O delegado Normando Feitosa, responsável pela prisão e apreensão dos rapazes acusados de terem assaltado a Padaria Petrópolis, crime cometido no último dia 2, no coração do Plano Palumbo, está feliz em ter conseguido dar uma resposta à sociedade.
Porém, é verdade que também está frustrado em saber que em pouco tempo, em três anos, no máximo, o adolescente que puxou o gatilho estará de volta às ruas.
Mais que isso: com a ficha limpa, sem histórico criminal, como se nada tivesse acontecido. “É a lei que nós temos. Esse rapaz poderia ter matado quantas pessoas quisesse. Em três anos – e isso se ele pegar a pena máxima – estará solto”, lamentou o adjunto da Divisão Especializada em Investigação e Combate ao Crime Organizado, a Deicor. Frustração também foi a palavra escolhida pelo delegado geral Fábio Rogério e pelo delegado federal Silva Júnior, adjunto da Secretaria de Segurança Pública.
Todos repetiram as mesmas palavras de Normando ao final da entrevista coletiva concedida na manhã de ontem para apresentar o resultado da Operação Curinga, trabalho investigativo realizado no final da quarta-feira e que resultou, justamente, na prisão de Jadson e do adolescente.
É importante esclarecer que o Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA, não permite a divulgação do nome de menores infratores.
Afinal, menores de 18 anos não cometem crimes. Cometem atos infracionais. E eles também não são presos. São submetidos a medidas sócio-educativas. “É triste saber que a nossa legislação é tão branda para os adolescentes. Mas, o importante é que a Polícia Civil deu uma resposta e nós fizemos o nosso trabalho”, ressaltou Fábio Rogério. “Concordo plenamente”, emendou Silva Júnior.
Fonte: Novo Jornal
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