Polícia

MP Militar do CE recomenda que comandantes da PM contenham adesão de integrantes à manifestação no 7/9, e, se for o caso, fazer cessar, inclusive por ‘meio da força’

Foto: JÚLIO CAESAR / O POVO

O Ministério Público Militar do Ceará, por meio do promotor Sebastião Brasilino de Freitas Filho, enviou nessa quarta-feira, 25, uma recomendação aos comandantes-gerais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros do Estado para que sejam adotadas medidas para “prevenir, perquirir e, se for o caso, fazer cessar, inclusive por meio da força” ato promovidos ou integrados por militares estaduais no dia 7 de setembro.

No documento, o promotor também orientou a instauração de procedimentos administrativos contra envolvidos na manifestação identificados. Segundo Sebastião, a segurança pública é dever do Estado, sendo “confiada no âmbito estadual à Polícia Militar e Bombeiros Militares, que deverão constantemente atuar na preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio”.

Os comandantes têm o prazo de sete dias para prestar informações sobre as medidas adotadas. A recomendação pondera ainda que “o ordenamento jurídico abomina a ação de grupos armados, quer sejam civis ou militares, que se reúnam com o fito de promover a ruptura da ordem constitucional vigente e do Estado Democrático, concebendo tais práticas como crimes inafiançáveis e imprescritíveis”.

A possível adesão de policiais e bombeiros militares aos atos previstos para o 7 de setembro em apoio a Jair Bolsonaro (sem partido) tem causado apreensão entre governadores. Atentos, os gestores já recorrem aos setores de inteligência nas próprias polícias para mapear e antecipar movimentações nas tropas.

Na última segunda-feira, 23, o governador de São Paulo, João Doria, anunciou afastamento do coronel Aleksander Lacerda do comando de um batalhão da Polícia Militar no interior do estado, após ele ter convocado manifestações contra o Supremo Tribunal Federal (STF) pelas redes sociais. Segundo publicações do coronel, até agora, estavam sob suas ordens 7 batalhões da PM paulista, cuja tropa de cerca de 5 mil homens é desdobrada em 78 municípios da região de Sorocaba, sede do CPI-7.

De acordo com o titular da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), Sandro Caron, até o momento, não há indicativos de situações envolvendo policiais no Ceará. Ele destaca que osórgãos de segurança, assim como a PM, possuem áreas de inteligência para monitorar a questão. “Você sempre tem que estar atento para qualquer movimento nacional que possa ter impacto aqui no Ceará”, disse.

Agendada para o feriado da Independência, as manifestação em Fortaleza prevê carreata, motociata e bicicleata com ponto de partida do entorno do estádio Castelão, segundo um dos organizadores do ato em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Aliados do mandatário projetam mobilização do feriado como uma demonstração massiva de apoio ao chefe do Executivo.

Para a cientista política Juliana Fratini, os atos do 7/9 representam a tentativa de grupos bolsonaristas em desacreditar as instituições, e mais recentemente, usar da força da PM para causar uma “instabilidade institucional”. “Nessa situação, temos um governo chamado a população para se revoltar contra a democracia e as instituições públicas. Não existe esse grito da independência”, avalia.

Contudo, a especialista avalia que ainda não há uma articulação institucional consistente entre militares capaz de dar êxito aos movimentos. “Me parece que não existe uma articulação entre outras categorias de classe para ter uma ato mais rebelde contra as instituições públicas. Além disso, esses grupos que tem se colocado numa posição de revolta já estão sendo desligados das corporações”, completa Fratini.

O Povo

Opinião dos leitores

  1. Ao meu ver, as autoridades deveriam estar temerosas caso os maconheiros e baderneiros da esquerda fossem para as ruas quebrar e atear fogo em prédios públicos e empresas privadas.

  2. Não sei porque esse povo está com tanto medo desse ato dos policiais militares no ato do dia 7 de setembro.

  3. Não sei o porquê desses argumentos fantasiosos, quem gosta de vandalismo e tocar fogo no patrimônio público não é a direita !!!!

