Polícia

MP pede condenação de oito militares acusados de matar músico; 257 tiros foram disparados

Foto: Fabio Teixeira / AP

O Ministério Público Militar (MPM) pediu a condenação de oito dos 12 integrantes do Exército acusados de matar o músico Evaldo Rosa dos Santos e o catador Luciano Macedo, atingidos por tiros de fuzil dos militares em abril de 2019, no Rio de Janeiro Os réus, que começaram a ser julgados ontem, alegam que atiraram para se defender.

Evaldo ia a um chá de bebê com a família, quando passou por uma patrulha de militares em Guadalupe, na zona norte do Rio. Segundo a denúncia, 257 tiros de fuzil foram disparados. Mais de 80 atingiram o veículo que Evaldo dirigia. O músico morreu na hora. Luciano, que tentou ajudar a família, também foi alvejado e morreu alguns dias depois.

A Procuradoria sustenta que não houve ordem para o carro de Evaldo parar e não havia posto de bloqueio ou blitz na estrada. Por isso, os acusados respondem por homicídio qualificado, tentativa de homicídio e omissão de socorro.

A promotora Najla Nassif Palma, responsável pelo caso, diz que ficou comprovado que quatro dos 12 militares não atiraram. Ele pediu a absolvição do cabo Paulo Henrique Araújo Leite e dos soldados Vitor Borges de Oliveira, Wilian Patrick Pinto Nascimento e Leonardo Delfino Costa. Foram denunciados o tenente Ítalo da Silva Nunes Romualdo, o sargento Fabio Henrique Souza Braz da Silva, o cabo Leonardo de Oliveira de Souza e os soldados Gabriel Christian Honorato, Gabriel da Silva de Barros Lins, João Lucas da Costa Gonçalo, Marlon Conceição da Silva e Matheus Santanna Claudino.

No momento em que os réus chegaram à audiência, a viúva de Evaldo Rosa, Luciana Nogueira, passou mal e precisou ser socorrida. Ela voltou à sessão após ser atendida.

Com informações de Tribuna do Norte

http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/mp-pede-condenaa-a-o-de-oito-militares-acusados-de-matar-maosico-257-tiros-foram-disparados/523015

Opinião dos leitores

  1. Esquerdista gosta de bandido com fuzil.
    Os soldados não iriam atirar do nada…
    Criminosos não gostam de polícia nem de forças armadas.
    Lula deixou o Brasil com uma dívida de 4 trilhões…
    200 mil funcionários nas universidades…
    Não sobra dinheiro pra nada…

  2. Botam esses bostas nas ruas e armados com cada fuzil maior que a estrovenga que é habitual para todos, não podem esperar resultado diferente.

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Geral

2026: Milena Galvão recebe Dr. Tiago com cara de parceria política na região

Foto: Reprodução/Instagram

A 217ª Festa de Sant’Ana de Currais Novos tem o encerramento neste sábado, dia 26 de julho, dia da avó de Jesus. Mas, nesta quinta-feira (24) no Pavilhão montado no Largo do Hotel Tungstênio, uma cena chamou a atenção dos observadores políticos.

A vice-prefeita Milena Galvão (PSDB) recebeu o prefeito de Parelhas, Dr. Tiago Almeida (PSDB) e circularam juntos na noite festiva. Na região Seridó ninguém mais duvida que Dr. Tiago vai concorrer a uma das 30 vagas na Assembleia Legislativa e já iniciou articules nos 24 municípios da região. Também Milena Galvão deverá concorrer a deputada federal com o apoio do irmão, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ezequiel Ferreira (PSDB), que se recupera de uma cirurgia realizada na semana passada, em São Paulo.

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Economia

Com peso valorizado, Brasil amplia vendas para a Argentina, inclusive de carnes

Foto: Luis Robayo/AFP

Enquanto o Brasil trava uma guerra com o governo dos Estados Unidos para evitar a alta de tarifas de importação, a Argentina aumentou em 55,4% a compra de produtos brasileiros no primeiro semestre de 2025, totalizando US$ 9,1 bilhões.

De janeiro a junho, os brasileiros venderam aos vizinhos do sul, principalmente, veículos de passageiros (21,6%), autopeças e acessórios (9,7%) e veículos para transporte de mercadorias (6,4%).

Mas mesmo em produtos tradicionais do país, como a carne bovina, a entrada de itens brasileiros escalou: era de cerca de US$ 1 milhão no primeiro semestre do ano passado e passou a US$ 22,9 milhões em igual período deste ano.

