Saúde

Sem uso de máscaras, mas com rastreamento de contatos, Austrália volta à rotina pré-Covid

Foto: WILLIAM WEST / AFP

O brasileiro Henrique Barbosa Macedo trabalha no Melbourne Cricket Ground (MCG), estádio esportivo da capital do estado australiano de Victoria. Quando vai à arena, ele passa por uma série de máquinas de escaneamento. Por meio de um código QR que contém seu nome e telefone, cada área que atravessa fica registrada.

Esses escaneamentos não são exclusividade de Macedo ou do seu local de trabalho. São parte do protocolo vigente nacionalmente na Austrália, para permitir rastrear o caminho do coronavírus se um novo caso surgir, algo fundamental para tentar conter o contágio comunitário. A cada caso confirmado, um novo período curto de isolamento é imposto a todos os residentes da região atingida e aos que transitaram pelos locais rastreados.

Foi graças a mecanismos como esse que, no dia 25 de março, o MCG pôde receber 70 mil pessoas, 70% de sua capacidade, para a partida entre os times de futebol australiano Carlton Blues e Collingwood Magpies. Os torcedores não usaram máscaras.

— Parece que você vive em um sonho, em uma bolha. A sensação que dá quando você está dentro do estádio é de que nada aconteceu. Parece que a Covid ocorreu há muito tempo — conta Macedo, um agente educacional de 31 anos que há quatro mora na Austrália.

Sem registrar mortes causadas pela Covid-19 desde dezembro de 2020, o país passou por quarentenas severas, em que até as fronteiras entre os seis estados foram fechadas. Depois de registrar um pico da doença em agosto do ano passado, quando havia uma média diária de pouco mais de 500 casos e 20 mortes, o país de 25,4 milhões de habitantes passou na última semana para uma média móvel de menos de oito casos diários. No total, foram pouco mais de 29 mil casos com 909 mortes, segundo o site Our World In Data, da Universidade de Oxford — uma média de 1.151 casos por milhão de habitantes, contra 60,9 mil no Brasil.

O sucesso no controle da pandemia permitiu que a Austrália relaxasse as restrições a ponto de já poder liberar grandes eventos, como os jogos e shows — em 20 de março, a banda de rock Midnight Oil se apresentou diante de um público de 13 mil pessoas em Geelong.

Escritórios também já voltaram a receber os funcionários, desde que estejam trabalhando a uma distância mínima de dois metros quadrados. O uso de máscaras não é mais obrigatório em lugares fechados, como restaurantes, casas noturnas, shoppings, supermercados, mas há restrições de densidade por local. Cinemas e estádios estão liberados, com até 75% da capacidade.

Além dos escaneamentos e testagens em massa, que facilitam o controle sobre novos casos, uma série de outras medidas foram adotadas, sob coordenação do governo central.

— Não há times azuis ou vermelhos. Não há sindicatos ou patrões. Agora são apenas australianos — declarou, em 2 de abril de 2020, o primeiro-ministro Scott Morrison, em uma entrevista coletiva sobre as medidas que o governo federal viria a tomar para combater a pandemia.

A trégua política permitiu que o Gabinete do premier trabalhasse com os governos estaduais contra a Covid.

— A opinião da ciência esteve sempre à frente de cada passo dos governantes e dos servidores do sistema de saúde público. Não ouvi falar de cloroquina ou ivermectina, nenhuma vez sequer — relata a estudante brasileira Dora Antunes, de 21 anos, moradora de Brisbane. — Sem governantes autoritários e negacionistas, a Austrália conseguiu manter o assunto Covid acima de rivalidades políticas.

A quarentena, adotada em muitas regiões do país para conter a alta dos casos, foi severa. Em alguns estados, como Victoria, durou meses e afetou fortemente a economia. Para conter os danos, o governo australiano injetou cerca de 320 bilhões de dólares australianos (R$ 1,4 trilhão) na economia, o equivalente a 16,4% do PIB. O plano emergencial incluiu um esquema de subsídios às famílias, além de projetos como o Job Seeker, para aqueles que ficaram desempregados durante o período, e o Job Keeper, que ajudava as empresas a continuarem pagando os salários dos funcionários.

Também se provou eficaz a implementação de programas obrigatórios de isolamento em hotéis para cidadãos australianos que retornam ao país. O programa continua em vigor, com um número restrito de regressos por semana, de forma que o sistema de saúde não fique sobrecarregado. As fronteiras do país, contudo, seguem fechadas para estrangeiros, sendo permitida a entrada apenas de cidadãos australianos, residentes permanentes ou pessoas autorizadas pelo governo. De acordo com o Ministério da Saúde local, a maioria dos casos registrados recentemente no país é de pessoas que regressaram à Austrália.

De acordo com os moradores do país, a eficácia das medidas de contenção foi facilitada pela resposta positiva da população.

— Grande parte se mobilizou muito para evitar o agravamento da situação e não quebrou regras de lockdown, uso de máscaras, distanciamento social e higiene — conta a brasileira Maisa Machado, de 30 anos, moradora de Sydney. — Mesmo com a vida voltando ao normal, as pessoas não estão viajando tanto. No Brasil, vejo amigos e parentes que estão isolados desde o ano passado enquanto outros seguem como se nada tivesse acontecido.

No período de restrições mais severas, qualquer pessoa que violasse as regras estaria sujeita a multas. Em Victoria, a multa para quem fosse pego sem máscara poderia chegar ao equivalente a R$ 870. No caso de empresas que descumprissem os protocolos de proteção, as multas chegavam a R$ 435 mil, caso o episódio fosse levado à Justiça, segundo informações do portal oficial do governo do estado.

A fiscalização do cumprimento das medidas cabia às polícias estaduais, mas a população podia denunciar irregularidades por meio de uma linha telefônica: a “Coronavirus Hotline”.

— Sinto que aqui as pessoas são mais conscientes por grande influência do governo, que sempre tratou a doença como calamidade pública — diz a brasileira Luiza Leoi, de 28 anos, que vive em Perth desde 2014. — A pandemia nunca foi motivo de piada dos políticos daqui, que têm adotado medidas rápidas e efetivas de acordo com a progressão no número de casos.

A onda negacionista em relação à pandemia, no entanto, também chegou à Austrália. Embora o país conte com um sistema de saúde universal, o Medicare, e de ter sido um dos primeiros a adotar os testes drive-thru de Covid-19, ainda assim houve certa resistência às quarentenas.

— Teve gente que negava, gente que não queria obedecer às regras, mas a maior parte da população de Victoria, durante os três lockdowns que houve aqui, respeitou as regras e atendeu o governo, pois sabiam que era para um bem coletivo — diz Henrique Macedo. — Como a gente ficou trancado por muito tempo, a gente sabe, hoje em dia, que se a gente precisar de um lockdown, é melhor que seja feito o quanto antes.

A vacinação no país, no entanto, está atrasada quando comparada a outros países ricos. Até agora, apenas 0,6% da população tomou a primeira dose. O governo encomendou vacinas da AstraZeneca e da Pfizer e atribui a imunização lenta ao atraso na entrega.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Há muitos países e localidades que têm o que ensinar no combate ao vírus experiências REAIS, casos CONCRETOS. Por que a turma que faz oposição so presidente não se guia pelo que está dando certo? Por que rejeitam e até impedem o tratamento precoce enquanto insistem nesse “lockdown” absurdo, que só piora as coisas? Nunca foi pela saúde, essa é a verdade. Sempre foi pelo PODER.

  2. Vixe! Esse governo australiano de direita (deve ser uma direita comunista ou petista ou lulista, com certeza!) fez tantos lockdowns a toa né!? O meu presidente, o MINTOmaníaco, já disse e mandou espalhar pros terraplanistas que lockdown eh coisa se comunista burro pois não serve de nada! Mas parece que lá nesse país distante , comunista e de cientistas burros, funcionou ! Olha só! E a gente aqui condenado a usar máscara , vachina e utis lotadas! Ah, mas prefiro acreditar na narrativa que o MINTOmaníaco espalha no grupin do zap talkei! (Texto cheio de Ironias)…

    1. Você só esqueceu de mencionar o mais importante. Na Austrália tem gente, nao bicho como o povo brasileiro. Não dá pra comparar e sei pq estive lá e convivi com eles.

    2. Onde você estava quando seus políticos de estimação, todos corruptos, desviavam bilhões e mandavam recursos públicos para manter as ditaduras de Cuba e Venezuela?
      Se você apoia esse tipo de depreciação política, seja minimamente real e vá morar nos países que tem ditadores com socialismo ou comunismo como forma de governo. Lá todos são valorizados e vivem em total igualdade, todos na miséria, exceto os líderes políticos e seus familiares.

    3. Mané, o Brasil controlou a primeira onda do covid sem máscaras, sem lockdoria sem nada.
      Ninguém sabia da segunda onda que veio mais severa ainda, certo?
      Pois vc fique sabendo que vai ser controlada também viu, e do mesmo jeito, o povo na rua, esse lockdow não funcionou em lugar nenhum do mundo.
      Vírus é assim, chega e depois esmorece, é assim com tudo que é virus no mundo tá?
      Jaja vai estar controlado, porem não vai embora definitivamente, fica sempre uma coisinha pra azucrinar as pessoas.
      Mito 2022.
      Até 2026.
      Kkkkkk
      Vc vai vê!!

    4. Incrível mané, tu não se cansa de falar merda o dia todo. Essa fossa é sem fim. Kkkk

    5. São opiniões desnecessárias como essa sua, que faz o País ser o que é, e está na situação que se encontra. Falar mal dos erros do presidente não adianta de nada, quando o STF deu liberdade plena aos governantes (e desgovernantes também). Se ao menos tivesse o bom senso de elogiar quando acontece algo bom vindo do governo, como a liberação de milhões de reais, que são desviados pra outras finalidades, e não a primordial, que é a saúde! A folha de pagamento pro funcionalismo público, é obrigação dos Estados. Porém, os recursos pra combater a pandêmia, oriundos do governo federal, não estão sendo utilizados pra esse fim, aqui no RN. Não tiro os erros do presidente, mas o bem comum só poderia haver, quando a população mesmo contra a vontade, obedecesse os protocolos e os governantes usassem de medidas rígidas, como foi feito na Austrália. De nada adiantaram as medidas restritivas impostas aqui no RN, pois o índice de ocupação não diminuiu e os casos e óbitos só fazem aumentar, mas no entanto, foi liberado tudo. Por mais que Bolsonaro seja a favor disso, ele está de “mãos atadas” pelo STF. Ele deve tá simplesmente adorando, a liberação das medidas restritivas feitas em alguns Estados. O que surpreende, são governos do “quanto pior melhor”, estarem sendo “suaves” com os protocolos. Falar mal de Bolsonaro nesse momento, é “cuspir no prato que come”, pois fatão tá fazendo exatamente o que o presidente prega. E o que é pior, fazendo uso dos recursos indevidamente.

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Geral

Sete chefes do tráfico do Comando Vermelho serão transferidos para presídios federais de Mossoró, Brasília, Campo Grande e Porto Velho

Foto: Genilson Araújo/TV Globo

Sete líderes do Comando Vermelho foram transferidos de Bangu 1 para presídios federais nesta quarta-feira (12). A remoção ocorreu com forte esquema de segurança: cerca de 40 agentes do Grupamento de Intervenção Tática escoltaram os presos até o Aeroporto do Galeão, onde eles foram entregues à Polícia Federal.

Os criminosos, que juntos somam quase 500 anos de condenação, embarcaram para o presídio federal de Catanduvas (PR) e, depois, serão distribuídos para unidades federais em Mossoró (RN), Brasília (DF), Campo Grande (MS) e Porto Velho (RO). A data da redistribuição ainda não foi informada.

Com essa operação, o Rio de Janeiro passa a ser o estado com o maior número de presos sob custódia federal: 66 detentos de alta periculosidade. Só em 2025, 19 novos presos foram incluídos no Sistema Penitenciário Federal.

A transferência foi autorizada pela Vara de Execuções Penais após ataques no Grande Rio, que ocorreram depois de operações policiais no Complexo do Alemão e na Penha. Segundo o governo do estado, o objetivo é dificultar a comunicação entre os líderes da facção e o restante do grupo criminoso. O pedido de transferência foi feito pelo Ministério da Justiça junto com a Secretaria de Administração Penitenciária do Rio.

