Polêmica

Natal: Candidatos inimigos no presente, amigos no passado

Na edição deste domingo o Novo Jornal traz uma excelente matéria para eleitores potiguares, em especial os natalenses e principalmente para aqueles mais esquecidos. A reportagem de Dinarte Assunção explica como os candidatos que hoje se odeiam e fazem duras críticas durante o programa eleitoral, já estiveram juntos em algum momento recente. Em tempos de eleição a matéria parece leitura obrigatória:

Confira a reportagem na íntegra

UM DESAVISADO QUE  chegue hoje a Natal e  eventualmente se detenha a assistir a um ou dois programas eleitorais ficará intrigado com a babel de declarações e dedos em riste que os candidatos empunham uns contra os outros. “Que loucura é essa?” questionaria quem viu pelo menos um pouco da história recente da política local.

Para o bem ou para o mal a cidade parece ter poucos desavisados. Mesmo assim não custa lembrar que os principais protagonistas da eleição deste ano estiveram juntos em algum momento recente se confraternizando.

As relações de vai e vem até fazem lembra o poema “Quadrilha”, de Carlos Drummond de Andrade, que há muito escreveu que João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim…

Começando por quem está acirrando a disputa, Carlos Eduardo Alves (PDT) e Hermano Morais (PMDB) se chamam hoje de “capataz”, “cangaceiro”, “destemperado” e “desequilibrado”. Não muito tempo atrás, estiveram no mesmo partido, o PSB, e foram aliados, com Hermano líder do então prefeito na Câmara de Vereadores.

Ambos seguiram vida partidária divergente, mas nunca se atritaram. Carlos foi para o PDT; Hermano se aninhou no PMDB.

Em 2008, seguiam na mesma base aliada do então presidente Luis Inácio Lula da Silva e até pularam juntos aquele Carnaval no Burro Elétrico, com Hermano já na condição de potencial sucessor do então prefeito.

Do mesmo modo que, de surpresa, foi lançado candidato a prefeito de Natal em 2008 por Garibaldi Filho, Hermano foi igualmente destituído da disputa. E lá estavam ele e Carlos Eduardo pedindo votos juntos para a campanha derrotada de Fátima Bezerra. Em janeiro seguinte, o PMDB estava com Micarla.

O palanque de 2008 é especialmente digno de atenção, sendo ponto de convergência e dispersão. Nele, a composição de versos desta nova “Quadrilha” dá conta das paixões forjadas no hiato.

Naquele ano, Garibaldi se uniu a Wilma para apoiar Fátima, que escanteou Mineiro, candidato que venceu as prévias do PT para disputa. Para apoiar Fátima, Garibaldi desautorizou Hermano, que se juntou calado a Mineiro, que endossou Carlos Eduardo, que apoiava Fátima.

Como ninguém gosta de assumir paternidade de derrota, tão logo Fátima foi deixada para trás na vitória acachapante de Micarla de Sousa (PV), as paixões se dissolveram porque 2010 estava batendo à porta. Garibaldi pediu divórcio de Wilma e  retomou o casamento com o DEM, fazendo Rosalba Ciarlini governadora, contra  Iberê Ferreira e Wilma de Faria.

Divórcio como fim

Há hiatos que paixões políticas não unem. Alguns personagens da ciranda parecem decididos a considerar o outro como um leproso. O caso mais emblemático de amor e ódio é o de Carlos Eduardo Alves e Micarla de Sousa. Vice de Carlos em 2004, Micarla abandonou o barco quando foi tolhida dentro da administração. Do caso saiu a frase conhecida até hoje e atribuída a seu adversário: “vice é vice”.

Por motivo semelhante, Wilma de Faria e Rogério Marinho (PSDB) encerraram suas parcerias e nunca mais estiveram do mesmo lado. No período pré-eleitoral de 2008, os dois se digladiaram. De um lado, a vontade de Rogério de ser o candidato do PSB à Prefeitura do Natal; do outro, Wilma, resoluta em afirmar que o partido apoiaria Fátima Bezerra. O resto da história é conhecida: Rogério foi para o palanque de Micarla de Sousa, duramente criticada por ele hoje.

Antes disso, Rogério Marinho foi secretário de Carlos Eduardo Alves e seu líder na Câmara Municipal de Vereadores, lá pelos idos de 2005. Ao dizer agora que Natal está comparando o ruim com o péssimo, Rogério Marinho parece não se lembrar que ele mesmo deu sustentação às duas administrações.

Contra Carlos Eduardo, Fernando Mineiro tem sido mais comedido. Não se sabe se porque também deu apoio às suas gestões ou porque é lógico que em eventual segundo turno do qual não faça parte, o PT estará fechado com a candidatura do postulante que lidera a corrida eleitoral. De todo modo, Mineiro alfineta em seus programas televisivos dizendo que a cidade merece mais do que voltar ao passado.

Cirandar por que eu era e não sou mais

A reportagem procurou os quatro principais candidatos citados na matéria para ouvi-los sobre o que pensam a respeito da “Quadrilha”. Rogério Marinho defende sua postura e diz que a crítica feita a Carlos Eduardo é porque ele o conhece, em razão de ter convivido. “E por conhecer, eu sei que ele é uma pessoa difícil. Tem dificuldades, no processo de administração, de conviver com a crítica, de se relacionar com outras instituições”, diz.

O candidato do PSDB enfatiza ainda que seu principal adversário passou sete anos “marcando passo”. “Atuava em função das emergências. Justamente por conhecê-lo eu posso fazer essas críticas”, argumentou.

Rogério comenta ainda que sua atuação na defesa de Carlos Eduardo tempos atrás foi legítima. “Eu participei da  administração porque ajudei a elegê-lo e saí depois. Uma coisa é você é errar, outra é continuar no erro. Acho difícil estar num palanque com ele porque ele pensa diferentemente de mim sobre instituições, liberdade de imprensa. Ele é incapaz de trabalhar em equipe”, disse.

Hermano Morais também não faz cerimônias ao relembrar que apoiou a gestão do candidato que hoje critica em seus programas eleitorais. Ele também faz citações semelhantes às de Rogério ao sublinhar que nos primeiros meses da gestão de Carlos Eduardo saiu e foi para oposição por não concordar com os modos administrativos do então prefeito.

“Eu estive sim com ele. Fui seu correligionário e defendi à época (2004) sua candidatura. Fui seu líder na Câmara, mas posteriormente divergimos no início de seu governo. Política é isso, discordamos da forma como ele conduzia o governo e preferi me afastar”, relembra.

O candidato do PMDB ressalta ainda que não foi uma escolha sua estar no palanque com Carlos Eduardo em 2008. “Ao final do governo, próximos das convenções, houve o entendimento, do qual eu não participei, de que o partido deveria seguir com Fátima Bezerra.

Isso terminou juntando. Eu me reencontrei com ele nessas circunstâncias”, disse Hermano, que desconversou quando indagado se poderia voltar a frequentar o mesmo metro quadrado político de Carlos Eduardo.

Fernando Mineiro também reafirma que participou da gestão de Carlos Eduardo. “Do meu ponto de vista ele fez um bom trabalho”, comentou. Ele lamenta, entretanto, que os programas eleitorais tenham abrigado a crítica pela crítica. “Não dá para ficar fazendo as pessoas de idiotas. Espaço eleitoral é para discutir propostas”.

Mineiro diz que seu discurso de “Natal merece mais do que votar ao passado”, não se dirige a Carlos Eduardo, que foi procurado, mas não retornou as chamadas até o fechamento da matéria.

Opinião dos leitores

  1. Amigo Bruno Giovanni é por isso que política é uma M…., quem não é corrupto fica sendo, quem tem vergonha na cara termina sem tê-la, quem nunca mentiu vira um mentiroso contumaz, ou seja, a política só serve para os políticos, eu mesmo não voto em mais ninguém…

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Geral

Fintechs preparam expansão com liberalização do mercado de Vale-Alimentação

Foto: reprodução

O plano de flexibilização dos serviços vinculados ao Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) promete aquecer ainda mais o ecossistema de startups ligadas ao setor financeiro. A medida ainda está em fase de estudos pelo governo, mas o mercado já se antecipa à sua aprovação.

Fintechs, plataformas e empresas de pagamento começaram a implantar novos modelos de operação, apostando em um cenário mais aberto e competitivo. No setor, fala-se com entusiasmo sobre um momento de agilidade, conquista e inovação.

O fim das restrições sobre as redes credenciadas, o uso mais flexível dos créditos e a financeirização crescente do sistema são vistos como alavancas para uma economia mais fluida e rentável.

Para os defensores da proposta, o movimento representa o lado pró-inovação do Estado, voltado para um uso mais eficiente dos recursos. Já os críticos da flexibilização alertam que transformar o PAT em um simples instrumento financeiro pode diluir o caráter social do programa, colocando em risco os benefícios diretos concedidos a milhões de trabalhadores e suas famílias.

Em um país onde quase um em cada quatro brasileiros vive em situação de insegurança alimentar, a mudança teria efeitos concretos: romperia o vínculo entre trabalho e direito à alimentação, um dos pilares do modelo social brasileiro.

Criado em 1976, o PAT oferece benefícios fiscais às empresas inscritas no programa, limitando a participação do trabalhador em até 20% dos custos. O modelo contempla refeitórios próprios ou terceirizados, além do uso dos tradicionais vales-alimentação e vales-refeição em restaurantes e no varejo.

Atualmente, o programa atinge 21,5 milhões de pessoas, com mais de 300 mil empresas participantes. Estimativas de sindicatos e da Receita Federal apontam que o PAT movimenta mais de R$ 250 bilhões por ano — um mercado visto como mina de ouro para as fintechs.

Além da abertura do sistema, as medidas em estudo incluem liberação irrestrita de credenciamentos, maior flexibilidade na destinação dos créditos, novas comissões, reembolsos acelerados e novos métodos de gestão.

Mesmo assim, o governo dá sinais de que está disposto a assumir os custos da mudança.

A orientação dominante hoje é a de um Estado que atua como facilitador das transformações do mercado, e não mais como seu regulador tradicional.

Integrantes das equipes avaliam que as perdas sociais de curto prazo poderão ser compensadas, ao longo do tempo, pelos ganhos em produtividade, investimento e eficiência.

Na prática, o setor passaria a caminhar para um modelo focado na lógica da competitividade. Assim, ainda que não formalmente anunciado, as mudanças já avançam de forma gradual entre os principais players do mercado.

IstoÉ

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Geral

VÍDEO: “Fantástica”, diz Tagliaferro sobre audiência de extradição na Itália

O ex-assessor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Eduardo Tagliaferro afirmou, na manhã desta segunda-feira (6/10), que foi “fantástica” a audiência na Justiça italiana sobre o pedido de extradição feito pelo Brasil às autoridades da Itália.

Tagliaferro, que atuou na assessoria do ministro Alexandre de Moraes, foi conduzido à delegacia de polícia italiana na quarta-feira (1º/10) e, nesta segunda, compareceu ao juízo italiano para ser comunicado oficialmente do pedido de extradição apresentado pelo governo brasileiro.

“Quero informar que eu já estou indo embora, eu já passei pela audiência, foi fantástica. Acho que a minha expressão diz tudo de como foi. Foi muito bom”, disse Tagliaferro. “O juiz recebeu muito bem, é como se fosse um ministro aqui. E agora vamos para a luta”, completou o ex-assessor.

Conforme apurou o Metrópoles, Tagliaferro declarou ao juiz que não pretende e não quer deixar a Itália para ser enviado de volta ao Brasil.

Tagliaferro é alvo de um pedido de extradição do governo brasileiro após determinação de Moraes, em razão do vazamento de conversas entre assessores do ministro.

Ele foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelos crimes de violação de sigilo funcional, coação no curso do processo, obstrução de investigação de organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

O ex-assessor é suspeito de ter vazado mensagens trocadas entre servidores de Moraes no STF e no TSE para a Folha de S.Paulo. Tagliaferro já havia sido indiciado pela Polícia Federal (PF) em abril. Segundo a PGR, ele teria repassado informações sigilosas, incluindo petições e diálogos internos de servidores ligados ao ministro.

Tagliaferro está com as contas bloqueadas por determinação de Moraes e, por ordem da Justiça italiana, não pode deixar o país e deve informar as autoridades onde permanecerá em caso de necessidade.

Metrópoles

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Geral

Sucessão de Bolsonaro acirra troca de farpas entre Ciro e Caiado

Foto: Lula Marques/ Agência Brasil – Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

A entrevista concedida pelo senador Ciro Nogueira (PP-PI) ao jornal O Globo, publicada no domingo (5), provocou uma troca de farpas entre ele e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), nas redes sociais. Na conversa com o jornal, o ex-ministro-chefe da Casa Civil afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro já teria decidido quem será o candidato da direita à Presidência em 2026 e que o anúncio deve ocorrer em janeiro. Ao mencionar os possíveis nomes, Ciro apontou os governadores Tarcísio de Freitas (SP) e Ratinho Júnior (PR) como os mais viáveis, destacando que ambos só teriam chances reais com o apoio de Bolsonaro.

“Acredito que ele já decidiu. Defendo que comunique isso em dezembro para ser anunciado em janeiro. Quem vai ser, só ele sabe”, disse o senador. Segundo ele, Tarcísio dificilmente recusaria uma convocação direta do ex-presidente. “É impossível ele não ser candidato se tiver o apoio do presidente Bolsonaro. (…) Ele queria ser candidato ao Senado em Goiás, tinha apoio do Ronaldo Caiado, mas o Bolsonaro disse: ‘Você vai para São Paulo, vai ser governador e ganhar a eleição. Ele obedeceu e venceu.”

As declarações levaram Caiado a reagir de forma dura. Em publicação no X (ex-Twitter), o governador acusou Ciro de agir com “ansiedade vergonhosa” para se colocar como vice de Tarcísio e de tentar se apresentar como porta-voz de Bolsonaro. “Se Bolsonaro quiser escolher um porta-voz, certamente será um de seus filhos ou sua esposa, Michelle. Não o Ciro Nogueira, senador de inexpressiva presença nacional, que um dia já jurou amor eterno ao Lula”, escreveu.

Publicação de Ronaldo Caiado.

Caiado afirmou ainda que o senador tenta decidir por Bolsonaro quem deve ser o candidato da direita, colocando Tarcísio como preferido e Ratinho Júnior como reserva, e acusou Ciro de “vetar” outras pré-candidaturas, inclusive a sua. “Sugiro ao já quase ex-senador que tenha mais moderação e mais respeito com os demais nomes que, democraticamente, colocam suas pré-candidaturas à avaliação popular. Ciro Nogueira não tem estatura política para julgar as pré-candidaturas a presidente, incluindo a minha”, declarou o governador, acrescentando que “todos os vetados por Ciro apoiaram Bolsonaro desde a primeira eleição, diferente do senador, que teve uma posição ácida em relação ao ex-presidente”.

A resposta de Ciro veio horas depois, também pelo X. O senador ironizou o tamanho do texto publicado por Caiado e minimizou a polêmica. “Vi a postagem do governador Ronaldo Caiado sobre minha entrevista. Me chamou a atenção a enormidade do tamanho. Deve estar com o tempo livre. Eu não. Sobretudo para polêmicas vazias. Nosso adversário é Lula. Caiado, pode falar qualquer coisa: você está certo. Satisfeito?”, escreveu.Publicação de Ciro Nogueira.

Congresso em Fogo

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Política

Lula pediu a Trump retirada de tarifas e sanções, diz Planalto

Foto: Reprodução 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou, na manhã desta segunda-feira (6), com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Durante a conversa, o chefe do Executivo brasileiro pediu que o governo dos EUA retire a taxa aplicada a produtos do Brasil e as sanções contra autoridades.

Segundo comunicado do Palácio do Planalto, os líderes conversaram por 30 minutos em “tom amistoso”.

“Em tom amistoso, os dois líderes conversaram por 30 minutos, quando relembraram a boa química que tiveram em Nova York por ocasião da Assembleia Geral da ONU. Os dois presidentes reiteraram a impressão positiva daquele encontro”, diz trecho.

Ainda de acordo com a nota, Lula destacou que o Brasil é um dos três países do G20 com quem os EUA mantêm superávit na balança comercial e pediu a “retirada da sobretaxa de 40% imposta a produtos nacionais e das medidas restritivas aplicadas contra autoridades brasileiras”.

Durante o telefonema, os líderes combinaram de se encontrar pessoalmente “em breve”.

“O presidente Trump designou o secretário de Estado Marco Rubio para dar sequência às negociações com o vice-presidente Geraldo Alckmin, o chanceler Mauro Vieira e o ministro da Fazenda Fernando Haddad. Ambos os líderes acordaram encontrar-se pessoalmente em breve. O presidente Lula aventou a possibilidade de encontro na Cúpula da Asean, na Malásia; reiterou convite a Trump para participar da COP30, em Belém (PA); e também se dispôs a viajar aos Estados Unidos.”

CNN

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Brasil

Saiba quem é a família da “dinastia da fraude” que deu golpe no CNU

Foto: Reprodução

A organização criminosa que figura no centro de uma investigação robusta da Polícia Federal (PF) por fazer negócios ilícitos e milionários a partir de concursos públicos federais é formada por um núcleo familiar.

O ex-policial militar Wanderlan Limeira de Sousa (no centro da foto), de 44 anos, o irmão dele, Valmir Limeira de Souza (lado esquerdo do ex-PM), 53, o filho, Wanderson Gabriel de Brito Limeira, 24, (à direita), e a sobrinha Larissa de Oliveira Neves (à esquerda), 25, foram aprovados para o cargo de auditor fiscal do trabalho no Concurso Nacional Unificado (CNU) de 2024.

As investigações apontam que o ex-PM Wanderlan usou a fraude para beneficiar irmãos, filhos e sobrinhos: todos colecionam aprovações fraudulentas em certames de alto prestígio.

A apuração policial revela, ainda, que a confiança estabelecida entre os integrantes, a partir dos laços sanguíneos, contribuiu para o êxito temporário da trama. Um segundo irmão do ex-policial, identificado como Antônio Limeira das Neves (blusa azul na foto), 54 anos, também integrava o esquema.

De acordo com as descobertas da PF, cada familiar era responsável por uma função: desde o recrutamento de candidatos ao repasse de gabaritos e movimentação financeira.

Conversas registradas em aplicativos de conversas, interceptadas pelos investigadores, revelam que os familiares discutiam as práticas ilícitas on-line.

Em uma das conversas, Wanderlan reclama com Valmir que o outro irmão deles, Antônio, não estaria pagando uma dívida estimada em R$ 400 mil.

Conforme apurado pela polícia, alguns trechos das conversas analisadas indicam que o motivo da dívida era a prova do concurso do CNU, na qual Larissa, filha de Antônio, foi aprovada.

Metrópoles

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Educação

Recuperação: metodologia ajuda alunos a virar o jogo no fim do ano

Foto: Divulgação

À medida que o fim do ano letivo se aproxima, cresce a preocupação de muitas famílias com as notas baixas dos filhos e a possibilidade da recuperação escolar. Em geral, a solução mais comum é recorrer a aulas particulares para garantir pontos extras nas últimas provas.

No entanto, esse modelo, baseado apenas na memorização de conteúdo em curto prazo, não resolve a raiz do problema e ainda pode gerar dependência, já que o aluno passa a acreditar que só aprende com ajuda externa. “É como se o aluno tentasse resolver o problema imediato, mas deixasse a causa principal sem solução”, avalia Victor Cornetta, CEO da Kaizen Mentoria.

Para ele, a recuperação não deveria ser encarada como um fardo, mas como uma chance de mudança real nos hábitos de estudo.

A metodologia aplicada pela Kaizen parte desse princípio e vai além. Diferente da aula particular, que pode até garantir a nota momentânea mas deixa o estudante vulnerável a repetir as mesmas dificuldades no ano seguinte, o método da Kaizen ajuda a construir autonomia.

“A recuperação é uma oportunidade para o aluno virar o jogo, mudar hábitos e descobrir que pode aprender de forma muito mais leve e eficiente”, reforça Cornetta. O aluno recupera a nota, aprende de fato aquele conteúdo que deixou passar ao longo do ano, começa uma mudança de hábitos e chega ao próximo ano muito mais preparado.

Esse processo acontece porque o estudante recebe acompanhamento tanto na organização da rotina quanto no aprendizado das matérias em atraso. Ou seja, ele estuda o conteúdo junto com o mentor, mas ao mesmo tempo aprende.

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Política

Lula e Trump têm conversa tensa por videochamada em meio a disputa comercial entre Brasil e EUA

 

Foto:  Ricardo Stuckert

O presidente Lula (PT) conversou, por videochamada, na manhã desta segunda-feira (6), com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O diálogo acontece em meio à crescente tensão diplomática entre os dois países após a imposição de novas tarifas sobre produtos brasileiros pelo governo norte-americano, conforme informações da BandNews.

Segundo fontes do Itamaraty, o contato foi costurado no fim de semana com a Casa Branca e teve como foco tentar evitar uma escalada na guerra comercial que se desenha entre as duas maiores economias do continente.

Durante a conversa, Lula deve reforçar a posição brasileira de buscar uma solução negociada, defendendo que o comércio bilateral continue aberto e equilibrado. As tarifas atingem principalmente aço, alumínio e etanol, três produtos de peso nas exportações nacionais para os EUA.

O governo brasileiro quer evitar medidas de retaliação que possam prejudicar ainda mais o setor industrial e o agronegócio. De acordo com auxiliares presidenciais, a ligação também servirá para abrir caminho para um encontro presencial entre os dois líderes, previsto para acontecer ainda neste mês, durante uma reunião internacional na Malásia.

A expectativa é que o Palácio do Planalto divulgue uma nota oficial nas próximas horas, com o resumo dos principais temas discutidos e o tom da conversa entre Lula e Trump.

Com a relação bilateral em jogo, o resultado desse diálogo pode definir os próximos passos da política comercial brasileira no cenário global.

Opinião dos leitores

  1. BOlSOMION DOBREM O TARJA PRETa, BG O CHORO É LIVRE A VERGONHA ALHEIA TB EM ESCOLHER O LADO ERRADO DA HISTORIA

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Educação

CNU 2025: Mais de 46% dos inscritos faltam à prova no Rio Grande do Norte

Foto: Sérgio Henrique

Mais de 46% dos candidatos do Rio Grande do Norte inscritos no Concurso Público Nacional Unificado (CNU) 2025 faltaram às provas realizadas neste domingo (5). O estado foi o 14º com maior percentual de abstenções.
O percentual de ausentes no estado foi maior que a média nacional, que ficou em 42,8%.

Ao todo, o RN teve mais de 17,2 mil inscritos no concurso, distribuídos em 30 locais de provas em quatro municípios: Natal, Mossoró, Parnamirim e Caicó.

A capital potiguar teve o maior número de locais de prova: 17. A maior concentração de candidatos foi no campus central da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), que aguardava a presença de 4.362 inscritos.

A seleção deste ano oferece 3.652 vagas para cargos de níveis médio, técnico e superior, com salários iniciais que variam de R$ 4 mil a R$ 16,4 mil.

G1RN

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Jornalismo

OPINIÃO: Lula parece brincar com a própria vida. Ou considera-se imortal

Foto: Ricardo Stuckert

Na última sexta-feira (3), Lula contou ter passado por mais um susto em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) antes de decolar de Belém para a Ilha do Marajó (PA) no dia anterior:

“Teve um problema no motor do avião, um avião caro da FAB. […] Tivemos de descer com medo de que ele pegasse fogo”.

A FAB confirmou que houve “um problema técnico” com a aeronave, modelo Amazonas C105 (de fabricação da Airbus). Ela é usada com frequência para transporte de tropas e cargas.

Mas serve também para deslocamentos do presidente da República quando é necessário pousar em pistas curtas. Lula voou a Marajó em uma aeronave de reserva e cumpriu sua agenda.

Logo fontes da alta cúpula militar, ouvidas pela CNN Brasil, se apressaram em atribuir a falha no acionamento dos motores do C105 a sucessivos cortes no orçamento das Forças Armadas.

No caso da FAB, a verba destinada à manutenção e modernização da frota de aviões sofreu uma redução de 41% nos últimos 10 anos, em valores reais (já corrigidos pela inflação).

A frota caiu de 526 aeronaves em 2014 para 319 em 2025. Nesse período, o número de horas de voo da FAB foi reduzido em cerca de 50%. Pistas e hangares estão se deteriorando.

Lula coleciona sustos aéreos desde o início do seu atual governo. A saber:

Janeiro de 2024 – o avião presidencial destinado ao transporte da equipe de segurança de Lula apresentou pane em Campina Grande (PB). Lula cancelou sua visita ao Estado;

Fevereiro de 2024 – o jato Airbus A319 da FAB, que transportava Lula, abortou a decolagem no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, por causa de “um problema técnico”;

Outubro de 2024 – avião de Lula, com problemas em uma das turbinas, pousa na cidade do México depois de sobrevoar o aeroporto por quatro horas e meia para gastar o combustível;

Março de 2025 – O avião que levava Lula para Sorocaba, no interior de São Paulo, precisou arremeter quando se aproximava da pista do aeroporto local. Apresentou “problemas”.

De longe, o maior susto foi o que Lula levou no México:

“Quando levantou voo, aconteceu alguma coisa, porque o avião estava com o ronco diferente, trepidava muito, e eu logo me levantei para saber com o piloto o que estava acontecendo. Cheguei lá, a porta estava fechada, eu bati, o piloto abriu, eles estavam nervosos, porque estavam vendo como é que iam sair daquela situação. […] Aí me disseram: ‘O avião está seguro, tem uma turbina com problema, um motor, mas o outro está bem, já pedimos emergência para o aeroporto e vamos ficar circulando durante horas até esvaziar um pouco o tanque, porque o tanque está muito cheio, e se a gente pousar com o avião pesado poderá acontecer um acidente, até problema com o trem de pouso’. Aí ficamos lá rodando, fazendo um oito em cima do aeroporto.”

Não pode faltar dinheiro para que um presidente voe em segurança. Não falta nem em países pobres. Uma falha bastaria para demitir a equipe responsável pela segurança presidencial.

Lula parece brincar com a própria vida. Ou considera-se imorrível.

Blog do Noblat

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Polícia

Adolescente mata o padrasto a facadas em São Miguel após presenciar agressões contra a mãe, diz polícia

Foto: Reprodução 

Um adolescente de 14 anos matou o padrasto, identificado como Francisco das Chagas da Silva (foto), de 32 anos, na noite deste domingo (5), no município de São Miguel, região do Alto Oeste potiguar. O crime aconteceu por volta das 19h10, na Travessa Manoel José de Carvalho, no bairro Alto Santa Tereza, e é investigado pela Polícia Civil como homicídio com motivação familiar.

Segundo informações da Polícia Militar, o adolescente teria cometido o crime após presenciar constantes agressões do padrasto contra a mãe. De acordo com o relato policial, Francisco das Chagas batia com frequência na mulher, o que pode ter levado o jovem a agir em defesa dela.

Quando os policiais chegaram ao local, encontraram a vítima caída na calçada, com ferimentos de faca e coberta de sangue. Populares informaram que o autor do crime seria o enteado, Luiz Davi Nogueira Rocha, de 14 anos, que fugiu logo após o ataque.

A vítima ainda foi socorrida por uma ambulância do município até o Hospital Municipal de São Miguel, mas não resistiu aos ferimentos. A Polícia Militar realizou diligências na tentativa de localizar o adolescente, que permanece foragido.

O caso está sendo investigado pela Polícia Civil de São Miguel, que busca reunir provas e depoimentos para esclarecer as circunstâncias do crime.

Portal da Tropical

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