Nova pesquisa Datafolha mostra que a parcela da população brasileira com uma visão linha dura, ainda que permaneça minoritária, cresceu em relação a 2014.
Em que pese essa mudança, uma maioria contra ações antidemocráticas continua consolidada.
O instituto apresentou possibilidades de ações que o governo brasileiro poderia tomar e perguntou a opinião do entrevistado. Hoje concordam com uma eventual intervenção em sindicatos 41% dos brasileiros, 12 pontos a mais do que quatro anos atrás. Outros 51% discordam —eram 59%.
Quanto à prisão de suspeitos de crimes sem a autorização da Justiça, 32% concordam —seis pontos a mais do que em 2014. Ainda assim, a maior parte —65%— discorda.
Cresceu 11 pontos a taxa daqueles que concordam totalmente ou em parte que o governo deva ter o direito de proibir a existência de algum partido —hoje é de 33%. Os contrários são 61%, ante 66% em 2014.
A censura a jornais, rádios e TV imposta pelo governo também ganhou adeptos. Eram 13% dos brasileiros, hoje são 23%. Discordam 72% —oito pontos a menos do que na pesquisa anterior.
O Executivo deve poder fechar o Congresso Nacional para 21% da população. O índice era 14% em 2008 e 19% em 2014. Rejeitam essa prerrogativa 71%.
Ficaram estáveis os índices que medem a opinião da população sobre tortura e proibição de greves. Se hoje 80% discordam que o governo possa usar de violência para tentar obter confissões e informações de suspeitos e 16% concordam, antes eram 78% e 14%, respectivamente.
Já quanto à coibição de greves, 72% são contra e 24%, a favor. Eram em 2014 72% e 22%.
Uma parcela de 52% dos brasileiros não acha que o governo brasileiro deva ter o direito de controlar o conteúdo nas redes sociais e 43% admite a possibilidade.
O levantamento foi feito em 17 e 18 de outubro, com 9.137 entrevistas presenciais em 341 municípios. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95% —essa é a chance de o resultado retratar a realidade.
Contratada pela Folha e a TV Globo, a pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o número BR 07528/2018.
NOVA DITADURA
O Datafolha mostra ainda que a expectativa de uma nova ditadura no Brasil cresceu.
Os eleitores que declararam haver essa possibilidade cresceu 11 pontos em comparação com a pesquisa de fevereiro de 2014. O índice, antes de 39%, agora é de 50%.
Rechaçam esse horizonte 42% dos eleitores, antes eram 51%.
As mulheres (55%) e os mais jovens (59%) declaram mais essa percepção do que os homens (45%) e os mais velhos (47%).
Também os menos instruídos (54%) e os mais pobres (57%) desconfiam mais de uma mudança de regime do que os mais instruídos (43%) e mais ricos 38%).
Entre eleitores de Fernando Haddad (PT), 75% dizem que existe a possibilidade de o Brasil voltar a ser uma ditadura. Entre os que votam em Jair Bolsonaro (PSL), 65% descartam essa hipótese.
Passados 33 anos, o legado da ditadura militar divide os brasileiros. Para 51%, as realizações foram mais negativas do positivas —eram 46% em 2014. Para 32%, o saldo é positivo —eram 22%. Não opinaram 17%, antes 32%.
FOLHAPRESS
A linha dura acaba quando for parado pelo 1o guarda na esquina e levar uns escolachos, incluindo uns belos tabefes… aí vem com mímimi…
E eu vou estar aqui para gritar: mito, mito, mito….kkkkkkkk
Que leitura errada, o cidadão é roubado em casa, na rua, no bar, no posto, na padari, os gestores do dinheiro que ele paga seu imposto o roubam, e usam pra luxo e enriquecemento e nas eleições. Na verdade, esse cidadão está é indignado, e precisa de alguém pra mudar isso. Ele quer trabalhar, pagar impostos, mas não quer que lhe roubem mais seu sangue, e que possa está bem casa e sair por aí sem que alguém tente lhe roubar, só isso. E isso não é linha dura. Não distorção as coisas esquerdopatas petralhas.