Josias de Souza
A cada nova notícia veiculada sobre o ministro Wagner Rossi, tornifica-se a impressão de que a pasta da Agricultura é um iceberg com apenas 1% à mostra.
Deve-se à repórter Josie Jeronimo a exposição de mais um pedaço da gestão do pemedebê Rossi que era mantido na invisibilidade.
O ministro e o filho de dele, o deputado estadual Baleia Rossi, utilizam o jatinho da Ourofino Agronegócios, empresa beneficiada por decisões da Agricultura.
O ministro viu-se compelido a divulgar uma nota. Mais uma. Alega que as decisões oficiais que serviram aos interesses da Ourofino foram “técnicas.”
E reconhece: “Em raras ocasiões, utilizei como carona o avião citado na reportage.” A aeronave um Embraer Phenom. Coisa fina, avaliada em US$ 7 milhões.
Noutros tempos, o ex-PT estaria se esgoelando nos microfones da Câmara e do Senado cobrando o escalpo de Rossi.
Hoje, preocupado com a governabilidade provida pelo PMDB, o PT silencia. Quanto a Dilma, mantém a “confiança” no ministro.
O iceberg faz Esplanada um espaço em que a anormalidade ganha aparência de gélida normalidade.
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