  4. Militar também é gente, militar também é cidadão, militar paga impostos, militar tem direitos e deveres como todo cidadão. Ninguém pode ser discriminado por sua profissão isso ésta garantido na nossa constituição, que fizer diferente estará desrespeitando a constituição.

  5. O policial detém o monopólio do uso da arma conferido pelo Estado. Se esse elemento sai armado para fazer manifestação, isso aqui termina em desordem e caos, pois quem vai conter quem está armado? PM em manifestação política é crime.

  6. Independente de quem os PMs estão a favor isso é muito preocupante. A missão dos policiais é outra.

  7. Isso é preocupante, pois quem está dizendo é o MP militar, que deve ter informações privilegiadas. Quero ver a merda que dará pessoas de índole variada, armadas no meio de uma discussão política, incentivada por uma pessoa com o cérebro desconjuntado, que hoje incentivou mais uma vez o armamento das pessoas para conseguir sua liberdade. Seria interessante, não fosse trágico ver a reação das pessoas ao enfrentamento sanguinário para defender um cagão e fazer a defesa da gasolina 7 reais, gás de cozinha 100, desemprego, aumento da conta de energia, da fome, da miséria, das pessoas comendo pé de galinha e osso. O que tem no cérebro dessas pessoas é caso para a ciência descobrir. Defendem armas como a própria vida, mas condenam o afeganistão onde todo mundo anda armado e não querem ir pra lá onde ainda podem contar com a ausência de congresso, supremo e urnas eletrônicas. Só falta o cagao explicar como fazer para explodir bombas em praça como ele planejou quando era militar.

    1. Deixa de conversar m…… Seu frouxo, seja homem, quem vai para rua fazer baderna vc sabe quem é, gasolina e outros itens a esse preço vc sabe o motivo, tentar consertar as besteiras de 14 de desastres não é fácil, o governo está coalhado pelo aparelhamento do estado produzido pela esquerda falida, deixe de mimimimimi, vcs estão é com medo do povo, hoje quem tem armas são os marginais, e que armas viu, por sinal, ontem um meliante do PSOL, puxou uma pistola e ameaçou um grupo de mulheres, fala disso crápula, quando o MST e outros bandos de marginais patrocinados pela união do estado com o PCC depredaram, invadiram, tomavam, deixavam fezes nos locais invadidos, faziam farras com o alheio, vcs ficavam calados, quem defende ditadura é o meliante, veja Cuba e Venezuela, vcs pensam que o povo é otario, mais estão enganados.

    2. O bicho de chifres é coisa a ser estudado. Deve ser efeito das alterações do meio ambiente, como aponta reportagem. Atrofiou o cérebro. A única coisa que sabem dizer é Cuba, Venezuela… quer dizer que a fome que voltou ao país, o aumento da miséria, o povo comendo osso e pé de galinha, o combustível a 7 reais, o gás de cozinha a 100 é culpa de quem quando governou não tinha fome e reduziu a miséria e o gás de cozinha era 39 reais e a gasolina 2.90? Dá uma reduzida no que vc tem na cabeça. Pra bois como vc ser homem é andar com um revólver na cintura. Vai cuidar da tua cabeça.

  8. Pronto,agora o CABARÉ tá completo,além dos juízes ,do STF,agora os promotores tb já querem dá as ordens aos militares,ei esse país precisava de um Bolsonaro mesmo sentado naquela cadeira.Dia 7 se Deus quiser e sei que ele quer estarei de verde e amarelo pelas ruas do meu país.

    1. Policiais da ativa não podem ir a manifestações, mesmo se estiverem desarmados. É infração administrativa.. Isso pode gerar sérios problemas para a sociedade e para a própria carreira do policial. Ele precisa pensar se vale a pena colocar a profissão em risco só para apoiar uma ideologia.

    2. O policial é acima de tudo um cidadão, impedir dos mesmos irem as ruas é medo. Não se envolver em manifestações, dar declarações públicas, portar armas fora do serviço e plausivel que não ocorram, por outra, vão as ruas se assim o desejarem, se estiverem fardados cumpram q com as suas missões de manter a ordem e a segurança, orientem o cidadão que quer se manifestar, se mantendo no seu quadrado e a questão Dr. Rafael não sei da quantas, é que todos precisam defender o Brasil, coisa que o ladrão deveria ter feito, não fez e pior, foi se locupletar nas tetas do estado, deixem de mimimimi, ninguém tem medo de homem frouxo e ameaças, todos nós sabemos os nossos limites, no momento, quem está fora dele são alguns ministros do STF, isso reiteradamente alertado por ministros do próprio supremo e juristas renomados. A polícia vai pra rua e fica quieta, se aparecem arruaceiros ela leva para cadeia.

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Geral

Governo Lula gastou R$ 71 milhões para alugar cabines de navios na COP30

Foto: Taymã Carneiro / g1

O governo federal destinou R$ 71,7 milhões para contratar 850 cabines em navios de cruzeiro usados como hospedagem durante a COP30, em Belém (PA). A contratação atende ao acordo com a UNFCCC, que exigia ao menos 450 cabines — ao custo de R$ 26,3 milhões — para delegações de países pobres.

Além dessa cota obrigatória, o governo adquiriu outras 400 cabines, no valor de R$ 45,4 milhões, destinadas à delegação brasileira.

A Secop30 informou ao Poder360 que o valor final ainda pode mudar, já que a conferência segue até 21 de novembro. Os pagamentos só serão feitos após o evento, conforme a quantidade de cabines que não forem vendidas.

A contratação foi viabilizada pela Embratur, que selecionou a operadora Qualitours para providenciar os navios MSC Seaview e Costa Diadema, atualmente atracados no Terminal Portuário de Outeiro.

A hospedagem flutuante foi adotada como solução logística diante do déficit de leitos na capital paraense. Belém precisaria mais que dobrar sua capacidade hoteleira para receber as 60 mil pessoas previstas para a cúpula climática.

Segundo o governo, o uso de cruzeiros evita a sobrecarga da rede hoteleira local e garante estrutura adequada para delegações e equipes técnicas. A Qualitours foi procurada, mas não comentou os valores.

Com informações de Poder 360

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Geral

Universitário pagava R$ 10 por questão para montar “prévia” do Enem e vender cursos de mais de R$ 1 mil

Foto: Instagram/Reprodução

O universitário Edcley Teixeira, estudante de medicina, criou um esquema próprio para obter questões usadas como pré-teste do Enem 2025. Mensagens, áudios e comprovantes mostram que ele oferecia R$ 10 a participantes do Prêmio Capes de Talento Universitário — prova aplicada em dezembro de 2024 — para que memorizassem e repassassem as perguntas apresentadas no concurso. O que os alunos não sabiam era que esse exame da Capes servia como etapa de pré-teste do Enem e poderia alimentar futuras edições da prova.

Com o material obtido, Edcley montou uma live transmitida em 11 de novembro — cinco dias antes do Enem — exibindo questões de matemática e ciências da natureza extremamente semelhantes às que, de fato, caíram no exame. Em grupos de WhatsApp, ele comemorou o acerto das “previsões”, comparando o acesso às perguntas do Prêmio Capes a “encontrar a prova do Enem jogada no chão na véspera”.

Depoimentos de alunos indicam que Edcley se oferecia até para custear deslocamento de participantes de Sobral a Fortaleza para fazer a prova, desde que retornassem com o máximo de questões memorizadas, incluindo imagens, enunciados e temas cobrados. Além de lives, ele usou o conteúdo para produzir apostilas e cursos comercializados por valores que passavam de R$ 1.300, anunciados como contendo “questões pré-testadas que podem cair no Enem”.

Após a revelação do caso, o Inep anulou três das questões consideradas “antecipadas” e enviou o episódio à Polícia Federal para investigação. Mesmo diante das denúncias, Edcley justificava em mensagens que apenas estava usando “a memória” e que sua estratégia “não era crime”.

