Tecnologia

Redes sociais estão excluindo contas inautênticas; entenda porque isso acontece

Foto: Diego Cervo/EyeEm/Getty Images

Nos últimos dias, Twitter e YouTube confirmaram que estão trabalhando para “limpar” suas plataformas de contas tidas como inautênticas, o que gerou um burburinho nas redes sociais. Muitos usuários foram conferir suas contas e notaram que seus perfis perderam seguidores, seja no microblog ou na plataforma de vídeos do Google.

Segundo especialistas ouvidos pela CNN, esses movimentos são fruto de uma pressão social para que as redes se dediquem a tornar suas plataformas ambientes mais legítimos, em que a troca de informações entre usuários reais prevaleça sobre a ação automatizada de robôs.

Essa pressão, avalia o pesquisador e analista de redes sociais Fabio Malini, vai na contramão dos interesses financeiros das plataformas, que “vivem de engajamento para ter publicidade, e acabam sendo tímidas” na fiscalização de atividade inautêntica. Isso porque mesmo contas que não representam pessoas do mundo real e são ativadas de maneira automática, os chamados robôs, acabam servindo como gatilhos para que determinados conteúdos ganhem relevância nas redes.

Assim, os robôs ajudam a fazer “bombar” certo tema, mas boa parte do engajamento que prolonga o debate é alimentado por usuários reais, isto é, seres humanos que acabam reagindo a esses conteúdos, seja de forma crítica ou na defesa desses temas.

Até por isso, explica Malini, seria um engano considerar que a exclusão de contas feita pelo Twitter tenha focado somente em robôs. “O Twitter está fazendo uma limpa de contas que não têm atividade na plataforma há algum tempo, não são necessariamente robôs”. “Podem ser contas que usuários criaram e depois abandonaram, podem ser contas que tinham como objetivo inflar a popularidade de alguém e depois ficou inativa”, por exemplo.

De acordo com o pesquisador, que integra o Laboratório de Estudos sobre Imagem e Cibercultura da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), é justamente a inatividade o traço mais relevante das contas apagadas.

Para minimizar o impacto sobre contas de usuários praticamente inativos, mas que têm interesse de permanecer na plataforma, o Twitter permitiu que esses perfis, inicialmente suspensos, pudessem ser recuperados pelos usuários através de ferramentas de confirmação, uma espécie de “prova de vida” geralmente feita por e-mail ou número de telefone celular.

À CNN, o Twitter informou que desenvolve um trabalho “frequente e global que tem como objetivo manter as contas seguras e prevenir tentativas de manipulação das conversas via spam”. “Este trabalho consiste em solicitar que contas que apresentem comportamentos suspeitos ou incomuns mudem sua senha ou verifiquem informações como número de celular, por exemplo. Enquanto as contas não passam por esse processo, elas ficam desabilitadas, com funcionalidades limitadas, e deixam de entrar no cálculo para contagem de seguidores”.

André Eler, diretor-adjunto da consultoria de análise de dados Bites, diz, no entanto, que a periodicidade dessas “limpezas” não é dita de maneira exata pelas redes sociais, e também não há critérios plenamente transparentes sobre o que caracteriza uma conta inautêntica. “Tem muito perfil que não publica nada e é autêntico”, defende.

“É possível que haja critérios bem claros para a limpeza, elas [as plataformas] só não publicizam quais são esses critérios, o que sempre vai gerar uma desconfiança do usuário”, continua Eler.

O especialista da Bites disse ter verificado que contas que na segunda-feira (14) registraram perdas relevantes em seu número de seguidores também verificaram ganhos atípicos na terça-feira (15), o que ele atribui à reabilitação das contas que foram autenticas por usuários após a suspensão do começo da semana.

Oficialmente, o YouTube diz não permitir “nenhuma prática que aumente artificialmente o número de visualizações, marcações ‘Gostei’, comentários ou outras métricas usando sistemas automáticos ou veiculando vídeos para espectadores que não os selecionaram”. O site exemplifica como comportamentos não tolerados a publicação de vídeos que ensinam a comprar tráfego e de vídeos com área clicáveis – os “cards” da rede – que direcionam espectadores a outro vídeo de maneira enganosa.

