O portal G1-RN destaca nesta sexta-feira(18) que um policial militar afastado foi preso nessa quinta-feira (17) suspeito de participar de assalto a uma mulher em Nova Parnamirim, em Parnamirim, na Grande Natal. O suspeito estava sendo investigado por outros crimes e foi detido pela Guarda Municipal.
Segundo a reportagem, o suspeito que está afastado na corporação estava em um veículo, acompanhado de uma mulher, e teria abordado uma mulher que caminhava próximo à Avenida Abel Cabral. Após o assalto, a vítima entrou em contato com a Guarda Municipal de Natal. Uma equipe foi até a região e, com a placa do veículo, descobriu o endereço do suspeito. Veja matéria na íntegra aqui.
O presidente da Federação das Câmaras Municipais do Rio Grande do Norte (FECAM), Eriko Jácome, participou nesta quinta-feira (8) da abertura do 32º Fórum Regional de Fortalecimento da Rede de Parcerias – etapa Rio Grande do Norte. O evento foi realizado na Escola de Governo, em Natal, reunindo representantes de diversas instituições públicas para discutir formas de aprimorar a gestão pública com eficiência, integridade e responsabilidade.
Durante o encontro, a FECAM oficializou sua adesão à Rede de Parcerias com a assinatura do Protocolo de Intenções. O Para Eriko Jácome, a iniciativa marca um avanço importante para as câmaras municipais do estado, que passam a integrar uma rede colaborativa formada por mais de 240 instituições, incluindo ministérios, tribunais de contas e a Controladoria-Geral da União.
“Mais do que um gesto formal, essa assinatura representa um posicionamento estratégico que fortalece a governança colaborativa e contribui para a construção de políticas públicas mais eficazes e transparentes. É através da cooperação mútua, do planejamento integrado e do respeito às legislações que conseguiremos melhorar a aplicação dos recursos públicos”, afirmou o presidente da FECAM.
O Fórum Regional é promovido pela Secretaria de Gestão do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos e tem como objetivo estimular o diálogo e o fortalecimento das parcerias institucionais para a execução eficiente de políticas públicas em todo o país.
O evento também contou com a presença e o apoio da diretora da FECAM, Erineide Sá, que reforçou o compromisso da instituição com a qualificação da gestão legislativa municipal e a promoção de boas práticas administrativas.
Menos de um mês antes da realização da operação da Polícia Federal (PF) que identificou fraudes e descontos indevidos em benefícios do INSS, o então presidente do órgão, Alessandro Stefanutto, informou ao Congresso que não era possível “identificar indício de dolo, fraude ou erro administrativo em relação a possíveis descontos indevidos”.
A manifestação foi assinada em 7 de abril por Stefanutto, mas enviada ao Congresso pelo Ministério da Previdência Social (MPS) apenas esta semana. A operação Sem Desconto, da PF, foi deflagrada no dia 23 de abril.
A fala de Stefanutto foi dada em resposta a um pedido de informação apresentado pela deputada Júlia Zanatta (PL-SC) ainda em fevereiro.
No questionamento, a parlamentar destacava “denúncias sobre a realização de descontos indevidos em benefícios pagos pelo INSS, incluindo aposentadorias e pensões” e mencionava reportagem do Jornal Nacional sobre o tema, publicada em novembro do ano passado.
Ao responder sobre o volume de reclamações apresentadas ao INSS sobre o tema e possíveis razões apontadas para os descontos indevidos, o então presidente do órgão – demitido após a realização da operação policial – informou que ainda estavam em andamento os “processos de verificação extraordinária” nos termos de autorização apresentados pelas entidades que realizavam os descontos. E que só após a avaliação da defesa apresentada pelas entidades seria possível produzir um relatório conclusivo sobre o tema.
Segundo as investigações da PF e a Controladoria-Geral da União (CGU), foram identificadas pessoas que sofriam descontos e seriam incapazes de assinar autorizações, incluindo:
pessoas com deficiência e impossibilidade de locomoção por doença grave;
indígenas que reside em aldeia e não sabem ler ou escrever; e
residentes no exterior e que não tiveram contato com associações quando estiveram no Brasil.
Biometria
Na resposta enviada ao Congresso, Stefanutto também destacou uma norma editada em março de 2024 que exigia a verificação por biometria para liberação do desconto.
