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Operação Lava Jato: Acordos contra corrupção e cartel de construtoras recuperam R$ 11,5 bilhões

Por interino

O Cade é o órgão que investiga cartel em obras da Lava Jato, negocia acordos e estipula multas a construtoras

Os acordos nas esferas administrativa e criminal assinados com empresas de construção e serviços de engenharia no âmbito da Operação Lava Jato, até fevereiro deste ano, determinaram a recuperação de cerca de R$ 11,5 bilhões em recursos. O dinheiro advém de acordos contra formação de cartel, firmados com o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), e de acordos judiciais contra práticas de corrupção e lavagem de dinheiro, fechados com o MPF (Ministério Público Federal). De alguns acordos, também participou a Justiça dos Estados Unidos, da Suíça e do Reino Unido.

A recuperação do dinheiro não é imediata, uma vez que o pagamento de alguns valores foi parcelado. O valor do acordo judicial com a construtora Odebrecht, por exemplo, foi dividido em 23 anos.

Dos R$ 11,5 bilhões em recuperação, apenas R$ 300 milhões são oriundos exclusivamente dos acordos com o Cade. O critério utilizado para o cálculo das sanções do Cade teria gerado multas com valores muito baixos, na avaliação de um dos conselheiros do órgão.

Encarregado de fiscalizar e garantir a livre concorrência no Brasil, o Cade considera cartel a prática ou acordo feito entre concorrentes para fixar preços, dividir mercados, estabelecer cotas ou restringir produção e fraudar licitações públicas. Tem consequência grave, uma vez que gera, segundo cálculos oficiais, sobrepreço de 10% a 20% em relação a um mercado competitivo.

Essas sanções financeiras a empresas de construção envolvidas na Lava Jato dizem respeito apenas a condutas anticoncorrenciais na esfera administrativa e não têm a ver, por exemplo, com processos que correm contra elas na esfera criminal, conduzidos pelo Ministério Público Federal.

As multas se originaram de cinco acordos assinados com o Cade, denominados de termos de cessação de conduta (TCC). Por meio desses acordos, a empresa participante de um cartel assume a culpa e se compromete a interromper as práticas ilícitas e a ajudar nas investigações do caso, beneficiando-se de desconto nas multas aplicadas.

Os termos de cessação de conduta foram assinados em duas investigações do Cade: de cartel em licitações de obras continentais (“onshore”) de montagem industrial em unidades da Petrobras, como o Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), do início dos anos 2000 a 2011/2012; e de cartel em concorrência de montagem eletromecânica na futura usina nuclear de Angra 3, em Angra dos Reis, litoral sul do Rio de Janeiro, em 2013/2014, pertencente à Eletrobras Termonuclear. O contrato era de cerca de R$ 3 bilhões.

Pelo TCC no processo de formação de cartel em obras de montagem industrial da Petrobras, a construtora UTC recebeu multa de R$ 129 milhões; a construtora Camargo Corrêa, de R$ 104 milhões; e a construtora Andrade Gutierrez, de cerca de R$ 50 milhões.

No processo sobre o cartel em obras de Angra 3, o acordo estipulou o pagamento de multa de R$ 10 milhões à UTC e de R$ 6 milhões à Andrade Gutierrez.

Somadas, essas multas chegam a R$ 300 milhões, valor repassado ao Fundo de Defesa de Direitos Difusos, do Ministério da Justiça, com a finalidade de reparar danos.

Conforme a legislação em vigor, o Cade pode punir a empresa condenada por cartel a pagar multa de 0,1% a 20% do valor do faturamento bruto dela no exercício anterior ao processo. A punição também pode ser estendida aos administradores da empresa direta ou indiretamente envolvidos com o ato ilícito, com multa de 1% a 20% da aplicada à empresa.

Conselheiro criticou “baixo valor” de multa

Os valores das multas aplicadas às construtoras não são consenso dentro do próprio Cade. Para o conselheiro João Paulo de Resende, que votou contra a homologação dos TCCs da UTC e da Andrade Gutierrez no caso de cartel em obras da Petrobras, os valores de faturamento utilizados para calcular as multas resultaram em sanções rebaixadas e que não têm caráter dissuasório, isto é, não desencorajam novas práticas ilícitas. Contudo, o TCC foi aprovado em janeiro deste ano pela maioria do plenário do Cade.

Para a multa aplicada à Andrade Gutierrez, que ficou em pouco menos de R$ 50 milhões, o conselheiro avalia que o valor mais próximo da realidade seria de pelo menos R$ 620 milhões, considerando sobrepreço de 10%.

