Judiciário

Gratificação a servidores do Judiciário do RN é considerada inconstitucional

A ação direta de inconstitucionalidade proposta pela Procuradoria Geral da República que questiona a constitucionalidade de gratificação a servidores do Judiciário do Rio Grande do Norte foi considerada procedente pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão foi unânime.

A ADI 3202 foi ajuizada em maio de 2004 e questionou a constitucionalidade de decisão do Plenário do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJ-RN), que deferiu pedido de gratificação de 100% de alguns servidores do Tribunal e estendeu o benefício a todos que os se encaixam na decisão.

Para a Procuradoria Geral da República, o deferimento do pedido de gratificação contrariou a Constituição da República. “A decisão proferida viola o princípio da separação de poderes, viola o princípio da necessidade de lei formal para a instituição de benefícios pecuniários a servidores e viola também a Súmula nº 339 do STF, que trata da impossibilidade do Poder Judiciário em atuar como legislador positivo”, argumentou, durante a sessão, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Entenda o caso – Segundo o Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Rio Grande do Norte instituído em 1953, os servidores teriam direito a gratificação de 100% por trabalho científico, técnico ou administrativo que exija conhecimento especial. Posteriormente, em 1977, uma lei estadual regulamentou o artigo do estatuto que previa a referida gratificação.

Com base na lei estadual, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte editou duas resoluções estendendo a gratificação aos servidores do Judiciário do estado. No entanto, uma comissão formada pelo próprio Tribunal constatou que o estatuto de 1953 já havia sido revogado por uma lei complementar posterior (de 1994) e instituindo novo estatuto daquela categoria funcional. Dessa forma, a gratificação por trabalho científico também havia sido revogada.

Mesmo assim, oito servidores da Justiça do Rio Grande do Norte, em uma demanda judicial, pediram a concessão da referida licença e o Tribunal deu provimento, estendendo o pagamento da gratificação a 100% dos servidores do Judiciário potiguar nas mesmas condições.

De acordo com o procurador-geral da República, “inexiste base legal por força de revogação do então estatuto dos servidores civis para a concessão de gratificação e inexiste também base legal por ato administrativo revogada pelo próprio tribunal.” Para Rodrigo Janot, trata-se de uma decisão judicial “travestida de ato administrativo que carece de autorização legal para a constituição do benefício.”

MPF-RN

Opinião dos leitores

  1. Kkkkk Meireles, vc deve ser um dos beneficiados dessa pouca vergonha com o dinheiro do povo, né? Qual trabalhador tem salário em dobro no Brasil, fora os políticos? Absurdo

  2. Vai ter devolução do que já foi recebido BG? Oras, mesmo que se argumente que a verba é de caráter alimentício, pense que é caso de enquadramento na vedação ao enriquecimento ilícito.

  3. Não entendi, na Tribuna do Norte diz que foi mantida, e neste blog diz que foi inconstitucional, mas só sei que é muita mamada neste TJ, por isso que este Brasil não sai do lugar. Vamos acabar com isso!!temos que valorizar outras classe que trabalham e não sai nada de benefícios.

  4. É melhor não mexer nesse vespeiro chamado de Poder Judiciário. Ou então, fiscalizar todos os Tribunais: TJ, TRT, TCE…..

  5. O comentário disse tudo. Vão trabalhar agora para manter a mamata desses comissionados que estão ganhando rios de dinheiro, com salário em dobro e trabalhando 2 horas por dia (comprando apartamento, casa de praia, carros de luxo, fazendas,…), em detrimento dos demais servidores do estado. Inclusive tem servidores de outros órgãos recebendo gratificação de 100% (MP-estadual, secretarias do estado etc)… Será que o judiciário potiguar vai descumprir uma decisão do STF… Essa eu quero ver de camarote…

