Política

Na CPI da Covid, Witzel fala em perseguição após prisão no caso Marielle, faz comparação com Lula e decide encerrar participação fazendo valer habeas corpus

Foto: Pablo Jacob/Agência O Globo

O ex-governador do Rio Wilson Witzel usou o depoimento da CPI da Covid, nesta quarta-feira, como palco para se defender das acusações que o levaram a sofrer impeachment e atacar o presidente Jair Bolsonaro, a quem responsabilizou pelas mortes na pandemia. O ex-governador alegou ser vítima de “perseguição política” — o que, segundo ele, teria começado após a prisão dos assassinos da vereadora Marielle Franco. Witzel afirmou também que teve “praticamente zero” cooperação do Ministério da Saúde para o combate à pandemia da Covid-19 e que o” presidente deixou os governadores à mercê da desgraça que viria”. Ele deixou a sessão antes de concluir o depoimento, por volta das 14h, fazendo uso do habeas corpus concedido a ele pelo Supremo Tribunal Federal.

— O nível cooperação do Ministério da Saúde foi praticamente zero — disse Witzel, que depois alegou que foi cassado por ter investigado morte de Marielle:

— Tudo começou porque mandei investigar sem parcialidade o caso Marielle. Quando foram presos os dois executores, a perseguição contra mim foi inexorável.

Witzel perdeu o cargo após um processo de impeachment por crime de responsabilidade em esquema de corrupção na área da Saúde. Ele foi alvo de investigações da Polícia Federal e da Procuradoria-Geral da República que detectaram um esquema de desvios de verba da Saúde durante sua gestão na pandemia. Com base nas provas, a PGR apresentou três denúncias de corrupção ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra o ex-governador. A investigação apontou, por exemplo, que o escritório de advocacia da mulher dele, Helena Witzel, recebeu pagamentos de fornecedoras do setor de saúde. De acordo com as denúncias, os repasses eram prova de pagamentos de propina destinada a Witzel.

Investigação do caso Marielle

Em seu depoimento à CPI, Witzel disse que, após ser acusado por Bolsonaro de interferir na investigação da morte da vereadora Marielle para atingi-lo, não foi mais recebido pelo governo federal.

— A partir caso Marielle que o governo federal começou a retaliar. Nós tínhamos dificuldade de falar com os ministros e ser atendidos. Encontrei o ministro [Paulo] Guedes [da Economia]. Ele virou a cara e saiu correndo: “não posso falar com você” — afirmou o ex-governador.

Witzel contou também que, em um encontro com o ex-ministro Sergio Moro, ele não quis tirar foto e disse que não poderia dar publicidade ao encontro.

— Moro me disse: ‘Witzel, o chefe falou para você parar de falar que você quer ser presidente. E, se você não parar de falar que ser presidente, infelizmente, ele não vai te atender em nada’ — disse o ex-governador, que respondeu:

— Moro, eu acho que você está no caminho errado. Se quer ser ministro do Supremo, não tem que fazer isso.

O ex-governador reclamou também de perseguição do Ministério Público e citou especificamente a subprocuradora Lindôra Araújo — braço-direito do procurador-geral, Augusto Aras, e responsável por ações contra governadores durante a pandemia — por entender que ela tem interesse em ajudar a construir a narrativa do governo federal.

Após Witzel reforçar que houve perseguição, o senador Flávio Bolsonaro (Patriotas-RJ) interrompeu o ex-governador e sugeriu que a acusação era grave, o que gerou bate-boca.

— O que o depoente está dizendo aqui agora é que há um conluio de ministros do STJ para persegui-lo. Isso é muito grave – disse Flávio Bolsonaro, sugerindo uma comunicação do colegiado com o tribunal para apurar os fatos.

Pouco depois, Witzel disse que não são os ministros do STJ que precisam ser investigados e sugeriu uma reunião “reservada” apenas com integrantes da CPI. Flávio não é integrante da comissão, mas participa da sessão desta quarta-feira.

— Nesta reunião eu faço questão de apresentar elementos para iniciar uma investigação de pessoas que estão desvirtuando (…) e nós vamos descobrir quem está patrocinando investigação contra governador, que o resultado é um só: 490 mil mortes no país — disse.

O senador Randolfe Rodrigues pediu depoimento reservado de Witzel. O ex-governador disse que “os fatos são graves” e pediu que a reunião seja feita em uma outra data.