Os dados são do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), parte deles compilada pela Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes).

No caso da carne, em volume, a participação do produto brasileiro no mercado vizinho ainda é pequena e não ameaça a produção local. A carne bovina fresca, refrigerada ou congelada equivale a 0,25% de toda a cesta de exportações.

Parte das compras foi feita por frigoríficos estrangeiros que operam no país, e a carne sempre foi importada por eles, mas era usada principalmente na composição de produtos processados, como hambúrgueres. Em 2025, um percentual da importação passou a ser destinado também a cortes, de acordo com representantes do setor na Argentina.

“É algo insólito, no país da carne e do churrasco, agora estamos importando esse tipo de alimento do nosso vizinho Brasil”, diz um apresentador do canal de TV Crónica, em um programa de maio. “É mais barato importar do que produzir aqui.”

Segundo a imprensa local, em cidades da Patagônia, no sul do país, o quilo da carne brasileira em março chegava a 9.000 pesos argentinos, enquanto a carne argentina custava 22 mil.

“Dependendo do supermercado, a gente encontra pão fatiado brasileiro ou leite uruguaio por preços melhores do que os locais”, conta a dona de casa Nérida Arsas, 69, moradora de Buenos Aires.

Do outro lado do balcão, no primeiro semestre, os brasileiros compraram US$ 6,2 bilhões em produtos argentinos (alta de 1,6%), o que levou a balança a um superávit de US$ 3 bilhões a favor do Brasil. E não é que as relações entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o argentino Javier Milei tenham ficado mais calorosas.

De forma geral, a Argentina passou a comprar bem mais do exterior em 2025. Apenas no primeiro trimestre, as importações chegaram a 32% do PIB (Produto Interno Bruto), a maior porcentagem em 135 anos, de acordo com um relatório da consultoria Argendata. Esse cálculo também inclui os gastos de viagens de turistas no exterior.

O documento aponta alguns principais fatores para esse movimento, como a abertura comercial, com a redução de tarifas e desregulamentações, o que facilitou a entrada de produtos estrangeiros. Isso foi percebido das compras em sites de e-commerce estrangeiros ao setor de autopeças.

A valorização do peso argentino em relação ao dólar também tornou os bens importados mais acessíveis, além de aumentar o turismo ao exterior, inclusive as viagens de curta duração para compras em cidades de fronteira, por exemplo, com Brasil, Chile e Paraguai. Além disso, a queda da inflação tornou mais previsível os contratos de compra de insumos e bens importados.

O economista Santiago Bulat, professor da IAE Business School e sócio-diretor da Invecq Consultoria, pondera que a venda de produtos importados pela Argentina vinha de um patamar muito baixo em 2024, na fase mais dura do choque provocado pelas medidas de Milei.

“As importações caíram significativamente no ano passado, as empresas ainda tinham muitas dívidas de importações antigas e a atividade econômica cresceu fortemente nos primeiros meses deste ano, embora agora pareça estar mais estagnada”, diz. Ele acrescenta que em julho o nível de importações vem diminuindo.

Ainda assim, a taxa de câmbio, que, ganhou alguma competitividade nas últimas semanas, permanece em um patamar baixo e acessível, complementa Bulat. “E, com a abertura feita pelo governo, setores como têxtil, eletrodomésticos e automotivo, entre outros, estão competindo com produtos do exterior.”

Folha de S.Paulo

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Geral

“Ninguém põe a mão”, diz Lula sobre interesse dos EUA em minerais críticos

Foto: KEBEC NOGUEIRA/METRÓPOLES

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou, nesta quinta-feira (24), o interesse dos Estados Unidos nos minerais críticos brasileiros.

Durante evento do governo federal na cidade de Minas Novas (MG), Lula afirmou que o país não permitirá interferência estrangeira em suas riquezas naturais.

“Temos todo o nosso ouro para proteger. Temos todos os minerais ricos que vocês querem para proteger. E aqui ninguém põe a mão. Este país é do povo brasileiro”, disse Luiz Inácio Lula da Silva (PT), presidente da República.

A declaração ocorre em meio à crescente movimentação diplomática entre Brasil e Estados Unidos sobre os chamados minerais críticos, insumos essenciais para a produção de baterias, semicondutores e outras tecnologias.

O setor é considerado estratégico para as economias globais, principalmente diante da tentativa dos EUA de reduzir a dependência da China, hoje dominante nesse mercado.

