Política

Número 2 da gestão Pazuello é mais um a rebater a CPI da Covid: nega de tratamento precoce como orientação a questionamentos sobre coronavac, imunidade de rebanho e cloroquina

Foto: Reprodução/CNN Brasil

A CPI da Pandemia ouve nesta quarta-feira (9) o coronel Antônio Elcio Franco Filho, ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde, para esclarecer suas ações nas compras e abastecimento de insumos para estados durante a pandemia de Covid-19.

Sua convocação foi pedida pelos senadores Alessandro Vieira (Rede-SE), Eduardo Girão (Podemos-CE), Humberto Costa (PT-PE), Otto Alencar (PSD-BA), Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Rogério Carvalho (PT-SE).

Resumo da CPI da Pandemia:

• Só AstraZeneca ofereceu transferência de tecnologia ao governo

O ex-secretário do Ministério da Saúde afirmou à CPI que, embora tenham procurado vários laboratórios farmacêuticos, apenas a AstraZeneca ofereceu transferir a tecnologia da fabricação da vacina para o Brasil.

“Ela nos ofereceu a transferência de tecnologia, coisa que as outras [farmacêuticas] não ofereceram. E, além disso, o custo dessa dose girava em torno de US$ 3,75, diferentemente das demais vacinas, em fase mais atrasada de desenvolvimento”, afirmou Elcio Franco.

Ele disse, novamente, que o Instituto Butantan já estava em tratativas com a Sinovac e, por se tratar de uma vacina de vírus inativado – plataforma que já domina a tecnologia –, não caberia uma encomenda tecnológica.

Perguntado os motivos para não terem sido celebrados outros contratos de transferência tecnológica

“Não houve oferta nesses moldes que conseguimos com a Fiocruz. Não havia interesse dos outros laboratórios de fazer essa transferência tecnológica.”

• Tratamento precoce não era orientação da Saúde

Elcio Franco negou que houvesse uma orientação oficial do Ministério da Saúde para que a população fosse tratada precocemente contra a Covid-19.

“Com relação ao tratamento precoce, não era orientação do Ministério, e sim a busca por pelo atendimento médico, que seria soberano na sua decisão de atender o paciente e fazer o que fosse mais adequado. Isso vale para qualquer enfermidade, não apenas para Covid”, disse o ex-secretário.

Ele defendeu que o diagnóstico precoce de qualquer doença é a melhor medida preventiva e citou como exemplo estudos – sem detalhar quais – que dizem que cada R$ 1 investido na Saúde Básica representa uma economia de R$ 1 mil na Atenção Especializada.

Questionado sobre o caso específico do novo coronavírus, ele se disse favorável, desde que em comum acordo entre médico e paciente.

“O atendimento precoce pelo médico, para seu diagnóstico, suas orientações para que seu paciente possa se afastar e não transmitir a doença para outros; e prescrever as medicações que ele julga mais adequadas, eu sou favorável, sim senhor.”

“Nossa gestão no Ministério da Saúde defendia o atendimento precoce do paciente. Com o medicamento que o médico julgar oportuno dentro da sua autonomia. E, se ele usar um off-label, que faça esclarecimento para o paciente que só será medicado com aquele medicamento se aceitar”, completou.

Ele disse ainda que a Medida Provisória 1.565 editada pelo governo tratava de questões não farmacológicas de prevenção, como “uso de máscaras, etiqueta respiratória, higienização das mãos com álcool e sabão, higienização de superfícies, optar por ambientes ventilados e manter distância de segurança entre as pessoas”.

• Gabinete paralelo ‘não teve nenhuma ação sobre ministério’

O coronel negou que o chamado gabinete paralelo de orientações sobre o combate à pandemia tenha tido qualquer influência sobre a pasta.

“Que eu tenha conhecimento, esse grupo não teve nenhuma ação sobre a gestão do Ministério ou das suas secretarias finalísticas”, afirmou.

