadoria’

Foto: Agência O Globo

O governo prepara uma forma de fechar uma brecha aberta pela reforma da Previdência que permite elevar artificialmente benefícios e, por isso, já é conhecida por advogados como o “milagre da aposentadoria”.

A manobra consiste em fazer uma contribuição extra sobre o teto do INSS antes de dar entrada na aposentaria por idade.

Em determinadas condições, é possível inflar o valor do benefício de um salário mínimo para mais de R$ 3.800. O truque já virou até tema de anúncios na internet, que acenderam o sinal de alerta da equipe econômica. Uma medida provisória (MP) deve ser editada para alterar a legislação.

O segredo para o “milagre” está na mudança na forma de calcular o valor da aposentadoria, em vigor desde novembro de 2019. Na regra anterior, o benefício era baseado na média das 80% maiores contribuições a partir de julho de 1994, quando houve a troca de moeda para o real. Agora, essa conta é feita sobre todos os recolhimentos no mesmo período.

A fórmula tende a prejudicar o trabalhador e, por isso, parlamentares incluíram na regra uma forma de evitar perdas: a possibilidade de descartar todas as contribuições de menor valor, desde que fossem mantidos ao menos 15 anos de contribuição — o mínimo para dar entrada no pedido.

Trava extinta

Ao mesmo tempo, a nova regulamentação acabou com uma trava que exigia que a média de contribuições fosse calculada com base em um número mínimo de contribuições para servir de denominador na conta. Essa regra vigorou de 1999 a 2019 e buscava justamente evitar que pessoas que contribuíram por pouco tempo depois de 1994 tivessem acesso a aposentadorias incompatíveis com o que de fato recolheram.

Na regra que vigorava antes da reforma, quem desse entrada na aposentadoria em 2019 e tivesse feito 100 recolhimentos ao INSS desde 1994, por exemplo, teria que calcular sua média de contribuições com base em um número maior, obtido por meio de uma fórmula chamada de divisor mínimo — hoje extinta. Assim, o valor do benefício era reduzido.

Uma só contribuição

É a combinação de todas essas mudanças que tem permitido inflar aposentadorias.

Com a manobra, um trabalhador de 64 anos, por exemplo, que tenha completado 15 anos de contribuição antes de 1994 e que depois disso não recolheu mais para o INSS, pode, antes de se aposentar, fazer uma única contribuição no valor de R$ 1.286,71 sobre o teto (hoje em R$ 6.433,57) e obter um benefício de R$ 3.860,14 — mais que o triplo do valor que conseguiria se não aproveitasse a brecha legal e se aposentasse por idade após completar 65 anos: um salário mínimo (R$ 1.100).

Isso ocorre porque a média usada para calcular o benefício é resultado da soma dos salários de contribuição dividida pelo total de recolhimentos. Nesse caso, R$ 6.433,57 dividido por 1. A regra desde a reforma é que a aposentadoria seja de ao menos 60% dessa média, o que dá os R$ 3.860,14 do exemplo.

Em outro caso, um trabalhador que tenha contribuído para o INSS com um salário mínimo durante 15 anos antes de 1994 e mais sete depois, somando 22 anos, receberia o equivalente ao mínimo sem recorrer à medida. Já se ele descartar todo o valor recolhido depois de 1994 e fizer uma única contribuição de R$ 1.286,71 sobre o teto também poderá receber aposentadoria de R$ 3.860,14.

O governo quer fixar um critério que evite que o segurado eleve o valor do benefício sem a devida contrapartida de contribuições para evitar um descasamento nas contas da Previdência. Embora a reforma tenha sido uma mudança na Constituição, a regulamentação poderia ser feita por MP, porque a brecha está nas normas infraconstitucionais.

O vice-presidente do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP), Diego Cherulli, alerta que os trabalhadores precisam ter cuidado, porque esse apelo na internet pelo “milagre da aposentadoria” pode induzir a fraudes.

Segundo ele, a medida se aplica apenas a casos raros:

— O direito de fato existe, com base em um buraco legislativo. Mas, infelizmente, estamos vendo pessoas induzindo outras a promoverem esse ato, planejarem, o que pode ser irregular e gerar várias complicações.

