Ao defender a delação premiada na sentença em que condenou Antônio Palocci a doze anos de cadeia, Sérgio Moro cita extensamente o juiz americano Stephen S. Trott, autor de um artigo sobre o uso de criminosos como testemunhas.
Veja esse trecho citado por Moro:
“Nosso sistema de justiça requer que uma pessoa que vai testemunhar na Corte tenha conhecimento do caso. É um fato singelo que, freqüentemente, as únicas pessoas que se qualificam como testemunhas para crimes sérios são os próprios criminosos. Células de terroristas e de clãs são difíceis de penetrar. Líderes da Máfia usam subordinados para fazer seu trabalho sujo. Eles permanecem em seus luxuosos quartos e enviam seus soldados para matar, mutilar, extorquir, vender drogas e corromper agentes públicos. Para dar um fim nisso, para pegar os chefes e arruinar suas organizações, é necessário fazer com que os subordinados virem- se contra os do topo. Sem isso, o grande peixe permanece livre e só o que você consegue são bagrinhos. Há bagrinhos criminosos com certeza, mas uma de suas funções é assistir os grandes tubarões para evitar processos. Delatores, informantes, co-conspiradores e cúmplices são, então, armas indispensáveis na batalha do promotor em proteger a comunidade contra criminosos. Para cada fracasso como aqueles acima mencionados, há marcas de trunfos sensacionais em casos nos quais a pior escória foi chamada a depor pela Acusação. Os processos do famoso Estrangulador de Hillside, a Vovó da Máfia, o grupo de espionagem de Walker-Whitworth, o último processo contra John Gotti, o primeiro caso de bomba do World Trade Center, e o caso da bomba do Prédio Federal da cidade de Oklahoma, são alguns poucos dos milhares de exemplos de casos nos quais esse tipo de testemunha foi efetivamente utilizada e com surpreendente sucesso.”
Lula teve uma conversa recentemente com o ministro da Previdência, Wolney Queiroz, sobre o escândalo no INSS. Pediu diálogo com as centrais sindicais para evitar novas crises com os aliados.
No meio da semana, Queiroz se reuniu, em São Paulo, com representantes sindicais para se apresentar. Foi a primeira conversa dele com as centrais e o escândalo do INSS entrou na pauta.
No dia 26 de maio, por decisão do governo, todos os então integrantes do Conselho Nacional de Previdência Social que representavam entidades citadas nas fraudes do INSS foram temporariamente afastados. O ministro solicitou às centrais sindicais que indiquem novos integrantes para compor o conselho.
“Nós abrimos a reunião pedindo a indicação dos substitutos das entidades que foram momentaneamente afastadas. Nós não fizemos nenhum juízo de valor, e consideramos a presunção de inocência, mas pedimos que as entidades com Acordos de Cooperação Técnica suspensos fossem afastadas até que se encerrem as investigações pela Controladoria-Geral da União (CGU)
“Eu fiz questão de vir a São Paulo reunir as centrais sindicais do Brasil para poder fazer esse gesto em nome do governo federal, dizer o quanto é importante a presença delas para tocarmos o ministério”, disse Queiroz.
O ministro está no olho do furacão desde que assumiu a Previdência na esteira da queda de Carlos Lupi por causa do escândalo bilionário de descontos fraudulentos operados por sindicatos em aposentadorias.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que quer coordenar uma possível campanha para a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no pleito que será realizado em 2026.
Silveira declarou que Lula é a única “solução razoável” para manter a estabilidade democrática e que outros candidatos representam uma “ameaça forte” ao equilíbrio econômico e social do país. A declaração foi dada em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, publicada nesta segunda-feira (9).
“Se o Lula for candidato, eu sou Lula, Lula Futebol Clube, Atlético Futebol Clube e coordenador da campanha dele. [Com] Lula candidato, não tem quem me convença a estar distante dele. E vou te falar mais, estou tão junto que, se ele não quiser que eu seja candidato e quiser que eu coordene a campanha dele, eu coordeno, e quero deixar isso público e bem ressaltado. Se tiver qualquer embaraço partidário, é só ele me pedir para coordenar a campanha dele”, disse o ministro.
No sábado (7.jun), o presidente do PSD, Gilberto Kassab, voltou a dizer que o partido apoiará o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), na disputa pela Presidência caso o político decida abrir mão da disputa pela reeleição no Estado.
Kassab já disse em outras oportunidades que Tarcísio é prioridade para o Planalto. Em abril, durante um evento em São Paulo, por exemplo, ele afirmou: “Se ele [Tarcísio] for candidato, a centro-direita não lança nenhum outro candidato”.