Ele negou conhecer Luciano Dias, Paolo Zanotto e Carlos Bolsonaro, que conhece de nome, mas disse não ter tido contato ou ciência do comparecimento dele em reunião com a Pfizer. Ele disse conhecer:

Nise Yamaguchi, que teria ido ao Ministério “uma ou duas vezes” para apresentar um ofício que foi enviado ao Ministério de Ciência e Tecnologia;

Arthur Weintraub, ex-assessor do presidente que teria encontrado uma vez durante cerimônia no Palácio do Planalto;

Carlos Wizard, conhecido de longa data que esteve no Ministério e o contatou, pela última vez, sobre a possibilidade de aquisição de imunizantes para a iniciativa privada e

Osmar Terra, que teria ido ao Ministério para, assim como outros parlamentares, tratar de emendas que iriam para o estado dele.

Franco também disse não ter participado ou tomado conhecimento da existência de um “gabinete paralelo”.

• ‘Negociamos com a Pfizer desde abril de 2020’

Elcio Franco disse que o ministério negociava a aquisição de vacinas com a Pfizer desde abril de 2020. Ele afirmou que a CPI terá de pedir ao Ministério os documentos que comprovam essa cronologia. Em depoimento à comissão, o presidente da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, disse que a primeira oferta foi feita em agosto.

O vice-presidente da grupo, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), disse na semana passada que as investigações mostraram que 53 emails da companhia ficaram sem resposta. Franco disse que, muitas vezes, a empresa mandava um ofício e reiterava três ou quatro vezes no mesmo dia.

Elcio disse também que um vírus que invadiu o sistema do Ministério atrapalhou na resposta de apenas uma proposta, entre os dias 5 e 12 de novembro, já que a caixa de entrada dele ficou inoperante.

O ex-secretário também disse que houve um atraso nos estudos de fase 3 da vacina, e que eles garantiam que teriam aprovação do FDA, agência reguladora americana, em outubro, mas isso só aconteceu em dezembro. “Tudo isso levou a atrasos”, declarou.

• Saúde nunca discutiu ‘imunidade de rebanho’, diz Elcio

O ex-secretário negou que o ministério considerasse que a queda de casos e mortes por Covid-19 no segundo semestre de 2020 fosse por uma suposta “imunidade de rebanho”.

“Nunca se discutiu na área técnica, entre secretários e com o ministro, essa ideia de imunidade de rebanho”, disse. “Não visualizávamos isso, tínhamos noção da gravidade da pandemia e, assim como o influenza, imaginávamos que teríamos campanhas anuais de vacinação”.

• Negociações com Butantan não foram canceladas, diz Elcio Franco

Elcio Franco afirmou que, no seu entendimento, o memorando de entendimento ou a carta de intenções enviada ao Butantan era uma forma de garantir o interesse na compra da Coronavac. Além disso, o ex-secretário afirmou que as negociações nunca foram canceladas.

“Essas negociações não foram canceladas. Não houve, em momento nenhum, cancelamento das tratativa para aquisição da vacina e acompanhamento de seu desenvolvimento”, disse o número 2 na gestão de Pazuello.

“Foi feita uma divulgação pública de que as vacinas seriam adquiridas desde que confirmadas a segurança e eficácia pela Anvisa. Todas, dentro do interesse brasileiro, da maior quantidade possível”, afirmou, sobre o caso em que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que não compraria vacinas chinesas.

Foi apresentado vídeo na CPI em que o presidente disse que ninguém queria comprar a Coronavac e que tinha mandando cancelar o acordo.

Élcio disse que não recebeu ordem para interromper negociações e que as tratativas com o Butantan continuaram.

“Não há nenhum documento de intenção de não prosseguir nas negociações. A carta de intenção de 19 de outubro continuou vigente”, afirmou. “Não entendi como ordem ao Ministério da Saúde. Prossegui nas negociações. E, que me lembre, não consultei o ministro sobre esse aspecto.”

Ele disse que uma prova de que as tratativas não foram interrompidas é o fato de que a pasta continuou cobrando dados técnicos dos estudos clínicos.

• Coronavac não foi comprada antes por falta de aprovação da Anvisa

O relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL) perguntou para Elcio Franco se houve resistência por parte do Ministério da Saúde em comprar as doses da Coronavac, vacina contra Covid-19 produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.