Ele lembrou que o contribuinte individual só pode realizar as contribuições se estiver trabalhando, tiver renda. Do contrário, pode cometer fraude.

Trabalho infantil

Em outra frente, o INSS também detectou fraudes que permitem inflar o tempo de contribuição para ter acesso à aposentadoria mais cedo. O alerta também veio nas redes sociais, a partir de propagandas que ensinam como obter declaração de trabalho infantil a fim de completar tempo mínimo de contribuição.

Essa irregularidade já foi detectada pelo órgão em um caso concreto. O INSS identificou a solicitação de um alto executivo que apresentou declaração de trabalho infantil no sítio do pai para completar o tempo mínimo de 15 anos antes de 1994. O objetivo do segurado era engordar o valor da aposentadoria, já que seria possível descartar contribuições depois desse prazo.

O processo só foi barrado pelo INSS porque o pai do requerente era servidor público. Se fosse filho de segurado especial (rural) ou grande agricultor, passaria no cadastro sem problemas, explicou uma fonte. Para fechar essa brecha, o governo quer proibir declarações de trabalho infantil em grupos familiares.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. O governo do MINTO inepto conseguiu piorar a reforma da previdência de Temer diminuindo a economia que seria maior, mas como poupou mais os militares e policiais, a economia foi bem menor e ainda deixou esses furos pros “ixpertos” aproveitarem… E depois disso, NENHUMA outra reforma ou privatização foi feita, mesmo depois de comprar o centrão criando até um “mensalão” para chamar de seu…

    1. Já a reforma estadual que e mais rigida que a federal você engoliu seco.

    2. Nero: não votei em Fátima nem irei votar! Se a reforma da previdência estadual foi mais rígida que a federal, ÓTIMO!

    3. A sua diarreia mental Manoel F, é igual a doença de CROHN, não tem cura. Nesta patologia, grande parte do que se ingere, não é absolvido e finaliza com uma diarreia constante, mais tem especialistas para remediar. Agora, tem que sair do banheiro, se higienizar e procurar um colega médico. Procure não expor suas ideias de esquerda se não vc vai terminar num psiquiatra.

    4. Alisson: adoro irritar o gado! Vc já comeu seu capim hoje? Vc eh discípulo do MINTOmaníaco mesmo: o único argumento que consegue ter eh chamar os outros de esquerdista e outros argumentos de pátio escolar…. O mesmo faz vc limitado mentalmente…

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Política

Defesa de Bolsonaro quer que PGR se manifeste sobre suposta conta de Cid

Foto: Gustavo Moreno/STF

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) solicitou, nesta segunda-feira (30), ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), que a PGR (Procuradoria-Geral da República) se manifeste sobre a suposta conta utilizada pelo tenente-coronel Mauro Cid antes de apresentar as alegações finais.

A defesa solicita ainda que documentos e provas que estão sendo produzidos no inquérito que investiga o perfil “GabrielaR” sejam incluídos no processo que apura uma tentativa de golpe de Estado em 2022.

Segundo o advogado de Bolsonaro que assina a petição, Celso Vilardi, as respostas da Meta e do Google sobre a criação da conta com codinome “GabrielaR” caracterizam Mauro Cid como o responsável pelo perfil.

De acordo com Meta, o perfil “@gabrielar702” utilizou o e-mail [email protected] para validar a conta no Instagram, criada em 19 de janeiro de 2024. Já endereço eletrônico foi criado em 2005, segundo dados do Google.

Uma das provas apresentadas por Vilardi é a localização do endereço de IP usado para acessar a conta. “A pesquisa dos endereços de IP informados tanto pela Meta
como pelo Google mostram que o perfil foi criado, ao que se constata, da residência do delator.”

STF abre prazo para alegações finais

Na sexta-feira (27), Moraes abriu prazo para alegações finais do “núcleo crucial” da ação do plano de golpe.

Pelas normas do CPP (Código de Processo Penal), durante os primeiros 15 dias, a PGR deve apresentar as considerações finais de acusação. Em seguida, o colaborador Mauro Cid e, só após a manifestação dele, as defesas dos demais réus devem apresentar seus argumentos.

