Diversos

Henrique Alves (PMDB-RN) diz desconhecer US$ 833 mil depositados em sua conta; defesa cita mensalão para absolver ex-ministro

Por interino

O ex-ministro Henrique Eduardo Alves – Roberto Stuckert Filho/Agência O Globo/27-10-2009

O ex-ministro e ex-presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) reconheceu, em defesa apresentada à Justiça Federal de Brasília, que usou um escritório de advocacia uruguaio para abrir uma conta na Suíça em 2008. Admitiu também que é formalmente o beneficiário da conta. Mas, argumentou que, por motivos burocráticos, não conseguiu movimentá-la e preferiu deixá-la inativa. Assim, alegou que os US$ 832.975,98 depositados na conta — e que segundo a Procuradoria Geral da República (PGR) era dinheiro de propina — foram movimentados por terceiros, sem seu conhecimento.

Após ser envolvido em uma série de acusações na Operação Lava-Jato, o então ministro do Turismo, pediu demissão em junho do ano passado.

Os valores — que equivalem a R$ 2.573.895 no câmbio de hoje — foram depositados em três datas diferentes: 5 de outubro, 18 de novembro e 8 de dezembro de 2011. Segundo a PGR, trata-se de propina paga pela empreiteira Carioca Engenharia com o objetivo de liberar recursos do Fundo de Investimentos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS), administrado pela Caixa Econômica Federal. O dinheiro serviria para o financiamento de obras do Porto Maravilha, no Rio de Janeiro.

“É importante ressaltar que a utilização indevida da citada conta bancária e os depósitos acima mencionados jamais foram de conhecimento do acusado”, diz trecho de um documento assinado pelos advogados Marcelo Leal e Luiz Eduardo Ruas do Monte e que integra uma ação penal na Justiça Federal de Brasília.

Outros dois depósitos foram feitos nos anos anteriores — um no valor de US$ 980, em 14 de setembro de 2009, e outro de US$ 10 mil, em 21 de junho de 2010. O primeiro, diz a defesa, “ao que tudo indica, foi realizado apenas para efetivar a abertura da mencionada conta, o que, vale repetir, foi realizado sem o seu conhecimento”. O segundo, “aparentemente para arcar com o pagamento de suas taxas bancárias e despesas operacionais”.

Os advogados afirmaram que o ex-ministro só descobriu o depósito depois de ajuizada a ação:

“Somente ao tomar conhecimento dos documentos que instruem a presente ação penal é que o acusado teve ciência de que, mais de um ano após a data em que teria assinado a procuração para abertura da mencionada conta, precisamente em 14 de setembro de 2009, foi realizado o depósito de sua abertura no valor de U$ 980,00”, dizem os advogados de Henrique Alves.

Nomeado ministro do Turismo por Dilma e reconduzido ao posto por Temer, Henrique Alves deixou o governo do peemedebista após ser citado pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado como recebedor de R$ 1,5 milhão em propina. O peemedebista é investigado ainda em inquérito na Justiça Federal do Rio Grande do Norte, que apura supostos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e o empreiteiro José Aldemário Pinheiro, o Léo Pinheiro, da OAS.

DEFESA: HERANÇA MOTIVOU ABERTURA DE CONTA

A defesa argumenta que a conta foi aberta de forma lícita para proteger o dinheiro do espólio dos pais de Henrique Alves. Isso porque, em 2008, ele estava em processo de separação. Mas, em razão de problemas burocráticos, ele não conseguiu ter autorização para movimentar a conta. Em função desse e de outros problemas, a defesa argumenta que ele decidiu jamais mexer nela.

“Isto porque, ao contrário do que imaginava, a animosidade dos herdeiros fez com que o inventário dos bens deixados por seu pai se protraísse (prolongasse) no tempo de tal forma que, até a presente data, não foi ainda encerrado. Além disso, sua separação da segunda esposa foi tão traumática que optou por abrir mão de mais do que ele teria direito, a fim de romper por definitivo com os vínculos que os uniam”, argumentou a defesa.