Comparação com Lula

O ex-governador criticou ainda as delações que, na sua avaliação, não são verdadeiras, e comparou sua situação à do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O ex-secretário de Saúde do Rio de Janeiro Edmar Santos fechou um acordo de colaboração em que acusou o governador de desvios no setor.

— Quem paga o tempo em que o governador Witzel foi cassado, o tempo que o presidente Lula perdeu preso quando não poderia estar preso naquela circunstância? — disse Witzel.

Alvo de investigações de corrupção, e com o escritório de advocacia da mulher tendo recebido dinheiro de fornecedores do estado, Witzel reclamou de perseguição:

— O governador do Rio de Janeiro foi perseguido vergonhosamente por instituições que não deveriam se politizar.

Ao ser indagado sobre problemas nas investigações das OSs, Witzel afirmou que a investigação foi direcionada para derrubá-lo do cargo. O ex-governador questionou o motivo do então governador interino na época, Cláudio Castro, estar em Brasília no dia da busca e apreensão.

— O vice-governador que me substitui estava aqui em Brasília. O que ele estava fazendo aqui eu não sei até hoje (..) Isso eu acho que merecia uma quebra de sigilo para saber o que ele estava fazendo na véspera da busca e apreensão no Palácio Laranjeiras.

Apesar de ter sofrido um processo de impeachment, ele disse esperar ainda poder voltar ao cargo e terminar o mandato em 2022 — cenário altamente improvável. Ex-juiz que se elegeu ancorado num discurso conservador, Witzel disse não ser nem de direita nem de esquerda, mas um cidadão que deixou a magistratura para entrar na política por amor ao país. Afirmou também que ele e a família têm a vida em risco, em razão da máfia na saúde e das milícias.

O relator Renan Calheiros fez várias perguntas relacionadas ao relacionamento político entre Witzel, o presidente Jair Bolsonaro e familiares. Senadores governista reclamaram que a CPI estava sendo usada como “palanque”. Em algumas questões, Witzel chegou a pedir “escusas” para não comentar.

Críticas a Bolsonaro

Entre os problemas da gestão Witzel na saúde está a instalação de hospitais de campanha. Alguns deles foram fechados sem sequer terem sido abertos para atendimento da população. Na CPI, Witzel atribuiu os problemas a uma sabotagem de deputados estaduais, que estariam divulgando informações erradas sobre os gastos do governo com os hospitais.

Witzel responsabilizou o presidente Jair Bolsonaro (Sem partido) pelas mortes na pandemia:

— Como em um país o presidente não dialoga com o governador? O presidente deixou os governadores à mercê da desgraça que viria. O único responsável pelos 450 mil mortos tem nome, endereço e tem que ser responsabilizado aqui, no Tribunal Penal Internacional pelos atos que praticou.

Segundo ele, o governo federal construiu uma narrativa para responsabilizar e perseguir os governadores.

Ao ser novamente indagado sobre os investimentos do governo federal no Rio, Witzel voltou a reclamar da não liberação de leitos dos hospitais federais no estado e negou que tenha sido responsável por desvio de recursos dos hospitais de campanha. O senador Humberto Costa (PT-RJ) afirmou que houve “omissão” do governo federal.

— Quem é responsável por esse processo trágico que se viveu e se viveu no Rio de Janeiro é o governo federal, é o presidente da República, são aqueles que durante todo esse processo sabotaram as medidas de afastamento, de isolamento social, que apregoaram contra as vacinas apregoaram contra os testes — disse Humberto Costa.

No início do depoimento, apesar de estar protegido por um habbeas cospus, Witzel diise que ia colaborar com a CPI. O ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), havia autorizado o não comparecimento de Witzel ao colegiado e deu a ele a permissão de ficar calado durante a oitiva.

— Não tenho medo da verdade, estou á disposição — disse Witzel, explicando que pode ser orientado por seus advogados em algumas questões, mas que não teria problema em responder os questionamentos dos senadores.

O discurso do ex-governador, com vários ataques a Bolsonaro, foi interrompido pelo senador governista Jorginho Mello (PL-SC), que o criticou pela posição ofensiva contra o presidente.

— Ele veio aqui para fazer comício? — questionou Mello.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Tem muita coisa ainda pra falar….
    O porteiro do condomínio…o importante é o porteiro do condomínio…
    Tem caroço nesse angu…um dia a casa vai cair…

    1. Talvez o porteiro do teu condomínio tem algo pra te falar e não sabe como lhe dizer kkkkk

    2. Sua opinião está baseada em várias mentiras criadas, é sério? Vai querer colocar a culpa da morte de uma miliciana, encomendada por grupo opositor da milícia dela, em outra pessoa? Já sei, você sai nas ruas gritando que todo corrupto é inocente.
      Um político desse que sujou as mãos, foi retirado do cargo em menos de 02 anos de mandato, com um mundo de provas de suborno e todo tipo de corrupção, uma vergonha. Só pode está alinhado a esquerda para receber o aplauso e gritos (zurra) dos zumbis. O resto, é choro e irresponsabilidade.

    1. Vai rezando ao molusco, não à Deus, pelo fato de vcs não acreditarem nele, quem sabe tudo fique mais fácil, o diabo já foi invocado em outros momentos e com certeza vc lembra deles.

  2. Safado, na hora que o Senador Girão perguntou sobre o superfaturamento dos valores dos respiradores o homeee Fugiu, kkkkk Ah Cabra de peia.

  3. Só os pulhas iguais a ele se interessam por sua opinião. Esse sujeito deveria estar preso, assim como Renan Calheiros e a maioria dos membros dessa CPI dos corruptos.

    1. MARAVILHADO COM OS COMPONENTES DESTA GRACIOSA CPI. PENSE NO JULGAMENTO PERFEITO.

  4. Falou o ex-governador do RJ cassado por improbidade administrativa kķkkk na CPI do circo fuxiquinha.

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Educação

Professores da UFRN seguem em greve por tempo indeterminado

Foto: Reprodução Adurn

Os professores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) seguem em greve por tempo indeterminado. A decisão pela continuidade do movimento foi aprovada por ampla maioria em assembleia extraordinária que contou com a participação de mais de 340 docentes. O debate ocorreu na tarde desta quarta-feira (24), presencialmente, no auditório Otto de Brito Guerra, na reitoria da UFRN, e remotamente, através da plataforma Zoom.

Os docentes também rejeitaram a proposta apresentada pelo Governo Federal na 4ª Reunião da Mesa Específica e Temporária da Área da Educação, que aconteceu no último dia 19. O entendimento da categoria é de que, apesar de apresentar algum avanço, a proposta pode ser melhorada. Para o presidente do ADURN-Sindicato, Oswaldo Negrão, o movimento grevista está cumprido um importante papel, no sentido de pressionar o Governo Federal nas negociações.

Os professores e professoras ainda aprovaram que o comando de greve docente faça uma nova solicitação à reitoria pela suspensão do calendário acadêmico. Nesta quinta-feira (25), a categoria deve se unir ao alunado em ato promovido pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) para pedir essa suspensão. A manifestação acontecerá às 14h, no pátio da reitoria da UFRN.

Parte dos encaminhamentos sugeridos durante a atividade foram encaminhadas ao comando de greve docente, tais como: a ampliação do comando; uma moção de apoio à luta dos argentinos em favor da Educação pública, rumo a uma greve latino-americana; notas em resposta aos posicionamentos e orientações da administração da UFRN; apoio à luta dos bolsistas, pelo aumento das bolsas e pelo direito ao exercício da greve; e uma nota à comunidade acadêmica.

Tribuna do Norte

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Geral

Sinpol-RN diz que seguirá com paralisação mesmo após decisão da Justiça para encerrar

Foto: reprodução/Instagram

Após mais um dia de mobilização, os Policiais Civis deliberaram pela continuidade do movimento deflagrado nesta semana. Na noite desta quarta-feira, 24, a categoria se reuniu em Assembleia Geral e decidiu por reabrir apenas as plantões durante o resto da noite e madrugada. Já na manhã desta quinta-feira, 25, a concentração volta a ser feita na sede da Central de Flagrantes, a partir das 8h.

VEJA TAMBÉM: Desembargador determina encerramento da paralisação dos servidores da Polícia Civil do RN

A expectativa dos Policiais Civis é que o Governo do Estado finalmente apresente uma resposta em relação à pauta de valorização da categoria. A delegada-geral da Polícia Civil, Ana Cláudia Saraiva, assumiu compromisso de se reunir diretamente com a governadora Fátima Bezerra ainda nesta quarta-feira e discutir o pleito da categoria.

Com isso, ao longo de todo o dia, o SINPOL-RN aguardou uma resposta dessa conversa e, até o início da noite, não houve retorno. Dessa forma, foi deliberado pelos policiais civis a continuidade da mobilização nesta quinta-feira.

“A luta seguirá firme até que a governadora tenha um gesto de reconhecimento aos policiais civis. O que está sendo pedido é justo e, inclusive, o Governo já concedeu para outras categorias da Segurança Pública. Então, agora só falta a vontade política da chefe do Executivo para encerrarmos esse movimento”, destaca Nilton Arruda, presidente do SINPOL-RN.

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Geral

VÍDEO: Homem circula com camiseta do Hamas em evento na Câmara dos Deputados

Por proposição dos deputados João Daniel (PT-SE) e Padre João (PT-MG), a Comissão de Legislação Participativa da Câmara discutiu nesta quarta-feira (24) a “Crise Humanitária na Faixa de Gaza, Violações dos direitos humanos e do Direito Internacional pelo Estado de Israel”.

Chamou a atenção um homem vestido com camiseta do Hamas distribuindo panfletos para os parlamentares membros da comissão. Hamas é o grupo terrorista que promoveu verdadeira carnificina em Israel.

Ocasião em que o deputado Glauber Braga (Psol-RJ) usou um keffiyeh palestino – lenço xadrez preto e branco que geralmente é usado em volta do pescoço ou da cabeça.

Representando o Itamaraty, o diplomata Antônio Carlos Antunes Santos falou sobre “A Soberania palestina, a relação diplomática Brasil-Palestina, perspectivas para a paz na região e a política de repatriação no conflito”.

Com informações de BZNotícias

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Geral

VÍDEO: Delegado diz que preso pela morte de psicóloga queria o celular dela para verifica mensagens com ex-namorada

Diretor da Divisão de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), o delegado Márcio Lemos informou, em coletiva de imprensa nesta quarta (24), que o advogado João Carvalho, 41, preso pelo assassinato da psicóloga Fabiana Maia Veras, 42, não confessou oficialmente o crime, mas os indícios coletados na investigação levaram à autoria.

Disse que ele ameaçou os agentes da Polícia Civil no momento da prisão. O homem que dirigiu o carro em que ele chegou à casa de Fabiana, em Assú, foi motorista por aplicativo contratado e a participação dele no homicídio foi descartada.

Segundo o delegado, o advogado manteve contato com a psicóloga por meio de redes sociais, marcaram o encontro e ele planejou o assassinato. A intenção do homem era pegar o aparelho celular dela para verificar possíveis trocas de mensagens com a ex-namorada de suposto assassino. O celular estava desmontado no apartamento dele e será periciado.

BZNotícias

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Geral

Com Crispim Oliveira e Carlos Medeiros, Chapa 1 traz representatividade para eleição sábado do Sicoob Potiguar

Com o nome “Um novo tempo para renovar”, a chapa 1 formada por Crispim Oliveira (presidente) e Carlos Medeiros (vice-presidente) está inscrita para a eleição do Sicoob Potiguar, que acontece no próximo sábado (27) e será 100% online por meio do aplicativo Sicoob Moob disponível tanto na App Store quanto na Google Play.

Além deles, a chapa é formada por um time qualificado de conselheiros que, juntos, querem demonstrar mais representatividade junto aos associados e comprometimento com os resultados.

Os membros da chapa 1 também objetivam aumentar a transparência na instituição dentro do escopo de “conectar pessoas para promover justiça financeira e prosperidade e proporcionar a melhor experiência financeira aos nossos cooperados”, conforme informa a missão do Sicoob Potiguar.

Além de Crispim Oliveira para presidência e Carlos Medeiros para vice, a chapa 1 conta com os seguintes nomes para conselheiros: Ana Luiza Flor, Francisco Veloso, Neto Camelo, Djalma Barbosa da Cunha Júnior, Roberto Wagner e George Hasbun.

A eleição para o Sicoob Potiguar acontece no sábado (27) e será 100% online no aplicativo Sicoob Moob disponível tanto na App Store quanto na Google Play.

Opinião dos leitores

  1. Chapa 1 é da hora, renovação, honestidade e transparência. Nada de conchavos. Queremos uma cooperativa para todos.

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Geral

Defesa de Bolsonaro vai pedir novamente a Moraes liberação de passaporte para ir a Israel

Foto: REUTERS/Adriano Machado

Após a decisão do ministro Alexandre de Moraes (STF) de arquivar a investigação sobre a estada de Jair Bolsonaro (PL) na Embaixada da Hungria em Brasília, a defesa do ex-presidente vai pedir novamente a liberação do seu passaporte para que ele possa viajar a Israel a convite de Benjamin Netanyahu.

Os advogados Paulo Bueno, Daniel Tesser e Fabio Wajngarten vão pedir uma permissão para que Bolsonaro fique 6 dias no país.

“Vamos mostrar que ele atende sempre todas as cautelares vigentes e que tem agendas já programadas para depois da hipotética viagem para Israel. Não há nenhuma razão para que ele não autorize”, disse Wajngarten à CNN.

CNN Brasil

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Geral

VÍDEO: Minuto da Câmara Municipal de Natal – Comissão de Defesa do Consumidor

Minuto da Câmara de Natal no ar trazendo os assuntos mais importantes debatidos na última semana, na Casa.

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Política

CCJ da Câmara aprova projeto que autoriza estados a legislarem sobre posse e porte de armas

Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ) aprovou, nesta quarta-feira, por 34 votos a 30, um Projeto de Lei que concede aos estados e ao Distrito Federal a competência para legislar sobre “a posse e porte de armas de fogo, tanto para fins de defesa pessoal, como também para as práticas esportivas, e de controle da fauna exótica invasora”. De acordo com o texto de autoria da deputada Caroline de Toni (PL-SC), que também é presidente da CCJ, os estados poderiam alterar a lei vigente por meio das assembleias locais.

Neste caso, os estados precisariam “comprovar a capacidade de fiscalizar quem possui a arma por meio de um sistema de controle integrado ao Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp)”.

O texto mantém a proibição da aquisição de armas de fogo e munições proibidas, além de restringir o alcance das leis locais aos estados em que forem aprovadas, além de delimitar que apenas pessoas nascidas naquele estado poderiam ser beneficiadas pela regulamentação.

A expectativa é que o projeto vá a plenário. Entretanto, não há previsão para que isto ocorra.

A sessão foi marcada por embate entre os favoráveis, que foram em maioria os opositores, e os contrários, representados pelos governistas. Aqueles que se opunham ao texto argumentavam que apenas a União pode legislar sobre materiais bélicos.

— Se querem mudar isso, mudem primeiro a Constituição, depois o Estatuto do Desarmamento. Mas, este projeto é inconstitucional. É um atalho para burl(”).

Já os favoráveis à constitucionalidade do projeto se apoiaram no artigo 22 da Constituição, que diz que “compete privativamente à União legislar sobre normas gerais de material bélico”.

— O cidadão de bem armado vai defender a sua família. Mas, para os governistas, é o MST que deve ficar armado. Quem é contra também defende drogas e abortos — disse o deputado Éder Mauro (PL-PA).

A deputada Fernanda Melchiona (PSOL-RS) disse que o discurso de Éder Mauro é “golpista”.

— Esse é um discurso golpista, que quer armar a população para fomentar atos golpistas, como o do dia 8 de janeiro. Não permitiremos isto.

Caroline de Toni, que por ser autora do projeto não pôde presidir a sessão, se manifestou.

— Em Santa Catarina, os javalis são uma praga agrícola que traz doenças e destrói lavouras. É errôneo falar que isto é inconstitucional. Não há uma lei complementar que verse sobre isto. É necessário valorizar a pluralidade cultural do nosso país, por isto peço a aprovação.

O Globo

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Política

PT lidera ranking dos partidos que mais receberam emendas na Câmara

Imagem: reprodução/GloboNews

Deputados do PT tiveram o maior volume de emendas liberadas na Câmara neste ano pelo governo. É o que mostra o Portal do Orçamento Federal.

Nos recursos distribuídos por partidos, deputados do PT já receberam R$ 617,8 milhões em emendas. Na sequência, vem o MDB, com R$ 450,1 milhões. Seguido do União Brasil com R$ 446 milhões.

Em relação aos deputados do PL – partido que tem a maior bancada da Câmara – foram liberados R$ 367,5 milhões em emendas – o menor valor dentre os sete maiores partidos da Casa.

A liberação de valores maiores a aliados tem gerado insatisfações. Parlamentares de oposição querem derrubar o veto parcial do governo à Lei de Diretrizes Orçamentárias, no artigo que previa a criação de um calendário para o pagamento de emendas. A sessão está prevista para ocorrer nesta quarta-feira (24).

Em uma semana de pautas-bomba, o governo acelerou a liberação de emendas. Nesta segunda-feira (22), foram empenhados R$ 2,7 bilhões.

Com isso, já foram autorizados R$ 5,5 bilhões a deputados e senadores neste ano. O valor inclui, além das emendas impositivas, as emendas de comissão e de bancadas da Câmara e do Senado.

As emendas individuais são impositivas, ou seja, o governo é obrigado a pagá-las. Mas o ritmo pode ser ditado pelo Poder Executivo. Parlamentares têm reclamado da lentidão na liberação dos valores.

Por se tratar de ano eleitoral, os empenhos precisam ser feitos no primeiro semestre ou então apenas após as eleições.

O interesse dos parlamentares é de que os valores sejam liberados logo, pois há interesse na aplicação dos recursos antes do início do processo eleitoral.

g1

Opinião dos leitores

  1. Aí cabe a pergunta.
    PRA ONDE ESSE DINHEIRO ESTÁ INDO???
    PRA ONDE??
    A ONDE ESTÁ AS OBRAS?
    AS AÇÕES??
    Com a palavra, Natália Bonavides e Fernando Mineiro.
    Fala!!!!!
    A onde está indo o nosso dinheiro??

  2. Que coisa horrível…era pra dar mais dinheiro para o PL da besta fera…👉👉👉🤡

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Mundo

Biden sanciona lei que pode banir TikTok nos EUA

Foto:  Dado Ruvic/Illustration/Reuters

O presidente dos EUA, Joe Biden, sancionou nesta quarta-feira (24) um projeto de lei que ordena que o TikTok, controlado pela empresa chinesa ByteDance, tenha um novo dono nos Estados Unidos.

Com isso, a ByteDance terá 270 dias (até meados de janeiro) para encontrar um comprador para a operações do TikTok no país. Esse prazo poderá ser renovado por mais 90 dias. Caso contrário, a rede social terá que deixar o mercado americano.

Após a assinatura de Biden, Shou Zi Chew, presidente-executivo do TikTok, disse que “os fatos e a Constituição estão do nosso lado” e que espera reverter a decisão.

“Esta proibição devastaria 7 milhões de empresas e silenciaria 170 milhões de americanos”, disse a empresa em comunicado no X, antigo Twitter.

A proposta de banir o TikTok nos EUA surgiu com o ex-presidente Donald Trump. Hoje, no entanto, em plena campanha eleitoral, o republicano tem outro discurso e diz que os “jovens podem ir à loucura” com a proibição. Segundo ele, “há muita coisa boa e muita coisa ruim” com a plataforma. Ele também diz que não deseja fortalecer o Facebook com o banimento da rede chinesa.

Os EUA alegam que o TikTok coleta dados confidenciais de americanos e que isso representa um risco à segurança nacional.

O país teme que a China possa usar as informações de mais de 170 milhões de usuários americanos da plataforma para atividades de espionagem. O TikTok, por sua vez, nega a acusação.

No sábado (20), a Câmara dos Estados Unidos aprovou a nova versão de lei por 360 votos a 58. O novo texto dava mais tempo para o TikTok encontrar um comprador. O Senado deu aval para o PL na noite desta terça-feira (23) e, para valer, só dependia da sanção de Biden.

Caso a empresa não cumpra a decisão americana e não encontre um comprador, as big techs Apple e Google terão que remover o TikTok de suas lojas de aplicativo, App Store e Play Store, respectivamente.

O presidente-executivo do TikTok, Shou Zi Chew, disse após a sanção de Biden que a empresa espera vencer uma contestação judicial contra a legislação.

“Fiquem tranquilos, não vamos a lugar algum”, disse ele em um vídeo postado momentos depois que Biden sancionou a lei. “Os fatos e a Constituição estão do nosso lado e esperamos prevalecer novamente”, completou.

g1

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