Ainda seguindo a norma do CPP, depois que o delator, as defesas dos demais réus terão o prazo de 15 dias para manifestação.

Desde que assinou o acordo de delação premiada, em 2023, o militar Mauro Cid, que embasou parte das provas relatadas na investigação da Polícia Federal (PF) e na denúncia da PGR, já mudou pelo menos cinco vezes a versão sobre o plano de golpe.

CNN

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Brasil

Petista faz andar projeto que cria novo imposto sobre cerveja

Foto: reprodução

Em meio aos debates sobre o aumento da carga tributária, o deputado petista Alfredinho (SP) fez avançar na Câmara um projeto que cria um novo tributo sobre bebidas alcoólicas, como é o caso da cerveja e da cachaça.

O petista é o relator, na Comissão de Cultura da Casa, de um projeto do ex-deputado e atual prefeito de Maricá, Washington Quaquá (PT), e de Ricardo Abrão (União-RJ) que cria um fundo para financiar o Carnaval brasileiro.

A ideia da proposta é abastecer o fundo com uma contribuição sobre a comercialização das bebidas. Nesta segunda-feira (20/6), Alfredinho apresentou uma terceira versão de seu relatório, com um aumento na contribuição.

Em maio, uma versão anterior do parecer do deputado petista previa uma alíquota nominal de R$ 0,50 por litro de bebida nacional e R$ 0,10 por litro de bebida alcoólica importada.

Agora, em seu novo relatório, Alfredinho retomou a ideia de Quaquá de estabelecer um percentual sobre a venda, sendo 0,5% sobre cerveja, vinho e aguardentes nacionais e 1% sobre bebidas importadas.

Caso o projeto seja aprovado, o fundo será distribuído para escolas de samba e blocos carnavalescos. O relatório de Alfredinho prevê destinar 60% para as agremiações, 20% para os blocos e 10% para demais manifestações culturais.

O projeto tramita em caráter terminativo nas comissões da Câmara. Isso significa que não precisa, necessariamente, passar pelo plenário da Casa para ser aprovado e enviado ao Senado.

Metrópoles/ Higor Gadelha 

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Geral

VÍDEO: Junho Laranja: DNA Fértil emociona público com ação de impacto em sala de cinema

 

Durante uma sessão de cinema no Rio Grande do Norte, algo inusitado aconteceu. No meio da exibição, o silêncio da sala foi interrompido pelo som do choro de um bebê. Algumas pessoas se incomodaram. Outras se entreolharam, tentando entender o que estava acontecendo.

Mas o que parecia uma situação comum foi, na verdade, o início de uma das ações mais emocionantes do Junho Laranja (mês da Conscientização da Infertilidade)
O som que desperta incômodo… ou esperança?

O DNA Fértil, laboratório especializado em reprodução assistida, preparou uma intervenção real e simbólica. Em vez de apenas falar sobre a infertilidade, a campanha fez as pessoas sentirem o que muitas vezes passa despercebido.

⁠O som do choro de um bebê, que tantas vezes é visto como incômodo em lugares públicos, representa exatamente aquilo que algumas famílias sonham em ouvir e nem sempre conseguem.

A ação buscou provocar empatia e reflexão em quem estava ali: nem toda maternidade é simples, nem todo casal consegue engravidar facilmente, e muitos enfrentam um longo caminho até esse som se tornar realidade.

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Esporte

Fluminense vence Inter de Milão e avança às quartas de final do Mundial de Clubes

Foto: REUTERS/Agustin Marcarian

O Fluminense venceu a Inter de Milão por 2 a 0, em partida válida pelas oitavas de final do Mundial de Clubes. Os gols da partida foram marcados por Germán Cano, aos 3 minutos do primeiro tempo, e Hércules, aos 48 do segundo tempo. Nas quartas de final, o clube carioca enfrentará o vencedor do confronto entre Manchester City e Al-Hilal.