Para Silveira, uma candidatura própria do PSD seria algo “prematuro”. Ele reforçou o apoio a Lula no pleito de 2026 e disse “não ver possibilidade” de o petista não se candidatar à reeleição.
“Eu acho que é muito prematuro. Muito prematuro. Prematuro diante de um país tão convulsionado politicamente. A minha decisão, eu reafirmo. Não há salvação fora do presidente Lula em 2026. Eu não vejo possibilidade de Lula não ser candidato, pelo que ele representa. Por ser ele a única condição de impedir a volta da insanidade. Não sendo ele, a eleição vai ficar completamente aberta. Porque vai depender muito do caminho que o PT vai percorrer sem ele. Se o PT vai querer insistir numa candidatura ou se o PT vai construir uma coalizão para evitar a barbárie no Brasil”, disse.
A respeito de um possível adversário de Lula nas próximas eleições, Silveira disse acreditar que Jair Bolsonaro (PL) é o único nome que representa o campo da direita. O ministro aposta em uma “solução familiar” para contornar a inelegibilidade do ex-presidente.
“A solução dele vai ser caseira, vai ser familiar. Essa é a minha leitura. Minha leitura é que o único estadista que tem hoje no Brasil é o presidente Lula. Ele não tem projeto político pessoal, não tem projeto partidário, não tem… Eu estou afirmando, essa é a minha leitura, não estou falando por ele. O projeto do presidente Lula é o legado que ele quer deixar de construção de um país mais justo”, declarou.
O brasileiro Thiago Ávila afirma que o barco de ativistas onde ele está e que seguia em direção à Faixa de Gaza foi interceptado pelo exército de Israel neste domingo (8). Além do brasiliense, há 11 ativistas a bordo do Madleen, entre eles a sueca defensora do meio ambiente Greta Thunberg.
Entrada de ajuda humanitária em Gaza
Após bloquear a entrada de ajuda humanitária em Gaza, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, recuou e suspendeu o bloqueio no enclave palestino em 19 de maio.
Segundo o governo israelense, a medida visava pressionar o Hamas a entregar o restante dos reféns que ainda estão em Gaza.
A medida agravou a crise humanitária em Gaza, e também fez com que a pressão internacional contra Benjamin Netanyahu aumentasse.
O projeto, chamado Freedom Flotilla Coalition, leva ajuda humanitária e também tem como objetivo atrair a atenção da comunidade internacional para o drama humanitário em Gaza.
A informação do ativista brasileiro foi postada na rede social dele em vídeos e textos. Ávila afirma em uma gravação que a embarcação deles foi interceptada pelo exército. Na filmagem é possível perceber que é noite, mas não há como entender de fato o que está acontecendo enquanto alarmes soam.
“Estamos cercados pelos barcos deles. Sim! Isso é uma interceptação, um crime de guerra está acontecendo agora. Por favor, soem o alarme”, diz o brasileiro que veste um colete salva-vidas.
O Estado de Israel já estava em alerta para a viagem do Madlleen, o próprio Avila já havia feito uma postagem afirmando do receio de que isso ocorresse. “A unidade S13 que foi enviada para nos atacar é a mesma que executou 10 dos nossos participantes há 15 anos”, afirmou o brasileiro.
O governo federal propôs ao Congresso ampliar a taxação sobre as bets, casas de apostas esportivas e acabar com a isenção de imposto de renda sobre títulos de investimento como as Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e as Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs).
As mudanças servirão como alternativa ao decreto que aumentou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, será “recalibrado”.
No caso das bets, a proposta do governo prevê um aumento da taxação de 12% para 18% sobre o GGR (Gross Gaming Revenue), que é a receita bruta obtida pelas casas de apostas — ou seja, o total arrecadado com as apostas menos o valor pago em prêmios aos jogadores.
Segundo o ministro, os títulos de investimento que antes eram isentos de Imposto de Renda passarão a ser tributados com alíquota de 5%. As debêntures incentivadas também serão incluídas na nova regra. A tributação, no entanto, valerá apenas para novas aplicações. Os títulos que já foram emitidos, continuam isentos.
O governo também propôs mudanças na Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para instituições financeiras. A alíquota reduzida de 9%, que beneficiava fintechs, será extinta. Agora, elas serão tributadas em 15%.
O governo deve realizar, nesta segunda-feira (9), uma coletiva técnica para detalhar e explicar as medidas. As medidas serão incluídas conjuntamente em uma Medida Provisória.
O governo também anunciou em quais pontos do decreto do IOF haverá recuos:
Redução do IOF sobre crédito para empresas;
Corte de 80% na alíquota aplicada a operações de risco sacado (um os pontos mais polêmicos do decreto);
Redução do IOF sobre seguros de vida com prêmio por sobrevivência (como o VGBL);
As medidas foram apresentadas após uma reunião que durou cinco horas, na residência oficial da presidência da Câmara.
Além de Haddad, participaram da reunião a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e líderes do Congresso Nacional.
A reunião com os líderes do Congresso foi marcada na semana passada, durante um almoço entre o presidente Lula, Haddad e os presidentes da Câmara e do Senado. O objetivo era justamente apresentar as medidas alternativas ao decreto que elevou o IOF em determinadas operações.
Pressão sobre decreto do IOF
Com a repercussão negativa do decreto, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, deu, no último dia (29), um prazo de 10 dias para que a equipe econômica apresentasse uma alternativa.
A exigência veio após a insatisfação de parlamentares com o aumento do tributo e a ameaça de derrubada da proposta pelo Legislativo, o que comprometeria os cálculos da equipe econômica. O governo espera arrecadar cerca de R$ 18 bilhões em 2025 com a medida.
Com esse prazo, a equipe econômica começou uma corrida para definir propostas alternativas para compensar essa provável perda de arrecadação.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus acusados de integrarem o núcleo crucial da suposta trama golpista serão interrogados no Supremo Tribunal Federal (STF) a partir desta segunda-feira (09/06).
A nova fase do julgamento acontece após terem sido ouvidas testemunhas indicadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pelas defesas dos acusados.
Desde março, quando a denúncia foi aceita pela Primeira Turma, eles respondem formalmente pelos crimes de tentativa de golpe, abolição do Estado Democrático, organização criminosa e dano ao patrimônio.
As falas serão transmitidas ao vivo pela TV Justiça e pelo canal do YouTube do Supremo e terão início na segunda-feira (9), a partir das 14h.
Caso os interrogatórios não sejam concluídos no primeiro dia, outras quatro sessões também foram marcadas para acontecerem nas seguintes datas: 10/06 às 9h; 11/06 às 8h; 12/06 às 9h e 13/6 às 9h.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniu neste domingo (8) com os presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre, além de líderes partidários para apresentar medidas alternativas à alta do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF).
A reunião começou por volta das 18h na Residência Oficial da Câmara, no Lago Sul, em Brasília, e ainda não terminou.
Congresso e Executivo buscam um consenso sobre o assunto. Com a alta do IOF, a equipe econômica previa arrecadar, só neste ano, R$ 20 bilhões.
Reação negativa
O anúncio, feito após um decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) há pouco mais de duas semanas, causou forte reação do mercado e do Congresso. Nas duas Casas foram apresentadas mais de 20 propostas para derrubar o decreto.
Esse movimento fez com que o governo recuasse em parte da medida. Horas após o anúncio, o governo revogou o IOF mais alto para sobre aplicações de investimentos de fundos nacionais no exterior, o que deve reduzir o potencial arrecadatório em cerca de R$ 1,4 bilhão.
Em uma tentativa de arrefecer a tensão, Haddad chegou a se reunir uma primeira vez com Motta e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).
No encontro, realizado em 28 de maio, os presidentes das duas Casas deram um prazo de dez dias para que o Planalto apresentasse alternativas à alta do tributo. Os congressistas ainda cobraram soluções “estruturantes”.
Haddad afirmou ter dito a Motta e Davi Alcolumbre que a manutenção do decreto era necessária para manter o funcionamento da máquina pública.
Neste sábado, o presidente da Câmara, Hugo Motta, afirmou que espera que o veredito seja tomado ainda neste domingo, após uma reunião, contudo não descartou pautar projeto que derruba alta do IOF.
Em pelo menos 25 anos, o Congresso Nacional nunca usou um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) para derrubar um decreto presidencial.
Além da alegria e das apresentações culturais que encantam moradores e turistas, um outro aspecto ganha destaque no São João de Natal: a movimentação da economia local, impulsionada por centenas de ambulantes que encontram na festa uma oportunidade de renda. A Prefeitura do Natal, por meio da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur), possibilitou que o comercio de produtos e alimentos na festa, acontecesse de forma organizada e segura, graças ao ordenamento dos trabalhadores no entorno do Polo Arena das Dunas.
Os ambulantes que atuam no evento são previamente cadastrados e passam por orientações da equipe de fiscalização, respeitando os critérios definidos pela Portaria Especial nº 5745/2025. A normativa determina que apenas os ambulantes autorizados podem ocupar o espaço com barracas e equipamentos, sendo terminantemente proibida a utilização de materiais deteriorados, como freezers danificados, ou qualquer estrutura improvisada.
Segundo Jailson Fernandes, agente de ordenamento urbano da Semsur, todo o processo de liberação e organização dos pontos de venda é planejado com foco na segurança e no bom fluxo de pessoas. “Todos os ambulantes aqui são cadastrados. A Semsur deixou tudo muito organizado. Estamos fiscalizando o uso de garrafas de vidro, que são proibidas, e garantindo que não haja obstruções no espaço para facilitar a circulação do público. O trabalho é constante, durante todo o evento, para garantir ordem e segurança”, afirmou.
O prefeito Paulinho Freire ressaltou a importância da organização do evento como parte do compromisso da gestão com o bem-estar da população e a valorização da economia local. “Um evento deste porte precisa ser bem planejado em todos os detalhes. Estamos garantindo que o São João de Natal seja uma festa bonita, segura e que também gere oportunidade para quem mais precisa. A atuação da Semsur com os ambulantes é essencial para que tudo ocorra com tranquilidade. E a nossa expectativa é que o volume de vendas neste São João supere até mesmo o registrado no Carnaval, quando o setor econômico da cidade faturou mais de R$ 190 milhões”, destacou o prefeito.
Entre os diversos ambulantes que aproveitam a movimentação do São João no Polo Arena das Dunas para garantir uma renda extra, Luiz Felipe comemora os bons resultados das vendas. “Eu vendo caipirinha, principalmente a caipifruta, que o pessoal adora. Ontem o movimento já foi bom, mas hoje está ainda melhor. A programação ajuda bastante nas vendas. O público de Pablo e Calcinha Preta costuma caprichar na bebida pra curtir aquela sofrência com mais emoção. As caipirinhas estão saindo bem, está fluindo, e a expectativa é que continue assim nos próximos dias.”
Para muitos trabalhadores, como o ambulante João Carlos, a festa tem sido um alívio financeiro e uma chance de crescimento. “Estou muito satisfeito com a estrutura. A organização da Prefeitura está de parabéns. A gente se sente respeitado, com espaço garantido para trabalhar. Está sendo muito bom para mim e para minha família”, declarou.
O São João de Natal segue sendo não apenas uma grande celebração cultural, mas também parte de uma engrenagem importante para o desenvolvimento econômico da cidade. O modelo de gestão adotado permite que a festa seja democrática, inclusiva e benéfica para todos os envolvidos, do público que se diverte com segurança aos trabalhadores que garantem o sustento através da cultura e do empreendedorismo.
A indefinição sobre uma alternativa ao decreto que aumentou as alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) conta a favor do governo. Desde o início da entrada em vigor do decreto, no dia 23 de maio até sábado, o governo já arrecadou R$ 1,3 bilhão dos R$ 19 bilhões previstos pelo Ministério da Fazenda até o fim do ano com as medidas, segundo cálculos feitos pela coluna de Mariana Barbosa, do UOL.
O IOF é automático e, portanto, difícil de sonegar. No entanto, essa conta pode ser afetada caso o aumento das alíquotas tenha resultado em uma retração da atividade, com empresas evitando tomar empréstimos que ficaram mais caros com o imposto.
O uso do IOF para fins de arrecadação para cumprir as regras do arcabouço fiscal, sem medidas estruturantes que possam limitar a trajetória de aumento do gasto público, provocou uma das maiores reações da classe empresarial e financeira já vista nos últimos tempos.
O Congresso Nacional tomou a frente dessa reação, com o presidente da Câmara, Hugo Motta, ameaçando derrubar o decreto e propondo a discussão de medidas estruturantes para conter o gasto público.
Neste domingo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, vai se reunir com Motta e com o presidente do Senado, David Alcolumbre, para apresentar alternativas estruturantes. Ontem, ao deixar um evento do Esfera Brasil realizado no Guarujá, Motta declarou esperar que o governo apresente alternativas ao IOF. Alertou, contudo, que, se isso não acontecer, está preparado para pautar um Projeto de Decreto Legislativo para derrubar a medida.
O tema do corte de gastos dominou o evento do Esfera, que contou com a participação de Motta, do ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo, ministros de estado, governadores, empresários e banqueiros. O chairman do BTG, André Esteves, comparou o momento atual ao consenso em torno do combate à inflação com o Plano Real há 30 anos. “Estamos ganhando uma consciência que não tínhamos há muito tempo. Não vamos ter a ilusão de que a lista de 26 coisas que precisam ser feitas será aprovada na quarta-feira. Mas o consenso sobre a necessidade de estabilizar a dívida pública chegou”, disse Esteves.
Abusando de figuras de linguagem, Motta reproduziu o coro da plateia e da organização do evento sobre a necessidade de conter o gasto público falando da necessidade do país escolher entre “adiar o inevitável ou enfrentar o inadiável”: “Chegamos a um ponto de inflexão”; “Máquina pública que engorda enquanto o cidadão emagrece”; “Enquanto a população aperta o cinto, o estado não pode crescer a própria barriga”; “Cada crise é um novo remendo e o fio está acabando. Se nada for feito, a costureira morre e leva o país junto.”
A reunião do Ministro Fernando Haddad com os presidentes da Câmara (Hugo Motta) e do Senado (David Alcolumbre) neste domingo, contudo, não deve ser conclusiva — e muitas das propostas colocadas na mesa para compensar o IOF vão depender de grandes negociações com o Congresso. É o caso de um corte linear nas isenções fiscais, que somam mais de R$ 700 bilhões — uma conta que inclui, entre outros, Zona Franca de Manaus, Simples, Cesta Básica, agrotóxicos e deduções no Imposto de Renda para gastos com saúde e educação privados.
Dentre as medidas que podem ter efeito imediato está o repasse de dividendos de BNDES, Banco do Brasil e Petrobras, que acumulam uma reserva de lucro de quase R$ 30 bilhões.
Há um certo consenso sobre o aumento da tributação das apostas esportivas, dado os efeitos deletérios na saúde da população. Hoje a alíquota é de 12% por deliberação do Congresso. O projeto original do governo era de uma alíquota de 18%.
Arrecadação diária
Para chegar nessa conta, a coluna dividiu os R$ 19 bilhões pelos dias corridos da entrada em vigor do decreto e o fim do ano para chegar no valor diário de arrecadação. Como o risco sacado entrou em vigor apenas na segunda semana, foi descontado 15% da arrecadação diária nos primeiros oito dias de arrecadação, uma estimativa considerada conservadora para essa operação. Mantida a atividade econômica projetada pela Fazenda, a cada dia que passa são mais R$ 88,8 milhões em arrecadação.
O primeiro final de semana deste mês de junho marcou a estreia do São João do Povo 2025, da Prefeitura Municipal de Macaíba, com sua programação voltada às comunidades rurais. Na sexta-feira (6), Riacho do Sangue foi o ponto de partida, atraindo um grande público, que compareceu à quadra poliesportiva local para ouvir muito forró, dançar e se divertir com a apresentação de quadrilha junina. Os shows da noite foram de Dedé Asa Branca e Forró Meirão. No intervalo entre as atrações musicais, se apresentou a quadrilha Sonho Junino.
No sábado (7), foi a vez de Mangabeira, mais precisamente no Loteamento Santa Rosa, com atrações musicais e também apresentação de quadrilha junina para animar a melhor época do ano para o povo nordestino. Quem animou a noite com músicas foram Rodrigo & Marcelo e Forró da Live. As quadrilhas Pisa na Fulô e Sonho Junino se apresentaram no intervalo.
A programação da zona rural continua no próximo fim de semana, quando serão contempladas as comunidades As Marias e Bela Macaíba, além do distrito de Canabrava. Ao todo, serão 11 polos com shows musicais e apresentação de quadrilhas juninas no interior. A novidade desse ano é o acréscimo de Bela Macaíba e Lagoa dos Cavalos.
Até o dia 28 de junho, haverá shows na zona rural, com início previsto para às 19h nas sextas e sábados e 16h aos domingos. Entre 29 de junho e 2 de julho, será promovida mais uma edição do Arraiá Quatrocentão, em parceria com a TV Ponta Negra, no ginásio Edilson Albuquerque, a partir das 19h. Por fim, de 3 a 5 de julho, será a vez dos shows no polo Centro, com atrações regionais e nacionais, começando a partir das 20h.
“O São João do Povo está no quinto ano. É importante ressaltar que, neste ano, aumentamos ainda mais os dias de eventos. Além das sextas e sábados, vamos fazer também no domingo, como vai ser no dia 15 lá em Canabrava e no dia 22 em Lagoa dos Cavalos. É um evento maravilhoso, porque além de levar entretenimento às famílias macaibenses, a gente também fomenta a economia local. Na zona urbana, a festa é grandiosa. A gente tem Arraiá Quatrocentão e três noites de grandes atrações na Pista Nova e quero contar com vocês lá.”, relatou o prefeito Emídio Júnior durante a abertura dos festejos em Riacho do Sangue.
Comente aqui