A atitude do deputado Ricardo Motta de adiar a eleição da mesa diretora para a manhã de segunda-feira surpreendeu a todos e deixou muitos deputados indignados.
Mas se a manobra teve como objetivo evitar a derrota iminente para o deputado Ezequiel Ferreira ou mesmo abrir espaço para manobras em torno de uma terceira candidatura, o resultado poderá ser o contrário do desejado.
A manobra fortaleceu a candidatura de Ezequiel e afastou completamente a possibilidade de uma candidatura de consenso. Ezequiel e o grupo de deputados que o apoia não abrem mão da decisão de concorrer.
Ricardo Motta, que depois de encerrar a sessão de posse deixou a Assembleia, continua candidato. E a tentativa de construir uma candidatura de consenso não vai ter aceitação. Nem de José Dias nem muito menos de Álvaro Dias, que se ausentou da sessão sem assinar o termo de posse e deu início a toda uma confusão no plenário da Casa.
José Dias já comunicou também que não pretende ser candidato. Álvaro Dias, que não conseguiu viabilizar sua candidatura, insistirá em mantê-la, mas sem chances de construir o consenso, principalmente depois do que aconteceu.
Ricardo Motta percebeu, depois de deixar a Assembleia, que sua atitude causou indignação e foi alvo de muitas críticas. Até mesmo deputados aliados como Getúlio Rego e Tomba Farias disseram que não sabiam da manobra de adiamento. O deputado Tomba foi mais longe, disse a esse blog que não concordava.
O saldo do triste episódio foi um sério dano à imagem de Ricardo Motta e a possibilidade concreta de que aumente o número de deputados que apoiam a candidatura de Ezequiel Ferreira para presidente.
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