“Gostaria de destacar como parte da resposta uma matéria do Estadão de 22 de julho de 2020, de que a fase 3 [de testes clínicos] também é considerada um cemitério de vacinas. Isso cabe para destacar que o desenvolvimento gera muitas incertezas – esse aspecto permeou as negociações com muitas vacinas”, disse Franco.

Além disso, o ex-secretário afirmou que a lei 6.360 não permite a aquisição de medicamentos sem aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), de forma que foi necessária uma adequação desse marco legal – por meio da MP 1.126, editada em 6 de janeiro de 2021.

“Ato contínuo, foi celebrado o contrato com o Butantan já no dia 7 [de janeiro], um contrato de cerca de R$ 2,5 bilhões, que já vinha sendo discutido desde dezembro”, afirmou.

Ele garantiu que o governo federal explicou, em diversas reuniões com o Instituto Butantan, que não poderia usar a ferramenta de encomenda tecnológica, como feito com a Fiocruz/AstraZeneca para compra da vacina já que esse mecanismo pressupõe o desenvolvimento de uma solução inédita para um problema.

“No caso do Butantan, era uma vacina de vírus inativado, uma tecnologia que o próprio doutor Dimas Covas nos informou que já dominavam – tecnologia de produção da vacina contra Influenza que o Butantan produz.”

• Ex-secretário diz que Pazuello pediu para comprar maior número de doses de vacinas

Perguntado sobre qual foi a orientação do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sobre a aquisição de vacinas contra o novo coronavírus, Elcio Franco afirmou que a ordem era comprar o maior número de doses possível.

“Pazuello me orientava para acelerar o processo, na medida do possível, dentro da legalidade, e para adquirir o maior número de doses no menor prazo possível”, disse o ex-secretário.

“Quanto ao presidente da República, o ministro me reportava que orientação era para aquisição de vacinas. Tanto é que, em 2020, foram disponibilizados R$ 24,5 bilhões para compra de vacinas”, completou.

“A orientação era para adquirir a maior quantidade de doses, desde que tivesse segurança e eficácia certificada pela Anvisa.”

• Elcio Franco diz que Ministério não comprou cloroquina para tratar Covid-19

Ainda em sua fala inicial à CPI, Elcio Franco afirmou que precisava fazer um esclarecimento sobre a compra de cloroquina pelo Ministério da Saúde.

“Gostaria de fazer um esclarecimento. Por solicitação do general [Eduardo] Pazuello, informo que durante nossa gestão, não ocorreu aquisição de cloroquina para o ano de 2020 para o combate a Covid-19”, disse o coronel.

“Porém, identificamos que para atender o programa anti-malária no primeiro semestre desde ano, em 30 de abril de 2020 foi assinado um termo aditivo com a Fiocruz com valor de R$ 50 mil para entrega posterior. Enfatizo que é para o programa anti-malária.”

• Ex-secretário defende que atuação da União na pandemia foi limitada pelo STF

Em sua fala inicial à CPI da Pandemia, Elcio Franco defendeu que tese divulgada em várias oportunidades pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de que a atuação do Ministério da Saúde durante a pandemia foi limitada em razão da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Apesar do STF ter definido as competências concorrentes entre estados, municípios e a União, uma vez que a palavra final de medida de gestão – e restritivas – passara à competência de estados e municípios, a atuação da União, ao meu ver, ficou limitada”, disse Franco..

“Coube ao Ministério da Saúde apoiar os entes federados em medidas e ações planejadas, como a elaboração de ferramentas de gestão”, continuou. “Cabe a união disponibilizar recursos às secretarias de saúde estaduais e municipais. Cabe aos estados e municípios executar ações de atenção à saúde.”

Essa tese, no entanto, já foi refutada pelo STF, que afirmou que a decisão da Corte não proibiu o Executivo federal de agir para conter a disseminação da doença.

Com CNN Brasil

Opinião dos leitores

  1. Surpresa era ele confesar neh. Foi desmentido e desmascarado várias vezes pelos próprios vídeos dele falando.

    Ele mentia e passavam um vídeo dele dizendo a verdade: Defendendo cloroquina, o não uso de máscaras e que não queria comprar vacina da China.

    Se alguém lê o título da notícia pensa que ele deu show na CPI, como o gado é obediente e fica só esperando a manifestação dos grupos de WZ, vai pensar que tá tudo certo.

    1. O sr. Elcio Franco foi irretocável em suas respostas a CPI. Seguro, respostas objetivas, firmes e verdadeiras.
      Os vagabundos não tiveram chance.

    1. Acho que vc leu leu e nao entendeu. Se esse depoimento for comprovado.. esse senador renan so fez politica de fake news.

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Política

VÍDEO: Lula a João Paulo Cunha: “Para de querer ganhar dinheiro em Brasília”

Condenado no escândalo do Mensalão, o ex-presidente da Câmara dos Deputados João Paulo Cunha (foto em destaque) foi convidado publicamente a voltar para a política pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em uma agenda em Osasco, na Grande São Paulo, nesta sexta-feira (25/7).

Lula citou João Paulo Cunha duas vezes em seu discurso, dizendo para o ex-deputado petista abandonar sua carreira de advogado e voltar a atuar como político. O ex-presidente da Câmara dos Deputados é considerado um dos principais personagens do escândalo do Mensalão e cumpriu pena por corrupção.

“João Paulo, você trata de voltar para a política, para de ganhar dinheiro como advogado em Brasília, pô! Para de querer ganhar dinheiro em Brasília, vem para porta de fábrica fazer comício”, disse Lula nesta sexta-feira (25/7).

João Paulo estava na plateia durante o evento que anunciou investimentos para o Novo Pac e foi ovacionado durante discurso do vice-governador Geraldo Alckmin (PSB). O ex-deputado iniciou a trajetória política nos sindicatos de Osasco, onde foi vereador nos anos 1980.

Envolvimento no mensalão

Em 2013, João Paulo Cunha foi condenado por corrupção passiva e peculato no escândalo do Mensalão. Três anos depois, o Supremo Tribunal Federal (STF) perdoou o ex-deputado.

João Paulo foi presidente da Câmara dos Deputados entre os anos de 2003 e 2005, auge do esquema de propina para parlamentares no primero governo Lula. Cunha não foi cassado pela Câmara, ao contrário do ex-ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, condenado no mesmo escândalo.

João Paulo cumpriu mais de dois anos de prisão nos regime semiaberto e aberto e pagou multa de R$ 909 mil.

Metrópoles

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Geral

Prefeitura e Exército assinam termo de concessão para Parque Linear de Natal

A Prefeitura do Natal e Exército Brasileiro assinaram o termo de concessão que autoriza a utilização da área às margens da avenida Engenheiro Roberto Freire para a proposta do Parque Linear de Natal. A solenidade ocorreu na tarde desta sexta-feira (25), no Palácio Felipe Camarão. O novo espaço urbano conta com uma área de 10 hectares em terreno cedido oficialmente pelo Exército Brasileiro ao município.

O prefeito Paulinho Freire destacou a importância do novo parque urbano para a capital potiguar. “É uma grande conquista para Natal. Neste espaço, vamos aliar a preservação ambiental e oferecer um ambiente de lazer e entretenimento para as famílias da nossa cidade. Agradeço imensamente ao Exército Brasileiro pela cessão do terreno e ao senador Styvenson Valentim pelo apoio integral ao projeto”, afirmou.

O evento também contou com a presença da vice-prefeita Joanna Guerra, de secretários municipais, do senador Styvenson Valentim e de representantes do Exército Brasileiro.

O general de Brigada Alessandro da Silva ressaltou o papel da instituição na cessão do espaço: “Estamos destinando o terreno para a construção de um equipamento público voltado à sociedade. Hoje, formalizamos essa ação com a certeza de que a Prefeitura desenvolverá um excelente trabalho. Acreditamos que o parque impulsionará a qualidade de vida e o turismo da região”, explicou o general.

O senador Styvenson Valentim reforçou o compromisso com o desenvolvimento urbano de Natal. “Como parlamentar, é uma satisfação apoiar esta iniciativa. Tenho certeza de que esse parque vai mudar a concepção de turismo e lazer em nossa cidade. É um projeto que valoriza o município e apoia a preservação ambiental”, destacou.

O secretário municipal de Meio Ambiente e Urbanismo, Thiago Mesquita, frisou a relevância do projeto. “Esse parque representa um avanço na política ambiental e urbana da cidade. Será um espaço de preservação ecológica, mas também de lazer e desenvolvimento para a população. É um ganho em todos os sentidos para o município”, afirmou o titular da pasta.

O projeto do Parque Linear de Natal será discutido com a sociedade e Conselho Gestor do Parque das Dunas. A proposta é que a estrutura inclua espaços para educação ambiental, práticas esportivas, atividades de lazer e jardim sensorial.

 

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Política

Líder do União no Senado rompe com Lula e divide palanque com Michelle


A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro declarou apoio à pré-candidatura do líder do União Brasil no Senado, Efraim Filho (PB), ao governo da Paraíba nesta sexta-feira (25/7). A sinalização representa o rompimento do senador com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Efraim ecoou lemas da direita como “a defesa da família” e falas contra o aborto durante o lançamento da nova sede do PL no estado. Também declarou apoio à pré-candidatura do ex-ministro da Saúde do governo de Jair Bolsonaro (PL) Marcelo Queiroga ao Senado.

“É por acreditar nos princípios e valores que eu me alinho junto a essa luta com Marcelo [Queiroga] e agradeço o apoio que o PL nos traz aqui hoje para ganharmos juntos o governo da Paraíba”, disse.
Efraim disse que o apoio faz parte de um esforço de “aglutinar as oposições” e trazer o centro para a candidatura. Depois do evento, Efraim disse à rádio CBN que iria entregar cargos indicados por ele na Codevasf e nos Correios, aprofundando ainda mais o rompimento com o governo Lula.

No evento, Michelle elogiou Efraim, chamou-o de “cabra macho” e que, se eleito, “vai honrar o voto” dos eleitores. O aceno se dá em meio à escalada da tensão entre o bolsonarismo e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), de quem Efraim é próximo.

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) anunciou que Alcolumbre e o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), estão na mira do governo dos Estados Unidos e poderão ter seus vistos revogados se não darem andamento à anistia e ao impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal.

Além de líder do União, Efraim é presidente da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO), que determina as diretrizes e o Orçamento de 2026.

Atualmente, o União Brasil tem 3 ministérios na Esplanada: Comunicações, Turismo e Integração e Desenvolvimento Regional, liderado por Waldez Góes, que não é filiado, mas foi indicação do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).

Metrópoles

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Brasil

Tarcísio diz que Lula não tem “interlocução” para resolver tarifas de Trump

Foto: Celso Silva/Governo do Estado de SP

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), voltou a criticar nesta sexta-feira (25), a posição do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no contexto das tarifas anunciadas por Donald Trump aos produtos importados do Brasil.

Para Tarcísio, o governo federal não tem a “interlocução” necessária para dialogar e negociar o tema.

“Infelizmente, o governo federal não tem essa interlocução com os Estados Unidos, nunca fez força para ter”, disse em entrevista à Rádio Cruzeiro de Sorocaba (SP).

Ele diz que tem buscado conversar com os representantes dos estados norte-americanos já que a imposição das tarifas vai gerar uma pressão por parte dos próprios empresários americanos, que vão ter um custo maior pra produção.

“O governo do estado tem tentado conversar com governos nos estados norte-americanos e com as empresas norte-americanas, porque essa medida ela é ruim para todo mundo, para as empresas brasileiras e para as empresas norte-americanas”, afirmou.

“O estado de São Paulo produz 80% do suco de laranja do Brasil e o Brasil fornece 80% do suco de laranja que é consumido no mundo, não é um produto que você tenha substituto porque ninguém produz. E você pega gigantes que compram o suco de laranja brasileiro para distribuir, como o Coca Cola, a Pepsico, eles vão sofrer muito porque o impacto é imediato. Eles mesmos vão pressionar as autoridades americanas”, continuou.

Tarcísio criticou a ideia defendida por Lula, de que os Brics criem uma moeda própria e cita que isso pode ter sido determinante para o anúncio de Trump.

“Ainda falaram em sistema alternativo ao Swift, moeda alternativa ao dólar, provocaram os americanos enquanto puderam e se aliaram com um bloco de China e Rússia. Então isso provocou essa reação dos Estados Unidos”, concluiu.

CNN

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Política

VÍDEO: ‘Todo dia Alckmin liga para alguém, mas ninguém quer conversar com ele’, diz Lula sobre tarifas

VÍDEO: G1

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira, 25, que o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, liga todos os dias para conversar sobre a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros anunciada pelos Estados Unidos, mas que ninguém o retorna.

“Ninguém pode dizer que o Alckmin não quer conversar. Todo dia ele liga para alguém, e ninguém quer conversar com ele”, afirmou o presidente.

Lula disse que quer que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, trate o Brasil com o “respeito e delicadeza” que o petista trata os EUA e o povo americano. O chefe do Executivo também se disse disposto a escalar Alckmin, que chamou de “conversador número um”, para mostrar a Trump que ele foi “enganado com informações” dadas por políticos bolsonaristas.

“Trump, o dia que você quiser conversar, o Brasil estará pronto e preparado para discutir e tentar mostrar o quanto você foi enganado com as informações que te deram, e você vai saber a verdade sobre o Brasil”, afirmou Lula.

PAC Seleções

Em cerimônia no bairro do Jardim Rochdale, em Osasco, município da Grande São Paulo, Lula anunciou investimentos do programa PAC Seleções 2025 Periferia Viva – Urbanização de Favelas. Segundo a Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), serão destinados R$ 4,67 bilhões para ações em 49 territórios periféricos de 32 municípios de 12 Estados.

Estadão

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Geral

OAB/RN anuncia descontos de até 70% no registro de sociedade para a jovem advocacia

A jovem advocacia do Rio Grande do Norte ganhou mais um benefício da OAB/RN. Nesta sexta-feira (25), o presidente Carlos Kelsen assinou a resolução que garante descontos de até 70% no registro de contrato social de sociedades de advogados formadas por jovens advogados. A assinatura aconteceu durante o Simpósio Advocacia 5.0, que faz parte da programação do I Fórum Nacional da Advocacia Iniciante.

De iniciativa das comissões de Sociedade de Advogados e de Apoio à Advocacia Iniciante, a resolução entra em vigor a partir de segunda-feira (28) e garante os descontos nos cinco primeiros anos de inscrição. O benefício foi aprovado pelo conselho seccional, com relatoria da diretora-tesoureira Marília Almeida. Segundo ela, a medida está em sintonia com os princípios de valorização e incentivo à jovem advocacia, conforme orientações do Provimento n.º 162/2015 do Conselho Federal da OAB.

“A regularização acaba sendo uma barreira para alguns jovens advogados, então, assim como o desconto dado na anuidade, teremos também a redução nas taxas de registro de sociedades, o maior desconto do país. É um ato que reafirma o compromisso da Ordem com a advocacia iniciante”, disse Vitor Limeira, presidente da Comissão de Sociedade de Advogados.

Para os registros em que o sócio tenha até dois anos de inscrição na Ordem, o desconto no valor da taxa é de 70%, enquanto para quem tem entre três e cinco anos de inscrição, o benefício é de 40%. Com os descontos, para quem tem até dois anos de inscrição, a taxa para Registro de Contrato Social fica em R$ 165 e a taxa de Registro de alteração de Contrato Social em R$ 82,50. Já para quem tem entre três e cinco anos de inscrição, os valores ficam em R$ 330 e R$ 165, respectivamente.

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Geral

Energia mais cara: conta de luz terá bandeira vermelha nível 2 em agosto

Foto: Fernanda Capelli

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou nesta sexta-feira (25) o acionamento da bandeira vermelha nível 2 para agosto. Isso significa que as contas de energia elétrica terão adicional de R$ 7,87 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.

Uma residência típica no Brasil com quatro pessoas morando consome em média de 150 kWh a 200kWh por mês.

A bandeira tarifária sinaliza ao consumidor os custos reais da geração de energia no país. Quando a geração fica mais cara, a cobrança extra é aplicada automaticamente nas contas.

O motivo da bandeira 2, segundo a Aneel, é o baixo nível das chuvas, que diminui o reservatório das hidrelétricas e leva ao acionamento das termelétricas, que são mais caras.

Como funciona o sistema de cores

O sistema de cores da Aneel sinaliza as condições de geração de energia. Se chove pouco e as hidrelétricas geram menos, é preciso acionar usinas termelétricas, que são mais caras.

Para pagar por essas usinas, a Aneel aciona as bandeiras amarela, vermelha 1 ou vermelha 2, com taxas extras na conta de luz.

Saiba quanto custa cada bandeira

Cada bandeira tarifária acionada pela Aneel pode gerar um custo extra ao consumidor:

•🟩bandeira verde (condições favoráveis de geração de energia) – sem custo extra;

•🟨bandeira amarela (condições menos favoráveis) – R$ 18,85 por MWh (megawatt-hora) utilizado (ou R$ 1,88 a cada 100kWh);

•🟥bandeira vermelha patamar 1 (condições desfavoráveis) – R$ 44,63 por MWh utilizado (ou R$ 4,46 a cada 100 kWh);

•🟥bandeira vermelha patamar 2 (condições muito desfavoráveis) – R$ 78,77 por MWh utilizado (ou R$ 7,87 a cada 100 kWh).

g1

Opinião dos leitores

  1. Essa conversa mole de bandeiras tarifárias nas contas de energia, tá com uma catinga de artifício pra fazer caixa para o governo.
    É só uma leve desconfiança!

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Geral

EUA preparam nova base legal para legitimar sobretaxas de 50% a produtos brasileiros

Foto: Eduardo Munoz/Reuters; Ricardo Stuckert/Divulgação via Reuters

O governo do presidente Donald Trump está preparando uma nova declaração de emergência como base legal para impor tarifas sobre o Brasil, disseram pessoas familiarizadas com o assunto à agência Bloomberg.

A medida, que ainda não é definitiva, seria necessária para impor as sobretaxas de 50% a produtos brasileiros ameaçada por Trump no início do mês. Diferentemente de outros países atingidos por tarifas recíprocas, que mantêm superávits comerciais com os Estados Unidos, o Brasil registra déficit.

O gabinete do representante comercial norte-americano reconheceu os planos para fazer uma declaração separada de emergência em reuniões com parlamentares dos Estados Unidos, afirmou uma das pessoas. As falas à agência Bloomberg foram feitas sob condição anonimato.

O gabinete e a Casa Branca não responderam imediatamente a pedidos de comentários.

Os preparativos são um sinal de como o governo norte-americano busca um dispositivo legal para impor as ameaças tarifárias. Trump anunciou a potencial taxa de 50%, que entraria em vigor em 1º de agosto, em uma demonstração de apoio ao aliado Jair Bolsonaro.

Trump tentou pressionar o presidente Lula (PT) para pôr fim ao que ele chama de “caça às bruxas” contra o ex-presidente, que enfrentará um julgamento em breve no âmbito da trama golpista das eleições de 2022. Lula não dá sinais de que irá ceder às exigências dos Estados Unidos, enfatizando, em vez disso, a independência do judiciário brasileiro e ameaçando com medidas retaliatórias.

Trump fez a ameaça no início deste mês, ampliando substancialmente o escopo de sua cruzada tarifária e demonstrando que pode usar a autoridade presidencial e as taxas de importação para fortalecer seus aliados no exterior. Ainda não está claro se ele ajustará a alíquota.

A gestão republicana iniciou separadamente uma investigação da chamada Seção 301 contra o Brasil, que poderia, em última instância, fornecer a base legal para tarifas, mas que provavelmente levaria meses.

Inicialmente, as tarifas recíprocas de Trump de 2 de abril foram impostas com base em déficits comerciais “grandes e persistentes”, de acordo com comunicado da Casa Branca. Os países que inicialmente enfrentaram taxas de reciprocidade superiores a 10% apresentam superávits comerciais em bens com os Estados Unidos —exceto o Brasil.

No início desta semana, um grupo de senadores democratas escreveu ao governo Trump para expressar “preocupações significativas sobre o claro abuso de poder inerente à recente ameaça de lançar uma guerra comercial com o Brasil” para apoiar Bolsonaro.

“Interferir no sistema jurídico de outra nação soberana cria um precedente perigoso, provoca uma guerra comercial desnecessária e coloca os cidadãos e as empresas americanas em risco de retaliação”, escreveram os senadores, liderados por Jeanne Shaheen de New Hampshire e Tim Kaine da Virgínia.

Folhapress

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Geral

[VÍDEO] Lula critica voto de pobre em rico: “Ele só é rico porque já roubou”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) questionou nesta nesta sexta-feira (25/7) eleitores de periferia que votam em “prefeitos ricos”. Ele condenou as críticas que recebe por emplacar o discurso de “nós contra eles”, que se referia a embates de pobres contra ricos.

“Não tem nós contra eles, são eles contra nós”, disse Lula, durante evento no Jardim Rochdale, bairro periférico de Osasco, na Grande São Paulo. O presidente afirmou que pobres encampam um discurso construído por ricos de que pessoas com dinheiro não precisam roubar.

“O pobre fala assim ‘eu vou votar no prefeito que é rico porque ele não vai roubar porque já é rico’. Ora, ele só é rico porque já roubou, p0rra”, criticou o presidente. “E aí, o pobre fica com preconceito contra o pobre”, acrescentou.

No dia em que anunciou investimentos bilionários para ações em 49 periferias de 32 municípios de 12 estados, Lula direcionou a mensagem a moradores das favelas.

“O que leva uma pessoa que mora na periferia a votar num cara rico. Quando a gente vota num cara rico significa que a gente tá colocando uma raposa para tomar conta do galinheiro. Vocês acham que a raposa vai tomar conta do galinheiro?”, perguntou.

A crítica do presidente ocorre em um momento em que o governo defende aumentar a taxação de quem recebe mais de R$ 50 mil para financiar a isenção de imposto de renda para os que recebem até R$ 5 mil.

No último dia 10, em São Paulo, grupos da base de Lula fizeram um protesto na avenida Paulista para defender a taxação de bilionários, bancos e bets, grupo denominado BBBs. O ato ocorreu no dia seguinte em que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enviou uma carta a Lula, dizendo que iria taxar produtos brasileiros em 50% a partir de agosto.

Metrópoles

Opinião dos leitores

  1. ESSE PRESIDENTE É UM “ARTISTA”

    PORQUE ELE COLOCOU JOSÉ ALENCAR PRA SER VICE DELE? SERÁ QUE JOSÉ DE ALECAR ERA POBRE?

  2. De acordo com a declaração de bens apresentada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante sua candidatura à Presidência em 2022, Luiz Inácio Lula da Silva declarou um patrimônio total de R$ 7.423.725,78 .

    Nesse registro:
    • A maior parte está em um plano de previdência privada (VGBL), no valor aproximado de R$ 5,57 milhões .
    • Também foram declarados:
    • 3 terrenos: R$ 265.000; R$ 130.000; e R$ 2.733,45;
    • 3 apartamentos: um de R$ 94.571,25 e dois de R$ 19.167,34 cada;
    • 2 veículos: de R$ 48.000 e R$ 85.000;
    • Outras aplicações financeiras (renda fixa, poupança, depósitos);
    • Créditos de empréstimos no valor total de R$ 250.000;
    • Outros bens somando aproximadamente R$ 430.000

    Segundo a FGV, esse patrimônio (declarado)representa 0,01% da população

  3. É um desgraçado,a vida toda faz esse discurso de jogar o pobre contra o rico,mas ele gosta muito da riqueza, só anda em jatinho, hospedagem só em 5 estrelas, cartão corporativo estourado e os seu verdadeiros amigos são todos milionários

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Geral

VÍDEO: Homem chama Lula de ‘ladrão’ e é retirado de evento do governo em Osasco

Durante um evento do programa do governo federal “Periferia Viva”, realizado em Osasco nesta sexta-feira (25), um homem foi retirado após gritar “Lula ladrão”. Os apoiadores do presidente reagiram com vaias e gritos de reprovação à atitude.

A cerimônia marcou o anúncio de investimentos de mais de R$ 4,5 bilhões em ações voltadas à urbanização de favelas em todo o país. Pelo menos 13 comunidades do estado de São Paulo serão beneficiadas.

Jovem Pan News

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