EUA e minerais críticos

Na quarta-feira (23), autoridades brasileiras do setor mineral e o encarregado de Negócios da embaixada dos Estados Unidos no Brasil, Gabriel Escobar, reuniram-se em Brasília para discutir um possível acordo de cooperação entre os países e as tarifas de 50% impostas por Donald Trump sobre produtos brasileiros.

O encontro foi o terceiro do tipo apenas em 2025, e partiu de iniciativa do governo norte-americano. Escobar considerou positiva a proposta do setor mineral brasileiro de enviar uma comitiva a Washington para discutir diretamente com autoridades e mineradoras dos EUA. No entanto, a visita deve ocorrer apenas a partir de setembro.

A expectativa de autoridades brasileiras é de que as terras raras, minerais presentes em equipamentos de alta tecnologia, possam receber tratamento diferenciado nas negociações comerciais com os EUA. Atualmente, cerca de 70% das exportações minerais brasileiras têm como destino a China.

Segundo a Agência Internacional de Energia, o país asiático concentra mais de 80% da capacidade global de produção de células de bateria, além de mais da metade do processamento mundial de lítio e cobalto. O domínio chinês no setor é uma das principais preocupações da nova gestão Trump.

CNN

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Geral

Brasil deve levar tributação de big techs para negociação com governo Trump

Foto: Dongyu Xu/Adobe Stock

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva(PT) deve levar a tributação das plataformas digitais à negociação com os Estados Unidos na tentativa de evitar o tarifaço de 50% imposto aos produtos brasileiros pelo presidente americano, Donald Trump.

O Palácio do Planalto avança com uma proposta para taxar as grandes empresas do setor, mostrou o Estadão na semana passada. Ela deve compor um plano de contingência, que será mais amplo para lidar com a crise, e terá como foco medidas emergenciais, e não retaliatórias.

A Receita Federal está fechando um cálculo do potencial efeito na arrecadação de uma Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre a publicidade digital. O tarifaço está previsto para começar em 1º de agosto se os dois países não chegarem a um acordo.

A equipe econômica chegou a cogitar levar à mesa de negociação os dois projetos de lei que o governo concluiu com o objetivo de regular a atividade das plataformas: um deles no campo concorrencial e outro visando a garantir maior transparência e direitos aos usuários de redes sociais. Os textos estão prontos para serem apresentados ao Congresso.

A ideia, no entanto, perdeu força desde a última quarta-feira, 23, quando o Departamento de Estado americano publicou um tuíte partindo para cima da regulação europeia das plataformas digitais.

“Na Europa, milhares de pessoas estão sendo condenadas pelo crime de criticar os seus governantes”, publicou o governo dos Estados Unidos no X (ex-Twitter), referindo-se à lei que regulou as redes sociais no continente, o DSA (Digital Services Act, ou Lei de Serviços Digitais).

As discussões de regulação das redes no governo Lula têm influência da regulação europeia, e levá-la adiante agora pode soar como uma provocação a Trump.

A leitura política no Planalto é que a regulação das plataformas é uma medida de soberania nacional e não deve estar no meio de uma negociação comercial. Além disso, o governo brasileiro quer projetar a imagem de que é o “adulto na sala” nesta negociação, evitando provocações.

A ideia de taxação vinha sendo discutida desde o início do governo, mas foi engavetada quando Trump chegou à presidência dos EUA, para não abrir um flanco de discussão com o americano.

Agora, o governo Lula acredita que pode voltar ao assunto, usando a proposta como elemento para uma negociação, num momento em que a relação entre os dois países está inflamada pelo anúncio do tarifaço.

A taxação das big techs foi mencionada por Lula na semana passada, em discurso em uma universidade em Goiânia.

Estadão

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RN

MST solta nota e diz que agressão a motoqueiro foi em legítima defesa e diz que imprensa e bolsonaristas querem tumultuar

Foto: Vinícius Marinho/Inter TV Cabugi

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra no Rio Grande do Norte (MST/RN) divulgou nesta quinta-feira (24) uma nota pública direcionada à sociedade potiguar, após um episódio de tensão envolvendo motoboys durante mobilizações realizadas pelo grupo no Centro Administrativo, em Natal.

Segundo o MST, duas pessoas teriam tentado atropelar e agredir integrantes do movimento, o que levou a uma reação em legítima defesa por parte dos manifestantes. O episódio ocorreu durante uma série de atos iniciados na segunda-feira (21), como parte da programação de marchas e acampamento em frente à Governadoria, para pressionar o governo estadual a avançar com pautas relacionadas à reforma agrária.