A partida começou movimentada e logo aos 2 minutos, o Fluminense viu uma boa oportunidade e não desperdiçou. Arias recebeu de Martinelli, avançou pela direita e cruzou. A bola desviou em Bastoni, e Cano mandou certeiro para dentro da rede, 1×0 Tricolor das Laranjeiras. O time continuou botando pressão na Inter de Milão e teve uma grande chance de ampliar com Samuel Xavier, que chutou rente à meta de Sommer. Ignácio chegou a marcar o segundo após boa jogada na área, mas o lance foi anulado por impedimento do zagueiro. O clube brasileiro fez um bom primeiro tempo, mas levou jogadas perigosas do time italiano, que teve suas melhores chances com bolas longas nas costas da defesa Tricolor. Em um dos lances de maior perigo, Mkhitaryan recebeu na área pela esquerda e passou para Dimarco, mas Fábio espalmou, evitando o empate.

No segundo tempo, o Fluminense voltou novamente na rapidez, buscando ampliar. Aos 17, Arias arriscou de fora da área e Sommer se jogou para defender o chute. Internazionale sentiu o desgaste e pecava no último passe. Aos 29, Dimarco aproveitou chance após marcação de falta, mandou um chutão, mas pra fora. Num momento em que a Inter equilibrou o jogo e botou pressão, Fábio defendeu bola de Lautaro. Nos acréscimos, o Flu fechou a conta com gol de Hércules. 2×0 Fluminense no Lide Bank of America Stadium e classificação para as quartas de finais do Mundial.

PRÓXIMOS COMPROMISSOS

O Fluminense irá enfrentar o vencedor do confronto entre Manchester City e Al-Hilal nas quartas de final da Copa do Mundo de Clubes. O duelo acontecerá na próxima sexta-feira (4), às 16h (de Brasília), em Orlando.

Com informações do Infomoney e Terra

 

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Economia

VÍDEO: Ministro de Lula critica Selic a 15%: “Somos escravos dos juros altos”

Ao comentar o resultado da criação de empregos formais em maio, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, teceu fortes críticas ao patamar da taxa Selic nesta segunda-feira (30/6). Segundo ele, “somos escravos dos juros altos”.

“Nós somos escravos dos juros altos. Os juros atrapalha um bocadinho [a criação de empregos]. Se não fosse o juros nesse patamar, seguramente poderíamos estar crescendo mais, isso sem dúvida nenhuma”, disse o auxiliar do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Atualmente, a taxa básica de juros do país, a Selic, está em 15% ao ano após o Comitê de Política Monetária (Copom) engatar a sétima elevação consecutiva no ciclo de aperto monetário. Em contrapartida, o Copom indicou o fim da onda de altas nos juros.


Entenda a situação dos juros no Brasil

  • A taxa Selic é o principal instrumento de controle da inflação.
  • Ao aumentar os juros, a consequência esperada é a redução do consumo e dos investimentos no país.
  • Dessa forma, o crédito fica mais caro e a atividade econômica tende a desaquecer, provocando queda de preços para consumidores e produtores. A inflação dos alimentos tem sido a pedra no sapato do presidente Lula (PT).
  • Projeções mais recentes mostram que o mercado desacredita em um cenário em que a taxa de juros volte a ficar abaixo de dois dígitos durante o governo Lula (PT) e do mandato de Galípolo à frente do BC.
  • A próxima reunião do Copom está prevista para os dias 29 e 30 de julho.

Marinho destacou que o mercado de trabalho formal brasileiro tem crescido em uma velocidade menor comparado a 2024. Um exemplo disso é que, no acumulado do ano, foram abertas 1,051 milhão de vagas, contra 1,1 milhão no ano passado (queda de 4,90%).

“A velocidade do crescimento deste ano está aquém das possibilidades, especialmente a partir do papel dos juros e cada vez se reforça isso. Acho que isso é um parâmetro para o Banco Central poder olhar e quem sabe desarmar a armadilha que lá existe”, afirmou. “Quem sabe isso [desaceleração da criação de empregos com carteira assinada] deixe o pessoal do Banco Central feliz e possa começar o processo de redução dos juros”, completou ele.

Sobre uma previsão de expansão do trabalho formal, o ministro disse que continuará crescendo, mas em um ritmo menor. Ele ainda negou qualquer influência das guerras no Oriente Médio e Eurásia no mercado de trabalho e frisou que os juros são os culpados.