Com informações do G1

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Geral

Chanceler rebate Lula após polêmica e diz que presidente “terá que aceitar” beleza da Alemanha

Foto: Nadja Wohlleben/Reuters

O primeiro-ministro da Alemanha, Friedrich Merz, reacendeu a polêmica envolvendo suas declarações sobre o Brasil ao afirmar, nesta quarta-feira (19), que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva “terá que aceitar” que a Alemanha é “um dos países mais lindos do mundo”. A fala ocorre dias após as críticas feitas por Merz sobre sua experiência em Belém, onde participou da Cúpula de Líderes que antecede a COP30.

As declarações iniciais do premiê, quando disse que ninguém da delegação alemã teria vontade de permanecer no Brasil, geraram forte reação de autoridades brasileiras e alemãs. Lula respondeu de forma irônica, dizendo que Merz deveria ter visitado um “boteco no Pará”, experimentado a culinária e dançado com o povo local — o que, segundo o presidente, faria o alemão rever seu juízo sobre Belém. Integrantes do governo estadual e municipal também criticaram o tom da fala, classificando-a como preconceituosa.

Mesmo após a repercussão negativa, Merz reafirmou sua posição durante um encontro em Berlim nesta quarta-feira, argumentando que não depreciou Belém e que apenas destacou o orgulho de viver na Alemanha. O governo alemão tentou esvaziar a controvérsia, dizendo que a fala foi tirada de contexto, mas a reação brasileira seguiu intensa — incluindo ataques mais duros, como o do prefeito do Rio, Eduardo Paes, que publicou insultos ao premiê nas redes sociais.

Em meio à troca de declarações, Lula reforçou que a realização da COP30 colocou o Pará no centro do debate internacional e destacou o caráter acolhedor da população local. Autoridades do estado também defenderam a Amazônia, lembrando que a região tem recebido o mundo “de portas abertas” e criticando o que consideram uma desvalorização injusta do país anfitrião.

Com informações da Folha de S.Paulo

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Saúde

Vacina inédita contra câncer de pulmão avança para testes em humanos e abre nova fronteira na prevenção

Foto: Freepik

A partir de 2026, a comunidade científica dará um passo inédito: começam os primeiros testes em humanos da LungVax, a primeira vacina do mundo desenvolvida para prevenir o câncer de pulmão. Criada pela Universidade de Oxford em parceria com a University College London, a pesquisa recebeu investimento de R$ 13 milhões e propõe uma estratégia inovadora: treinar o sistema imunológico para reconhecer e eliminar células pulmonares que começam a apresentar alterações suspeitas — antes mesmo da formação de um tumor.

A tecnologia usada na LungVax se baseia em um vetor viral não replicante, semelhante ao da vacina de Oxford/AstraZeneca. Dentro desse vetor, os pesquisadores inserem um fragmento de DNA que leva o organismo a produzir a proteína NY-ESO-1, marcador típico de células que iniciam mutações precoces. Ao expor o corpo a esse sinal antes da doença existir, a vacina cria um sistema de vigilância contínua, capaz de identificar e atacar possíveis focos de câncer logo no início — uma abordagem definida por especialistas como uma nova camada de proteção imunológica.

Os primeiros testes serão divididos em duas etapas. A fase 1, com 30 participantes, vai avaliar a segurança, possíveis efeitos colaterais e a dose ideal. Já a fase 2 deve envolver 560 voluntários com alto risco de desenvolver ou voltar a ter câncer de pulmão, permitindo identificar os primeiros sinais de eficácia. Inicialmente, a vacina será testada em pacientes já operados e em pessoas que participam de programas de rastreamento, mas especialistas afirmam que fumantes, ex-fumantes e grupos de risco podem ser considerados futuramente, caso os resultados sejam positivos.

O câncer de pulmão segue como o tipo que mais mata no mundo há três décadas, em parte pela dificuldade do diagnóstico precoce. Por isso, pesquisadores destacam o potencial transformador da LungVax, que aposta na prevenção antes que o tumor exista. Embora os especialistas enfatizem que o estudo está apenas no início e requer cautela, a expectativa é que a vacina inaugure uma nova geração de estratégias contra o câncer, focadas em impedir que a doença se forme.

Com informações do G1

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Política

Segurança une Centrão e direita no Congresso, que aumenta tensões com Lula

Foto: Reprodução/CNN

A aprovação do projeto antifacções na Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (18), reorganizou forças políticas e ampliou a pressão sobre o governo Lula. A pauta da segurança pública aproximou Centrão e direita, que votaram juntos para validar o relatório de Guilherme Derrite (PP-SP), aprovado por 370 a 110. O bloco governista ficou isolado ao tentar barrar trechos do parecer e reverter dispositivos que divergiam do texto elaborado originalmente pelo Ministério da Justiça.

A informação é da coluna do William Waack, da CNN. Durante a tramitação, o Planalto acusou falta de disposição para negociar e reclamou da rapidez com que a votação foi conduzida pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), responsável por indicar Derrite como relator. O PT ainda tentou retirar o projeto de pauta, sem sucesso. Mesmo partidos que integram a Esplanada — como MDB, PSD, PDT, PP e União Brasil — deram maioria ao texto de endurecimento, movimento visto por líderes do centrão como politicamente vantajoso em ano pré-eleitoral e alinhado ao apoio popular à recente megaoperação no Rio, criticada por Lula.

O presidente, por sua vez, voltou a atacar o formato aprovado, afirmando nas redes sociais que o texto “troca o certo pelo duvidoso” e pode fragilizar o combate ao crime organizado. Motta reagiu indiretamente, acusando o governo de difundir “inverdades” sobre o projeto e afirmando que a Câmara não se submeteria a “falsas narrativas” sobre segurança pública. No PT, a avaliação é de que o episódio expôs uma crise de confiança entre o governo e a presidência da Casa, agravada por escolhas de relatoria e por votações aceleradas que desagradaram ao Planalto.

A tensão também alcança o Senado. A análise do projeto deve ser palco da nova disputa, enquanto Lula tenta emplacar Jorge Messias para a vaga no Supremo, enfrentando resistência do presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que prefere Rodrigo Pacheco. O impasse adiciona mais uma camada de atrito institucional para um governo que tenta recompor pontes em meio a sucessivos enfrentamentos no Congresso.

Com informações da CNN

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Economia

Liquidação do Banco Master tem início com demissões, bloqueio de acessos e corrida por dados internos

Foto: Divulgação

A intervenção do Banco Central no Banco Master desencadeou, já na madrugada de terça-feira (18), uma operação de liquidação que desmontou a estrutura do grupo financeiro e colocou sob administração especial o braço digital Will Bank, único ainda em atividade. O processo está sob comando de Eduardo Felix Bianchini, especialista em regimes especiais e responsável por conduzir liquidações de grande porte, como as do Cruzeiro do Sul e do BVA. A ele cabe a missão de reorganizar contas, preservar o funcionamento do banco digital e coordenar o ressarcimento que deve ser o maior da história do país.

Como determina o protocolo, Bianchini foi o primeiro a entrar na sede do grupo, antes das 6h, para bloquear imediatamente todos os acessos internos. Depois de revisar caso a caso, parte das credenciais foi restabelecida, mas dezenas de funcionários — especialmente das áreas comerciais — foram desligados. Setores essenciais, como tecnologia e contabilidade, permanecem ativos para garantir continuidade das operações do Will Bank e para auxiliar na reconstrução dos registros internos.

A liquidação foi decretada após o BC identificar uma severa crise de liquidez no Master e irregularidades graves na condução das atividades bancárias. A decisão veio em paralelo a uma operação da Polícia Federal que investiga um esquema de “fabricação” de carteiras de crédito envolvendo o banco e o BRB, com prejuízo estimado em R$ 12 bilhões. O controlador do grupo, Daniel Vorcaro, e outros executivos foram presos, enquanto o Banco Master, sua corretora, o banco de investimento e o Letsbank foram encerrados.

Nas primeiras etapas da liquidação, o liquidante abriu o balanço inicial que servirá de base para auditoria e para o cálculo do passivo total — estimado em dezenas de bilhões. Também iniciou o levantamento dos cerca de 1,6 milhão de credores aptos a receber valores pelo Fundo Garantidor de Créditos, que prevê iniciar ressarcimentos em até 30 dias. O FGC, porém, dificilmente recuperará o que desembolsar, já que, na ordem de prioridade, trabalhistas, créditos garantidos e tributos ficam à frente na fila.

Com informações do O Globo

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Política

Câmara aprova emenda que retira direito de voto de presos provisórios no PL Antifacção

Foto: Nelson Jr. / Ascom / TSE

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (18) uma emenda ao PL Antifacção que retira o direito ao voto de presos provisórios. A mudança, apresentada pelo deputado Marcel van Hattem (Novo-RS), recebeu 349 votos favoráveis, 40 contrários e uma abstenção, sendo incorporada ao texto relatado por Guilherme Derrite (PP-SP).

A justificativa do autor aponta para a redução de custos e riscos operacionais envolvidos na instalação de seções eleitorais dentro de presídios. Van Hattem argumenta que há incompatibilidade entre a privação de liberdade e o pleno exercício de direitos políticos, afirmando na emenda que “o voto é expressão da plena cidadania, pressupõe liberdade e autonomia de vontade, condições inexistentes durante a custódia”.

Hoje, a Constituição suspende direitos políticos apenas após condenação definitiva, mas a legislação garante a presos provisórios o direito de votar. A nova regra veta temporariamente a participação eleitoral durante a reclusão, sem configurar antecipação de pena nem violação à presunção de inocência, segundo o texto aprovado.

A maioria das bancadas orientou voto favorável à emenda, incluindo partidos de oposição e parte da base governista. Entre os que votaram a favor estão Marco Feliciano (PL-SP), Kim Kataguiri (União-SP) e Adriana Ventura (Novo-SP), além dos petistas Benedita da Silva (PT-RJ), Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Alencar Santana (PT-SP). Já PSOL e Rede lideraram a resistência, com parlamentares como Luiza Erundina (PSOL-SP), Sâmia Bomfim (PSOL-SP) e Chico Alencar (PSOL-RJ) votando contra a proposta.

Com informações do Diário do Poder

Opinião dos leitores

  1. Os criminosos votam majoritáriamente com a extrema esquerda, são parceiros no mundo do crime.

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Geral

Fila do Bolsa Família cresce pelo quinto mês e atinge maior nível do governo Lula

Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil

A fila de famílias habilitadas para ingressar no Bolsa Família voltou a subir em novembro e chegou a 987,6 mil, o maior número desde julho de 2022 e um recorde da atual gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). É o quinto mês consecutivo de alta — um movimento causado não por piora econômica, mas por represamento nas concessões do benefício.

O programa atende atualmente 18,7 milhões de famílias, o menor patamar desde meados de 2022. Desde o início do governo Lula, cerca de 2,9 milhões deixaram o Bolsa Família. Embora parte tenha saído por aumento de renda, o volume inclui beneficiários excluídos por suspeita de fraude e também famílias que entregaram toda a documentação, mas seguem impedidas de receber o auxílio.

O avanço da fila ocorre em meio ao aperto orçamentário. Entre janeiro e novembro, o Bolsa Família consumiu R$ 146,5 bilhões. Com orçamento anual de R$ 158,6 bilhões, restam apenas R$ 12,1 bilhões para fechar dezembro — mês cuja folha de pagamento costuma superar esse valor. Para equilibrar as contas, o governo vem reduzindo o número de beneficiários desde o segundo semestre, e a tendência é que novos cadastros sejam liberados apenas em 2026.

Com quase 1 milhão de famílias pré-habilitadas e renda máxima de R$ 218 por pessoa, o represamento deve gerar desgaste político para o Planalto em ano pré-eleitoral, atingindo diretamente a faixa da população que historicamente compõe a base mais fiel do presidente.

Com informações do Poder 360

Opinião dos leitores

  1. Quando tiver mais próximo das eleições, o chefe da quadrilha habilitará todos eles, é sempre assim.

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Geral

VÍDEO: Motorista por aplicativo é baleado após corrida terminar em comunidade de Felipe Camarão

 

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Vídeo: Via Certa Natal

Um motorista por aplicativo de 54 anos foi baleado na madrugada desta quinta-feira (20) ao entrar na comunidade do Fio, em Felipe Camarão, zona Oeste de Natal. De acordo com familiares, o caso teve início após a saída de uma festa na Arena das Dunas, quando ele pegou duas passageiras com destino ao local onde ocorreu o ataque. Ao chegar à comunidade, o condutor foi surpreendido por vários disparos — um deles atingiu sua perna.

Com quase três anos de experiência na plataforma, ele seguia as recomendações de segurança: vidros baixos e identificação visível de Uber. Mesmo assim, não conseguiu entender o motivo para os tiros nem identificar quem atirou. As passageiras abandonaram o veículo, e o motorista conseguiu dirigir até a UPA da Cidade da Esperança. De lá, foi transferido para o Hospital Walfredo Gurgel, onde passou por cirurgia.

O Via Certa Natal ouviu o filho da vítima, que relatou a insegurança enfrentada diariamente pela categoria. “Faz uns 15 dias que ele passou por uma ocorrência em Mãe Luiza. Tenho certeza que não é só com meu pai — muitos motoristas convivem com situações parecidas no dia a dia”, afirmou.

Esse já é o segundo caso em que um motorista é baleado durante uma corrida de aplicativo. No domingo (16), um outro condutor foi atingido após entrar, por engano, em uma rua considerada de risco na Vila de Ponta Negra, na zona Sul de Natal. Ele transportava um casal de turistas de Currais Novos quando o GPS indicou a rota, levando o veículo para uma área dominada por criminosos.

Assim que entrou na rua, o carro foi alvo de disparos. O motorista foi atingido e recebeu atendimento do Samu, sendo encaminhado para uma unidade de saúde.

Com informações do Via Certa Natal

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Geral

Fila do INSS bate recorde e se aproxima de 3 milhões de processos parados

Foto: Agência Brasil

A fila do INSS chegou ao maior volume já registrado: 2,862 milhões de pedidos aguardam análise, entre aposentadorias, pensões e benefícios por incapacidade. O acúmulo, embora virtual, representa um gargalo histórico que afeta cidadãos como Danice Matheus de Oliveira, que espera há cinco anos por uma aposentadoria por invalidez. O processo demorou tanto que ela já reúne tempo suficiente para se aposentar por serviço.

De janeiro a novembro, o número de novos requerimentos cresceu 23%, com média mensal de 1,3 milhão. Metade dos pedidos é de benefícios por incapacidade temporária. Já a fila do BPC supera 897 mil processos, com tempo médio de espera de 193 dias — represados desde junho, após decisão judicial que impôs novas regras para o cálculo da renda familiar.

O INSS admite o colapso, mas atribui dois terços do problema a fatores externos, como a perícia médica federal e a adaptação do sistema às novas exigências, incluindo biometria e mudanças nos cálculos. O Nordeste concentra a maior retenção, e servidores de outras regiões devem reforçar a análise dos processos. Para o presidente do órgão, Gilberto Waller Júnior, a chegada de 500 novos médicos deve aliviar parte da fila.

A partir desta sexta-feira (21), a biometria passa a ser obrigatória para solicitações de aposentadoria. Para outros benefícios — como seguro-desemprego, pensão por morte, Bolsa Família e salário-maternidade — a exigência foi adiada para maio de 2026.

Com informações do G1

Opinião dos leitores

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