Os presos transferidos são:

  1. Roberto de Souza Brito, o Irmão Metralha – atua no Complexo do Alemão;
  2. Arnaldo da Silva Dias, o Naldinho – Atua em Resende e é o administrador da “caixinha” do CV;
  3. Alexander de Jesus Carlos, o Choque ou Coroa – Traficante do Complexo do Alemão;
  4. Marco Antônio Pereira Firmino, o My Thor – Do Morro Santo Amaro e integra a comissão da facção;
  5. Fabrício de Melo de Jesus, o Bicinho – de Volta Redonda e integra a comissão da facção.
  6. Carlos Vinícius Lírio da Silva, o Cabeça – da comunidade do Sabão, em Niterói.
  7. Eliezer Miranda Joaquim, o Criam – Chefe na Baixada Fluminense.

Com informações de g1

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Geral

Coordenador do PT recebeu R$ 2,6 milhões de empresa da Farra do INSS

Imagem: reprodução/PT

O Coaf identificou movimentações financeiras suspeitas envolvendo Ricardo Bimbo, coordenador de tecnologia do PT, e a empresa ADS Soluções e Marketing, investigada por participação no esquema de desvio de dinheiro de aposentados do INSS.

A ADS transferiu:

  • R$ 120 mil para a conta pessoal de Bimbo;

  • R$ 8,29 milhões para a Datacore, empresa da qual ele é sócio.

Os repasses à pessoa física ocorreram entre dez/2023 e fev/2024. Já os pagamentos à Datacore aconteceram entre ago/2023 e jul/2024, em 22 transferências — sendo R$ 2,5 milhões após Bimbo entrar na sociedade.

Bimbo afirmou que não se lembra dos pagamentos nem do serviço prestado para receber os valores.

No mesmo período, ele pagou um boleto de R$ 10.354,60 ao contador João Muniz Leite, que já cuidou das contas do filho de Lula e foi investigado por suspeita de lavagem de dinheiro ligada ao PCC. O contador também disse não se lembrar do pagamento.

A ADS é apontada pela CPI do INSS como intermediária no esquema “Farra do INSS”. A empresa recebeu:

  • R$ 43,1 milhões da Potyguar Associação de Aposentados;

  • R$ 23,2 milhões da AAPPS;

  • R$ 5,2 milhões da Apdap Prev.

A ADS repassou ainda R$ 2,6 milhões ao escritório do filho do ex-presidente do INSS e fez transações com empresa ligada ao ex-procurador-geral do órgão.

Registros mostram que, até dezembro de 2024, a ADS tinha dívida de R$ 2,98 milhões com a empresa de Bimbo.

Resumo das transferências da ADS para a Datacore:

  • R$ 2.952.033,00 (ago–nov/2023)

  • R$ 2.816.815,00 (dez/2023–fev/2024)

  • R$ 2.528.762,73 (mar–jul/2024)

Total: R$ 8.297.610,73 (aprox. R$ 8,29 milhões)

Com informações de Metrópoles, coluna de Andreza Matais

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Cidades

Decisão sobre venda do Midway pode ficar para o segundo semestre de 2026

Foto: Humberto Lopes

A definição da potencial venda do shopping Midway Mall, em Natal, pode ficar só para o segundo semestre de 2026. Isso se deve à necessidade de análise e aprovação da transação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), em razão do porte das empresas envolvidas no negócio. De acordo com o Cade, o prazo para essa averiguação é de 240 dias a partir da protocolização do pedido, que foi feito pela Riachuelo, detentora do shopping, na última sexta-feira (7). Com isso, o tempo estipulado para a resposta pode ir até 5 de julho do ano que vem.

A potencial transação leva em consideração a totalidade das quotas representativas do capital social do Midway Mall e Midwest Estacionamento. As sociedades seriam vendidas para a Capitânia Investimentos, gestora de fundos sediada em São Paulo, e outros eventuais coinvestidores minoritários. O comunicado foi feito pela Guararapes, que tem a Riachuelo como subsidiária.

Em resposta à TRIBUNA DO NORTE, o Cade informou que não há processo público relacionado à operação. “Isso ocorre porque ou o processo ainda não foi notificado ao Cade ou por ser de acesso restrito”, explicou o órgão por meio de nota. O Cade é uma autarquia federal e tem como missão zelar pela livre concorrência no mercado, atuando de forma preventiva ao analisar fusões e aquisições, e de forma repressiva ao investigar e punir práticas anticompetitivas, como cartéis. Ele também atua para educar e disseminar a cultura da livre concorrência.

Questionado sobre a potencial venda do Midway, o Cade informou que, de forma geral, devem ser notificadas as operações entre empresas de qualquer setor da economia quando, no ano anterior à operação, pelo menos um dos grupos envolvidos tenha registrado faturamento bruto anual ou volume de negócios total no Brasil igual ou superior a R$ 750 milhões, e outro grupo envolvido tenha registrado R$ 75 milhões ou mais.

Além dos 240 dias iniciais para análise do pedido de venda, o prazo pode ser prorrogado uma única vez, por até 90 dias, caso o Tribunal do Cade justifique a necessidade da extensão e indique as medidas adicionais a serem adotadas para o julgamento.

Tribuna do Norte

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Geral

Após decisão do MEC, UNI-RN diz que curso de Medicina segue autorizado por decisão judicial

Foto: Reprodução

A novela do curso de Medicina do UNI-RN ganhou um novo capítulo. Depois de o Ministério da Educação (MEC) publicar no Diário Oficial da União que manteve o indeferimento do pedido de autorização do curso, o Centro Universitário do Rio Grande do Norte (UNI-RN) soltou uma nota afirmando que a graduação segue plenamente válida e funcionando normalmente.

Segundo o comunicado, o curso de Medicina do UNI-RN está amparado por decisão judicial que suspendeu os efeitos da portaria do MEC que havia negado o funcionamento. A instituição lembra ainda que o curso foi autorizado oficialmente em julho de 2025, por meio da Portaria SERES/MEC nº 476, que deu validade à oferta.

Em resumo: enquanto o MEC publica uma decisão que já não tem efeito prático, o UNI-RN garante que segue oferecendo o curso normalmente. Mais um capítulo da guerra entre burocracia federal e o ensino superior potiguar.

Opinião dos leitores

  1. QUEM SE SENTIR PREJUDICADO EM RELAÇÃO AO SONHO DE SER MÉDICO NA UNI-RN, É SÓ PROCURAR A FACULDADE DE MEDICINA DO MST QUE O SONHO SERÁ REALIZADO.

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Polícia

Nora de Lula é alvo de busca e apreensão em operação da PF contra fraudes em licitações

Foto: Reprodução

Uma das noras do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi alvo de mandado de busca e apreensão cumprido pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (12) durante a Operação Coffee Break, que apura suspeitas de fraudes em licitações públicas.

A ação, autorizada pela 1ª Vara Federal de Campinas (SP), contou com o apoio da Controladoria-Geral da União e da Polícia Militar de São Paulo.

Ao todo, foram 50 mandados de busca e apreensão e seis de prisão preventiva nos estados de São Paulo, Distrito Federal e Paraná.

Os investigados poderão responder por corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitação, lavagem de dinheiro, contratação direta ilegal e organização criminosa.

R7

Opinião dos leitores

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Geral

BOMBA: MEC barra curso de Medicina do UNI-RN e decisão é confirmada por unanimidade

 

Foto: Reprodução

O sonho do UNI-RN de abrir um curso de Medicina em Natal foi por água abaixo mais uma vez. O Ministério da Educação (MEC) indeferiu o pedido da universidade potiguar e confirmou de forma definitiva: nada de formar novos médicos no Centro Universitário do Rio Grande do Norte.

A decisão saiu no Diário Oficial da União do último dia 3 e confirma o parecer do Conselho Nacional de Educação (CNE), que rejeitou o recurso da Liga de Ensino do RN, mantenedora do UNI-RN. O CNE seguiu a linha da Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (SERES), que já havia barrado o curso em agosto de 2024 por meio da Portaria nº 439.

Em bom português: o MEC bateu o martelo e disse não à Medicina do UNI-RN. A negativa foi aprovada por unanimidade, encerrando — ao menos por enquanto — a tentativa da instituição de entrar no disputado mercado dos cursos médicos no estado.

O recado é claro: regras técnicas e estruturais não são negociáveis, mesmo sob pressão local. Quem quer Medicina no RN vai ter que procurar alternativas — porque o UNI-RN não vai ser o caminho fácil.

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Polícia

Operação apreende mais de R$ 120 mil na casa de ex-prefeito no RN

Foto: Divulgação

Uma operação que investiga indícios dos crimes de fraude à licitação, corrupção ativa e passiva, e lavagem de dinheiro na administração pública de Doutor Severiano, no Alto Oeste potiguar, foi deflagrada pelo Ministério Público na manhã desta quarta-feira (12).

A Operação Uncle cumpriu mandados de busca e apreensão contra um ex-prefeito do município, além de empresários e um servidor público, que é sobrinho do ex-chefe do executivo.

O MPRN apurou que sobrinho do ex-prefeito movimentou cerca de R$ 11 milhões em cinco anos, valor incompatível com seus vencimentos. Durante a ação, foram apreendidos mais de R$ 121 mil na casa do ex-gestor.

Segundo o MP, a ação teve objetivo de colher provas relativas aos crimes investigados e contou com apoio da Polícia Militar potiguar e do Ministério Público e Polícia Civil do Ceará.

Foram cumpridos mandados em Doutor Severiano e Pau dos Ferros; e em Fortaleza e em Jaguaribe, no Ceará. Uma pessoa foi presa em flagrante no Ceará por porte ilegal de arma de fogo.

A ação é coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MPRN.

Investigação
A deflagração da operação é resultado de um Procedimento Investigatório Criminal (PIC) conduzido pela Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ) do Rio Grande do Norte.

O principal objetivo da medida foi buscar e apreender toda espécie de documentos, papéis, computadores, notebooks, tablets, telefones celulares e outros elementos em residências e sedes de empresas relacionadas ao esquema.

A investigação aponta que o esquema criminoso está centrado em contratações realizadas pelo município de Doutor Severiano durante a gestão do então prefeito.

A motivação do MPRN é desvendar uma complexa teia de movimentações financeiras atípicas que sugerem o desvio de recursos públicos através de contratos municipais com empresas.

As investigações do MPRN já demonstram que grandes aportes de valores na conta de um servidor público, com remuneração modesta, eram contemporâneos e coincidentes com pagamentos que as empresas investigadas recebiam do município de Doutor Severiano, durante a gestão do ex-prefeito.

 

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Geral

Governo cancelou cerca de 9 mil licenças de pescadores

Foto: Alex Régis

O Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) cancelou cerca de 9 mil licenças de pescadores no Rio Grande do Norte em 2025 por desconformidades como falta de recadastramento de dados, indicação de profissionais falecidos, condição de aposentadoria por incapacidade permanente e suspeita de fraude. O maior número de cancelamentos, de acordo com dados disponibilizados pelo MPA, ocorreu em junho e deveu-se à falta de recadastramento em 2025, que deveria ter ocorrido até o dia 31 de março. Mais de 8,5 mil pescadores tiveram a licença cancelada por conta dessa condição. O Ministério afirma que a situação não acarreta prejuízos ao setor.

Além da falta de recadastramento, na semana passada, as licenças de 201 pescadores potiguares foram canceladas por meio da Portaria nº 571/2025, que determina que seja vedada a inscrição no Registro Geral da Atividade Pesqueira (RGP) do interessado que estiver na condição de aposentado por incapacidade permanente ou que receba benefício de amparo assistencial ao idoso e ao deficiente. O cancelamento também foi estabelecido para benefícios previdenciários que, na forma de legislação específica, não permitam o pleno exercício de atividades comerciais ou econômicas.

Ainda na semana passada, por meio de outra portaria (de nº 566/2024), foram canceladas 40 licenças no RN de pescadores falecidos. Além disso, duas licenças foram canceladas via portaria nº 548 por suspeita de fraudes no acesso ao RGP.

David Soares, superintendente federal de Pesca e Aquicultura do MPA no RN, explica que anualmente o Governo realiza uma espécie de pente fino para combater situações de ilegalidade. Ele garante que não existem prejuízos ao setor pesqueiro do estado por conta da medida. “Essa varredura é praxe e significa que o Governo está atento para coibir práticas inadequadas quanto ao acesso a direitos no setor pesqueiro”, afirma.

Segundo Soares, o RN possui cerca de 26,5 mil pescadores registrados, o que demonstra o quanto a atividade é pungente e resistente a impactos frente aos cancelamentos. Geraldo Costa, presidente da Colônia dos Pescadores de Apodi e vice-presidente da Federação dos Pescadores Artesanais do RN (Fepern), avalia que é necessário ser cauteloso ao falar em possíveis prejuízos, uma vez que parte das licenças canceladas é de trabalhadores que não estão ou não deveriam estar em atuação.

“Se o pescador está aposentado por invalidez, por exemplo, isso significa que ele não tem mais condições de estar na atividade. Então, é difícil calcular qualquer prejuízo”, diz. De acordo com o MPA, exceto nos casos onde o pescador é identificado como falecido, é possível recorrer do cancelamento, desde que isso seja feito no período estipulado para a contestação. A Superintendência do MPA no RN não soube informar com precisão quantos pescadores recorreram, mas afirmou que foram centenas.

Tribuna do Norte

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Saúde

Cirurgias eletivas: Gestão Nilda zera fila da demanda reprimida e reativa HMDA

Foto: Divulgação

A Prefeitura de Parnamirim na gestão Nilda zerou a fila reprimida de cirurgias eletivas na rede pública municipal de saúde, solucionando um dos maiores problemas herdados da antiga gestão. Além disso, reativou a cirurgias no Hospital Maternidade Divino Amor (HMDA) para reafirmar o compromisso de transformar a saúde pública local e ofertar melhores serviços à população. O hospital já regista mais de 90 procedimentos de julho até agora.

Ao todo, 919 pacientes que aguardavam por procedimentos, alguns há mais de seis anos, já foram atendidos, devolvendo dignidade e qualidade de vida à população.
Entre os procedimentos realizados estão laqueaduras, correções de fístulas, hemorroidectomias, suspensões de bexiga, postectomias (fimose), tratamentos de hidrocele, vasectomias e diferentes tipos de correção de hérnias.

Atualmente, há 119 pacientes registrados no sistema de regulação aguardando cirurgia, todos inseridos neste ano, o que mostra a efetividade da nova gestão na atualização e no controle da fila.

As cirurgias eletivas no HMDA foram retomadas em julho e realizou diversos procedimentos como laqueaduras, histerectomias, postectomias, vasectomias, eletrocoagulações, correções de cicatriz de cesárea, exérese de cisto vaginal e de bolsa escrotal, além de colpoperineoplastias.

A prefeita Nilda Cruz comemorou o resultado e destacou o compromisso da atual administração com a saúde pública: “Encontramos um cenário muito difícil, com centenas de pessoas esperando há anos por uma cirurgia. Com planejamento, gestão e compromisso, conseguimos virar essa página. Hoje, Parnamirim tem uma nova realidade na saúde, com o atendimento acontecendo de forma contínua e humanizada”, afirmou a prefeita.

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Geral

VÍDEO: Mulher é atacada por dois pitbulls na Grande Natal


Uma mulher de 53 anos foi atacada por dois cachorros da raça pitbull enquanto passeava com o cachorro dela pela rua, no bairro Jardim Planalto, em Parnamirim, Região Metropolitana de Natal, na noite de segunda-feira (10). Nas imagens divulgadas de câmeras de vigilância, divulgadas com exclusividade no programa Patrulha da Cidade, da TV Ponta Negra, nesta terça-feira (11), a mulher passeia com o cachorro dela, de coleira, quando os dois pitbulls avançam, ela coloca animal de estimação dela no braço e é atacada pelos maiores.

A mulher chega a cair derrubada pelos pitbulls, que seguem atacando. Ela grita e eles acabam saindo de cima fugindo. Nenhum tutor dos cachorros aparece na rua. Familiares socorrem a vítima. Ela foi levada para o hospital da cidade e ficou ferida em várias partes do corpo. Foi atendida e liberada, mas teve que receber diversos pontos.

A família explicou na tarde de terça que ela ainda está muito chocada com tudo que aconteceu e por enquanto, ainda não quer falar sobre o ataque.

Novo Notícias 

Opinião dos leitores

  1. Na minha opinião a imprensa deveria focar nesse debate, de termos uma lei mais punitiva e com ampla fiscalização para quem cria esse tipo de animal.

  2. Eu sou dona de pet, mas na minha opinião tinha que castrar todos os pitbulls até a exterminação total da espécie.

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