Em seu voto, Resende cita também entendimento do TCU (Tribunal de Contas da União), que avalia o sobrepreço do cartel em 17% e, por isso, levaria a multa à construtora para perto de R$ 1 bilhão.

Acordo beneficia primeira a delatar

Nos dois processos, o Cade também formalizou acordos de leniência. Nas execuções de montagem industrial da Petrobras, foi acertada com a Setal/SOG Óleo e Gás. No caso de Angra 3, o acordo de leniência foi assinado com a Camargo Corrêa.

Nos processos de investigações de práticas lesivas à livre concorrência, a leniência é negociada apenas com a primeira empresa a identificar a existência de um cartel, assumir sua participação e culpa e identificar os demais participantes dele. Para os participantes do mesmo cartel, a opção de acordo é o TCC. As empresas que assinaram os acordos de leniência com o Cade se beneficiaram de isenção da multa.

Na maioria dos casos, foi beneficiada a Andrade Gutierrez, que homologou sua delação premiada em 2015 com a força-tarefa da Lava Jato. Nela, os executivos citaram que o senador Edison Lobão (PMDB-MA) e o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB-RJ) receberam propina da empreiteira. Atualmente, a empresa faz uma espécie de “recall”, motivada pela delação de 77 executivos da Odebrecht, para adicionar informações aos depoimentos já relatados.

Já foram assinados pelo Cade, até fevereiro deste ano, outros cinco acordos de leniência em processos de formação de cartel com construtoras envolvidas em denúncias surgidas com a Lava Jato e em desdobramentos dela.

Há cerca de outros 30 processos de cartel relacionados com a Lava Jato em andamento no Cade, mas sobre os quais o órgão não fala “por razões legais e no interesse das investigações em curso”.

Punição suspende novos contratos públicos

Além das sanções contra a ordem econômica no âmbito do Cade, as construtoras investigadas na Lava Jato também estão sujeitas a duas outras esferas de investigação e possível punição: do Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União, que pode aplicar punições administrativas e multas em dinheiro, impedindo a empresa de participar de novas concorrências públicas; e do Ministério Público e da Justiça, na esfera criminal, com penas de prisão e multas em dinheiro.

No campo da Lava Jato, pelo Ministério da Transparência, cinco construtoras já foram consideradas inidôneas e estão impedidas de participar de novas licitações públicas em todas as esferas (federal, estadual e municipal) e negociar contratos públicos por pelo menos dois anos após a publicação da decisão no “Diário Oficial da União”.

“Essa pode ser a pena mais severa para uma empresa que só trabalha com grandes obras, porque essas obras são normalmente contratadas apenas por governo”, contextualiza Thiago Bottino, professor da FGV Direito Rio. “Uma punição, portanto, que poderá quebrar essa empresa, tirando-a de vez do mercado.”

As cinco construtoras que foram incluídas no Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Suspensas são: Mendes Júnior (desde abril de 2016), Skanska (desde junho de 2016), Iesa Óleo & Gás (desde setembro de 2016), Jaraguá Equipamentos Industriais (desde dezembro de 2016) e GDK (desde fevereiro de 2017). Elas foram suspensas com decisões baseadas na lei de licitações (lei 8.666/1993), e não na lei anticorrupção (lei 12.846/2013), porque as condutas irregulares se deram antes da entrada em vigor desta última. Essas empresas não receberam multas em dinheiro. A lei de licitações não estabelece formas nem critérios de cálculo de multas.

No Ministério da Transparência, há outros 21 procedimentos administrativos de responsabilização em andamento no âmbito da Lava Jato, sobre as seguintes empresas de construção: Alumni; Andrade Gutierrez; Camargo Corrêa; Carioca Christiani-Nielsen; Construcap; Construtora Odebrecht; EIT; Engevix; Fidens; Galvão Engenharia; MPE; OAS; Odebrecht Ambiental; Odebrecht Óleo e Gás; Promon; Queiroz Galvão; Sanko; SOG (Setal); Techint; Tomé; e UTC.

Dessas 21 construtoras, 12 manifestaram interesse em fazer um acordo de leniência com o Ministério da Transparência, que garantiria que continuassem a disputar obras e contratos públicos, mantendo-se idôneas. As negociações com essas empresas continuam e ainda nenhum acordo foi fechado. Outros três processos, contra as empresas NM, Egesa e Niplan, foram arquivados por falta de provas.

Ministério Público já fechou nove acordos

Com o Ministério Público Federal, as empresas envolvidas na Lava Jato já firmaram nove acordos de leniência, que preveem penas mais brandas em troca de informações que contribuam efetivamente com as investigações. Dois dos acordos seguem em segredo de Justiça.

Para Gil Castello Branco, economista e secretário-geral da ONG Contas Abertas, que fiscaliza as contas públicas em todos os níveis de governo, as empresas envolvidas na Lava Jato “não foram multadas de forma aleatória”, uma vez que se trata do maior escândalo de corrupção do mundo, em termos monetários.
“Essas empresas do cartel espoliaram os recursos públicos ao longo de muitas décadas. Para o mal que essas empresas causaram, estão pagando o preço certo. Não são vítimas.”

UOL

 

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Geral

Farol Literário: Colégio Porto incentiva leitura e debate de assuntos relevantes entre estudantes

Fotos: Divulgação

Jogar luz e abrir caminhos sobre a necessidade de incentivar o hábito de ler, trazer à tona o debate sobre assuntos relevantes, amadurecer o pensamento crítico sobre o mundo e consolidar a formação de repertórios. Tudo isso faz parte das práticas adotadas pelo Colégio Porto para a formação de novos leitores. Entre os projetos, está o Farol Literário, que reúne estudantes nos Ensinos Fundamental e Médio.

Na escola, majoritariamente, as práticas de incentivo à leitura acontecem com as indicações dos professores de linguagens e ciências humanas na plataforma Árvore de Livros – que reúne mais de 6 mil títulos -, mas elas também se desenvolvem nas aulas interdisciplinares e nas preparações para as viagens de estudos ou apresentações de trabalhos em grupos e seminários, além das ações pontuais da biblioteca, como a premiação de Leitor do Semestre, as indicações de livros para os vestibulares e o Farol Literário.

O Farol reúne alunos que têm o hábito da leitura ou que gostariam de desenvolver essa rotina, com leituras orientadas, de acordo com a faixa etária, para que eles possam ter um momento de discussão, de debate, de mobilização de ideias, a cada três meses. O projeto conta com a participação de professores de Linguagens e História.

“Incentivar a leitura para que os estudantes adquiram repertório e conhecimento de mundo está entre os pilares da metodologia de ensino do Colégio Porto, que incentiva o protagonismo dos estudantes e o pensamento crítico e reflexivo sobre temas sociais e da atualidade”, explicou a orientadora pedagógica Kennia Ísis.

Os estudantes do 6º, 7º e 8º ano do ensino fundamental se reuniram para bater um papo sobre o livro “Extraordinário” (R. J. Palacio), que conta a história de um menino com uma severa deformidade facial que precisa enfrentar o estranhamento e o preconceito de crianças e adultos. Os alunos do 9º ano do ensino fundamental e da 1ª e 2ª séries do ensino médio debateram o livro “A vida invisível de Eurídice Gusmão” (Martha Batalha), que aborda temas como o machismo, a busca por independência e a luta das mulheres por seus direitos.

“Todas essas ações ajudam a formar o repertório sociocultural dos estudantes, que também é fomentado nos componentes curriculares diversificados, como InspirAção, Filosofia, Empreendedorismo e Liderança e Educação Socioemocional, no Ensino Fundamental Anos Finais. E no Ensino Médio, nas aulas de Projeto de Vida e nos Itinerários Formativos, com os componentes curriculares de Historia e Atualidades, Geografia e Atualidades, Leitura e Interpretação do Mundo e Análise Sociofilosófica”, complementou Kennia.

 

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Esporte

CBF detalha a tabela, América estreia dia 28 em Maracanaú

Foto: Gabriel Leite

A CBF divulgou a tabela detalhada da Série D do Brasileiro e o primeiro jogo do América, contra o Maracanã, será no domingo às 15h30. A partida será realizada no estádio Almir Dutra, na cidade de Maracanaú-CE. O Santa Cruz de Natal entra em campo no sábado, para enfrentar o Treze-PB, no estádio Barretão, com o início previsto para às 15h. O Potiguar de Mossoró é outro que estreia fora de casa, ele vai encarar o Atlético-CE, às 16h, no Estádio Domingão, na cidade de Horizonte.

A competição terá início no dia 27 e contará com a participação de 64 clubes, que buscam o acesso para a terceira divisão do futebol nacional.

Na primeira fase, as equipes participantes serão divididas em oito grupos regionais, e se enfrentarão em turno e returno. Ao fim das partidas, os quatro melhores colocados de cada grupo avançarão para a segunda fase, disputada no formato de mata-mata, modelo que continuará sendo adotado até a disputa do título. As quatro equipes classificadas para as semifinais vão garantir o acesso para o Brasileirão Série C em 2025.

Tribuna do Norte

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Judiciário

Moraes tomou mais de 8.000 decisões sobre 8 de Janeiro

Foto: Sérgio Lima/Poder360

O gabinete do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes divulgou nesta segunda-feira (22.abr.2024) um relatório sobre as ações tomadas pelo ministro em seus 7 anos de atuação na Corte. Segundo o documento, foram 8.061 decisões proferidas somente sobre o 8 de Janeiro.

Na data no ano passado, 1.397 pessoas foram presas em flagrante na praça dos Três Poderes ou nos prédios invadidos. Dos dias 8 a 9 de janeiro, mais de 1.929 pessoas que estavam acampadas em frente a quartéis foram conduzidas à Academia Nacional de Polícia, sendo que 775 foram liberadas no mesmo dia.

Ficaram detidas 1.645 pessoas, que passaram por audiências de custódia. Depois dessas audiências, Moraes analisou os casos e concedeu liberdade provisória com medidas cautelares (como uso de tornozeleira eletrônica e recolhimento domiciliar) a 1.557 presos.

Poder360

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Luto

Morre o empresário Sergio Boffa, proprietário do Hotel Praia Bonita

Foto: Reprodução

O empresário Sergio Boffa Pedro, 71 anos, proprietário do Praia Bonita Resort & Conventio, na Praia de Camurupim, litoral sul do Rio Grande do Norte, sofreu mal súbito, nesta segunda-feira (22), quando fazia conexão do aeroporto de Lisboa para Milão, na Itália. Ele era natural de Turim.

A Prefeitura Municipal de Nísia Floresta emitiu nota de pesar:

– Com imensa tristeza, o município de Nísia Floresta expressa seu pesar pelo falecimento do Sr. Sergio Boffa Pedro, CEO do Praia Bonita Resort & Conventios, ocorrido nesta segunda-feira (22/04).

Neste momento de luto e despedida, a Administração Municipal oferece suas sinceras condolências a todos os familiares e amigos enlutados, compartilhando o sentimento de perda.

Nota da Abav-RN:

– É com profundo pesar que a Associação Brasileira de Agências de Viagens do Rio Grande do Norte (ABAV-RN) recebe a triste notícia do falecimento do Sr. Sergio Boffa, proprietário do Praia Bonita Resort, localizado na encantadora Praia de Camurupim, no estado do Rio Grande do Norte.

Neste momento de dor, expressamos nossas mais sinceras condolências à família enlutada, aos amigos e colaboradores do Sr. Sergio Boffa, que com seu trabalho e dedicação contribuiu significativamente para o desenvolvimento do turismo em nossa região.

Que Deus conforte os corações aflitos e dê forças para superar esta perda irreparável.

Atenciosamente,

Antonio Neto
Presidente da ABAV-RN

BZNotícias

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Brasil

Sistema de pagamentos do governo é invadido, e há suspeita de desvio de recursos

Foto: Pedro Ladeira/Folhapress

O sistema de administração financeira do governo federal, o Siafi, usado na execução de pagamentos, foi alvo de uma invasão no mês de abril. Há suspeita de que os autores do ataque conseguiram emitir ordens bancárias e desviar recursos da União.

A Polícia Federal abriu inquérito para investigar o caso e atua no rastreio dos suspeitos com apoio da Abin (Agência Brasileira de Inteligência).

O Tesouro Nacional, órgão gestor do Siafi, implementou medidas adicionais de segurança para autenticar os usuários habilitados a operar o sistema e autorizar pagamentos.

Em nota, o órgão confirmou a “utilização indevida de credenciais obtidas de modo irregular” e disse que “as tentativas de realizar operações na plataforma foram identificadas”. O Tesouro afirmou ainda que as ações “não causaram prejuízos à integridade do sistema”.

Folha de S. Paulo

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Brasil

VÍDEO: CPI da manipulação de jogos vai investigar indícios apresentados pelo dono do Botafogo

Foto: ROQUE DE SÁ/AGÊNCIA SENADO

A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da manipulação dos jogos de futebol vai usar informações fornecidas pelo dono da SAF (Sociedade Anônima do Futebol) do Botafogo, John Textor, para avançar nas investigações do colegiado. Segundo o presidente da comissão, o senador Jorge Kajuru (PSB-GO), Textor apresentou um relatório de 180 páginas com “indícios indiscutíveis” de manipulação em jogos, incluindo gravações e outros conteúdos envolvendo jogadores de grandes clubes brasileiros e árbitros.

A espécie de dossiê foi entregue nesta segunda-feira (22) aos senadores em uma reunião reservada após a participação de Textor em sessão da CPI. O colegiado não detalhou quais clubes estariam citados nos materiais, mas adiantou que há envolvimento de times grandes e históricos.

Os integrantes da CPI reconheceram o relatório como importante para os próximos passos da comissão, mas consideraram o conteúdo como indícios e não provas. Segundo Kajuru, há material suficiente com conteúdo para avançar nas investigações, que deve se debruçar sobre outros jogos com indícios de manipulação.

“Caberá a nós sabermos escolher os convidados para que possamos dar sequência à investigação e tendo a certeza que essa CPI buscará na Polícia Federal a companhia para tudo o que vimos e que tomamos conhecimento”, detalhou o presidente da CPI.

R7

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Economia

Preço da laranja aumenta 39% e impacta bolso do consumidor

Foto: Fábio Tito/g1

Nos últimos meses, os consumidores têm observado que a laranja, umas das frutas mais consumidas do País, ficou mais cara. O que eles sentem se justifica num aumento de 39,1% que ocorreu em um ano, de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O quilo da fruta varia de R$ 4 a R$ 5,49 nos supermercados e feiras livres.

Consumidores ouvidos pela Tribuna do Norte relatam que a laranja é um item básico na dieta diária, seja consumida como suco ou inatura, em qualquer refeição do dia. Por isso, o aumento de quase 40% tem impacto significativo nas compras do mês.

A subida no preço da laranja é atribuída a uma combinação de fatores, incluindo o clima desfavorável, aumento dos custos de produção e logística.

“É um aumento que tem acontecido sim, embora a laranja, dentro dos segmentos de frutas, verduras e legumes, fique em segundo plano. Nós vivemos um momento de El Niño, mudanças climáticas e tudo isso tem impacto nas colheitas”, explica Gilvan Mikelyson Gois, presidente da Associação dos Supermercados do Rio Grande do Norte (Assurn).

Tribuna do Norte

Opinião dos leitores

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Política

Haddad fala sobre bronca de Lula para reforçar diálogo com o Congresso: ‘Eu só faço isso da vida’

Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Horas após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cobrar o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e seus ministros por mais articulação política, o titular da Fazenda, Fernando Haddad, disse que “só faz isso da vida”.

Nesta segunda-feira (22/4), em cerimônia no Palácio do Planalto, Lula disse: “O [Geraldo] Alckmin tem que ser mais ágil, tem que conversar mais. O Fernando Haddad tem que, ao invés de ler um livro, perder algumas horas conversando no Senado e na Câmara”, afirmou o presidente, em meio à dificuldade do Executivo no trato com o Legislativo.

Lula ainda defendeu que Wellington Dias, do Desenvolvimento Social, e Rui Costa, da Casa Civil, passem “a maior parte do tempo” conversando com as bancadas.

Indagado por jornalistas sobre a cobrança feita por Lula, Haddad respondeu: “Eu sou faço isso da vida”. O ministro fez a declaração na portaria do Ministério da Fazenda, antes de se direcionar ao Palácio do Planalto para uma reunião com o presidente da República.

Metrópoles

Opinião dos leitores

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Esporte

ABC estreia na Série C com empate contra a Ferroviária fora de casa

Foto: Rennê Carvalho/ABC

O ABC estreou na Série C do Campeonato Brasileiro com um empate fora de casa. Após sair atrás da Ferroviária na Arena Fonte Luminosa, o Alvinegro conseguiu a igualdade na segunda etapa. Para quem estava temeroso pelas eliminações colecionadas no início da temporada, o resultado pode ser considerado positivo.

A Ferroviária começou melhor e abriu o placar aos 19 minutos. Depois de bola recuada pelo atacante Wallyson, o zagueiro Wesley Santos se atrapalhou, não conseguiu o domínio e acabou cometendo o pênalti. A falha individual fez o torcedor se indignar ao lembrar das atuações ruins da equipe no ano. Na cobrança da penalidade, Juninho não desperdiçou o “presente” para fazer o gol do time paulista.

O Alvinegro voltou com tudo para a segunda etapa e foi feliz logo aos cinco minutos. Manoel cruzou da esquerda e o estreante Pedro Felipe completou no travessão. Na sobra, o atacante Ruan, um dos mais criticados pelos torcedores em 2024, emendou um bonito chute para as redes. Seria o gol salvador.

Com informações de ge RN

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Judiciário

Inauguração da Casa da Advocacia em Mossoró marca Caravana de Interiorização da OAB no RN

Fotos: Cedida

Um dia que marcou o trabalho de interiorização da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio Grande do Norte. Nesta segunda-feira (22), representantes do Conselho Federal da OAB, da OAB/RN e da Caixa de Assistência aos Advogados (CAARN) realizaram uma Caravana da Interiorização visitando as obras da Subseção do Apodi e inaugurando a Casa da Advocacia Padre Sátiro Cavalcanti Dantas, em Mossoró, duas estruturas que fortalecem a advocacia do Oeste Potiguar.

Segundo o coordenador estadual de Interiorização, André Medeiros, a expectativa é que a nova sede esteja à disposição da advocacia na região ainda em 2024. “Esperamos que até o fim do primeiro semestre tenhamos uma sede pronta para servir aos advogados, advogadas e toda a sociedade”, disse ele.

Já na Casa da Advocacia de Mossoró, os advogados e advogadas passam a contar com uma estrutura com 260 m² localizada no centro da cidade, com espaço de coworking, salas de atendimento, centro de inclusão digital, sala de reunião, auditório com 50 lugares, copa e espaço de convivência.

O presidente do Conselho Federal da OAB, Beto Simonetti, destacou o importante trabalho de interiorização realizado em todo país nos últimos anos. “Este espaço simboliza o nosso compromisso com a advocacia em todo o Brasil, especialmente nas regiões distantes dos grandes centros”, disse. Segundo ele, já foram mais de 200 inaugurações e revitalizações, mais de 150 espaços renovados e mil novos computadores instalados, que garantem melhores condições de trabalho para a advocacia e asseguram o direito à justiça.

O presidente da OAB/RN, Aldo Medeiros, destacou o trabalho realizado pela gestão para garantir as melhores condições de trabalho para a advocacia de todo o Rio Grande do Norte. “Equipamos e construímos mais de 30 novas salas da advocacia nos últimos cinco anos e no próximo dia 9 de maio, mais uma sala reformada e com equipamentos modernos será inaugurada no Tribunal de Justiça”, afirmou. De acordo com o presidente, a estrutura da Casa da Advocacia de Mossoró supera qualquer outra que já tenha sido feita pela OAB no estado. “É inegável a importância do investimento para que cada advogado e advogada usufrua de um espaço institucional digno e bem estruturado como este que temos aqui”, disse Aldo Medeiros.

O investimento total para a construção foi de mais de R$ 1,5 milhão, oriundo de recursos próprios da OAB/RN, CAARN e repasse do Fundo de Integração e Desenvolvimento Assistencial dos Advogados (FIDA). Além dos serviços para facilitar o dia a dia da advocacia, a Casa da Advocacia Padre Sátiro Cavalcanti Dantas também vai receber eventos da OAB/RN, CAARN e da Escola Superior de Advocacia (ESA). A Campanha de Vacinação Contra a Gripe abre o calendário nesta terça-feira (23). “Mais do que disponibilizar serviços e tecnologias, este equipamento marca um compromisso da OAB em atender com o que há de melhor a advocacia que atua no interior. Este é um compromisso desta gestão”, afirmou João de Deus, coordenador nacional de Interiorização do Conselho Federal.

De acordo com Ricardo Lucena, presidente da CAARN, a obra mostra o compromisso da instituição, sempre em alinhamento com as ações da OAB/RN e do Conselho Federal, em promover serviços e benefícios de qualidade para a Advocacia de todo o interior do Rio Grande do Norte. “A Casa da Advocacia Padre Sátiro Cavalcanti Dantas resultado de um intenso esforço da atual gestão de promover serviços de qualidade para a a Advocacia de Mossoró e de todo o interior do RN. Esta é uma das bandeiras da atual gestão: possibilitar que advogadas e advogados possam todos os dias usufruir de uma estrutura que amplia as possibilidades de fazer um trabalho cada vez melhor, sempre levando em conta os anseios da nossa categoria. Hoje estamos realizando um sonho não só nosso, mas de toda a Advocacia do RN”, comemorou Ricardo Lucena.

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