Os advogados negam ainda que Alves tenha recebido propina da Carioca, lembrando, entre outras cosias, que a empresa jamais teve obras no Rio Grande do Norte. E conclui pedindo a absolvição do cliente.

Também são réus na ação o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que está preso em Curitiba em razão da Lava-Jato e nega as acusações; o empresário Alexandre Margotto, que está colaborando com a Justiça; e o ex-vice presidente da Caixa Fábio Cleto, que também é delator.

ADVOGADO CITA MENSALÃO PARA TENTAR ABSOLVER ALVES

Marcelo Leal, um dos advogados de Henrique Alves, defendeu no processo do mensalão o ex-deputado Pedro Corrêa (PP-PE), hoje preso no Paraná pela Lava-Jato. Ironicamente, ele usa agora o julgamento que levou à condenação de 24 pessoas no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar livrar seu cliente. Até o momento, não obteve sucesso. O juiz Vallisney de Souza Oliveira, que cuida do caso na 10ª Vara Federal de Brasília, vem negando os pedidos.

No mesmo documento de 9 de janeiro, a defesa argumentou que a denúncia apontou o crime de corrupção passiva sem indicar “qualquer motivação para o recebimento de vantagem indevida”. Depois, citou o mensalão. Segundo os advogados de Alves, o STF disse que não é preciso comprovar que o agente público tenha praticado o chamado ato de ofício para que haja corrupção. Mas, ainda é necessário demonstrar que houve promessa ou oferta de vantagem.

“Como se vê, o que o STF entendeu no julgamento da AP 470 (mensalão) foi a desnecessidade da prática em si de ato de ofício para caracterização do crime de corrupção ativa ou passiva. Todavia, não há dúvida de que, para a caracterização do crime de corrupção ativa, é necessário que o agente ofereça ou prometa vantagem a funcionário público para que este pratique ou deixe de praticar ato de ofício inserido na esfera de suas atribuições, sendo certo que o crime se configura com o mero oferecimento, independentemente da efetiva prática do ato”, diz a defesa, acrescentando que “a denúncia não descreve qual teria sido o ato de ofício” de Alves.

Em 31 de janeiro, a defesa apresentou novo recurso, voltando a citar o julgamento do mensalão para dizer que Henrique Alves deve ser absolvido por corrupção passiva. E acrescentou que o mesmo deve ocorrer em relação ao crime de lavagem de dinheiro. Os advogados compararam ao caso de dois réus absolvidos pelo STF no mensalão: os publicitários Duda Mendonça e Zilmar Fernandes. Segundo a defesa, abrir conta em outro no país não é crime, sendo preciso demonstrar que ele ocultou os valores.

“Naquela oportunidade, a maioria dos Ministros do Supremo Tribunal Federal acompanhou o voto dos ministros Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli no sentido de que, para a configuração do crime de lavagem de dinheiro seria imprescindível a ocultação do beneficiário final da conta e que o simples fato de receber recursos do exterior em conta titularizada por off shore não configuraria o delito em questão”, argumentaram os advogados de Henrique Alves no recurso, rejeitado em 15 de fevereiro pelo juiz Vallisney. O magistrado entendeu que o Ministério Público Federal (MPF) indicou elementos que justifiquem a investigação.

O Globo

 

Opinião dos leitores

  1. O BRASIL sempre vai ser mal visto pelos outros países lá fora, por causa dessa tremenda cara de madeira desses marginais engravatados que tem outros marginais bem pagos para fazer esse tipo de defesa. Para piorar tem um bando de doentes mentais que votam e estam sempre reelegendo esse tipo de verme. Que só traz danos à nação. E eles nunca conseguem enchergar o desastre com que eles causam votando nesses ratos – Pelo.

  2. E quase virou GOVERNADOR…
    A culpa dos problemas do Brasil é do povo, dos eleitores que votam de forma irresponsável e sem compromisso com a nação.
    Pobre desse país com eleitores assim.

  3. Coitado do ex-deputado, até acredito que ele é o último a saber!!!
    Até a justiça federal soube primeiro do que ele.
    Como é que fazem um negócio desse e não avisam ao pobre coitado!!!
    Vai ver depositaram este trocado só por maldade, e como não avisaram ao nobre ex-deputado ele nem percebeu!!!

  4. Não sei se devemos aplaudir a imaginação dos advogados ou ficarmos indignados pelo fato deles acharem que essa versão convence alguém.
    Minha nossa. É por essas e outras que a classe dos advogados anda tão desprestigiada. Quase uma fábula. HEA foi praticamente forçado a abrir uma conta secreta na Suíça onde apareceu perto de US$ 1,0 Mi.

  5. Sem me referir ao fato noticiado acima e nem aos elementos citados, aproveito o ensejo para fazer a seguinte pergunta: qual será a origem do dinheiro utilizado para pagar os honorários dos advogados de políticos corruptos?
    Quem souber responda.

  6. Mas infelizmente como disse abaixo o escritor, sendo candidato a Deputado Federal, ganha fácil fácil, então a culpa é de quem mesmo? dos eleitores jumentos que votam nele…

  7. Henrique num tem nadazavê com isso não…
    Alguém fez depósito errado na conta dele…
    Ou os adversários fizeram isso para denegrir a imagem de um homem de bem…

  8. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk. É uma piada, sempre enganou o povo do RN e agora vem com essa. Amigo de Eduardo Cunha só pode dá nisso.

  9. Interessante que até hoje ninguém depositou na minha conta nada, pq só na de Henrique Alves???

    1. Apois, noutro dia depositaram R$ 1,75 na minha conta corrente, e eu mandei um zap pro meu gerente perguntando o que era?, e o infeliz ainda disse que tinha sido erro e iria estornar. Ai eu choro!!!!

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Mundo

SEI NEM O QUE EU DIGA: Influencer diz ter “namorado” ChatGPT e se descobre ‘digissexual’

Foto: Reprodução/Instagram

A influencer britânica Suellen Carey causou nas redes ao revelar que viveu um relacionamento de três meses com o ChatGPT, o famoso chatbot de inteligência artificial. Segundo ela, a experiência a fez se descobrir “digissexual”, ou seja, alguém que sente atração por tecnologia.

Transsexual e conhecida por participar da versão romena do reality Game of Chefs, Suellen contou ao Daily Mail que o romance começou como um teste. “Eu usava o app para o trabalho e quis ver do que a IA era capaz. No dia seguinte, voltei. E depois de novo. Quando percebi, já falava com ele todas as manhãs e noites”, disse.

O que a atraiu foi a forma diferente de se comunicar. “Com humanos, sempre acabava em perguntas sobre eu ser trans ou tentativas de me rotular. Com ele, falávamos sobre solidão, imigração, viver entre dois mundos. Ele sempre dizia a coisa certa”, contou.

Mas o encanto não durou. O chatbot lembrava do aniversário dela com mensagens “perfeitas, mas vazias”. “Ele nunca errava, nunca se contradizia, nunca mostrava emoção. Era perfeito demais. Aí percebi: eu era a única real naquele relacionamento”, desabafou.

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Saúde

ALERTA: 15 mortos e 59 intoxicados por bebida adulterada com metanol no Brasil

Foto: Divulgação/UFPR

O Brasil vive uma onda de intoxicação por bebidas adulteradas com metanol: já são 59 casos confirmados e 15 mortes. São Paulo concentra a maioria, com 46 casos e nove óbitos, seguido por Paraná (6 casos, 3 mortes), Pernambuco (5 casos, 3 mortes), Rio Grande do Sul (1) e Mato Grosso (1). Outros nove óbitos ainda estão em investigação.

O metanol é altamente tóxico e pode matar, conforme informações da Agência Brasil. Ele costuma estar presente em bebidas clandestinas ou sem procedência confiável. Autoridades alertam: consumir produtos assim é um risco sério à vida.

Em São Paulo, o Centro de Vigilância Sanitária reforça que denúncias de bebidas suspeitas podem ser feitas pelo Disque Denúncia 181 ou pelo site da Polícia Civil. O Procon-SP também recebe relatos pelo 151 e pelo site oficial.

O recado é claro: evite bebidas de procedência duvidosa. O barato pode sair caro – e neste caso, mortal.

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Política

Câmara dá fôlego a Lula e aprova revisão de gastos do governo com jabutis embutidos

Foto: Agência Câmara

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (29) o projeto de lei que revisa gastos do governo federal, garantindo um respiro ao governo Lula após a queda da MP que tentava aumentar o IOF. O placar mostrou 286 votos a favor, 146 contra e uma abstenção. Agora, o texto segue para o Senado.

O projeto cria o Regime Especial de Atualização e Regularização Patrimonial (Rearp), voltado à regularização de imóveis, mas deputados aproveitaram para enfiar “jabutis” – medidas sem relação direta – que aceleram cortes e ajustes fiscais. Entre elas, despesas do programa Pé-de-Meia passam a contar no piso da educação, gerando economia de R$ 4,8 bilhões em 2026.

Também há redução do prazo para concessão de benefícios por incapacidade temporária, limitado o seguro-defeso para pescadores e restrições a compensações tributárias de PIS/Cofins, somando bilhões de economia ou arrecadação extra.

O relator, deputado Juscelino Filho (União-MA), ex-ministro das Comunicações de Lula, chegou a propor a antecipação do saque-aniversário do FGTS sem limites, mas recuou. Pela regra que passa a valer em novembro, cada trabalhador poderá antecipar apenas uma vez por ano, com limite de R$ 500 por operação.

O pacote do governo, coordenado pelo ministro Fernando Haddad, ainda prevê cortes de despesas, redução de benefícios tributários e taxação de apostas e fintechs, para compensar cerca de R$ 25 bilhões do déficit deixado após a derrubada da MP em 8 de outubro. Governistas afirmam que a pauta sobre apostas ainda será enviada, mas não há previsão para as mudanças nas isenções fiscais.

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Judiciário

TSE marca julgamento que pode cassar o governador do Rio por abuso de poder político e econômico

Foto: Reprodução

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) definiu para a próxima terça-feira (4) o julgamento que pode tirar o governador Cláudio Castro (PL) do cargo, conforme O Antagonista. A presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, marcou a data após a relatora Isabel Gallotti liberar o processo antes de encerrar seu mandato.

Gallotti, que deixa o TSE em menos de um mês, acelerou os casos que considera prioritários. A definição da data acontece um dia depois de uma megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha, que deixou mais de 100 mortos, mostrando a gravidade da crise de segurança no estado.

A Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE), braço da PGR no TSE, já havia pedido a cassação de Castro e do vice, alegando abuso de poder político e econômico em projetos financiados pela Ceperj e Uerj em 2022.

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Brasil

Castro e Lewandowski montam ‘escritório de guerra’ para varrer crime organizado do RJ

Foto: Reprodução/Metrópoles

O governador Cláudio Castro (PL) anunciou nesta quarta-feira (29) a criação do Escritório Emergencial de Enfrentamento ao Crime Organizado, em parceria com o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. A medida vem na esteira da megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha, que deixou 119 suspeitos mortos e prendeu 113, incluindo criminosos de outros estados.

O “escritório de guerra” será comandado pelo secretário estadual Victor Santos e pelo secretário nacional Mário Luiz Sarrubbo. A ideia é unir forças da Polícia Militar, Civil, Federal e PRF, derrubar burocracias e agir rápido contra o Comando Vermelho, que vem expandindo território e espalhando terror pelo estado.

Lewandowski detalhou que o governo federal vai reforçar a operação com peritos criminais, bancos de dados de DNA e balística, médicos legistas e odontólogos, além de efetivo da Força Nacional. “O problema não é só do Rio, é nacional. Esse escritório é emergencial, mas vai gerar resultados rápidos”, avisou.

A megaoperação durou mais de 12 horas e apreendeu 118 armas — incluindo 91 fuzis — explosivos, drogas e 10 menores. Moradores relatam cenas de horror, com corpos espalhados, choro e medo nas comunidades. O Estado mostra que está disposto a varrer o crime organizado do Rio de Janeiro, custe o que custar.

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Mundo

Netanyahu barra ajuda humanitária e mantém mais de 2,4 mil palestinos como reféns

Foto: Reprodução

Israel proibiu, nesta quarta-feira (29), a Cruz Vermelha de visitar prisioneiros palestinos. A decisão do ministro da Defesa, Israel Katz, atinge mais de 2.400 detidos na Faixa de Gaza e arredores, classificados pelo Estado como “combatentes ilegais”. Na prática, eles podem permanecer presos sem provas, sem julgamento público e sem direito à defesa.

Advogados palestinos denunciam tortura dentro das prisões: fome, espancamentos e negligência médica são rotina. Para o Hamas, a medida é mais um “crime sistemático” e fere a 3ª Convenção de Genebra, que garante tratamento mínimo aos prisioneiros. O grupo exige ação da comunidade internacional e responsabilização de líderes de Israel.

A decisão vem após bombardeios autorizados por Benjamin Netanyahu em Gaza, sob a justificativa de violação do cessar-fogo mediado pelos EUA. Mesmo depois do ataque que deixou 104 mortos, o Exército israelense afirma que seguirá cumprindo a trégua com o Hamas.

Desde outubro de 2023, os confrontos já mataram mais de 68,6 mil pessoas, principalmente mulheres e crianças, e deixaram 170,6 mil feridos, segundo a ONU. Para o governo de Netanyahu, o “risco à segurança” parece valer mais que regras humanitárias internacionais, reforçando o cenário de tensão extrema na região.

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Geral

Viúva do ex-prefeito Miguel Cabral corta rumores sobre armas ilegais e repudia fake news

Foto: Reprodução

A viúva do ex-prefeito Miguel Cabral, assassinado em fevereiro no Largo do Atheneu, em Natal, reagiu nesta quarta-feira (29) a rumores sobre armas de fogo. Segundo a família, nenhuma arma foi encontrada na residência da viúva, e qualquer suspeita envolvendo seu nome é infundada.

A manifestação vem após a Operação Herdeiro Oculto, deflagrada pela Polícia Civil na terça-feira (28). A ação investiga o assassinato do ex-prefeito, busca provas sobre o possível mandante do crime e tenta localizar o arsenal desaparecido de Cabral. Durante a operação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão na residência da viúva e também na de um empresário apontado como possuidor de armamentos.

Foram apreendidos celulares, R$ 130 mil, drogas e diversas armas, incluindo fuzil, carabina, espingarda e pistolas. Fases anteriores da investigação já resultaram na prisão dos quatro executores do homicídio, em Pernambuco e Ceará.

Em nota oficial, a família explicou que Miguel Cabral era colecionador e possuía armas devidamente registradas. Após sua morte, apenas ele sabia onde os armamentos estavam, e nenhum deles foi localizado. “Caso apareçam futuramente, serão apresentados à Justiça, conforme a lei”.

A viúva também esclareceu que as armas citadas em notícias recentes, encontradas na casa do empresário, são de propriedade exclusiva dele e não têm ligação com a família Cabral. O comunicado repudiou qualquer tentativa de associar os armamentos à viúva, classificando essas insinuações como distorções e especulações infundadas.

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Brasil

VÍDEO: “Chacina no Rio é reflexo da sociedade”, diz filho de Marcinho VP

Imagens: Reprodução/Instagram

O rapper Oruam, filho de Marcinho VP, um dos fundadores do Comando Vermelho, afirmou em vídeo que os mortos na megaoperação desta terça-feira (28) nos complexos do Alemão e da Penha são “reflexo da sociedade brasileira”. Para ele, o confronto é a maior chacina da história do Rio de Janeiro.

Oruam criticou a mídia e a política de segurança pública: “Matar bandido vende muito. Essa é a política que mais vende no Rio e no Brasil. A sociedade gosta do banho de sangue”, disse.

Segundo o rapper, a população usa os criminosos das favelas como bodes expiatórios “para esconder os verdadeiros bandidos, que vivem em mansões” e se beneficiam de proteção política. “O crime está em Brasília. O favelado é só reflexo da sociedade”.

O cantor ainda colocou-se no mesmo contexto dos mortos no confronto, reforçando que ele, Marcinho VP e os demais envolvidos refletem problemas mais amplos da sociedade. A declaração gerou polêmica nas redes, levantando discussões sobre segurança pública e desigualdade social.

 

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Geral

Enquanto o Rio pegava fogo, ministro da Justiça curtia homenagem em Fortaleza

Foto: Reprodução

Enquanto o Rio de Janeiro vivia um verdadeiro cenário de guerra, com mais de 100 mortos em operação policial, o ministro da Justiça de Lula, Ricardo Lewandowski, estava bem longe da crise — e em clima de festa. O ministro viajou em jatinho da FAB para Fortaleza, onde recebeu o título de Cidadão Cearense ao lado da esposa, em uma cerimônia sem qualquer relação com seu trabalho no governo.

Mesmo com o país assistindo às cenas de confronto entre a polícia e o Comando Vermelho, Lewandowski não cogitou cancelar o evento e voltar a Brasília. Preferiu seguir com a agenda festiva, enquanto o Planalto tentava conter a crise causada pelas declarações do governador do Rio, Cláudio Castro, que acusou o governo federal de negar ajuda.

Segundo a assessoria do ministro, ele teria ido ao Ceará para participar da Conferência da Haia de Direito Internacional Privado. Mas a homenagem, concedida ainda em 2021, acabou encaixando perfeitamente com sua viagem — e com o casamento das agendas pessoal e oficial. Lewandowski só retornou à capital federal às 21h30, horas depois do início da operação mais letal da história do Rio.

No discurso, o ministro ignorou completamente a crise no Rio e até a violência crescente no Ceará, que lidera o ranking de homicídios no Brasil. Falou apenas em “proteção dos direitos e garantias de todo cidadão”. Mais cedo, chegou a dizer à imprensa que “era um dia de festa e estava muito feliz”. Enquanto isso, no Rio, o caos tomava conta das ruas.

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Geral

VÍDEO: Há exatos 2 anos, Lula bateu o pé: “Enquanto eu for presidente, não tem GLO no Rio”

Imagens: Reprodução/Poder360

Há exatamente dois anos, em 27 de outubro de 2023, o presidente Lula deixou claro que não colocaria as Forças Armadas nas ruas do Rio de Janeiro para conter a violência. Na época, conforme relembrado pelo Poder360, Lula disse que não decretaria uma GLO (Garantia da Lei e da Ordem) “enquanto fosse presidente” e que os militares não deveriam estar “nas favelas brigando com bandidos”.

“Enquanto eu for presidente, não tem GLO. Fui eleito para governar esse país e vou governar”, afirmou Lula, após reunião com os comandantes das Forças Armadas e o ministro da Defesa, José Múcio.

A fala, que repercutiu em todo o país, hoje soa ainda mais polêmica diante da escalada da criminalidade no Rio de Janeiro — onde o poder paralelo desafia o Estado diariamente. Críticos afirmam que a recusa do governo em usar a GLO mostra omissão e fraqueza diante de facções que mandam e desmandam em várias comunidades.

Enquanto o Planalto insiste no discurso político, o povo carioca continua refém do medo. E a promessa de Lula — de não usar o Exército nas ruas — segue firme, mesmo que o crime também tenha seguido o mesmo caminho: crescendo sem parar.

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