Na nota oficial, o MST afirma que “parte da imprensa e bolsonaristas estão instrumentalizando a situação para tumultuar e atrapalhar a mobilização pacífica” que, segundo o movimento, vem sendo construída de forma organizada e sem confrontos.

“Para o MST não interessa nenhum tipo de conflito com trabalhador. Ao contrário, estamos à disposição para construir alianças contra a precarização do trabalho que passam os moto app e somos solidários a toda a classe”, destaca o texto assinado pela Direção Estadual do movimento.

O grupo segue acampado na área externa da Governadoria e aguarda uma audiência com a governadora Fátima Bezerra (PT). Eles afirmam estar amparados pelo direito constitucional à livre manifestação e que pretendem manter a mobilização até que sejam recebidos pelo Executivo estadual.

Confira a nota na íntegra: 

NOTA À SOCIEDADE POTIGUAR

“O MST/RN vem à sociedade potiguar informar que durante a nossa marcha e mobilizações na capital, nos últimos dias, duas pessoas tentaram atropelar e agredir nossos trabalhadores. Reagimos em legítima defesa para nos proteger.

No entanto, parte da imprensa e bolsonaristas, estão instrumentalizando a situação para tumultuar e atrapalhar nossa mobilização pacífica, que temos construído desde segunda-feira (21), com muita tranquilidade com o objetivo de dialogar com a sociedade sobre a agenda da reforma agrária e pressionar os poderes responsáveis por nossa pauta.

Para o MST não interessa nenhum tipo de conflito com trabalhador, ao contrário, estamos a disposição para construir alianças contra a precarização do trabalho que passam os moto app e somos solidários a toda a classe.

Portanto, seguimos em Acampamento na Governadoria, com nossa programação aguardando a audiência com a governadora, assegurados as pelo direito constitucional a mobilização.”

Direção Estadual do MST/RN

O que motivou o protesto dos motoboys?

O protesto dos motoboys, que circulou pelas redes sociais com vídeos e comentários críticos ao MST, teria sido motivado por bloqueios causados pela manifestação do movimento. Grupos ligados a aplicativos de entrega alegaram prejuízos e dificuldades de circulação na região, o que gerou tensão no local.

Blog do BG

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Geral

PT abre processo após eleitores mortos ‘registrarem’ votos em eleição interna na BA

Foto: Lula Marques/Agência PT

A Câmara de Recursos do PT acatou apelo e decidiu abrir processo disciplinar para apurar responsabilidades no processo eleitoral interno em Camaçari (BA) e em Barro Preto (BA). Nas duas cidades, houve registro de voto de eleitores que já estão mortos, como revelou o Estadão. Isso aconteceu na eleição que decidiu os presidentes dos diretórios municipal, estadual e nacional.

Além disso, a instância de recursos no partido determinou a formação de uma comissão estadual para apurar o tamanho da distorção na votação nessas duas cidades. Caso sejam identificadas distorções, diz a decisão, a urna deverá ser anulada. Procurado, o PT da Bahia não respondeu o contato da reportagem.

“A Câmara de Recursos analisou o recurso sobre o processo eleitoral em Camaçari e, por unanimidade, portanto de forma terminativa, decidiu dar provimento ao recurso, reconhecendo a existência de irregularidades no processo eleitoral, ainda que sem definir, neste momento, a extensão exata de sua ocorrência”, diz o texto.

Eleitores mortos tiveram votos registrados

O Estadão mostrou que a eleição teve pelo menos cinco mortos votantes em Camaçari e pelo menos um em Barro Preto.

A chapa Partido Forte, derrotada na eleição, é autora da denúncia. Tássio Brito, apadrinhado do senador Jaques Wagner (PT-BA), foi eleito como novo presidente da sigla no Estado.

“A mensagem que a atual direção estadual e a próxima, com essa maioria fantasmagórica, passam ao PT é clara: em eleições internas do partido, até mortos podem votar – e isso é considerado ‘normal’. O PED (Processo de Eleição Direta) 2025, na Bahia, virou uma gincana de vale-tudo eleitoral”, diz a nota interna do Partido Forte.

A reportagem teve acesso às listas de votação assinadas e ao certificado de óbito dos falecidos que votaram. O diretório do PT na Bahia decidiu anular os votos dos falecidos, mas aprovou a eleição nas duas cidades, enquanto a chapa Partido Forte pretende recorrer a nível nacional.

Estadão

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Geral

Venezuela ignora acordo comercial e impõe tarifa de 77% sobre os produtos brasileiros

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Sem aviso prévio, a Venezuela começou a cobrar o imposto de importação sobre os produtos brasileiros que seriam isentos mediante apresentação do certificado de origem. Representantes de setores locais envolvidos na operação ainda apuram por que o País vizinho passou a fazer isso.

Desde 2014, Brasil e Venezuela têm um Acordo de Complementação Econômica que os impedem de cobrar, entre si, o imposto sobre quase todos os itens. Assim, apenas eventuais descumprimentos do termo ou decisões unilaterais retomariam a cobrança. No ano passado, a relação entre os países ficou estremecida após o presidente Lula (PT) não reconhecer a reeleição do ditador Nicolás Maduro.

O País de Maduro é o principal parceiro comercial de Roraima, consecutivamente, desde 2019. Em 2024, o Estado exportou, para a nação vizinha, 144,6 milhões de dólares em produtos (R$  799 milhões na atual cotação), especialmente farinha, cacau, margarina e cana de açúcar, todos com direito à isenção do imposto. Sem o acordo, a Venezuela cobra de 15% a 77% sobre cada item brasileiro.

O presidente da Câmara de Comércio Brasil-Venezuela, Eduardo Ostreicher, desconfia que a cobrança seja uma ordem do governo venezuelano em relação aos países do Mercosul ou um erro no sistema de cobrança. Assim, ele prepara uma carta à embaixada brasileira em Caracas com informações que já conseguiu possui sobre o assunto.

“Se for uma falha, precisamos aguardar a regularização do sistema. Se for determinação, será necessário conversar com as autoridades venezuelanas pra resolver a situação, porque ambos os governos perdem com isso”, disse.

A Federação das Indústrias do Estado de Roraima (Fier) iniciou apurações internas para identificar as dificuldades para a aceitação, pela Venezuela, dos certificados de origem de produtos brasileiros.

Em nota, a entidade também reforçou que está em contato direto com autoridades brasileiras e venezuelanas para cobrar esclarecimentos e soluções rápidas para normalizar o fluxo comercial bilateral.

A Fier ainda destacou que, até o momento, os processos de emissão e reconhecimento dos certificados seguem rigorosamente as normas da Associação Latino-Americana de Integração (Aladi) e o Acordo de Complementação Econômica firmado entre os dois países.

Responsável por emitir os certificados de origem, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) confirmou que recebeu um relatório sobre dificuldades enfrentadas por exportadores brasileiros na Venezuela.

Assim, a pasta confirmou que a embaixada brasileira em Caracas já está em contato com autoridades venezuelanas para esclarecer a situação, enquanto o MDIC dialoga com representantes do setor produtivo para reunir informações mais desenvolvidas sobre os casos.

Folha BV

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Geral

Das 20 cidades mais violentas do Brasil, 16 estão no Nordeste

Foto: reprodução

Um levantamento recente sobre violência urbana no Brasil trouxe um dado alarmante: das 20 cidades mais violentas do país, 16 estão localizadas na região Nordeste. O ranking é baseado na taxa de homicídios por 100 mil habitantes, refletindo um cenário crítico de segurança pública em boa parte do território nordestino.

O primeiro lugar do ranking é ocupado por Maranguape, no Ceará, com 79,9 homicídios por 100 mil habitantes. Em seguida, aparecem Jequié (BA) com 77,6, Juazeiro (BA) com 76,2 e Camaçari (BA) com 74,8, consolidando a Bahia como o estado com o maior número de municípios presentes no levantamento.

Além das cidades nordestinas, poucas exceções aparecem na lista, como Sorriso (MT), Marituba (PA), Teófilo Otoni (MG) e Santana (AP), compondo o restante do ranking.

A geografia da violência

O domínio do Nordeste nesse ranking aponta para desafios complexos relacionados à desigualdade social, presença do crime organizado, falta de investimento em políticas públicas de segurança e falhas históricas na gestão urbana.

Especialistas alertam que, apesar de alguns avanços pontuais em determinadas capitais, os municípios de médio porte têm se tornado epicentros da violência no Brasil — o que agrava ainda mais o quadro e dificulta ações coordenadas de prevenção.

Blog do BG 

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Política

VÍDEO: “Não está claro o que posso ou não falar”, diz Bolsonaro

Depois de passar a tarde desta quinta-feira (24/7) na sede do Partido Liberal (PL) em Brasília, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que não está claro o que ele pode ou não dizer. A fala diz respeito às medidas cautelares impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Entre as medidas, estão a proibição do uso de redes sociais por parte de Bolsonaro. A divulgação de falas do ex-presidente por terceiros na web também está proibida.

“Não está claro o que eu posso ou não falar. (..) Eu aguardo os meus advogados, que são muito bons, são renomados. Vão me dar um parecer amanhã. Tenho prazer de falar com vocês. Eu não posso errar. Gostaria de falar com vocês, o que vai acontecer depois a gente não sabe”, disse Bolsonaro.
Nesta quinta, Alexandre de Moraes descartou decretar a prisão de Jair Bolsonaro (PL). Após receber justificativa da defesa do ex-presidente e observar um recuo na postura de Bolsonaro, Moraes ressaltou em decisão que “houve descumprimento da medida cautelar” por ele imposta, mas de maneira isolada.

Assim, neste momento, não há, segundo o ministro, a necessidade de converter as cautelares em prisão preventiva. No entanto, “se houver novo descumprimento, a conversão (em prisão) será imediata”, adverte Moraes.

O magistrado manteve ainda todas as medidas cautelares impostas ao ex-presidente da República, como a tornozeleira eletrônica e a proibição de publicar entrevistas relacionadas aos fatos das investigações em redes sociais dele ou de terceiros.

Reiterou que não há proibição para que Bolsonaro dê entrevistas ou faça discursos públicos ou privados. Alertou que a prisão será imediata em caso de descumprimento.

A decisão de Moraes nesta quinta-feira (24/7) ocorre após Jair Bolsonaro falar com a imprensa, na saída da Câmara dos Deputados, onde participou de uma reunião convocada pelo Partido Liberal (PL), na última segunda-feira (21/7). Na ocasião, o ex-presidente mostrou, pela primeira vez e de forma pública, sua tornozeleira eletrônica.

Bolsonaro, então, teve de se explicar a Moraes sobre suposto descumprimento das cautelares, e a defesa do ex-presidente alegou desconhecimento, ao argumentar que a decisão do ministro relativa à proibição de usar redes sociais ou ter falas transmitidas por perfis de terceiros não era clara.

Em sua manifestação desta quinta, Moraes assinalou: “Por se tratar de irregularidade isolada, sem notícias de outros descumprimentos até o momento, bem como das alegações da defesa da ausência de intenção de fazê-lo, tanto que vem observando rigorosamente as regras de recolhimento impostas, deixo de converter as medidas cautelares em prisão preventiva, advertindo ao réu, entretanto, que, se houver novo descumprimento, a conversão será imediata”.

O despacho de Moraes detalhando as restrições ao ex-presidente foi publicado após questionamento do Metrópoles sobre o temor manifestado pelo ex-presidente de que conceder entrevista poderia levá-lo à prisão.

Cautelares descumpridas

Para Moraes, “efetivamente, não há dúvidas de que houve descumprimento da medida cautelar imposta, uma vez que as redes sociais do investigado Eduardo Nantes Bolsonaro foram usadas a favor de Jair Messias Bolsonaro dentro do ilícito modus operandi”.

O ministro ainda explicou o que pode ser considerado burla às proibições: “replicação de conteúdo de entrevista ou de discursos públicos ou privados reiterando as mesmas afirmações caracterizadoras das infrações penais que ensejaram a imposição das medidas cautelares, para que, posteriormente, por meio de ‘milícias digitais’, ou mesmo apoiadores políticos, ou ainda, por outros investigados, em patente coordenação, ocorra a divulgação do conteúdo ilícito previamente elaborado especialmente para ampliar a desinformação nas redes sociais”.

Metrópoles 

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Pesquisa

IPESPE: Para 43% da população, governo Lula vai piorar nos próximos meses

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Pesquisa Pulso Brasil/Ipespe divulgada nesta quinta-feira (24) aponta que 43% da população acha que o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai piorar nos próximos meses. O índice empata tecnicamente com o dos 42% que acreditam que a gestão federal melhorará.

No levantamento anterior, de maio, os que apostavam na piora da administração eram 44%, contra 39% que previam melhora.

Já os que acreditam que o governo ficará igual são 13%. Em maio, eram 16%.

O instituto ouviu 2.500 entrevistados entre os dias 19 e 22 de julho. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95,45%.

A pesquisa ainda mediu a aprovação da gestão de Lula. No intervalo de dois meses, a desaprovação do governo caiu três pontos percentuais e está em 51%.

Já a aprovação oscilou três pontos para cima e chegou a 43%.

CNN

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