Geral

REAL: Alta de juros já torna moeda brasileira atraente, diz Bradesco Asset

Foto: Vecteezy

O status do real como financiador de operações de arbitragem com taxas de juros acabou, e a moeda brasileira pode voltar a se beneficiar de diferenciais de taxas nos próximos meses, conforme o país caminha para dar mais um passo no processo de normalização da política monetária, disse André Nogueira Fontenelle, responsável pelos fundos multimercados macro da Bradesco Asset Management (Bram).

“Se você pegar o ‘forward’ de seis, 12 meses, o real já figura como uma das moedas mais atraentes do ponto de vista de juros, como sendo uma moeda atraente”, disse Fontenelle, referindo-se às taxas embutidas em NDFs –contratos a termo sem entrega física e um dos canais pelos quais investidores estrangeiros operam a moeda brasileira.

“O Brasil passou a ser financiador das posições de ‘carry’, mas acho que isso acabou. Agora o Brasil (o real) vai figurar do lado moderado.”

Com o histórico de juros elevados no Brasil, o real tradicionalmente era uma das moedas preferidas para “carry trade” –estratégia que consiste na tomada de empréstimos em moeda de país de juro baixo (iene japonês, por exemplo) e compra de contratos futuros da divisa de juro maior (real). O investidor, assim, ganha a diferença de taxas.

Mas, com a queda da Selic de 14,25% em outubro de 2016 para 2% em agosto de 2020 (patamar mantido até março passado), o real não apenas deixou de oferecer diferencial de retornos atrativo como passou a contabilizar juro real negativo. Isso causou uma reversão de seu status –de beneficiário, passou a financiar as operações de “carry trade”– e tornou a moeda doméstica alvo fácil de operações de “hedge” via venda de reais.

Contudo, atualmente o juro embutido na taxa de câmbio do NDF de real de um ano está em torno de 4,4%. Medida similar baseada em contratos futuros do peso mexicano é de 4,3%, apesar de o juro básico mexicano (4%) ser consideravelmente maior que o brasileiro (2,75%).

“Se você chegar a 6,5% mesmo (Selic), acho que vai ser um evento positivo no comparativo. Nosso único problema nessa questão é a volatilidade, que está muito fora dos padrões”, afirmou o gestor, segundo o qual o chamado “sharpe ratio” (risco ajustado pelo retorno) ainda está contra o real.

Mas Fontenelle lembrou que mesmo a volatilidade está em queda. A volatilidade implícita de dois meses do real está em 16,9%, a alguma distância das máximas em torno de 19,5% de março e perto de mínimas desde fevereiro. Ainda assim, entre os principais pares emergentes apenas a lira turca (19,2%) tem volatilidade mais alta.

As causas da volatilidade mais elevada do real, segundo o executivo, ainda seguem um “mistério” em pelo menos 80%.

A Bram ainda tem uma pequena posição favorável ao real nos fundos multimercados macro. “Se, por exemplo, a gente tivesse a volatilidade do real em linha com a dos pares emergentes, a gente estaria com uma posição maior.”

Aposta nos juros

Os temas que ajudaram os ativos domésticos em abril devem prosseguir em maio, o que pode manter o alívio experimentado pelos preços no mês passado, disse Fontenelle.

Segundo o gestor, três fatores ampararam os mercados locais em abril: amadurecimento do ciclo de normalização monetária, acalmada nos Treasuries e a aprovação do Orçamento após acordo entre governo e Congresso.

“O real teve ainda um efeito das commodities de maneira geral. Tudo que a gente exporta teve um mês positivo… Acho que tudo isso (todos os elementos citados) me parece que continua”, afirmou.

“Acho que o Copom em si ajuda a tirar mais prêmio da curva (de juros). A gente vai ter, na nossa visão, um mercado de commodities ainda pressionado (para cima) pela atividade global. E talvez a gente vá ter discussões positivas do ponto de vista político.”

Dentre os três mercados –renda fixa, ações e câmbio–, os fundos multimercados da Bram estão privilegiando posições doadas em juros, com “basicamente” posição em prefixados, sobretudo no vencimento de DI janeiro 2024. Como hedge, os fundos carregam posição tomada em DI janeiro 2029.

“É mais um hedge mesmo, o net da posição é bem aplicado e aumentamos ao longo do mês passado”, disse o executivo.

