Política

Número 2 da gestão Pazuello é mais um a rebater a CPI da Covid: nega de tratamento precoce como orientação a questionamentos sobre coronavac, imunidade de rebanho e cloroquina

Foto: Reprodução/CNN Brasil

A CPI da Pandemia ouve nesta quarta-feira (9) o coronel Antônio Elcio Franco Filho, ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde, para esclarecer suas ações nas compras e abastecimento de insumos para estados durante a pandemia de Covid-19.

Sua convocação foi pedida pelos senadores Alessandro Vieira (Rede-SE), Eduardo Girão (Podemos-CE), Humberto Costa (PT-PE), Otto Alencar (PSD-BA), Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Rogério Carvalho (PT-SE).

Resumo da CPI da Pandemia:

• Só AstraZeneca ofereceu transferência de tecnologia ao governo

O ex-secretário do Ministério da Saúde afirmou à CPI que, embora tenham procurado vários laboratórios farmacêuticos, apenas a AstraZeneca ofereceu transferir a tecnologia da fabricação da vacina para o Brasil.

“Ela nos ofereceu a transferência de tecnologia, coisa que as outras [farmacêuticas] não ofereceram. E, além disso, o custo dessa dose girava em torno de US$ 3,75, diferentemente das demais vacinas, em fase mais atrasada de desenvolvimento”, afirmou Elcio Franco.

Ele disse, novamente, que o Instituto Butantan já estava em tratativas com a Sinovac e, por se tratar de uma vacina de vírus inativado – plataforma que já domina a tecnologia –, não caberia uma encomenda tecnológica.

Perguntado os motivos para não terem sido celebrados outros contratos de transferência tecnológica

“Não houve oferta nesses moldes que conseguimos com a Fiocruz. Não havia interesse dos outros laboratórios de fazer essa transferência tecnológica.”

• Tratamento precoce não era orientação da Saúde

Elcio Franco negou que houvesse uma orientação oficial do Ministério da Saúde para que a população fosse tratada precocemente contra a Covid-19.

“Com relação ao tratamento precoce, não era orientação do Ministério, e sim a busca por pelo atendimento médico, que seria soberano na sua decisão de atender o paciente e fazer o que fosse mais adequado. Isso vale para qualquer enfermidade, não apenas para Covid”, disse o ex-secretário.

Ele defendeu que o diagnóstico precoce de qualquer doença é a melhor medida preventiva e citou como exemplo estudos – sem detalhar quais – que dizem que cada R$ 1 investido na Saúde Básica representa uma economia de R$ 1 mil na Atenção Especializada.

Questionado sobre o caso específico do novo coronavírus, ele se disse favorável, desde que em comum acordo entre médico e paciente.

“O atendimento precoce pelo médico, para seu diagnóstico, suas orientações para que seu paciente possa se afastar e não transmitir a doença para outros; e prescrever as medicações que ele julga mais adequadas, eu sou favorável, sim senhor.”

“Nossa gestão no Ministério da Saúde defendia o atendimento precoce do paciente. Com o medicamento que o médico julgar oportuno dentro da sua autonomia. E, se ele usar um off-label, que faça esclarecimento para o paciente que só será medicado com aquele medicamento se aceitar”, completou.

Ele disse ainda que a Medida Provisória 1.565 editada pelo governo tratava de questões não farmacológicas de prevenção, como “uso de máscaras, etiqueta respiratória, higienização das mãos com álcool e sabão, higienização de superfícies, optar por ambientes ventilados e manter distância de segurança entre as pessoas”.

• Gabinete paralelo ‘não teve nenhuma ação sobre ministério’

O coronel negou que o chamado gabinete paralelo de orientações sobre o combate à pandemia tenha tido qualquer influência sobre a pasta.

“Que eu tenha conhecimento, esse grupo não teve nenhuma ação sobre a gestão do Ministério ou das suas secretarias finalísticas”, afirmou.

Ele negou conhecer Luciano Dias, Paolo Zanotto e Carlos Bolsonaro, que conhece de nome, mas disse não ter tido contato ou ciência do comparecimento dele em reunião com a Pfizer. Ele disse conhecer:

Nise Yamaguchi, que teria ido ao Ministério “uma ou duas vezes” para apresentar um ofício que foi enviado ao Ministério de Ciência e Tecnologia;

Arthur Weintraub, ex-assessor do presidente que teria encontrado uma vez durante cerimônia no Palácio do Planalto;

Carlos Wizard, conhecido de longa data que esteve no Ministério e o contatou, pela última vez, sobre a possibilidade de aquisição de imunizantes para a iniciativa privada e

Osmar Terra, que teria ido ao Ministério para, assim como outros parlamentares, tratar de emendas que iriam para o estado dele.

Franco também disse não ter participado ou tomado conhecimento da existência de um “gabinete paralelo”.

• ‘Negociamos com a Pfizer desde abril de 2020’

Elcio Franco disse que o ministério negociava a aquisição de vacinas com a Pfizer desde abril de 2020. Ele afirmou que a CPI terá de pedir ao Ministério os documentos que comprovam essa cronologia. Em depoimento à comissão, o presidente da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, disse que a primeira oferta foi feita em agosto.

O vice-presidente da grupo, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), disse na semana passada que as investigações mostraram que 53 emails da companhia ficaram sem resposta. Franco disse que, muitas vezes, a empresa mandava um ofício e reiterava três ou quatro vezes no mesmo dia.

Elcio disse também que um vírus que invadiu o sistema do Ministério atrapalhou na resposta de apenas uma proposta, entre os dias 5 e 12 de novembro, já que a caixa de entrada dele ficou inoperante.

O ex-secretário também disse que houve um atraso nos estudos de fase 3 da vacina, e que eles garantiam que teriam aprovação do FDA, agência reguladora americana, em outubro, mas isso só aconteceu em dezembro. “Tudo isso levou a atrasos”, declarou.

• Saúde nunca discutiu ‘imunidade de rebanho’, diz Elcio

O ex-secretário negou que o ministério considerasse que a queda de casos e mortes por Covid-19 no segundo semestre de 2020 fosse por uma suposta “imunidade de rebanho”.

“Nunca se discutiu na área técnica, entre secretários e com o ministro, essa ideia de imunidade de rebanho”, disse. “Não visualizávamos isso, tínhamos noção da gravidade da pandemia e, assim como o influenza, imaginávamos que teríamos campanhas anuais de vacinação”.

• Negociações com Butantan não foram canceladas, diz Elcio Franco

Elcio Franco afirmou que, no seu entendimento, o memorando de entendimento ou a carta de intenções enviada ao Butantan era uma forma de garantir o interesse na compra da Coronavac. Além disso, o ex-secretário afirmou que as negociações nunca foram canceladas.

“Essas negociações não foram canceladas. Não houve, em momento nenhum, cancelamento das tratativa para aquisição da vacina e acompanhamento de seu desenvolvimento”, disse o número 2 na gestão de Pazuello.

“Foi feita uma divulgação pública de que as vacinas seriam adquiridas desde que confirmadas a segurança e eficácia pela Anvisa. Todas, dentro do interesse brasileiro, da maior quantidade possível”, afirmou, sobre o caso em que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que não compraria vacinas chinesas.

Foi apresentado vídeo na CPI em que o presidente disse que ninguém queria comprar a Coronavac e que tinha mandando cancelar o acordo.

Élcio disse que não recebeu ordem para interromper negociações e que as tratativas com o Butantan continuaram.

“Não há nenhum documento de intenção de não prosseguir nas negociações. A carta de intenção de 19 de outubro continuou vigente”, afirmou. “Não entendi como ordem ao Ministério da Saúde. Prossegui nas negociações. E, que me lembre, não consultei o ministro sobre esse aspecto.”

Ele disse que uma prova de que as tratativas não foram interrompidas é o fato de que a pasta continuou cobrando dados técnicos dos estudos clínicos.

• Coronavac não foi comprada antes por falta de aprovação da Anvisa

O relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL) perguntou para Elcio Franco se houve resistência por parte do Ministério da Saúde em comprar as doses da Coronavac, vacina contra Covid-19 produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.

“Gostaria de destacar como parte da resposta uma matéria do Estadão de 22 de julho de 2020, de que a fase 3 [de testes clínicos] também é considerada um cemitério de vacinas. Isso cabe para destacar que o desenvolvimento gera muitas incertezas – esse aspecto permeou as negociações com muitas vacinas”, disse Franco.

Além disso, o ex-secretário afirmou que a lei 6.360 não permite a aquisição de medicamentos sem aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), de forma que foi necessária uma adequação desse marco legal – por meio da MP 1.126, editada em 6 de janeiro de 2021.

“Ato contínuo, foi celebrado o contrato com o Butantan já no dia 7 [de janeiro], um contrato de cerca de R$ 2,5 bilhões, que já vinha sendo discutido desde dezembro”, afirmou.

Ele garantiu que o governo federal explicou, em diversas reuniões com o Instituto Butantan, que não poderia usar a ferramenta de encomenda tecnológica, como feito com a Fiocruz/AstraZeneca para compra da vacina já que esse mecanismo pressupõe o desenvolvimento de uma solução inédita para um problema.

“No caso do Butantan, era uma vacina de vírus inativado, uma tecnologia que o próprio doutor Dimas Covas nos informou que já dominavam – tecnologia de produção da vacina contra Influenza que o Butantan produz.”

• Ex-secretário diz que Pazuello pediu para comprar maior número de doses de vacinas

Perguntado sobre qual foi a orientação do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre a aquisição de vacinas contra o novo coronavírus, Elcio Franco afirmou que a ordem era comprar o maior número de doses possível.

“Pazuello me orientava para acelerar o processo, na medida do possível, dentro da legalidade, e para adquirir o maior número de doses no menor prazo possível”, disse o ex-secretário.

“Quanto ao presidente da República, o ministro me reportava que orientação era para aquisição de vacinas. Tanto é que, em 2020, foram disponibilizados R$ 24,5 bilhões para compra de vacinas”, completou.

“A orientação era para adquirir a maior quantidade de doses, desde que tivesse segurança e eficácia certificada pela Anvisa.”

• Elcio Franco diz que Ministério não comprou cloroquina para tratar Covid-19

Ainda em sua fala inicial à CPI, Elcio Franco afirmou que precisava fazer um esclarecimento sobre a compra de cloroquina pelo Ministério da Saúde.

“Gostaria de fazer um esclarecimento. Por solicitação do general [Eduardo] Pazuello, informo que durante nossa gestão, não ocorreu aquisição de cloroquina para o ano de 2020 para o combate a Covid-19”, disse o coronel.

“Porém, identificamos que para atender o programa anti-malária no primeiro semestre desde ano, em 30 de abril de 2020 foi assinado um termo aditivo com a Fiocruz com valor de R$ 50 mil para entrega posterior. Enfatizo que é para o programa anti-malária.”

• Ex-secretário defende que atuação da União na pandemia foi limitada pelo STF

Em sua fala inicial à CPI da Pandemia, Elcio Franco defendeu que tese divulgada em várias oportunidades pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de que a atuação do Ministério da Saúde durante a pandemia foi limitada em razão da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Apesar do STF ter definido as competências concorrentes entre estados, municípios e a União, uma vez que a palavra final de medida de gestão – e restritivas – passara à competência de estados e municípios, a atuação da União, ao meu ver, ficou limitada”, disse Franco..

“Coube ao Ministério da Saúde apoiar os entes federados em medidas e ações planejadas, como a elaboração de ferramentas de gestão”, continuou. “Cabe a união disponibilizar recursos às secretarias de saúde estaduais e municipais. Cabe aos estados e municípios executar ações de atenção à saúde.”

Essa tese, no entanto, já foi refutada pelo STF, que afirmou que a decisão da Corte não proibiu o Executivo federal de agir para conter a disseminação da doença.

Com CNN Brasil

Opinião dos leitores

  1. Surpresa era ele confesar neh. Foi desmentido e desmascarado várias vezes pelos próprios vídeos dele falando.

    Ele mentia e passavam um vídeo dele dizendo a verdade: Defendendo cloroquina, o não uso de máscaras e que não queria comprar vacina da China.

    Se alguém lê o título da notícia pensa que ele deu show na CPI, como o gado é obediente e fica só esperando a manifestação dos grupos de WZ, vai pensar que tá tudo certo.

    1. O sr. Elcio Franco foi irretocável em suas respostas a CPI. Seguro, respostas objetivas, firmes e verdadeiras.
      Os vagabundos não tiveram chance.

    1. Acho que vc leu leu e nao entendeu. Se esse depoimento for comprovado.. esse senador renan so fez politica de fake news.

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Geral

Meio-Dia RN celebra mais de 11 anos de sucesso com encontro inesquecível de ouvintes

O Primeiro Encontro dos Ouvintes do Meio-Dia RN, realizado ontem no Engenho Olho D’Água, em São José de Mipibu, reuniu mais de 500 pessoas para celebrar os 11 anos de liderança do programa no rádio potiguar. O evento contou com a presença de ouvintes, telespectadores e comentaristas.

A tarde foi animada por apresentações ao vivo de Breno e Raffa, Messias Paraguai e Soanata, além de uma deliciosa feijoada e degustação da Cachaça Mipibu, uma das patrocinadora do evento.

O Meio-Dia RN é líder de audiência no horário de almoço desde sua estreia. Com mais de 11 anos de história, o programa iniciou a sua caminhada na 94 FM, depois 98 FM e, há seis anos, está na 96 FM, mantendo sua posição como o mais ouvido do Estado, com 90% de audiência no horário.

O jornalista e apresentador Bruno Giovanni, agradeceu a todos pela presença: “Pela primeira vez, um programa de rádio reuniu tantos ouvintes e só lugar. Sucesso total e energia surreal”.

O evento contou com o apoio de patrocinadores como Cachaça MIPIBU, Caicó Distribuidora, Speed Gráfica, Sentinela Portaria Inteligente, Ponto do Morango, Sterbom e Pastelanche, que tornaram a celebração possível.

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Geral

PAPO DE FOGÃO: Confira as receitas de Polvo à Lagareiro; e Bolinho de Chuva

POLVO À LAGAREIRO
Ingredientes:
1 polvo de 1,5kg
1 cebola média
3 dentes de alho
3 folhas de louro
Salsinha
Água
4 batatas cozidas com casca
4 dentes de alho amassados
400ml de azeite extra virgem
Azeitona
Salsinha
Sal
Mix de pimentas: do reino, branca, rosa e calabresa

Preparo do polvo:
Limpe o polvo, retire a cabeça, olhos e boca.
Em uma panela adicione água até cobri-lo, coloque a cebola cortada em 4, os dentes de alho, a salsinha e as folhas de louro, leve ao fogo por 30 minutos ou até que o polvo esteja macio. Reserve o polvo!

Montagem:
Em um refratário disponha as batatas dando um pequeno murro, em seguida separe os tentáculos do polvo, e monte-os como se estivesse inteiro.
Distribua dos dentes de alho amassados nas laterais e regue com o azeite, por todo o polvo e batatas, use sal a gosto e o mix de pimentas moídas por cima.
Leve ao forno médio por 20 minutos, finalize com azeitonas e salsinha picada!
Bom apetite

Tempo de preparo: 10 min
Tempo de cozimento: 50 min

DICA RÁPIDA 

BOLINHO DE CHUVA
Ingredientes:
1/2 xícara de chá de açúcar
1 xícara de leite
2 1/2 xícara de farinha de trigo
1 colher de fermento (chá)
500 ml de óleo
1 xícara de chá de açúcar cristal
1 colher de canela em pó

Modo de preparo:
Coloque ½ xícara de açúcar, o leite e misture.
Vai acrescentando a farinha aos poucos até que fique bem lisa e uniforme.
Coloque o fermento e misture.
A massa não deve ficar muito mole.
Leve uma panela ao fogo médio e esquente o óleo.
Molde os bolinhos com ajuda de duas colheres e coloque para fritar até ficar dourado.
Retire da panela, coloque sobre o papel toalha.
Misture o açúcar cristal com a canela, passe os bolinhos de chuva na mistura e sirva quente ou frio.

Tempo de preparo: 10min
Tempo de cozimento: 15min

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Mulher de Marcelo ‘Pica-Pau’ e outro indivíduo também morreram durante ocorrência em Extremoz; seis policiais ficaram feridos

Foto: reprodução/Ponta Negra News

Durante a ‘Operação Cratos’ para cumprimento dos mandados judiciais, em Extremoz, na qual policiais civis foram recebidos com tiros de fuzil e explosivos por Marcelo Johnny Viana Bastos, conhecido como “Pica Pau”, ocasionando intenso tiroteio, seis agentes ficaram feridos — quatro policiais civis e dois policiais militares. Todos socorridos, sem risco de morte.

Durante a ação, uma mulher, companheira do investigado, foi atingida, socorrida, mas faleceu no hospital. Um segundo indivíduo também foi alvejado, falecendo no local. A Polícia Civil não revelou a identidade de ambos.

Marcelo ‘Pica-Pau’ não se rende e é neutralizado

Após um longo período de negociação conduzida pelo BOPE da PMRN, Marcelo se recusou a se render. Diante da resistência e do confronto armado, foi atingido e neutralizado no local, na manhã deste domingo (27).

Investigado por vários crimes

Marcelo Johnny era investigado por diversos crimes graves, incluindo o latrocínio da jovem Maria Bruna Pereira Assunção, de 27 anos, ocorrido em junho de 2025, no município de Ceará-Mirim, além do roubo a uma empresa de valores localizada em um supermercado de Natal, ocasião em que um vigilante foi morto e uma quantia em dinheiro subtraída.

A operação contou ainda com o apoio da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, por meio do BOPE, do Batalhão de Choque e do Comando de Policiamento Metropolitano (CPM); da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE); do Centro Integrado de Operações Aéreas (CIOPAER); da 23ª Delegacia de Polícia de Extremoz (23ª DP); da Delegacia Especializada em Falsificações e Defraudações (DEFD) e da 1ª Delegacia de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).

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Gastos do governo federal com viagens já superam R$ 800 milhões em 2025

Foto: Guito Moreto / Agência O Globo

Os gastos neste ano com viagens governamentais no âmbito federal já superaram a marca de R$ 800 milhões, contando com os valores das passagens (R$ 246 milhões) e das diárias (R$ 435 milhões).

As nacionais representam 85% do total, com destaque para trajetos entre Brasília e o Rio de Janeiro. Essa proporção é igual à dos anos anteriores.

A informação é do blog do jornalista Lauro Jardim, do jornal O Globo

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Jovem brasileiro deixa a esquerda ao ficar mais velho, diz pesquisa; eles se tornam mais de centro, céticos e desiludidos

Foto: UJC Brasil/reprodução

Uma análise de meio milhão de publicações de pessoas de 16 a 30 anos em redes sociais feita ao longo de 12 meses mostra que os jovens brasileiros deixam a esquerda ao ficarem mais velhos. Eles tendem a ir para o centro ou ficar mais céticos ou desiludidos.

Segundo a pesquisa, a esquerda é mais popular na faixa etária dos 16 aos 18 anos: 44,5% dos adolescentes se identificam com esse espectro político. O levantamento “O que pensam os jovens brasileiros”, antecipado ao Poder360, foi encomendado pela FAP (Fundação Astrojildo Pereira) à consultoria AP Exata.

Além do espectro político, o levantamento analisou os humores coletivos, as fases da juventude, os temas centrais discutidos e as diferenças regionais. O diretor-geral da FAP, Marcelo Aguiar, afirma que a análise é “bem ampla para entender o que o jovem está pensando”.

Para o diretor, o levantamento faz uma “fotografia” do atual cenário do país. Aguiar não considera a redução na quantidade de pessoas que se consideram de esquerda à medida que envelhecem como um fenômeno exclusivamente brasileiro. Para ele, isso é um “reflexo histórico do que passa a humanidade”.

Entre os jovens brasileiros de 19 a 24 anos, a esquerda ainda lidera, com 33,7%, mas começa a perder força. Já entre os de 25 a 30 anos, o índice cai para 18,9%, especialmente entre os que “passaram a priorizar trabalho, família e objetivos pessoais“. A direita mantém patamar semelhante nas duas faixas: 21,8% entre os de 19 a 24 e 17,6% entre os de 25 a 30, sustentada por discursos de mérito e valores conservadores.

O centro ganha força com o avanço da idade: sobe de 17,6% para 27,4% e passa a liderar entre os mais velhos, refletindo a busca por moderação e estabilidade. O ceticismo também cresce, de 19,5% para 25,2%. Já a apatia, que era de 7,4% entre os mais jovens, sobe para 10,9%, indicando um afastamento gradual do debate político.

O diretor da FAP acredita que este movimento pode estar ligado à “perda de utopias [de esquerda] e de identidade”. Mesmo com os números desfavoráveis, ele afirma que este não é um sinal de que a esquerda vai acabar, mas sim um momento de “reestruturação”.

Um outro dado analisado pela pesquisa são os temas mais discutidos pelos brasileiros de 16 a 30 anos nas redes sociais. A política é mais relevante para as pessoas de 25 a 30 anos (24,6%), enquanto os temas “futuro” e “estudos” são mais caros aos adolescentes (32,5%).

Os dados revelam uma mudança progressiva de interesses conforme os jovens avançam na idade. As menções a temas como estudos, saúde mental, política e trabalho acompanham o ciclo de vida e o amadurecimento das responsabilidades”, diz o levantamento.

METODOLOGIA

A pesquisa foi feita com o uso da plataforma Horus, uma tecnologia da AP Exata que monitora publicações feitas em redes sociais. A análise foi realizada a partir de 500.000 postagens no X (antigo-Twiter), YouTube, Threads, Instagram e Facebook por usuários localizados em 145 cidades em todos os Estados brasileiros.

O Discord também foi utilizado para a parte qualitativa do levantamento, em que a netnografia foi aplicada. Neste tipo de metodologia, os estudos dos fenômenos culturais são aplicados à internet.

Considerando que a pesquisa foi conduzida no ambiente on-line, é importante levar em consideração que este é um campo que a direita tem dominado. Para Aguiar “a esquerda ficou atrás neste processo no mundo digital”.

O diretor da FAP ressaltou que, agora, a esquerda tem reagido. Para ele, um dos exemplos foi o fato de ter “rivalizado” com a direita depois do anúncio das taxas de 50% aos produtos brasileiros determinadas pelo governo dos EUA.

O governo brasileiro, por exemplo, criou campanhas digitais em que ressaltavam a soberania nacional frente à decisão do presidente norte-americano Donald Trump (Partido Republicano).

A FAP, fundada em 2000, é o braço de estudos do partido Cidadania, ex-PPS (Partido Popular Socialista).

Poder 360

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VÍDEO: Moradores aplaudem momento em que o BOPE deixa Extremoz após ocorrência que terminou com a morte de Marcelo ‘Pica-Pau’

Imagens: Via Certa Natal

Moradores do Portal do Sol, em Extremoz, aplaudiram os agentes do BOPE quando eles deixaram o local da ocorrência que terminou com a morte do criminoso mais procurado do RN, Marcelo ‘Pica-Pau’, após 20 horas de cerco policial, que iniciou no sábado (26) e durou até as 8h deste domingo (27).

Marcelo Pica-Pau era procurado por uma série de crimes, entre eles o assalto a um carro-forte no estacionamento de um supermercado em Capim Macio, ocorrido em agosto de 2024. Na ocasião, o vigilante Janielson Carvalho Correia foi morto durante a ação criminosa.

 

Opinião dos leitores

  1. Vamos aguardar as homenagens a esses polícias por parte do Governo do Estado e pelo Comando da PM. O povo agradece!

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VÍDEO: Veja como ficou casa utilizada por Marcelo ‘Pica-Pau’ durante cerco policial

VÍDEO: Via Certa Natal

Imagens da casa onde Marcelo ‘Pica-Pau’ se abrigou durante a ocorrência policial que terminou com a morte do criminoso na manhã deste domingo (27), mostram um cenário de destruição, com várias marcas de tiros nas paredes do imóvel. Também havia um carro na garagem.

Marcelo era alvo de uma operação da Polícia Civil para prendê-lo, mas ofereceu resistência, trocando tiros com policiais e em alguns momentos negociando sua rendição, mas sem acordo.

Opinião dos leitores

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[VÍDEO] EXTREMOZ: Marcelo ‘Pica-Pau’ morre em confronto com forças policiais

Após mais de 20h de ocorrência, iniciada às 11h do sábado, no Portal do Sol, em Extremoz, Marcelo ‘Pica-Pau’, morre em intenso tiroteio em confronto com as forças policiais na manhã deste domingo (27).

A informação foi confirmada por um oficial da PM às equipes de reportagem no local.

Mais detalhes em instantes.

Opinião dos leitores

  1. Menos um CPF protegido pelo canalhas da esquerda. Que ele vá pra junto do capeta, que é o seu lugar! GD, deve decretar 3 dias de luto pela morte desse bandido e deve querer punir a polícia com rigor por ter matado seu amado cumpanheiro.

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Itamaraty minimizou preocupação dos EUA com Bolsonaro, diz oficial de Trump

Foto: Alan Santos/PR

Um funcionário sênior da administração de Donald Trump afirmou que não vê possibilidade de qualquer negociação adiar a entrada em vigor das tarifas de 50% contra o Brasil a partir do dia 1º de agosto. Isso porque até o momento o país não apresentou nada “sério” a ser negociado. O argumento é o mesmo ventilado nos bastidores pela Casa Branca ontem, de que nenhum avanço aconteceu porque os brasileiros não se “engajaram suficientemente” para isso.

As informações são da jornalista Mariana Sanches, colunista do UOL em Washington D.C..

Questionado sobre qual seria o engajamento esperado do Brasil neste momento, este funcionário, que pediu anonimato para comentar o assunto por não ter autorização para falar sobre o tema publicamente, afirmou que a discussão não pode se pautar apenas em comércio, já que a preocupação primordial de Trump seria outra.

“O Itamaraty minimizou as preocupações de Washington sobre o ex-presidente Bolsonaro e a liberdade de expressão, em detrimento de seu governo e de seu povo. O assunto agora se agravou muito além das expectativas deles”, afirmou o funcionário da gestão Trump.

Na carta em que anunciou as tarifas contra o Brasil, em 9 de julho, Trump chamou de “caça às bruxas” o processo judicial a que o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro (PL) responde. Entre outros crimes, ele é acusado de tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito —os quais nega. Além disso, Trump acusava o STF (Supremo Tribunal Federal) de censurar cidadãos americanos e prejudicar os interesses comerciais de big techs americanas. Desde a divulgação da carta, a gestão Trump e o próprio presidente repetiram diversas vezes o argumento de que Bolsonaro é um perseguido político.

As declarações ecoam o teor da campanha feita há meses em Washington pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e pelo comentarista político Paulo Figueiredo por punições ao Brasil que possam forçar as autoridades do país a aprovar uma anistia a Bolsonaro, a seus aliados e a seus apoiadores.

Além das tarifas, os EUA iniciaram uma investigação por supostas práticas desleais de comércio do Brasil, e o Departamento de Estado anunciou restrição de acesso ao território americano ao ministro do STF Alexandre de Moraes, relator do processo contra Bolsonaro, e ao que chamou de “seus aliados da corte”, em referência a outros sete ministros e a Paulo Gonet, procurador-geral da República. Mas novas ações de Washington são esperadas, tanto por bolsonaristas como pelo Itamaraty. Uma fonte do governo americano afirmou à coluna já ter visto o formulário escrito para impor sanções financeiras da Lei Global Magnitsky contra Moraes.

“O presidente Trump foi claro e o governo americano dispõe de uma ampla gama de ferramentas que pode — e irá — usar para promover suas prioridades. Moraes e sua turma apenas testemunharam o início disso. Isso está longe de acabar”, disse esta fonte do governo Trump.

Até o momento, Trump escolheu não abrir conversas entre a Casa Branca e o Planalto para tentar diminuir a crise bilateral. O governo brasileiro segue fazendo esforços para sensibilizar a gestão do republicano e aposta especialmente em pesos pesados do PIB dos EUA, que terão seus negócios afetados pelo tarifaço, para desbloquear o canal.

Trump já mobilizou tarifas como instrumento de pressão diplomática e comercial contra quase duas centenas de países, entre aliados e adversários. Mas em nenhum desses casos, o republicano exigiu interferência no Judiciário do país para abrir negociação. Até o momento, o governo brasileiro não fez e afirma que não fará concessões políticas ou judiciais aos Estados Unidos. Em Brasília, tal condição para a negociação é vista como extorsão.

“O Brasil não vai negociar sua soberania ou a independência de Poderes com quem quer que seja. Com nenhum outro país do mundo com o qual estão negociando tarifas, os EUA fizeram exigências como esta, de interferência aberta e indevida em assuntos de ordem doméstica. O Brasil segue disposto a negociar nos temas em que uma negociação é possível, mas não aceitará ingerência estrangeira em questões internas. A independência do Poder Judiciário vale tanto nos EUA quanto no Brasil”, afirmou um embaixador brasileiro com conhecimento direto das negociações.

O embaixador Tom Shannon, que liderou a embaixada americana em Washington durante a gestão de Barack Obama, afirma à coluna que a resposta do Itamaraty até o momento foi “óbvia”, já que o Brasil não poderia ceder ao que considerou “um movimento sem precedentes de um presidente americano de usar tarifas para abertamente interferir em assuntos políticos”.

Segundo Shannon, que também é ex-subsecretário de Estado para o Hemisfério Ocidental, a situação agora “é muito ruim” e o interesse de Trump é “100% em Bolsonaro”. “Brasil está pronto para negociar, mas não existe nenhum interlocutor com quem o país possa ter conversas significativas agora. Trump crê que conseguirá forçar o Brasil a recuar no caso Bolsonaro. Não irá conseguir atingir seu objetivo mas até se convencer disso, a grande perdedora será a relação bilateral”, diz Shannon.

Em um artigo de opinião publicado há dois dias, a revista britânica The Economist afirmou que, “desde o fim da Guerra Fria”, os EUA “raramente” interferiram “tão profundamente” em um país latino-americano como Trump tem tentado fazer com a taxa de 50% direcionada ao Brasil por motivos políticos. A publicação porém destaca que, em vez de fortalecer a direita para a disputa eleitoral de 2026, a medida da Casa Branca até agora fortaleceu a posição de Lula, que deve disputar a reeleição.

UOL, coluna da Mariana Sanches

Opinião dos leitores

  1. Trump esta certo, a Direita no Brasil tem Nome.
    Jair Messias Bolsonaro, tem que respeitar o seu legado.
    Lider nas pesquisas.
    Eleições sem o Líder das pesquisas, não tem graça, Bolsonaro é um homem de bem, não merece essa perseguição em quanto os verdadeiros ladrões estão soltos.
    Agora, o que ja esta surgindo de Urubus falando que é de direita pra herdar o seu lagado, não está inscrito no gibi.
    Mas Bolsonaro tem um nome para eleger.
    Michele Bolsonaro.
    Ponto final.
    Os outros, podem ir tirando o cavalinho da chuva.

  2. Trump, tentou com a Ucrânia, tentou com a Groelânida, jogou pro Canadá e agora está tentando fazdo graça com o Brasil. Só que aqui ele tá pegando um bandido pra chamar de seu, não vai não!

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Advogados rebatem Moraes: direito de reunião não pode ser limitado

Foto: Antonio Augusto/STF

André Marsiglia, professor de Direito Constitucional, Gustavo Sampaio, professor da Universidade Federal Fluminense, e Vera Chemin, especialista em Direito Constitucional, criticaram a decisão de Alexandre de Moraes de determinar a retirada de parlamentares do PL que estavam acampados na Praça dos Três Poderes.

Os especialistas defendem que o direito de reunião, por ser fundamental, não pode sofrer limitações quando exercido de forma pacífica.

Marsiglia argumentou que o artigo 5º, inciso 16 da Constituição estabelece como única restrição que as reuniões sejam pacíficas e sem armas. “Não me parece que esse risco existisse e, portanto, não há como você, por precaução ou por receio, limitar um direito fundamental”, afirmou.

Manifestação silenciosa

Sampaio ressaltou que o protesto era silencioso e avaliou que a decisão foi influenciada principalmente pelos eventos recentes ocorridos no local. “Se você desconsiderar esse elemento da história recente, eu vou dizer para você que não tem justificativa nenhuma”, declarou.

Sampaio destacou ainda que não havia risco iminente às instalações ou às pessoas que trabalham no local. Segundo ele, tratava-se apenas de “uma manifestação silenciosa” com deputados da oposição acampados em barracas, sem qualquer tipo de manifestação verbal.

Marsiglia alertou sobre os riscos de limitar direitos fundamentais por precaução. “Se por termos receio ou medo de que haja um novo 8 de janeiro, nós coibirmos os direitos fundamentais, então a gente não tem mais a constituição porque não é mais um direito fundamental”, argumentou o especialista.

Já a advogada Vera Chemin, especialista em Direito Constitucional, classificou a determinação de Moraes como “totalmente ilegal e inconstitucional”.

De acordo com Chemin, a própria obra acadêmica de Moraes afirma que autoridades públicas não podem interferir “em eventos dessa natureza”. A advogada ressalta que qualquer intervenção policial só deve ocorrer em casos específicos, como quando um participante porta armas ou comete algum ato ilícito.

Chemin lembra ainda que o Poder Judiciário “só pode atuar a partir do momento em que haja realmente a existência ou a prática de um ato ilícito”.

CNN

Opinião dos leitores

  1. Há controvérsias! Quando se está em pleno exercício de uma ditadura, a proibição de eventos é permitido. Não esqueçam que estamos vivendo em uma “democracia relativa”.

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