    1. ESCLARECIMENTO:
      A nota do MPF está parcialmente equivocada. É preciso entender que alguns servidores conseguiram judicialmente a gratificação e, por isso, o Tribunal, mediante ato administrativo, estendeu o benefício a todos os demais que se encontravam em idêntica situação. O fez buscando prestigiar o princípio da isonomia, mas certamente ultrapassou a sua esfera administrativa, agindo como uma espécie de legislador, daí porque o STF admitiu o controle de constitucionalidade do provimento administrativo e julgou inconstitucional o ato travestido de norma.
      Após o ajuizamento da ADI, entretanto, o Tribunal, visando regularizar a situação, encaminhou projeto de lei que veio a ser convertida em lei pela ALRN e sancionada pela então governadora Wilma de Faria. Tal norma, que altera o Plano de Cargos do Judiciário, confere aos servidores detentores de funções comissionadas (chefia, assessoramento ou confiança) exatamente o mesmo direito que outrora havia sido extendido de modo administrativo, o que significa dizer que, a rigor, nenhuma irregularida há no pagamento da gratificação, pois encontra fundamento não mais no provimento administartivo, mas sim na Lei.
      Portanto, nenhum prejuízo efetivo suportarão os servidores, que, diga-se, encontram-se sem reajuste salarial há mais de uma década.
      Obrigado por publicar estes esclarecimentos à população, a qual tem pleno e irrestrito acesso à folha salarial do TJ através do próprio site do Tribunal, dado que que foi o primeiro órgão do estado a cumprir integralmente a Lei de Acesso à Informação.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Inspetor da STTU alerta para “golpe do QR Code” em patinetes elétricos

Foto: Adriano Abreu

O uso dos patinetes elétricos tem sido uma febre em Natal. Em meio à novidade, o inspetor Thales Galvão, da Secretaria de Mobilidade Urbana (STTU), alertou os usuários para o “golpe do QR Code”.

A prática, segundo ele, consiste na colagem de um QR Code falso no lugar do original no patinete, que direciona o pagamento para a conta do golpista.

“Já existe relatos de maus elementos usando QR Code falso. E aí, o cidadão que não conhece ainda bem o serviço vai lá, aponta a câmera para o QR Code falso e direciona diretamente para a conta do estelionatário”, disse o inspetor.

É importante frisar que o QR Code original direciona o usuário para o aplicativo da JET, empresa responsável pelo serviço em Natal. Pelo aplicativo, a pessoa tem a opção de fazer a recarga pelo Pix ou pelo cartão de crédito.

Tribuna do Norte 

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Brasil

Moraes fez “perseguição” para que eleição ficasse conforme seu ideal, diz Tagliaferro

Foto: Alejandro Zambrana

O ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Eduardo Tagliaferro acusou o magistrado de ter feito uma “perseguição“ à direita para que as eleições de 2022 ficassem conforme o ideal dele. Tagliaferro participou por videochamada de uma audiência pública, nesta quarta-feira, 24, na Subcomissão Especial Sobre o Combate à Censura, da Câmara dos Deputados.

“Em relação ao próprio atentado ao Estado Democrático de Direito, quem está fazendo isso, aos meus olhos, é o próprio Alexandre de Moraes, que está destruindo uma nação, que fez toda uma manipulação não só processual, como uma manipulação de mídia, uma perseguição, para fazer com que as eleições ficassem de acordo com o ideal dele, de acordo com a intenção dele“, declarou o ex-assessor.

Tagliaferro atacou Moraes, chamando o ministro de “psicopata“, e o acusou de ter cometido e continuar cometendo crimes.

Nunca foi tão fácil ficar bem informado com O Antagonista

Ainda de acordo com ele, durante a gestão do ministro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), plataformas digitais foram “ameaçadas” pela Corte para que derrubassem perfis no período eleitoral e havia um “mutirão de perseguição à direita“ no tribunal.

“Esse pedido [para derrubar perfis] de fato era feito, inclusive às vezes em reuniões, que a gente chamou de uma comissão dentro do TSE, às empresas de rede social, de software de comunicação, como a Meta, Google, Telegram, YouTube, participavam constantemente, e sempre era pedida uma certa celeridade”, pontuou Tagliaferro.