“O INSS obrigou as entidades credenciadas a efetuarem toda e qualquer autorização, por meio de termo de adesão, com o uso de assinatura eletrônica avançada e biometria. Se não houver biometria, a autorização não é averbada”, disse o então presidente do órgão.
As investigações apontaram, no entanto, que servidores do INSS investigados teriam atuado para liberar descontos por um sistema de biometria “alternativo” enquanto o sistema desenvolvido pela Dataprev não entrasse em vigor – o que permitiu que o número de descontos considerados indevidos por auditores e investigadores continuassem crescendo ao longo de 2024.
O governo anunciou que começará a fazer o ressarcimento para as vítimas da fraude a partir da terça-feira (13).
A Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco), da Polícia Civil do Rio de Janeiro, abriu inquérito para investigar as circunstâncias de uma assembleia-feral de um condomínio localizado em Madureira, na zona norte do Rio, em que a ordem do dia discutiria o pagamento de “mensalidade” para o tráfico. O sindico do residencial cita na ata o pagamento de R$ 1,8 mil para traficantes da comunidade São José, que faz parte do Complexo da Serrinha, dominado pela facção Terceiro Comando Puro (TCP).
A reunião com os condôminos foi marcada para a próxima terça-feira (13/5). Segundo o ofício, os moradores se encontrarão para discutir a aprovação da contribuição, que seria enviada mensalmente ao tráfico já a partir deste mês de maio.
A taxa seria para que bandidos não invadam o residencial e roubem os moradores. A proposta tem o objetivo de evitar o que já teria ocorrido com prédios vizinhos. Ao tomar conhecimento do caso, a Polícia Civil informou que abriu um inquérito. A corporação destacou que o síndico será chamado para prestar depoimento.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não apresentou um prazo para a devolução do dinheiro desviado do pagamento de aposentados do INSS e responsabilizou a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo escândalo envolvendo a instituição.
Lula afirmou em entrevista no final de sua visita à Rússia que antes de definir valores e prazos para a devolução do dinheiro desviado dos aposentados e pensionistas, é preciso apurar todos os detalhes.
“Devolver ou não vai depender de você constatar a quantidade de pessoas enganadas. A quantidade de pessoas que tiveram o seu nome numa lista sem que elas tivessem assinado. Porque aqueles que assinaram já autorizaram. Então, o que nós queremos, e é por isso que tem a crítica de que ainda demora, é porque poderíamos ter feito uma pirotecnia e não ter apurado (o escândalo)”, disse ele.
Na sequência, Lula responsabilizou o governo anterior pelo escândalo.
“Nós desmontamos uma quadrilha que foi criada em 2019. E vocês sabem quem governava o Brasil em 2019”, Luiz Inácio Lula da Silva, durante coletiva de imprensa em Moscou.
“Vocês sabem quem era o ministro da Previdência, quem era o chefe da Casa Civil. A gente poderia ter feito um show de pirotecnia, mas não queríamos manchete. Queríamos apurar”, disse o presidente.
Lula chegou a sugerir que algum integrante da gestão passada poderia estar envolvido no escândalo.
“Nós vamos a fundo para saber quem é quem nesse jogo. E se tinha alguém do governo passar envolvido nisso. É isso que nós vamos fazer. Eu não tenho pressa. O que eu quero é que a gente consiga apurar para apresentar ao povo brasileiro a verdade e somente a verdade”, disse.
Ele também ressaltou que nem todas as entidades envolvidas têm responsabilidade nas irregularidades. “Tem entidades sérias no meio que certamente não cometeram nenhum crime, e tem entidades que foram criadas para cometer crime”, afirmou.
O presidente disse que os aposentados e pensionistas afetados não arcarão com os prejuízos, mas sim as entidades envolvidas.
Lula meu bichinho, procure ser mais criativo porque o povo brasileiro não acredita mais nas suas narrativas, inclusive muitos dos seus eleitores não acredita nem vota mais em você, eu só te dou um conselho, “peça pra caga* e saia”.
Lula chegou a sugerir que algum integrante da gestão passada poderia estar envolvido no escândalo. O SENHOR CONHECE ALGUÉM APELIDADO DE FREI CHICO, AMIGÃO?
Não há um escândalo de corrupção na gestão de Bolsonaro. Isso já foi mais do que comprovado!! Porém, a gestão passada do presidente Lula foi recheada de corrupção e, mais uma vez, assistimos algo da mesma natureza. Presidente , escolha melhor a sua equipe. Local de bandido é na cadeia.
Deputada Carla Zambelli (PL-SP) — Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria nesta sexta-feira (9) para condenar a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e o hacker Walter Delgatti pela invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
A decisão foi tomada em sessão virtual, e os ministros seguiram o voto do relator, Alexandre de Moraes.
A maioria propôs as seguintes condenações:
Carla Zambelli: 10 anos de prisão em regime inicialmente fechado, pagamento de multa, perda do mandato parlamentar (a ser declarada pela Câmara dos Deputados após o trânsito em julgado) e inelegibilidade.
Walter Delgatti: 8 anos e 3 meses de prisão em regime inicialmente fechado e pagamento de multa. Ele já cumpre prisão preventiva.
Indenização: Ambos também terão que pagar uma indenização de R$ 2 milhões por danos morais e coletivos.
Votaram nesse sentido os ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin. Ainda faltam os votos de dois ministros da turma.
Crimes
A maioria da turma entende que Carla Zambelli e Walter Delgatti cometeram os crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica. A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusou os dois de coordenarem ataques aos sistemas do CNJ com o objetivo de desacreditar a Justiça e incitar atos antidemocráticos.
De acordo com a denúncia, Zambelli orientou Delgatti a invadir o sistema para inserir documentos falsos, incluindo um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes. Segundo a PGR, a intenção era “colocar em dúvida a legitimidade da Justiça” e fomentar manifestações contra as instituições republicanas.
“A atuação vil de uma deputada, que exerce mandato em representação do povo brasileiro, e de um indivíduo com conhecimentos técnicos específicos causou relevantes e duradouros danos à credibilidade das instituições, violando os princípios constitucionais consagrados no Brasil”, afirmou Moraes.
Motivação da pena
Para justificar a pena contra Zambelli, Moraes destacou que a deputada atuou como “instigadora” e “mandante” dos crimes cometidos por Delgatti. O ministro classificou as ações como uma “afronta direta à dignidade da Justiça”, que compromete “gravemente” a confiança da sociedade no sistema judiciário.
A PGR também enfatizou que os atos de Zambelli e Delgatti ultrapassaram o âmbito pessoal e atentaram contra a segurança e a integridade do Poder Judiciário. “Os ataques coordenados pela parlamentar e efetivados pelo hacker possuem gravidade acentuada e tinham o propósito espúrio de desestabilizar as instituições republicanas”, destacou o órgão.
Brasil e Estados Unidos não têm um tratado para evitar a bitributação, o que gera custos extras para empresas e profissionais que atuam entre os dois países. Sem esse acordo, investimentos, negócios e transferências de trabalhadores ficam mais caros e burocráticos.
A questão volta à tona com as recentes mudanças nas regras fiscais brasileiras e norte-americanas. Especialistas avaliam que a bitributação provoca insegurança jurídica e gera obstáculos aos investimentos e contratações internacionais.
A bitributação acontece quando dois entes públicos diferentes tributam o contribuinte, seja pessoa ou empresa, sobre o mesmo assunto. A sócia do Veirano Advogados, Fernanda Kotzias, afirma que a bitributação em operações internacionais está dentro da legislação.
“No plano internacional, a bitributação ocorre sobre a renda e os rendimentos, de modo que é um problema que costuma afetar operações de investimento e dividendos, comércio de serviços e pagamento de royalties”, diz.
A especialista, doutora em Direito do Comércio Internacional pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), pontua que o comércio de bens não é passível de bitributação por conta do alto nível de cooperação e compromissos internacionais entre países e que, de modo geral, as regras são mais homogêneas e convergentes.
Kotzias exemplifica uma situação de bitributação: “Quando se trata de renda, é comum que o país de origem exija a retenção de tributos na fonte, como forma de evitar a evasão fiscal internacional, ao passo que o país de destino imponha suas próprias regras e competências e, assim, exija o tributo novamente”.
O coordenador da área tributária do escritório de advocacia Barreto Veiga Advogados, Mateus Campos, detalha que este tipo de tributo entra na discussão de quem tem a competência para tributar um rendimento, por exemplo, por conta da sobreposição de conceitos tributários.
Campos afirma que o conceito de Fonte Pagadora, segundo o qual a nação em que está localizada a fonte do rendimento tributável é responsável pela cobrança, esbarra com o conceito de Tributação Universal da Renda, em que todos os rendimentos de um residente fiscal de um país estarão sujeitos à incidência do Imposto de Renda.
O jurista argumenta que a bitributação retornou ao debate devido às mudanças tributárias tanto do lado dos EUA quanto do Brasil. “Nos últimos anos, ocorreram alterações na legislação dos EUA para fins de reconhecimento de tributos pagos em outros países, em especial naqueles com os quais não existe tratado em vigência, o que pode prejudicar contribuintes dessas nações”, diz.
A sócia do Veirano Advogados acrescenta: “Pelo fato de os EUA serem um parceiro comercial relevante, as recentes medidas protecionistas impostas pelo governo Trump e as preocupações internacionais sobre investimentos e relações bilaterais com os EUA, a aproximação da entrada em vigor da Reforma Tributária e, também, o fato de a RFB ter anunciado, em março de 2025, mudanças nas regras do IRPF relacionadas à declaração de investimentos no exterior para residentes no Brasil”.
Kotzias relembra que a primeira tentativa de acordos para evitar a bitributação entre Brasil e EUA se deu em 1967, quando os países chegaram a um entendimento. Porém, as conversas não avançaram por conta de discordâncias do Congresso norte-americano sobre seu conteúdo e da exigência do Brasil para a manutenção de uma cláusula que permitiria um crédito sobre o valor do tributo isento.
Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo e Reprodução / Instagram
A resposta da “tropa de choque” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à crise do INSS não conseguiu, mais uma vez, superar ou mesmo se igualar, nas redes sociais, ao alcance de um vídeo com críticas à gestão feito pelo deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG). Os principais aliados do presidente convocados para rebater o discurso do bolsonarista somaram, juntos, 5,5 milhões de visualizações, número que representa apenas 4,1% da audiência do parlamentar de oposição. O desempenho reforça as dificuldades enfrentadas pelo campo político de Lula no embate com o bolsonarismo nas plataformas digitais.
Repetindo o formato usado durante a crise do Pix, Nikolas compartilhou, na última terça-feira, um vídeo em que associou um esquema de descontos não autorizados em benefícios previdenciários pagos pelo INSS, alvo de investigação, ao mandato de Lula. Na gravação, o deputado se referiu ao caso como “o maior escândalo da história” e destacou que a maior parte das denúncias de descontos irregulares aconteceu durante o atual governo, citando um relatório emitido pela Controladoria-Geral da União (CGU).
Dois depois, o ministro que comanda o órgão, Vinicius Carvalho, respondeu em vídeo às alegações feitas por Nikolas. O conteúdo faz parte da estratégia combinada em uma reunião no Palácio do Planalto esta semana para conter o avanço da narrativa difundida pela oposição sobre a crise das aposentadorias, como informou a colunista do GLOBO Malu Gaspar.
‘Medo e mentira’
No pronunciamento, o titular da CGU afirmou que as investigações tiveram início em 2017 e destacou que foram encontrados, por uma iniciativa conjunta entre o órgão e a PF, R$ 6 bilhões em fraudes, enquanto os R$ 90 bilhões publicizados pela oposição bolsonaristas são referentes ao total de consignados liberados para beneficiários do INSS em 2023. A publicação, replicada no perfil pessoal do ministro e pela conta oficial da pasta, porém, teve 965,6 mil visualizações até ontem.
“Não é hora de espalhar medo ou mentira. É grave, muito grave, usar as mentiras ou truques de contexto para enganar o povo, para politizar um tema tão relevante para o país, que é o combate à corrupção”, rebateu Carvalho.
A antecipação da crise, agravada pela reação bolsonarista, poderia ter sido mais eficiente caso o governo tivesse maior domínio da estratégia digital, afirma o diretor da Escola de Comunicação da FGV, Marco Aurélio Ruediger:
“O governo tem tido uma perspectiva limitada do uso estratégico das redes. Em geral, elas só são percebidas como um espaço de construção de narrativas e disputa política. Todavia, podem ajudar a apontar com antecedência problemas na gestão ou crises potenciais antes que se formem. Sem isso, quando problemas como esse ocorrem, eles são tratados reativamente.”
Pensada para a defesa do governo, a tropa de choque também é formada pelo líder do PT na Câmara, o deputado Lindbergh Farias (RJ), que postou um vídeo no qual atribui o início das fraudes à gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. O mesmo discurso foi adotado por outros integrantes da base, como o deputado Paulo Pimenta (PT-RS), demitido no início do ano da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), e a ministra Gleisi Hoffmann, da Secretaria de Relações Institucionais, que enumerou no X “mentiras que a oposição bolsonarista está espalhando nas redes”, em uma postagem vista 203,6 mil vezes até ontem.
Entre os aliados de Lula, a melhor performance foi a do deputado André Janones (Avante-MG), que se antecipou à mensagem de Nikolas e fez uma publicação no dia seguinte à revelação do esquema por uma operação da PF. Ao todo, o conteúdo somou 3,7 milhões de visualizações.
A prova maior desse crime chama-se Frei Chico. É muito difícil, mesmo alguém desinformado, acreditar que Bolsonaro armou um esquema para beneficiar o Frei Chico. Aí já tá de mais, né quadrilheiros!?
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva levou nesta sexta-feira, dia 9, ao presidente russo, Vladimir Putin, um apelo para que aceitasse um cessar-fogo de 30 dias na guerra na Ucrânia.
Lula atendeu a pedido enviado pelo governo ucraniano à embaixada brasileira em Kiev. Segundo fontes do Palácio do Planalto e diplomatas, os ucranianos fizeram o mesmo pedido de ajuda ao presidente chinês, Xi Jinping.
Antes de se reunir com Lula, Putin esteve com Xi. Agora, o brasileiro vai conversar sobre o assunto com o chinês, em Pequim. Embaixadores brasileiros acreditam que Xi também conversou com Putin sobre o pedido de intermediação do governo Volodmir Zelenski.
Os dois foram os líderes globais de maior peso a atender um convite de Putin para visitar Moscou nesta sexta-feira e celebrar os 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial. O evento foi usado politicamente por Putin para promover sua versão sobre a guerra e expor armamentos usados e soldados na batalha russo-ucraniana.
China e Brasil lideraram a criação de um grupo de países “amigos da paz” e lançaram no ano passado um documento com princípios para estabelecer um cessar-fogo prolongado e depois colocar os dois países na mesa numa conferência internacional. A Rússia elogiou a proposta, mas a Ucrânia a criticou por não exigir a retirada de tropas russas do território invadido e ocupado.
A partir do pedido de Zelenski, o petista sugeriu a Putin que estendesse o cessar-fogo unilateral de três dias decretado pelo Kremlin por causa de festividades do fim da Segunda Guerra Mundial, em Moscou.
Na prática, a pausa adotada pela Rússia foi prejudicada. A Ucrânia a classificou como um teatro e manteve uma ofensiva com drones contra Moscou, atrapalhando a chegada de delegações estrangeiras e a operação de voos comerciais para os 80 anos do Dia da Vitória. A Rússia respondeu com bombardeios.
O petista também criticou a interlocutores a possibilidade de ataques com drones durante a celebração da vitória contra o nazismo.
Segundo interlocutores de Lula, Putin teria indicado que precisava avaliar o assunto e não deu uma resposta conclusiva a Lula na reunião bilateral, feita de forma ampliada com membros dos dois governos, no Salão da Ordem de St. Catherine, no Kremlin. Havia muita gente na mesa para tratar de um assunto sensível, segundo um dos participantes do encontro.
O Estadão perguntou a Lula o que Putin havia respondido ao tratarem de um possível acordo de paz no encontro, mas o petista desconversou: “Não posso falar o que eu ouvi do Putin, seria muito ruim. Ele vai falar”.
Lula aproveitou a reunião para levar ao líder russo o pedido do governo Zelenski, que aceitou uma proposta de cessar-fogo de 30 dias intermediada pelos Estados Unidos. Putin, por sua vez, não concordou com os termos.
O assunto foi discutido reservadamente, depois que a imprensa havia deixado o local da reunião ampliada. Ao falar a jornalistas sobre o encontro neste sábado, dia 10, Lula foi genérico e não revelou que havia levado a sugestão ao russo a pedido do ucraniano.
O Estadão apurou que o pedido chegou ao Palácio do Planalto por via diplomática, pouco antes da viagem do petista à Rússia. O governo ucraniano fez o pleito formalmente ao embaixador brasileiro em Kiev, Rafael de Mello Vidal, que o transmitiu a Brasília. O Itamaraty então levou o assunto a Lula.
Os ucranianos também insistiram que devem estar representados em negociações que venham a ser feitas com a Rússia, de forma direta.
Já em Brasília, a embaixada ucraniana enviou uma nota ao governo Lula sugerindo um telefonema entre o petista e Zelenski, nos últimos dias, por ocasião da viagem a Moscou. No entanto, depois que o Planalto aceitou a conversa no momento em que Lula estivesse em Brasília, os ucranianos teriam indicado dificuldade de agenda para que Zelenski atendesse a ligação.
Não é a primeira vez que ocorre um desencontro e constrangimento entre Lula e Zelenski. Algo similar ocorreu em 2023, no Japão, quando ambos participavam como convidados da cúpula do G-7 e tentaram uma conversa presencial. Ela só ocorreu meses depois, em Nova York, à margem da Assembleia Geral da ONU.
Integrantes do governo brasileiro que acompanham a relação interpretam que Zelenski tem feito jogo de cena e criticado Lula e o Brasil em público, em diversas ocasiões declarando que considerava o petista fora da mediação, mas que em privado pede auxílio ao brasileiro, assim como ao governo chinês por causa da relação amistosa de ambos com Putin. A viagem de Lula a Moscou desagradou a Ucrânia.
Agora a guerra acaba. A pomba da paz arrulhou. Será que foi por isso que a cuidadora foi antes? Para negociar numa mesa de boteco tomando cerveja com o Putin?
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou o esquema de fraude no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em viagem à Rússia neste sábado (10). Quando perguntado sobre as críticas de demora na investigação, Lula afirmou não ter pressa.
“Eu não tenho pressa. O que eu quero é que a gente consiga apurar para contar ao povo brasileiro a verdade e somente a verdade”, afirmou.
Segundo o presidente, o foco dos órgãos envolvidos na investigação é apurar com seriedade e não fazer um “show de pirotecnia”.
“Como a gente quer apurar com muita seriedade, tanto a CGU quanto a Polícia Federal foram a fundo na exploração para chegar no coração da quadrilha. Se tivesse feito um carnaval há um ano, possivelmente, poderia ter parado no carnaval, como acontece em todas as denúncias. Você faz um show de pirotecnia numa semana e na outra se esquece”, disse.
Perguntado sobre o ressarcimento dos aposentados descontados indevidamente, Lula respondeu que a devolução depende da constatação de quantas pessoas foram, de fato, enganadas. “O que eu sei é que eles não terão prejuízo”, finalizou.
Nesta sexta (9), o INSS soltou um comunicado em que anuncia a devolução de R$ 292.699.250,33 para aposentados e pensionistas entre os dias 26 de maio e 6 de junho. Segundo o instituto, esse valor é referente às mensalidades de abril que, mesmo após o bloqueio, foram descontadas por sindicatos e associações, porque a folha do mês já havia sido rodada.
Ainda no assunto, o presidente reforçou que o início da fraude se deu em 2019. “E vocês sabem quem governava o Brasil em 2019, vocês sabem quem era ministro da Previdência em 2019, vocês sabem quem era chefe da casa civil em 2019”, disse.
“É por isso que nós vamos que nós vamos a fundo pra saber quem é quem nesse jogo e se tinha alguém do governo passado envolvido nisso”.
Na conversa com a imprensa, Lula também abordou os seus objetivos com a viagem, afirmou que conversou com Putin sobre a Guerra da Ucrânia e defendeu a comemoração do Dia da Vitória.
Será que podemos duvidar da veracidade do que ele fala ou estamos sujeitos a punição? Se puder, eu acho que está mentindo. Até porque seu irmão está metido no crime.
Lula, você diz que tudo começou em 2029, no entanto, as pessoas denunciadas foram todas na sua gestão e nomeados por “vossa excelência, inclusive, seu irmão o Tio Chico tá atolado até o pescoço nesse roubo. Lula, você conhece Tio Chico? É só uma pergunta!
Durante uma visita a São José do Seridó nesta quinta-feira (8), a governadora Fátima Bezerra (PT) foi recebida com protestos por estudantes da Escola Estadual Professor Raimundo Silvino da Costa. A unidade de ensino está interditada há mais de um ano, e os alunos aproveitaram a inauguração da pavimentação da RN-288 para cobrar a reabertura da escola.
Os estudantes denunciaram o sentimento de abandono e os prejuízos à educação local.
O protesto aconteceu em meio à cerimônia oficial, que contou com a presença de autoridades locais e estaduais. Embora o foco do evento fosse a entrega das obras de pavimentação, a reivindicação dos estudantes acabou chamando a atenção de todos os presentes e foi registrada em vídeos que circulam nas redes sociais.
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