Ministro fala em “cortar os pulsos” se Selic se manter alta

Ao ser questionado sobre as projeções do mercado financeiro indicarem que a taxa de juros não ficará abaixo dos dois dígitos no governo Lula, Marinho disse que “temos que cortar os pulsos” caso isso aconteça.

“Até o fim desse atual governo? Temos que cortar os pulsos se acontecer isso. Não é isso que ouvi não. Não posso acreditar nisso não”, declarou o ministro do Trabalho.

Além disso, ele disse que não lê o relatório Focus (boletim semanal que reúne as principais estatísticas do mercado financeiro para indicadores como inflação, dólar, taxa de juros). “Me recuso a acreditar nisso, não é possível um negócio disso. Espero que tenha mais juízo na turma que tem essa bússola”.

Analistas do mercado financeiro, consultados semanalmente no relatório Focus, estimam que a taxa Selic fechará o ano em 15% ao ano. Além disso, as estimativas para os próximos anos seguem as mesmas, confira abaixo:

  • Para 2026, os analistas projetam uma Selic de 12,50% ao ano.
  • Para 2027, a previsão da taxa de juros é de 10,50% ao ano.
  • Para 2028, a estimativa continua em 10% ao ano.

Dessa forma, as projeções indicam que o mercado não crê que a taxa Selic fique abaixo de dois dígitos até o fim do governo Lula (PT), em 2026, e sequer do atual mandato de Gabriel Galípolo à frente do BC, que termina em 2028.

Marinho sugeriu que o governo precisa “chamar um pacto” para melhorar a inflação por meio de mais produção. Segundo ele, não se deve usar apenas a política monetária para conter o avanço inflacionário, que segue persistindo.

Metrópoles 

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Geral

Traslado do corpo de Juliana Marins será feito amanhã, diz companhia aérea

Foto: reprodução

A companhia aérea Emirates anunciou, nesta segunda-feira (30), que o traslado docorpo da brasileira Juliana Marins, que morreu durante uma trilha em um vulcão Na Indónesia, vai começar a ser feito nesta terça-feira (1º).

“A Emirates confirma que o corpo de Juliana Marins, cidadã brasileira que faleceu na Indonésia, será transportado para Dubai em 1º de julho e, posteriormente, para o Rio de Janeiro em 2 de julho”, diz a nota.

Na mesma nota, a companhia afirma que priorizou a coordenação com as autoridades relevantes e outras partes envolvidas na Indonésia para facilitar o transporte mas que “restrições operacionais tornaram inviáveis os preparativos anteriores”.Play Video

“A família foi informada sobre a confirmação das providências logísticas. A Emirates estende suas mais profundas condolências à família durante este momento difícil”, completa a nota.

Família acionou Justiça por nova autópsia

A família da publicitária Juliana Marins, que morreu após cair de uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia, acionou a Defensoria Pública da União no Rio de Janeiro (DPU-RJ) para solicitar judicialmente uma nova autópsia no Brasil.

O pedido foi encaminhado à Justiça Federal com o auxílio do Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGIM), vinculado à Prefeitura de Niterói.

Em nota, a Defensoria Pública da União (DPU) confirmou que protocolou petição junto à Justiça Federal solicitando a realização de nova perícia médico-legal no corpo de Juliana Marins. O pedido foi apresentado durante o plantão judicial no domingo (29), mas será analisado pelo juízo natural da causa.

“A instituição segue acompanhando o caso e aguarda a manifestação do Judiciário quanto à petição apresentada”, completa o órgão.

O resgate do corpo levou quase quatro dias devido às condições extremas da região — como neblina densa, pedras escorregadias e terreno íngreme — e foi dificultado pela precariedade das operações locais.

Uma autópsia realizada na Indonésia apontou como causa da morte um traumatismo por força contundente decorrente da queda. O exame ainda aguarda a conclusão dos testes toxicológicos, procedimento que pode levar até duas semanas, embora não haja suspeita de envenenamento ou uso de substâncias.

A Prefeitura de Niterói confirmou que custeou R$ 55 mil para cobrir as despesas de repatriação dos restos mortais e os trâmites funerários no Brasil. O anúncio foi feito na quarta-feira (25) e inclui também o sepultamento da jovem, que será velada em sua cidade natal.

CNN

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Política

TSE prepara ofensiva contra uso indevido de inteligência artificial em 2026

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Com foco em 2026, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) prepara desde agora uma cruzada contra o uso indevido de IA (Inteligência Artificial) por candidatos e eleitores.

A presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, instituiu um grupo de trabalho com especialistas da área. O foco é obter subsídios para as resoluções que vão guiar o pleito de 2026. Audiências públicas sobre o tema também estão previstas para o segundo semestre.

A CNN apurou que os vídeos hiper-realistas feitos com IA — e que viralizaram nas redes sociais ao longo das últimas semanas — colocaram o TSE em alerta sobre um possível “caos” na campanha eleitoral do próximo ano.

O grupo vai discutir medidas de aperfeiçoamento ao Siade (Sistema de Alertas de Desinformação Eleitoral), agilizando a interlocução entre o TSE e as plataformas digitais para remoção mais rápida de conteúdo fraudulento.

A portaria que institui o grupo foi assinada na sexta-feira. Cármen fala em “debater e propor diagnósticos, pesquisas, programas, projetos e campanhas” destinadas à melhoria do combate às notícias falsas.

Entre os participantes estão a professora Dora Kaufman, uma das maiores pesquisadoras dos impactos éticos e sociais da IA; o cientista Silvio Meira, especialista em engenharia de software; e Bruno Bioni, diretor-executivo do Data Privacy Brasil.

Os especialistas vão atuar de maneira não remunerada, com o TSE arcando apenas as despesas de deslocamento até Brasília. Os valores previstos, entretanto, não foram divulgados.

Nas eleições municipais do ano passado, pela primeira vez, o TSE regulamentou o uso da IA na propaganda de partidos, coligações, federações e candidatos. Os “deep fakes”, por exemplo, foram proibidos. Também ficou restrito o uso de robôs no contato com eleitores.

A avaliação de técnicos da Corte Eleitoral, no entanto, é que esses artifícios estão cada vez mais engenhosos – e que esses avanços exigem a atualização constante e atuação rígida por parte das autoridades eleitorais.

No mês passado, Cármen Lúcia manifestou preocupação especial com os impactos da IA na propagação de discursos de ódio contra mulheres, o que pode ampliar a desigualdade de gênero na política.

“Em 2024, várias prefeitas com mais de 80% de aprovação, que poderiam se candidatar à reeleição, desistiram, porque o que se plantava contra elas – a violência e os efeitos exponenciais de uma campanha de desmoralização – era enorme”, declarou.

Contudo, o uso da IA também vai ser discutido pelo grupo de trabalho sob a perspectiva positiva, ou seja, de que maneira a tecnologia pode ser uma aliada no combate à desinformação.

O ministro do TSE André Ramos Tavares é um dos entusiastas desse debate. “É impossível combater a divulgação de informações falsas apenas com ações pontuais, sem IA”, disse ele em abril, durante uma palestra no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP).

CNN/Luisa Martins 

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Geral

Lula diz que país justo ‘começa pela tributação’ após derrota no Congresso sobre decreto do IOF

Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira que o caminho para tornar o país mais justo começa pela tributação. A declaração foi feita durante a cerimônia de lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar 2025/2026, realizada no Palácio do Planalto, em Brasília.

— Nós queremos fazer deste país um país justo. E ele começa a ser justo pela tributação e depois pela repartição. É por isso que estamos isentando o imposto de renda até R$ 5 mil e trabalhando para que o gás chegue mais barato à casa das pessoas — disse Lula.

Durante seu discurso, o presidente também destacou que o novo Plano Safra busca ampliar a produção dos pequenos agricultores e, consequentemente, melhorar sua qualidade de vida.

O evento representa um aceno estratégico ao agronegócio voltado à agricultura familiar, embora também tenha contado com a presença de integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Lula estava acompanhado do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, com quem se reuniu cerca de uma hora antes da cerimônia para alinhar os últimos detalhes da proposta. Também participaram do evento o vice-presidente Geraldo Alckmin e os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), Carlos Fávaro (Agricultura) e Marina Silva (Meio Ambiente).

Tensão com o Congresso

O evento desta segunda foi permeado por tensão política, em meio à possível judicialização da proposta de isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil e à derrota do governo no Congresso em relação aos decretos sobre o IOF.

O Globo

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Geral

32% dos brasileiros CLT ou aposentados têm empréstimo consignado, diz Datafolha

Foto: Agência Brasil

Trabalhadores com carteira assinada e aposentados no Brasil representam 32% de pessoas com empréstimo consignado, modalidade de crédito descontada diretamente da folha de pagamento, segundo o Datafolha. O levantamento realizado em 10 e 11 de junho foi publicado nesta 2ª feira (30.jun.2025).

Segundo a pesquisa, funcionários públicos, pessoas mais velhas e com menor escolaridade são os principais clientes desse tipo de financiamento.

O estudo entrevistou 2.004 brasileiros com 16 anos ou mais em 136 municípios do país. Entre os participantes, 880 são elegíveis para desconto em folha por terem vínculo formal de trabalho ou serem aposentados, grupo que serviu como base para os cálculos percentuais.

DADOS DEMOGRÁFICOS

O Datafolha identificou que a idade é fator determinante na contratação desse tipo de crédito.

Brasileiros com 60 anos ou mais que têm carteira assinada ou são aposentados apresentam taxa de 43% de adesão ao consignado. A taxa diminui nas faixas etárias mais jovens:

  • 16a 24 anos – 15%;
  • 25a34 anos – 22%;
  • 35a44 anos – 30%;
  • 45 a59 anos – 37%.

O nível de escolaridade também influencia na adesão ao consignado.

Entre pessoas com ensino fundamental que podem ter desconto em folha, 41% informaram ter feito esse tipo de empréstimo. O percentual cai para 28% entre aqueles com ensino médio e sobe para 31% entre os que têm formação superior.

No recorte por renda, o consignado aparece com maior frequência entre quem recebe de 5 a 10 salários-mínimos (37%). Nas demais faixas, os percentuais são: até 2 salários-mínimos (33%), de 2 a 5 salários-mínimos (31%) e acima de 10 salários-mínimos (22%).

Por categoria profissional, quase metade dos funcionários públicos (48%) tem esse tipo de crédito, seguido dos aposentados (45%) e trabalhadores do setor privado (22%).

Os bancos valorizam especialmente os funcionários públicos pela estabilidade de emprego característica da categoria.

POSIÇÃO POLÍTICA

O Datafolha também analisou a relação entre posicionamento político e contratação de consignado. Entre celetistas ou aposentados que avaliam o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como ótimo/bom, 37% têm esse tipo de empréstimo. O percentual cai para 28% entre os que consideram o governo Lula regular e sobe para 33% entre os que o avaliam como ruim/péssimo.

Poder 360

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Geral

Dívida bruta do Brasil sobe para 76,1% do PIB em maio

FOTO: MARCOS SANTOS/USP IMAGENS

A DBGG (Dívida Bruta do Governo Geral) atingiu 76,1% do PIB (Produto Interno Bruto) em maio. Aumentou 0,2 ponto percentual em relação a abril. Em valores, corresponde a R$ 9,3 trilhões em maio.

O BC (Banco Central) divulgou o relatório “Estatísticas Fiscais” nesta segunda-feira (30).

Leia abaixo o que influenciou na relação dívida-PIB no mês:

  • gastos com juros (+0,8 ponto percentual);
  • variação do PIB nominal (-0,6 ponto percentual).

No ano, a DBGG teve redução de 0,4 ponto percentual por causa dos seguintes efeitos:

  • gastos com juros (+3,7 pontos percentuais);
  • variação do PIB nominal (-2,7 pontos percentuais);
  • efeito da valorização cambial (-0,3 ponto percentual);
  • resgates líquidos de dívida (-1,0 ponto percentual).

A dívida bruta do Brasil aumentou 4,4 pontos percentuais no governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e 0,3 ponto percentual no acumulado de 12 meses.

O setor público consolidado –formado por União, Estados, municípios e estatais– teve superavit anualizado (acumulado de 12 meses) de R$ 24,1 bilhões até maio. Mesmo com superavit primário, o gasto com juros da dívida (R$ 946,1 bilhões) gerou deficit nominal de R$ 922,0 bilhões.

Poder 360

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