“A gente inclusive tinha alguns contatos de diretores dessas plataformas, nos quais a gente acabava encaminhando direto o ofício, antes mesmo de ele ter ido via oficial, para que aquele pedido do ministro Alexandre de Moraes fosse realizado o quanto antes possível. Mas eles eram ameaçados, sim, inclusive com a derrubada da própria plataforma em todo o território nacional“.

O ex-assessor acusou o Supremo Tribunal Federal (STF) de promover censura no Brasil e disse que isto tem “reprimido, constantemente, de forma brutal, um polo político, a direita, dando somente liberdade e palavra à esquerda”. “Então temos hoje que trabalhar pesado nisso. A comissão é uma comissão muito importante, nós precisamos que os parlamentares assinem a CPMI da Vaza Toga, que os senadores também façam mais comissões, vão mais atrás desse problema, que é um problema hoje não é de poucos, não, de muitos”.

Ele prosseguiu: “Hoje, temos alguns censurados. Amanhã poderemos ser todos, e não podemos aceitar num país democrático, num país como o Brasil, um país lindo, um país amado, que isso continue. Porque se nós continuarmos, se nós não manifestarmos, teremos um país pior que Cuba, pior que Venezuela“.

Denunciado pela PGR

Em 22 de agosto, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, denunciou Tagliaferro ao STF pelos crimes de violação de sigilo funcional, coação no curso do processo, obstrução de investigação de infração penal envolvendo organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

O ex-assessor é investigado pelo vazamento de mensagens trocadas entre servidores do gabinete de Moraes no STF e no TSE. Segundo a denúncia, entre maio e agosto do ano passado, Tagliaferro “violou sigilo funcional e embaraçou as investigações ao revelar à imprensa e tornar públicos diálogos sobre assuntos sigilosos que manteve com servidores do STF e do TSE na condição de assessor-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação”.

O procurador-geral também aponta que Tagliaferro cometeu coação no curso do processo ao ameaçar, em julho deste ano, após deixar o Brasil, revelar no exterior novas informações funcionais sigilosas obtidas no exercício de seu cargo.

Para a PGR, o ex-assessor de Moraes aderiu às condutas da organização criminosa investigada nos inquéritos da suposta trama golpista, das fake news e das milícias digitais, e selecionou diálogos para tentar interferir na credibilidade das investigações.

Após a denúncia, Moraes determinou que o Ministério da Justiça protocole pedido de extradição de Tagliaferro.

O Ministério da Justiça enviou o pedido ao Itamaraty, que deverá formalizá-lo junto ao governo da Itália, onde o ex-assessor reside.

Tanto ele como Zambelli falaram por videochamada na reunião da comissão hoje.

O Antagonista

 

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Com prazo de oito meses, Senado instala comissão sobre novo Código Civil

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

A comissão temporária sobre a atualização do Código Civil foi instalada nesta quarta-feira (24). O colegiado irá analisar um projeto de lei apresentado pelo senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que teve como base uma proposta elaborada por uma comissão de juristas.

O prazo de funcionamento da comissão será de até oito meses. Pacheco presidirá o grupo e o senador Efraim Filho (União-PB) será o vice-presidente. A relatoria será do senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB).

Ex-presidente do Senado, Pacheco apresentou a proposta de um novo Código Civil no fim de janeiro. Durante sua gestão, ele foi o responsável por criar, em 2023, o colegiado de juristas que analisou as mudanças.

Para o senador, não se trata de um “novo Código”, mas de uma atualização para “suprir lacunas” da legislação. “Os conceitos que temos hoje, muitos deles são muito bons, não há dúvida, mas outros tantos estão ultrapassados e há muitas lacunas também na lei civil atual, considerando que são conceitos de 50 anos atrás”, disse Pacheco.

O início dos trabalhos do colegiado foram acompanhados pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). “O Código Civil é uma das legislações mais importantes do nosso país, pois organiza a vida em sociedade, regula relações familiares, patrimoniais, de consumo e, agora, também, as novas realidades digitais”, afirmou o senador.

