A Operação Lava Jato, que investiga a corrupção dentro da Petrobras e fez desabar o valor da companhia, colocando em xeque as relações entre diretores indicados por partidos políticos e empreiteiras contratadas, chegou em péssima hora para o Rio Grande do Norte. É o que informa reportagem publicada pelo jornal Tribuna do Norte neste domingo, 1 de março.
De acordo com a TN, a produção de petróleo no Rio Grande do Norte, que já vinha em movimento descendente, poderá sofrer ainda mais com a revisão dos contratos da empresa com algumas das maiores empreiteiras do País.
A produção de petróleo nos chamados “campos maduros”, que exige investimentos e maior manutenção, já vinha sendo feita em segundo plano, porque a Petrobras vinha priorizando os contratos de exploração na camada do pré-sal. Em 2013, a companhia chegou a anunciar um plano de investimentos da ordem de 1,8 bilhão de reais até 2018 nos 82 campos de produção do RN. Plano que poderá sofrer alteração em razão das consequências administrativas e financeiras da operação Lava Jato.
Nas contas do Sindicato dos Petroleiros, a redução de investimentos por parte da Petrobras já produziu a demissão de mais de 4 mil empregados de empresas terceirizadas. Outros 250 homens foram desclocados para outros estados num processo de realocação de equipe e 350 assinaram a demissão voluntária sem ser reaproveitados em outras empresas.
Para completar o quadro não muito animador, a Petrobras reduziu sua participação em consórcios que exploram dois campos de produção em águas profundas na bacia potiguar.
Tudo isso somado, significa que que as autoridades do Rio Grande do Norte que tem prestigio junto ao governo federal terão que se mexer para brigar por investimentos da Petrobras e pelo menos tentar manter o nível de produção e de oferta de empregos no Estado.
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