Em nota, o YouTube afirmou que identificou e removeu de sua plataforma “contas que eram, na verdade, spam em nossos sistemas”. “Como resultado, alguns criadores e canais poderão ver uma queda no número de assinantes. Em média, essa redução será de menos de cinco inscritos”.

Ação de robôs é superestimada

O peso da ação dos robôs nas redes sociais é, muitas vezes, superestimado, sustenta André Eler. “A gente tem que tirar da cabeça essa visão de que robôs comandam as redes. Há um problema quando usam esses robôs para artificialmente influenciar o debate, para enganar o algoritmo, mas, na prática, esses robôs não têm um alcance tão grande. É raro a gente ver movimentos que sejam impulsionados só por robôs”.

De acordo com Eler, em geral, os robôs são parte de movimentos maiores, coordenados por pessoas, por grupos com interesses específicos. Também é errado avaliar que a ação de robôs é sempre e necessariamente danosa. “Há robôs que eu gosto, que eu sigo, que eu sei que eu vou falar alguma palavra e vão interagir comigo”, pontua, citando como exemplo robôs usuários do Twitter operados por robôs e que podem servir a propósitos cotidianos, como lembrar a uma pessoa sobre algum conteúdo publicado anteriormente.

“Os robôs existem, são basicamente programas que ajudam a repercutir alguns conteúdos específicos”, sintetiza.

Efetividade da limpeza

Segundo Fabio Malini, a iniciativa das plataformas de tentar limitar a ação de contas inautênticas é limitada do ponto de vista de tentar frear as chamadas “mensagens divisivas”, que criam ou fortalecem polarização nas redes sociais. Embora as redes estejam aperfeiçoando suas técnicas para restringir a ações inautênticas, essas empresas ainda encontram dificuldade em lidar com disputas entre fãs que podem tornar mais áridos seus ambientes virtuais.

“As plataformas não definiram ainda o que é e o que não é robô. Boa parte desse engajamento [em disputas de fãs] vai acontecer graças a um comportamento automatizado, seja humano ou não”, analisa.

Na opinião de André Eler, só a proposta de tentar diminuir a ação considerada ilegítima nas plataformas já mostra, por parte das empresas, “uma disposição melhor, um jeito de aperfeiçoar o processo” de filtragem “sem punir as pessoas só por terem um comportamento diferente”.

Além disso, diz Eler, há robôs mais bem programados, com comportamentos mais próximos do que se espera de seres humanos, que impõem dificuldades adicionais para que as redes os identifiquem como robôs.

“A gente não tem nenhuma ilusão de que esse trabalho constante das redes um dia vai acabar completamente com os robôs, mas, pelo menos, passa mais confiança de que as redes não estão abandonando os usuários em uma terra sem lei, de contas inautênticas”, argumenta.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

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VÍDEO: Senador Randolfe Rodrigues manda áudio a esposa de Caetano Veloso, reclama de “bola nas costas” e expõe pedido para atuar a favor de indicações politicas para a cultura

 

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Vídeo: Reprodução/Instagram

Um segundo áudio que circula em grupos de WhatsApp amplia o clima de crise nos bastidores da política cultural e envolve diretamente o senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP). Na mensagem, enviada à produtora Paula Lavigne, esposa de Caetano Veloso, o parlamentar reage com irritação ao vídeo divulgado por Wagner Moura e reclama de ter levado uma “bola nas costas” após ter atuado politicamente para ajudar em indicações ligadas ao setor cultural.

No áudio, Randolfe pede que Paula encaminhe sua mensagem ao ator e faz questão de contextualizar as dificuldades enfrentadas pelo governo Lula no Congresso Nacional. Segundo o senador, há uma incompreensão por parte de setores da classe artística sobre o cenário político atual.

“Em 2022 nós ganhamos a eleição para a presidência da República e perdemos para o Congresso. Nós temos um Congresso desfavorável”, afirma Randolfe, destacando a força da bancada do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, e a influência de lobbies poderosos, especialmente das plataformas de streaming.

O senador diz que o texto da regulamentação do streaming é resultado do “possível”, diante das limitações impostas pelo Legislativo. “Não é o que a gente quer, é o que a gente pode”, resume, mencionando negociações difíceis tanto na Câmara quanto no Senado.

O tom sobe quando Randolfe menciona diretamente Paulo Alcoforado, diretor da Ancine. Segundo ele, foi a própria Paula Lavigne quem articulou, junto ao senador e ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), apoio político para a nomeação do dirigente.

“Tu foste em todo canto pedir por esse rapaz”, afirma Randolfe no áudio, antes de questionar o fato de Alcoforado, já nomeado, supostamente incentivar artistas a gravarem vídeos atacando o governo e o Ministério da Cultura.

“Esse rapaz fica pedindo de artista vídeo contra a tua própria construção? Juro que eu não entendi nada”, dispara o senador, em clara demonstração de incômodo e sensação de traição política.

O áudio revela não apenas o mal-estar causado pelo vídeo de Wagner Moura, mas também a existência de um forte lobby por cargos e influência na área cultural, além de expor fraturas internas entre aliados do governo, artistas e dirigentes de órgãos estratégicos como a Ancine.

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Geral

[VÍDEO] FOGO NO PARQUINHO: esposa de Caetano Veloso cobra deputada do PCdoB por boicote e vazar articulação a Wagner Moura

 

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Vídeo: Reprodução/Instagram

Um áudio atribuído à produtora e empresária Paula Lavigne, esposa do cantor Caetano Veloso, que circula em grupos de WhatsApp, provocou um verdadeiro incêndio nos bastidores da política cultural do governo Lula. Na gravação, Paula reage com revolta ao vídeo divulgado pelo ator Wagner Moura, no qual ele cobra maior empenho do governo federal na articulação do projeto de regulamentação das plataformas de streaming no Congresso.

Segundo Paula, o vídeo ignora completamente os esforços do Ministério da Cultura (MinC) e do próprio governo, que estariam trabalhando sob forte resistência de um Congresso majoritariamente conservador. Ela afirma acompanhar de perto a atuação da pasta e diz considerar injustas as críticas públicas feitas por Wagner.

“Eu sou testemunha de como o MinC não para de trabalhar, do sacrifício que eles vêm fazendo e do empenho do governo para as nossas causas da indústria criativa”, diz a empresária no áudio.

O tom se torna ainda mais duro quando Paula afirma estar arrependida de ter atuado politicamente para viabilizar a nomeação de Paulo Alcoforado como diretor da Ancine. Segundo ela, teria sido o próprio Alcoforado quem orientou Wagner Moura a gravar o vídeo cobrando o governo, o que, na avaliação da produtora, configura uma traição política.

No trecho mais explosivo do áudio, Paula acusa diretamente o diretor da Ancine, o ex-presidente da agência Manoel Rangel e a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) de conspirarem para enfraquecer e derrubar a ministra da Cultura, Margareth Menezes. Segundo a empresária, a deputada teria interesse pessoal em assumir o comando do ministério.

“Eles trabalham contra, sabotando o MinC. Hoje eu posso garantir isso”, afirma Paula, acrescentando que Jandira “queria ser ministra”.

A produtora também contextualiza sua indignação citando a dificuldade de aprovar qualquer pauta no Congresso Nacional e lembra que, enquanto o governo enfrenta derrotas legislativas, setores da própria base estariam alimentando disputas internas e vazando articulações para pressionar publicamente o Planalto.

O áudio expõe um racha dentro do campo progressista e escancara a disputa por espaço, influência e poder nos bastidores da cultura, revelando um ambiente de forte tensão entre artistas, dirigentes do setor audiovisual e parlamentares aliados do governo.

Com informações da Folha de S.Paulo

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Política

Prazo do STF encurrala Hugo Motta e acelera decisão sobre mandato de Zambelli

Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), entrou sob forte pressão após ser oficialmente notificado, na sexta-feira (12), da decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que determinou a perda do mandato da deputada Carla Zambelli (PL-SP). O despacho fixou prazo de 48 horas para a diplomação do suplente e foi confirmado por unanimidade pela Primeira Turma da Corte, ampliando o desgaste entre Judiciário e Legislativo.

A decisão ocorre menos de um dia depois de o plenário da Câmara rejeitar a cassação de Zambelli, ao não alcançar maioria absoluta. Moraes considerou o ato da Casa nulo e reafirmou a condenação da deputada a 10 anos de prisão por envolvimento na invasão dos sistemas do CNJ. O episódio acirrou a reação da oposição, que acusa o STF de invadir competências do Congresso, enquanto governistas comemoram a medida.

Zambelli está presa na Itália desde julho, para onde fugiu após a condenação, e corre risco de extradição. Apesar de ter se licenciado do mandato por meses, a deputada acumula faltas, o que abre a possibilidade de perda do cargo por via administrativa, alternativa que vinha sendo avaliada por Hugo Motta após o plenário preservar o mandato.

Com a determinação do STF, porém, o presidente da Câmara vê seu espaço de manobra reduzido. O suplente da vaga é Adilson Barroso (PL-SP), que já exerceu o mandato em outras ocasiões e pode reassumir sem necessidade de nova posse em plenário, bastando a comunicação formal da Presidência da Casa.

Com informações da CNN

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Geral

Em ano pré-eleitoral, Lula concentra viagens no Sudeste e escanteia Sul e Centro-Oeste

Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) intensificou a agenda de viagens pelo país em 2025, ano pré-eleitoral, mas manteve um padrão já observado desde o início do terceiro mandato: a concentração de compromissos no Sudeste. Ao todo, Lula realizou 68 viagens nacionais e passou 72 dias fora de Brasília, com mais da metade das agendas na região que concentra o maior eleitorado do país.

O Nordeste e o Norte aparecem na sequência, com 13 e 14 visitas, respectivamente, enquanto Sul e Centro-Oeste ficaram praticamente fora do roteiro presidencial, com apenas três viagens cada. São Paulo liderou o ranking de destinos, com dez visitas, seguido por Rio de Janeiro e Belém, ambas com seis. A capital paraense recebeu atenção especial por causa da preparação da COP30, incluindo inaugurações e anúncios de obras.

Minas Gerais também se destacou na agenda presidencial, com cinco viagens. O Estado é visto como estratégico para as eleições de 2026, mas Lula enfrenta dificuldades para montar um palanque competitivo, diante da resistência do senador Rodrigo Pacheco (PSD) em disputar o governo mineiro. Mesmo assim, o presidente tem insistido publicamente em mantê-lo como opção.

A maior parte das viagens foi dedicada a anúncios do Novo PAC, especialmente o PAC Seleções 2025, além de agendas ligadas ao Minha Casa, Minha Vida, à saúde e a investimentos industriais. A leitura nos bastidores é que o roteiro reflete uma estratégia política clara: reforçar a presença federal onde estão os maiores colégios eleitorais às vésperas da próxima disputa presidencial.

Com informações do Poder360

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Geral

Congresso reage a operação das emendas e articula ofensiva contra STF e governo Lula

Foto: Brenno Carvalho

A operação da Polícia Federal que mirou Mariangela Fialek, a “Tuca”, funcionária da Câmara responsável pela distribuição das emendas parlamentares, detonou uma articulação entre deputados e senadores por retaliação ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao governo Lula. Nos bastidores, parlamentares atribuem a ação a uma ofensiva coordenada pelo ministro Flávio Dino e veem o episódio como mais um avanço do Judiciário sobre atribuições do Legislativo.

A informação é da colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo. Diante da operação, líderes de todos os partidos foram convocados para uma reunião de emergência na Câmara, na noite da sexta-feira (12), para discutir uma reação institucional. Embora o ex-presidente da Casa Arthur Lira (PP-AL) não seja alvo direto, ele é citado em depoimentos como principal interessado nas movimentações atribuídas à assessora, que envolvem planilhas sem autoria identificada, pressão política e centralização da destinação de bilhões em recursos do antigo orçamento secreto.

Deputados avaliam que qualquer aprofundamento das investigações inevitavelmente alcançaria ministérios do governo federal, responsáveis pela execução das emendas. Interlocutores relatam que Lira sustenta que as planilhas organizadas por sua ex-assessora indicariam quem, no Executivo, autorizou cada repasse, apontando para ministros como Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), Alexandre Padilha (Saúde) e Waldez Góes (Integração Nacional).

Além de cobrar uma reação do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), parlamentares discutem avançar no Senado com propostas para limitar decisões monocráticas do STF, como a PEC do senador Espiridião Amin (PP-SC). Motta, porém, tenta conter o confronto, mesmo fragilizado após perder o controle do plenário em episódios recentes envolvendo Glauber Braga e Carla Zambelli — decisões posteriormente revertidas pelo Supremo. Nos corredores do Congresso, a avaliação é de que a crise entre os Poderes pode escalar ainda mais nos próximos dias.

Com informações do O Globo

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Política

Bolsonaristas criticam Trump após EUA retirarem Moraes da Lei Magnitsky

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reagiram com críticas duras e tom de frustração à decisão do governo dos Estados Unidos de retirar o ministro do STF Alexandre de Moraes da lista de sanções da Lei Magnitsky. A revogação também beneficiou a esposa do magistrado, Viviane Barci de Moraes, e a Lex Institute, empresa ligada à família do ministro. Moraes havia sido sancionado em julho, sob acusações de autorizar prisões arbitrárias e restringir a liberdade de expressão no Brasil.

Com o recuo do governo americano, parlamentares bolsonaristas passaram a direcionar críticas diretamente ao ex-presidente Donald Trump, apontando uma suposta negociação com o governo brasileiro. O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) disse ter recebido a decisão com “pesar” e afirmou que o Brasil perdeu uma “janela de oportunidade”. Já Maurício Marcon (PL-RS) foi mais incisivo e falou em “traição”, afirmando que Trump agiu sob a lógica do “America First”.

Outros aliados reforçaram o tom de decepção. Carlos Jordy (PL-RJ) disse que a direita errou ao depositar expectativas em um líder estrangeiro e classificou a decisão como uma lição política. Rodrigo Valadares (União-SE) afirmou que “o sistema se fechou em si” e elogiou o esforço de Eduardo Bolsonaro para pressionar autoridades internacionais. Em posição mais moderada, o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, agradeceu o apoio anterior de Trump, mas ressaltou que a disputa política deve ser resolvida internamente.

Na base governista, a revogação foi comemorada como vitória diplomática do governo Lula. O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, afirmou que a decisão fortalece a democracia e a soberania nacional, enquanto a ministra Gleisi Hoffmann atribuiu o recuo à atuação direta de Lula junto aos EUA. Para a deputada Erika Hilton (PSOL-SP), a retirada de Moraes da lista desmonta uma das últimas apostas da família Bolsonaro para pressionar o país por anistia.

Com informações da CNN

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Geral

Brasil entra no ranking dos 10 países mais perigosos do mundo em 2025

Foto: CNN

O Brasil aparece entre os dez países mais perigosos do mundo em 2025, segundo o índice global de conflitos divulgado nesta quinta-feira pela ONG ACLED (Armed Conflict Event Location and Data Project). O levantamento coloca o país na 7ª posição do ranking, ao lado de nações marcadas por instabilidade extrema, guerras ou domínio de grupos armados, como Palestina, Síria e Mianmar.

Além do Brasil, outros três países latino-americanos figuram na lista: México (4º), Equador (6º) e Haiti (8º). O estudo leva em conta quatro indicadores principais — número de mortes, risco para civis, alcance geográfico dos conflitos e quantidade de grupos armados ativos. No caso brasileiro, o destaque negativo é a disputa territorial entre facções criminosas, especialmente em grandes centros urbanos.

A ACLED aponta que a violência no Brasil está ligada à atuação de organizações criminosas fortemente armadas, que desafiam o Estado em diversas regiões. Um exemplo citado foi uma grande operação policial no Rio de Janeiro, em outubro, contra o Comando Vermelho, que resultou em mais de 120 mortes. Situações semelhantes também impulsionaram a escalada da violência no Equador e no Haiti, onde gangues se aproveitam da fragilidade institucional.

Para a analista sênior da ACLED, Sandra Pellegrini, o envio massivo de forças de segurança pode até reduzir a violência no curto prazo, mas tende a agravar o problema a médio e longo prazo. Segundo ela, a militarização da segurança pública fragmenta facções, intensifica disputas internas e aumenta o risco de abusos. Ainda assim, políticas de “tolerância zero” seguem ganhando apoio popular e pressão internacional, especialmente dos Estados Unidos, para o enfrentamento ao crime organizado.

Veja o ranking dos 10 países mais perigosos do mundo em 2025, segundo ACLED

  1. Palestina (mesma posição de 2024)
  2. Mianmar (mesma posição de 2024)
  3. Síria (mesma posição de 2024)
  4. México (mesma posição de 2024)
  5. Nigéria (mesma posição de 2024)
  6. Equador (subiu 36 posições em comparação com 2024)
  7. Brasil (desceu 1 posição em comparação com 2024)
  8. Haiti (subiu 3 posições em comparação com 2024)
  9. Sudão (mesma posição de 2024)
  10. Paquistão (subiu 2 posições em comparação com 2024)

Com informações da CNN

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Geral

Toffoli manda retirar da CPMI mensagens de celular do dono do Banco Master

Foto: Rubens Cavallari/Folhapress

O ministro Dias Toffoli, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou nesta sexta-feira (12) a retirada dos documentos que contêm mensagens de celular do banqueiro Daniel Vorcaro, controlador do Banco Master, dos arquivos da CPMI do INSS. A comissão havia aprovado nesta semana a quebra dos sigilos bancário e telemático do empresário, mas o material foi retirado após a decisão do magistrado.

A defesa de Vorcaro pediu a anulação das quebras de sigilo bancário, fiscal e telemático. Toffoli negou o pedido, mas, em decisão provisória, ordenou que todo o material já coletado seja encaminhado à Presidência do Senado até que o STF dê uma decisão definitiva sobre o caso. As quebras de sigilo autorizadas tanto pela CPMI quanto pela Justiça criminal de origem foram mantidas.

O presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), reagiu duramente e disse receber a decisão com “indignação”. Segundo ele, os documentos retirados não são acessórios, mas fundamentais para entender fluxos financeiros e relações institucionais ligadas ao escândalo. “Sempre que se afasta uma CPMI de documentos essenciais, enfraquece-se a investigação e cresce a desconfiança da sociedade”, afirmou.

O caso Master está sob sigilo elevado por determinação do próprio Toffoli, que no início de dezembro avocou para si as investigações que tramitavam na Justiça Federal do Distrito Federal. A decisão ocorre em meio a críticas após reportagens revelarem que o ministro viajou a Lima, dias antes, para assistir à final da Libertadores ao lado de um advogado que atua na defesa de investigados ligados ao banco — episódio que ampliou o desgaste do STF no caso.

Com informações da Folha de S.Paulo

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Economia

Bancos fecham empréstimo de R$ 12 bilhões para salvar contas falidas dos Correios

Foto: Divulgação

Caixa, Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander fecharam uma nova proposta de empréstimo de R$ 12 bilhões para tentar equilibrar as contas dos Correios, que acumulam prejuízo de mais de R$ 6 bilhões só em 2025. Documentos formais ainda não chegaram à estatal.

A tentativa vem depois que o Tesouro recusou o primeiro pedido de R$ 20 bilhões. Na ocasião, os juros cobrados pelos bancos chegavam a 136% do CDI, acima do limite de 120% aceito pelo governo, considerado “altíssimo risco”. A estatal ainda busca aportes da União e melhores condições com novos bancos.

Para tentar sair do sufoco, os Correios planejam demissão voluntária de 15 mil funcionários entre 2026 e 2027, fechamento de agências e venda de imóveis, que devem render cerca de R$ 1,5 bilhão. O aporte emergencial da União, estimado em R$ 5,8 bilhões, também é praticamente certo, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

O empréstimo e o plano de reestruturação são vistos como medidas de emergência para manter salários e evitar um colapso ainda maior na estatal, que desde 2022 acumula déficits superiores a R$ 10 bilhões.

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Geral

O Natal tá batendo na porta e o Papo de Fogão vem todo doce! Panetone trufado e rabanadas recheadas

O Natal tá batendo na porta e o Papo de Fogão vem todo doce!  A Chef Jullyane Britto, do Maníacos por Cacau, ensina um panetone recheado de chocolate e morangos. E Fernando Amaral prepara rabanadas com Nutella e doce de leite.

SÁBADO

BAND MARANHÃO e PIAUÍ – 8h
PARAÍBA
TV CORREIO/RECORD, 13h30

DOMINGO

RIO GRANDE DO NORTE – TV TROPICAL/RECORD, 10h

Ou no nosso canal do YouTube
http://youtube.com/c/PapodeFogao

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