O prazo inicial da comissão seria de 60 dias, com possibilidade de quatro prorrogações por igual período. Por acordo, os integrantes decidiram adotar o prazo máximo previsto. Assim, a estimativa é que o parecer seja apresentado em junho do próximo ano.

Após a análise na comissão temporária, o projeto ainda precisará ser votado no plenário. Se for aprovado pelos senadores, seguirá para a Câmara dos Deputados.

Caso seja aprovado no Congresso e sancionado, será a segunda atualização do Código Civil, que foi criado em 1916. A primeira mudança – e a atual legislação em vigor – é de 2002.

A reforma do Código conta com mais de 900 artigos. Em abril, a CNN fez uma série de reportagens sobre o projeto.

Entre as mudanças, o projeto atual prevê: a possibilidade de pedido divórcio unilateral; a mudança nos direitos de cônjuges e regras para herança digital; normas para o uso de Inteligência Artificial e regras para big techs; a proibição de aluguel no modelo Airbnb; e regulamentação da reprodução assistida no país.

CNN

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Bolsonaro fecha apoio a Tarcísio para eleição presidencial

Foto: Isabella Finholdt

O ex-presidente Jair Bolsonaro deu aval para o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disputar as eleições presidenciais com seu apoio.

O acordo foi costurado com os líderes do PP e do União Brasil. A dúvida agora é quando a decisão será anunciada.

A coluna apurou que há um racha em relação ao calendário. Um grupo defende esperar até dezembro ou janeiro, sob o argumento de que isso livraria Tarcísio de ser acusado pelos eleitores de usar o governo de São Paulo como trampolim para o Planalto.

Porém, os mesmos políticos afirmam que Bolsonaro é imprevisível e que ele é quem definirá o calendário. Tarcísio deve se reunir com Bolsonaro na semana que vem. A visita está permitida em 29 de setembro, das 9h às 18h.

Enquanto isso, o governador foi orientado a manter o discurso de que irá disputar a reeleição.

Metrópoles

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

PESQUISA/ AGORA SEI: Aprovação da gestão do prefeito Dr. Tadeu em Caicó é de 73,8%

O Instituto Agora Sei realizou, entre os dias 20 e 21 de setembro de 2025, uma pesquisa de opinião pública em Caicó, ouvindo 500 moradores. O levantamento trouxe um panorama detalhado sobre a avaliação da população em relação à administração municipal.

Aprovação geral

De acordo com os dados, a gestão do prefeito Dr. Tadeu alcança 73,8% de aprovação, enquanto a Câmara de Vereadores registra 46,4% de avaliação positiva. A diferença de 27,4 pontos percentuais revela uma distinção clara, feita pela população, entre a condução do Executivo e o desempenho do Legislativo local.

Perfil do eleitorado

O estudo mostra que mulheres e jovens concentram os índices mais altos de aprovação:

– Mulheres: 78,5% de aprovação, contra 68,5% entre os homens.
– Jovens de 16 a 24 anos: 80,7% de aprovação, o grupo com maior percentual positivo.

Recorte socioeconômico

Os dados também mostram diferenças conforme a renda:

– Entre pessoas sem rendimento ou que ganham até 1 salário mínimo, a aprovação é de 68,3%.
– Entre os que recebem de 1 a 3 salários mínimos, o índice sobe para 88,5%, o maior da pesquisa.
– Na faixa de 3 a 5 salários mínimos, a aprovação é de 82,8%.
– Pessoas com nível superior registram 81,1% de aprovação.

Essa variação indica maior adesão da classe média e dos grupos com maior grau de instrução.

Serviços avaliados

A pesquisa também aferiu a percepção dos caicoenses sobre áreas específicas da administração municipal:

– Coleta de lixo: 77,6% de aprovação.
– Hospital do Seridó: 72,6%.
– Postos de saúde: 71,2%.
– Educação: 69,6%.

Em contrapartida, os pontos de desaprovação são:

– Trânsito: 59,6% de avaliação negativa.
– Saneamento básico (CAERN): 50,0% de desaprovação.
– Pavimentação: avaliação dividida, com 43,8% de desaprovação.

Diferenças por bairro

Os resultados apresentam variação marcante entre os bairros:

– Itans, IPE e Nova Descoberta registraram 100% de aprovação da gestão.
– Em Penedo, a aprovação ficou em 45,5%.
– No Walfredo Gurgel, 60,6%.

O levantamento indica que a gestão municipal possui ampla aprovação, especialmente em segmentos como mulheres, jovens e cidadãos de renda média. Os serviços de saúde, coleta de lixo e educação aparecem entre os pontos fortes, enquanto trânsito, pavimentação e saneamento são percebidos como principais questionamentos.

 

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

[VÍDEO] PIROKA DE PATINETE: Patinetes fazem tanto sucesso em Natal que agora tem publicidade de todo jeito, até de “piroka”

Se você achava que a polêmica com os patinetes elétricos de Natal já tinha acabado, o equipamento segue fazendo sucesso e agora tem até “piroka” andando de patinete.

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra um homem vestido de “piroka” circulando pelas ruas da cidade em um patinete, e, claro, causando espanto e gargalhadas.

Segundo informações, a fantasia inusitada faz parte de uma campanha publicitária de uma empresa, que claramente sabe que nada chama mais atenção do que ousadia e bom humor.

O serviço de patinetes elétricos da Jet chegou a Natal em fase experimental com 600 unidades, e  desde então não para de fazer sucesso.

Blog do BG

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Alcolumbre descarta votação e anuncia arquivamento da PEC da Blindagem

Waldemir Barreto/Agência Senado

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), declarou nesta quarta-feira (24) o arquivamento da chamada PEC da Blindagem. A proposta foi rejeitada de forma unânime e considerada inconstitucional pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).

Alcolumbre descartou uma votação no plenário e afirmou que a decisão tem um “amparo regimental claríssimo”. Mais cedo, o presidente da CCJ, senador Otto Alencar (PSD-BA), havia defendido que a PEC passasse por votação no plenário como gesto político dos senadores sobre a rejeição do texto.

CNN

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Gilmar vota e STF tem três votos para ampliar acesso a dados de buscas na internet em investigações

Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), defendeu a constitucionalidade do acesso ampliado a dados de buscas de usuários de plataformas de internet em investigações criminais, desde que a medida seja fundamentada, proporcional e restrita a casos graves. Com o voto do decano, o STF tem três votos favoráveis à ampliação, contra dois contrários.

O caso é analisado no âmbito de um recurso apresentado pelo Google contra uma ordem judicial que determinou o fornecimento de dados de usuários que pesquisaram termos relacionados à vereadora Marielle Franco e ao local de seu assassinato, ocorrido em março de 2018, no Rio de Janeiro. A medida foi autorizada no curso das investigações sobre o crime que também vitimou o motorista Anderson Gomes.

A posição de Gilmar acompanha a divergência aberta pelos ministros Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin, que consideram a medida constitucional. Os dois votos que defendem uma postura mais rígida em relação ao acesso dos dados foram dados pela relatora, ministra Rosa Weber, hoje aposentada, e pelo ministro André Mendonça.

Em seu voto, Gilmar Mendes afirmou que “não se tratou de devassa ou atividade especulativa”, destacando que “havia elementos concretos que indicavam a prática de crime gravíssimo, verdadeiro crime hediondo”, e que a medida foi delimitada “temporal e espacialmente”.

O ministro propôs uma tese que limita o uso da chamada busca reversa — técnica que permite identificar usuários a partir de palavras-chave pesquisadas — a investigações de crimes hediondos, como os previstos na Lei 8.072/90.

Segundo ele, é necessário garantir que “a ordem judicial contenha, com precisão, os indexadores utilizados para a busca pretendida na base de dados do provedor”, e que haja “delimitação precisa dos termos e do período de busca, ao descarte dos dados de pessoas não vinculadas ao inquérito”.

Gilmar também alertou para os riscos de decisões amplas em temas ainda não suficientemente amadurecidos:

— A decisão ampliativa ou maximalista em termos de admissão da quebra coletiva de dados pessoais possui consequências jurídicas, políticas e tecnológicas que não foram inteiramente apreendidas ou consideradas por esta Corte.

Apesar disso, o decano do STF reconheceu a legitimidade da medida no caso Marielle:

— É constitucional a requisição judicial de registros de conexão ou de registros de acesso a aplicativos de internet para fins de investigação criminal ou instrução processual penal, inclusive o fornecimento de dados pessoais por provedores, em cumprimento de medida de busca reversa por palavra-chave.

Em 2023, a relatora, ministra Rosa Weber, hoje aposentada, votou para que a quebra do sigilo em investigações criminais só possa ocorrer quando delimitada e com indicação de motivo razoável, com suporte em provas e evidências.

O julgamento foi retomado no ano passado, com o voto de Moraes, que divergiu e defendeu uma ampliação do acesso a dados de buscas. O ministro foi acompanhado na época pelo ministro Cristiano Zanin, que fez algumas ressalvas pontuais.

O ministro André Mendonça votou por regras rígidas, empatando o julgamento. Para Mendonça, o aumento do acesso pode levar a um “arrastão probatório”.

Mendonça demonstrou preocupação com a possibilidade de ocorrer a chamada “pesca probatória”, que ocorre quando são buscados elementos de maneira genérica, sem um objetivo claro na investigação.

complexas, o uso de dados de buscas pode ser uma ferramenta legítima, desde que respeitados os direitos fundamentais dos usuários.

O Globo

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Lula e comitiva na ONU já nos custam mais de R$ 3,2 milhões

Foto: Ricardo Stuckert

A fatura total ainda não está fechada, mas a passagem de Lula (PT), Janja e sua comitiva por Nova York, sob pretexto de participarem da Assembleia Geral da ONU, já impôs ao pagador de impostos a fatura que supera os R$3,2 milhões.

Esse gasto, para bancar dois dias de Lula nos Estados Unidos, é só para custear o hotel da comitiva, para além da frota de limusines.

Parte da comitiva de Lula escolheu o estrelado Grand Hyatt New York para desfrutar o passeio aos EUA. Mais de R$1,7 milhão só em pernoites. Há diárias que superam os R$21,8 mil.

R$1,5 milhão foram gastos somente no aluguel de carros. Para alugar impressoras e mesinhas para “escritório de apoio”, lá se foram mais R$13,4 mil.

Com informações da Coluna de Cláudio Humberto, no Diário do Poder

Opinião dos leitores

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

VÍDEO: Operação contra funcionários de banco no RN investiga fraude que desviou mais de 12,5 milhões de pontos em programa de milhas

Três funcionários de um banco público são investigados no Rio Grande do Norte por suspeita de fraude e lavagem de dinheiro. Segundo a Polícia Civil eles faziam parte de um esquema criminoso que teria desviado mais de 12,5 milhões de pontos do programa de milhas da instituição financeira que não teve o nome divulgado pela Polícia Civil

A Operação Pouco Forçado, comandada pela Delegacia Especializada no Combate à Corrupção e Defesa do Patrimônio Público (Deccor), cumpriu mandados de busca e apreensão nesta quarta-feira (24).

Como funcionava o esquema

Segundo os investigadores, o esquema envolvia a inserção de dados falsos em sistemas informatizados de um banco público. Aproveitando as funções públicas que exerciam, os suspeitos fraudaram o sistema de pagamento de planos de previdência, vinculando-os indevidamente a cartões de crédito deles e de familiares.

“Os valores lançados nos cartões ultrapassavam os limites disponíveis, resultando no estorno das transações por insuficiência de saldo. Apesar disso, os pontos gerados pelo programa de fidelidade eram mantidos e creditados normalmente nas contas dos envolvidos”, informou a polícia.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *