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Com a conquista da Libertadores, Muricy Ramalho, treinador tetracampeão brasileiro, quebra o único estigma negativo que ainda o perseguia – o de não conseguir vencer grandes competições no formato “mata-mata”, principalmente a Libertadores – que tinha deixado escapar pelo São Paulo, em 2006, contra o Inter.
Em entrevista coletiva após a partida, Muricy desabafou: “Não aguentava mais esta pressão. Ganhei títulos em todos os times em que passei, mas não ganhava a Libertadores. Eu merecia muito este título. Todos merecem esse título. Mas se teve alguém que mereceu também, esse sou eu. Não dormia direito, não comia direito, não vivia bem. Mas o cara que é correto e trabalha Deus ajuda”.
Muricy recebeu a homenagem do Pelé após a conquista da Libertadores. Após o final do jogo, o Rei desceu ao gramado para participar da cerimônia de premiação. Tomou Muricy pelo braço e levou o treinador santista até o centro do campo, em um claro tributo ao técnico que chegou para equilibrar o calibre ofensivo da equipe santista com a esperada consistência na defesa.
Seleção e Mundial – Muricy falou também sobre a decisão de recusar o convite para treinar a seleção brasileira no ano passado e permanecer no comando do Fluminense. “Meu pai era um ignorante. Não tinha estudo. Mas deixou algo importante para a família: ser correto. Sou assim por causa dele. Não podia deixar o Fluminense naquele momento. Muita gente me criticou. Depois fui campeão brasileiro e hoje ganhei a Libertadores. Então acho que acertei”, disse.
A respeito do provável adversário do Santos no Mundial de Clubes, o treinador brasileiro se mostra otimista: “O Barcelona é favorito. Mas se mantermos a base e vir alguns reforços, podemos ganhar deles sim. Eu estudo muito futebol, mas o Barcelona é difícil ser estudado”.
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