Josias de Souza
Na política há de tudo. O sujeito quer um biltre? Há um biltre. Quer um virtuoso? Há um virtuoso. Um ingênuo?
Bem… O ingênuo, não se sabe muito bem por quê, é mais difícil do que o biltre e o virtuoso.
Repare no último trançar de línguas de Serra e Lula. Qual um babalaô emplumado, o tucano jogou os búzios:
“A probabilidade de que Lula seja candidato nas eleições presidenciais de 2014 é muito alta.” Hummmm…
Serra aventura-se na mesa de adivinhações por acreditar que Aécio ‘Bola da Vez’ Neves não se atreverá a entrar em campo se o adversário for Lula.
De passagem pela ESG (Escola Superior de Guerra), no Rio, Lula tratou Serra com a lateral do sapato, como quem empurra uma bola de papel para o canto:
“O Serra deveria falar pelo PSDB. Ele não está conseguindo resolver o problema do Aécio e quer resolver o problema do PT!”
“Vou dizer uma coisa de forma categórica: o Brasil tem uma candidata em 2014 chamada Dilma Rousseff. Ela […] vai fazer um governo extraordinário.”
Mais adiante: “Só há uma hipótese de ela não ser candidata: ela não querer. A política é uma doença que a gente gosta e não sai mais…”
Para Lula, é Serra quem está preocupado, não ele. “Eu acho que já cumpri com a minha tarefa nesse país.” Hummmmm…
O candidato está enterrado em Lula como um sapo de macumba. Ele já nasceu com os pés no palanque e o microfone nas mãos.
Lula aposentou-se da aposentadoria há duas semanas, quando avisou: “Vou voltar a viajar pelo país, para incomodar muita gente.”
Vale para Lula a frase de Lula sobre Dilma: “A política é uma doença que a gente gosta e não sai mais…”
Foto: STF
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