Fontenelle explicou que o excesso de prêmio percebido na curva de juros se deve mais ao fiscal do que a eventual leitura de uma política monetária “atrás da curva”. E como, segundo ele, o noticiário fiscal trouxe recentemente algum alívio, há razão para acreditar que os preços poderão devolver parte dos excessos.

“A parte curta da curva está razoavelmente justa. (O janeiro) 2022 acho que tem prêmio, mas não alto. Para 2023, 2024, há altas (da Selic) a perder de vista. É um prêmio exagerado.”

Mesmo que o tema fiscal domine, há na curva algum desconforto do lado da inflação. “Existe um certo nervosismo, agora vem bandeira vermelha… Isso traz ansiedade, e o mercado acaba precificando (aumento de juros) para cima”, disse.

Mas Fontenelle vê os discursos oficiais do Copom amenizando a inquietação do mercado. Com isso, o gestor estima que a Selic terminará o ciclo entre 5,5% e 6% ao ano –abaixo da taxa de 8,5% embutida na curva de DI para o fim de 2022.

CNN Brasil, com Reuters

Opinião dos leitores

  1. tem que voltar pra pelo menos 6% pra ver se esse dólar cai com a volta dos investidores estrangeiros… o risco brasil é muito alto pra investir aqui abaixo disso

  2. No mundo da fantasia desse blog e de alguns cabeças de touro, o Brasil só fica atrás dos EUA 🇺🇸.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Polícia

VÍDEO: Filhos são presos suspeitos de maus-tratos contra a própria mãe idosa em Natal

 

Policiais civis da Delegacia Especializada de Proteção à Pessoa Idosa e à Pessoa com Deficiência (DEPID) de Natal prenderam em flagrante um homem, de 58 anos, e uma mulher, de 43 anos, suspeitos de praticarem o crime de maus-tratos contra a própria mãe, uma idosa de 80 anos, crime ocorrido na Grande Natal.

A equipe da DEPID verificava uma denúncia anônima no bairro Nossa Senhora da Apresentação, zona Norte de Natal, quando constatou que a idosa vivia em condições absolutamente insalubres, situação que vinha sendo negligenciada pelos filhos.

A prisão foi realizada no âmbito da Operação Virtude, que tem como objetivo combater crimes praticados contra pessoas idosas e com deficiência.

Os suspeitos foram conduzidos à delegacia para os procedimentos legais e, em seguida, encaminhados ao sistema prisional, onde permanecerão à disposição da Justiça

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Comissão segue investigações e aguarda defesa final de Brisa

Foto: Francisco de Assis

A vereadora Anne Largatixa (Solidaridedade) seguirá acompanhando os trabalhos da Comissão que analisa pedido de cassação do mandato da vereadora Brisa Bracchi (PT) por suposto uso indevido de recursos de emenda parlamentar em evento político-partidário.

Por intermédio de sua assessoria, a vereadora Anne Largatixa informou, inclusive, que irá responder nesta terça-feira (28), a um eventual pedido da vereadora Brisa Bracchi sobre oitivas de outras testemunhas.

Mas a mesa da CMN informou pela assessoria, que a vereadora Anne Largatixa deverá solicitar afastamento do mandato sem a convocação do suplente, pois o período será inferior a 120 dias (que é o tempo mínimo de ausência do edil para a convocação do seu substituto).

Já a assessoria da vereadora investigada confirmou que a Comissão se reúne apenas para deliberar sobre o pedido de diligência feito pela defesa, que solicita a intimação de dirigentes do PSTU para se manifestar sobre o endereço do partido.

Tribuna do Norte 

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Megaoperação no RJ mira Comando Vermelho; 4 suspeitos mortos

Foto: Reprodução/TV Globo

Cerca de 2.500 agentes das forças de segurança do Rio de Janeiro realizam, nesta terça-feira (28), uma grande operação contra o Comando Vermelho (CV), com o objetivo de prender cerca de 100 traficantes. Até o momento, quatro suspeitos morreram em confronto — dois da Bahia, um do Espírito Santo e outro de origem não informada.

A ação, parte da Operação Contenção, foca nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte, onde líderes da facção se refugiam. Traficantes reagiram com barricadas em chamas, tiros e lançamento de bombas por drones, gerando colunas de fumaça visíveis de diferentes pontos da cidade. Até agora, nove homens foram presos, quatro deles baleados e internados no Hospital Estadual Getúlio Vargas, que também recebeu um homem em situação de rua atingido por bala perdida. A polícia apreendeu dois fuzis, uma pistola e nove motos.

A operação provocou impactos em serviços públicos: 26 escolas do Complexo do Alemão e 17 da Penha permaneceram fechadas, enquanto cinco unidades de saúde suspenderam atendimentos. Linhas de ônibus tiveram itinerários desviados por questões de segurança.

Além da Polícia Militar e da Polícia Civil, participam promotores do Ministério Público, com apoio de helicópteros, blindados, veículos de demolição e ambulâncias do Grupamento de Salvamento e Resgate. Pelo menos 30 dos alvos da operação são do Pará, após um ano de investigação conduzida pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE).

Com informações do G1

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Navio de guerra da Marinha hospedará ministros na COP30 após Lula desistir

Foto: Ricardo Stuckert/PR

O Navio-Aeródromo Multipropósito (NAM) “Atlântico”, maior embarcação da Marinha da América Latina, será usado para abrigar ministros e assessores do governo durante a COP30 em Belém, após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desistir de se hospedar no navio. A decisão foi tomada porque a embarcação não atendia às especificações necessárias para receber o chefe do Executivo.

A informação é da coluna do Igor Gadelha, do Metrópoles. Com 208 metros de comprimento e cerca de 20 mil toneladas, o “Atlântico” foi adquirido pelo Brasil do Reino Unido em 2018. A Casa Civil informou que contratará outra embarcação, adequada para garantir segurança, conforto e cumprimento da legislação, para hospedar Lula durante a conferência do clima da ONU.

O presidente desembarcará em Belém no sábado (1º/11), cinco dias antes do início oficial da COP30, para cumprir agendas locais, incluindo a inauguração de novos espaços no aeroporto e presença no show da banda britânica Coldplay no estádio Mangueirão.

Após o fim de semana, Lula deve retornar a Brasília e voltar a Belém na terça-feira (4/11) para participar da cúpula de chefes de Estado nos dias 6 e 7 de novembro, principais datas da COP30.

Com informações do Metrópoles

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esporte

Ronaldo aponta principais rivais do Brasil na Copa de 2026

Foto: Reprodução/Instagram

Ronaldo Nazário, ex-atacante da Seleção Brasileira, indicou França, Argentina e Espanha como os maiores concorrentes ao título da Copa do Mundo de 2026, apesar de reconhecer o potencial do Brasil. Em entrevista à Betfair, o “Fenômeno” destacou o poderio da França, o peso da atual campeã Argentina e as promessas jovens da Espanha como fatores que podem complicar o caminho da seleção brasileira.

“A França tem um elenco muito poderoso, com vários craques e Dembélé, atual melhor jogador do mundo. A Argentina, atual campeã, segue como pedra no sapato, com Messi e jogadores de alto nível na Europa. A Espanha vem um pouco atrás, mas também tem grandes talentos como Lamine Yamal e Pedri”, explicou Ronaldo.

Sobre o Brasil, ele elogiou a qualidade técnica dos atletas e o trabalho de Carlo Ancelotti à frente da comissão técnica. O ex-camisa 9 destacou a presença de jogadores consolidados na Europa, o retorno possível de Neymar e o protagonismo esperado de Vini Júnior.

“Além de nomes como Alisson e Casemiro, acredito que jovens como João Pedro, Estêvão, Savinho e Endrick também podem contribuir muito. Torço muito por essa garotada”, afirmou Ronaldo, reforçando confiança no time brasileiro rumo ao Hexa.

Com informações da CNN Brasil

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Brasil desperdiça água suficiente para encher três bilhões de piscinas olímpicas por ano, aponta estudo

Foto: Canva

Um levantamento do Instituto Trata Brasil mostra que o país perde, em média, 40,3% da água tratada antes que ela chegue às torneiras, o equivalente a 7,257 bilhões de metros cúbicos em 2023 — quase três bilhões de piscinas olímpicas cheias. O desperdício ocorre principalmente por vazamentos (60%) e, em menor parte, por furtos e erros de medição, e poderia suprir toda a demanda adicional projetada até 2050 sem aumentar a captação em mananciais já pressionados.

O estudo alerta que, diante do crescimento populacional e do aumento do consumo residencial previsto em 59,3% até 2050, será necessário reduzir drasticamente as perdas para evitar racionamento. O novo Marco do Saneamento prevê limitar essas perdas a 25% até 2033, o que representaria uma economia significativa de água tratada. Municípios como Campinas e Goiânia se destacam na gestão eficiente, conseguindo expandir a oferta sem sobrecarregar os rios.

Mudanças climáticas agravam ainda mais o problema: cada grau Celsius a mais na temperatura máxima eleva o consumo em 24,9%, e a previsão de aumento de até 1ºC na máxima até 2050 adiciona 2,1 bilhões de metros cúbicos à demanda anual. A tendência de secas e ondas de calor também reduz a disponibilidade hídrica, podendo restringir em média 3,4% o volume anual disponível para distribuição.

Com esse cenário, o risco de racionamento se torna real: a média nacional pode alcançar cerca de 12 dias sem água por ano, enquanto regiões com menor precipitação, como partes do Nordeste e Centro-Oeste, podem enfrentar mais de 30 dias de interrupção. Especialistas reforçam a urgência de uma gestão hídrica eficiente para mitigar os impactos da escassez e das mudanças climáticas.

Com informações do O Globo

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Maiores poluidores não entregam metas e relatório da ONU chega inconclusivo às vésperas da COP30

Foto: Eduardo Anizelli/Folhapress

O principal relatório da ONU sobre o clima, que deveria indicar o quanto o planeta está perto de atingir o limite de 1,5°C de aquecimento global, chegou inconclusivo às vésperas da COP30, marcada para começar em Belém. Isso ocorreu porque 134 dos 198 países membros da Convenção do Clima (UNFCCC) não entregaram suas metas de redução de emissões dentro do prazo, incluindo grandes poluidores como China, Índia e União Europeia.

Sem esses dados, o documento não pôde calcular para qual temperatura o mundo caminha, comprometendo a base científica das negociações. A análise considerou apenas as metas de 64 países — responsáveis por menos de um terço das emissões globais — e apontou que, mesmo nesse grupo, as reduções previstas até 2035 seriam de apenas 17%, muito abaixo dos 60% necessários para conter o aquecimento, segundo o IPCC.

O secretário-executivo da UNFCCC, Simon Stiell, afirmou que, apesar das lacunas, o mundo “virou a curva das emissões”, que começaram a cair pela primeira vez. Ele ressaltou, porém, que “acelerar o ritmo” das ações será essencial na COP30. Já o secretário-geral da ONU, António Guterres, foi mais pessimista e declarou que ultrapassar o limite de 1,5°C “é agora inevitável”.

A ausência dos maiores emissores deixou o relatório enfraquecido e gerou preocupação entre diplomatas, que temem um impacto negativo nas negociações de Belém. A ONU espera que mais países apresentem suas metas até o início da conferência, permitindo uma atualização do documento, embora admita que não há garantia de que isso acontecerá a tempo.

Com informações da Folha de S.Paulo

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Esquerdogata já havia sido condenada por desacato antes de nova prisão

Foto: Reprodução/Instagram

A influenciadora Aline Bardy Dutra, conhecida como Esquerdogata, voltou a se envolver em confusão com a Polícia Militar. Presa na madrugada de sábado (25) em Ribeirão Preto (SP) após desacatar agentes, ela já havia sido condenada em 2022 pelo mesmo crime, quando chamou policiais de “bostas” e pregou um adesivo do ex-presidente Lula em uma viatura.

A informação é da coluna do Tácio Lorran, do Metrópoles. Na ocasião anterior, segundo o Ministério Público, Aline e o advogado Fernando Ruas Guimarães chegaram a agredir os policiais com socos e unhadas após serem abordados em um bar. Em fevereiro deste ano, ambos foram condenados por desacato e desobediência, recebendo pena de 30 dias-multa. O processo segue em fase de recurso.

Agora, a militante, que soma mais de 800 mil seguidores e é filiada ao PT desde 2022, foi presa novamente por insultar e resistir à abordagem policial. De acordo com relatos da PM, Aline apresentava sinais de embriaguez e chegou a fazer comentários depreciativos sobre o salário e a forma de falar dos agentes.

Após passar a noite detida, a influenciadora foi liberada em audiência de custódia, mas deverá cumprir medidas cautelares, como evitar sair à noite e frequentar determinados locais. O advogado de defesa afirmou que ela está “abalada” com o episódio.

Com informações do Metrópoles

Opinião dos leitores

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

CV e PCC ampliam parceria com grupos colombianos para tráfico na Amazônia, aponta Abin

Foto: Tulio Kruse/Folhapress

Um relatório da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) revela que o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC) mantêm acordos com organizações criminosas da Colômbia para o transporte e a venda de drogas pela chamada “Amazônia Compartilhada” — região que abrange fronteiras do Brasil com países vizinhos. O documento, elaborado em parceria com a Direção Nacional de Inteligência da Colômbia, identifica a área como um dos principais corredores do narcotráfico mundial.

De acordo com o estudo, o tráfico de drogas na região se intensificou na última década com o aumento da produção de coca e maconha tipo skunk. As facções brasileiras utilizam o rio Solimões como rota principal para escoar cocaína, pasta base e maconha produzidas na Colômbia e no Peru. A partir de Manaus, as cargas seguem para o Pará, onde são distribuídas pelo país ou enviadas para a Europa e a África por meio do porto de Vila do Conde, em Barcarena (PA) — ponto considerado estratégico por oferecer acesso direto ao Atlântico.

O relatório também aponta o uso crescente de aeronaves em pistas clandestinas e até de “narcossubmarinos” construídos artesanalmente no litoral do Pará e do Amapá. Esses meios alternativos têm sido usados para escapar da fiscalização, e alguns foram interceptados já em águas africanas e europeias. Na Tríplice Fronteira entre Tabatinga (Brasil), Leticia (Colômbia) e Santa Rosa (Peru), as facções ainda operam esquemas de lavagem de dinheiro em comércios e cassinos.

A Abin destaca que o Comando Vermelho domina o tráfico no Amazonas, Pará, Acre e Rondônia, mas divide espaço com o PCC e traficantes independentes. A projeção da agência é que o uso das rotas fluviais entre Colômbia e Brasil continue crescendo, impulsionado pela expansão recorde dos cultivos de coca na América do Sul — que aumentaram mais de 120% entre 2020 e 2023, segundo dados da ONU.

Com informações da Folha de S.Paulo

Opinião dos leitores

  1. E porque a ABIN sabendo dessa parceria não aciona os órgãos competentes e impede a sua concretização?

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Itamaraty divulga imagem de primeira reunião técnica entre Brasil e EUA sobre tarifas

Foto: Divulgação/Itamaraty

O Itamaraty publicou, nesta segunda-feira (27), a primeira foto da reunião técnica entre representantes do Brasil e dos Estados Unidos para discutir um possível acordo que reduza o tarifaço imposto por Washington a produtos brasileiros. O encontro, realizado em Kuala Lumpur, na Malásia, deu continuidade ao diálogo iniciado entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump.

Pela delegação brasileira participaram o chanceler Mauro Vieira, o secretário-executivo do Ministério da Indústria e Comércio, Márcio Rosa, e o assessor Audo Faleiro. Do lado americano, estiveram presentes o representante de comércio dos EUA, Jamieson Greer, e o secretário do Tesouro, Scott Bessent. As partes acertaram que uma nova rodada de negociações será feita em Washington, provavelmente na primeira semana de novembro.

De acordo com fontes do Planalto, os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Geraldo Alckmin (Indústria e Comércio) devem integrar a comitiva brasileira. A expectativa é que, após essa etapa, o governo tenha mais clareza sobre as demandas americanas — que ainda não foram oficialmente apresentadas pela Casa Branca.

Lula afirmou estar confiante em uma solução “em poucos dias” e brincou dizendo que, se houver entraves, ligará pessoalmente para Trump. O presidente americano, por sua vez, confirmou que a reunião foi “ótima”, mas ponderou: “Vamos ver o que acontece. No momento, eles estão pagando 50% de tarifa. Veremos se algo muda”.

Com informações do Metrópoles

Opinião dos leitores

  1. Essas imagens é do que pode ser mostrado, sem qualquer relevância, queremos áudio e vídeo da verdadeira reunião técnica onde foi discutido os assuntos colocados em pauta.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *