A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), através da Subcoordenadoria de Vigilância Epidemiológica (Suvige), divulgou nesta segunda-feira (04) nota de esclarecimento a respeito da situação epidemiológica da Influenza A (H1N1) no Rio Grande do Norte. Segundo a nota, entre os meses de julho e setembro de 2013, o Instituto Evandro Chagas (Belém-PA) emitiu 164 laudos de casos suspeitos para a doença, tendo sido 22 confirmados para H1N1, 4 confirmados para Influenza A não subtipado, 2 confirmados para Influenza A/H3 sazonal, 13 confirmados para metapneumovirus, 11 para Influenza B e 112 negativos para vírus respiratórios.
A nota esclarece que, das 22 novas confirmações de Influenza A (H1N1), 02 casos foram a óbito. O primeiro foi de uma criança de 1 ano de idade, residente no município de Ceará Mirim, notificada em 25/06/2013, evoluindo para óbito em 01/07/2013. O segundo caso foi de um adolescente de 16 anos de idade com histórico de doença de base, residente no município de Canguaretama, notificado em 26/08/2013, indo a óbito em 06/10/2013.
A Influenza A (H1N1) é uma doença respiratória aguda (gripe), transmitida de pessoa para pessoa, principalmente por meio da fala, tosse ou espirro e de contato com secreções respiratórias de pessoas infectadas. A Sesap chama a atenção para as principais medidas de prevenção que são: lavar as mãos com água e sabão, especialmente após tossir ou espirrar; ao tossir ou espirrar, cobrir a boca com lenço descartável; não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal; lavar as mãos frequentemente e não levar as mãos sujas aos olhos, nariz e boca.
A caminho da Malásia, o secretário americano de Estado, Marco Rubio, confirmou que Donald Trump tem planos de se encontrar com o presidente Lula em Kuala Lumpur, em uma reunião bilateral, e indicou que o objetivo dos EUA é afastar o Brasil da China.
Também manifestou preocupação em relação a ações da Justiça brasileira contra big techs americanas, mas afirmou que os EUA estão dispostos a “superar” dificuldades com o Brasil. No entanto, indicou que o encontro de hoje pode terminar sem definições a respeito de um eventual alívio no tarifaço de 50% imposto a produtos brasileiros exportados para os EUA, objetivo de Lula.
A reunião entre os dois presidentes é esperada para a tarde de hoje na Malásia, início da manhã no Brasil.
Em conversa com jornalistas no sábado no avião que o levava de Doha, no Catar, a Kuala Lumpur, na Malásia, transcrita pelo Departamento de Estado, Rubio demonstrou não se lembrar bem do local em que a reunião aconteceria, mas depois confirmou que a intenção de Trump é ter uma reunião com Lula na capital malaia, em paralelo à cúpula da Asean, grupo que reúne economias do Sudeste Asiático:
— Sim, é lá que eles vão se encontrar. Eles se verão.
Rubio mencionou decisões da Justiça brasileira contra big techs americanas como um dos problemas que provocaram rusgas entre os dois países, mas afirmou que Trump buscará na conversa com Lula uma forma de “superar tudo isso”. E não tocou na situação jurídica do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O auxiliar de Trump indicou que o plano do governo americano é convencer o Brasil a estabelecer com os EUA uma relação de parceria “preferencial” em vez da China. E destacou a relevância da economia brasileira ao ser perguntado sobre o objetivo do encontro de Trump com Lula:
— Veja bem, o Brasil é um país grande e importante. Achamos que, a longo prazo, é benéfico para o Brasil nos escolher como parceiro preferencial no comércio em vez da China, por motivos de geografia, cultura e alinhamento em muitos aspectos.
E continuou, referindo-se ao que o governo Trump avalia como cerceamento à livre expressão em redes sociais americanas pela Justiça brasileira:
— Obviamente, temos alguns problemas com o Brasil, particularmente em relação a como alguns de seus juízes têm tratado o setor digital dos Estados Unidos, afetando pessoas localizadas em nosso país por meio de postagens em redes sociais. Teremos que lidar com isso também. Isso acabou se misturando a toda essa questão. Mas o presidente vai explorar se há maneiras de superar tudo isso, porque acreditamos que seria benéfico. Vai levar algum tempo.
O secretário mencionou o rápido encontro de Lula e Trump nos bastidores da Assembleia Geral da ONU, a conversa telefônica que os dois tiveram há duas semanas — que classificou como “muito positiva” e “produtiva” — e também a reunião com o chancelar brasileiro, Mauro Vieira, na semana passada, em Washington.
— Eles se encontraram brevemente na ONU. Tiveram uma ligação muito boa há cerca de duas semanas, uma conversa produtiva. Mas essas coisas… é uma economia muito, muito grande, então vai levar tempo para resolver algumas dessas questões comerciais — afirmou Rubio.
As autoridades francesas prenderam dois suspeitos de envolvimento no assalto ao Museu do Louvre, ocorrido há uma semana. As detenções aconteceram na noite de sábado (25).
Um dos homens foi capturado no aeroporto Charles-de-Gaulle, em Paris, quando tentava embarcar para a Argélia. O outro foi preso na região metropolitana da capital, supostamente prestes a fugir para o Mali.
Segundo o Le Parisien, ambos têm cerca de 30 anos, são da região de Seine-Saint-Denis e já eram conhecidos da polícia por envolvimento em furtos. As investigações indicam que eles possam ter atuado a mando de terceiros.
A apuração está sob responsabilidade da Brigada de Repressão ao Banditismo (BRB) e do Escritório Central de Combate ao Tráfico de Bens Culturais (OCBC), com cerca de 100 investigadores mobilizados.
Os dois suspeitos foram levados à polícia judiciária de Paris e podem permanecer sob custódia por até 96 horas.
O presidente Donald Trump afirmou a jornalistas, na entrada da reunião com o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que as tarifas impostas ao Brasil podem ser negociadas muito rapidamente. O encontro aconteceu Kuala Lampur, na Malásia, na tarde deste domingo (26) no horário local (manhã de domingo no Brasil).
“A circunstância com a qual estamos lidando agora ainda será discutida, e eu acho que provavelmente chegaremos a uma conclusão bem rápido. Nós nos conhecemos, sabemos o que cada um quer. Acho que chegaremos a uma conclusão”, disse ele.
Ainda antes da reunião, questionado se as penas contra o ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, eram uma das condições para as negociações com o governo brasileiro, o líder americano disse que isso não era da conta dos jornalistas. “Eu gosto de Bolsonaro. Ele é um bom sujeito. Nós ficamos incomodados com as penas contra ele”, afirmou Trump.
Membros do governo brasileiro afirmaram após o encontro, porém, que o ex-presidente foi um assunto brevemente tocado na conversa, sendo mencionado por Lula apenas para deixar claro que Bolsonaro foi julgado pelo Judiciário brasileiro, um órgão independente.
Embora o encontro estivesse acertado há dias, e tenha ocorrido nessa tarde, a reunião permaneceu fora da agenda oficial da presidência para evitar que, caso ocorresse algum imprevisto, o governo brasileiro ficasse em posição sensível.
A apreensão foi semelhante à vivida pelo governo durante a organização da reunião. A preferência para que fosse em um país terceiro se deu devido ao temor de que Trump seria uma figura imprevisível, e que uma visita a Washington para discutir o problema poderia colocar Lula em uma situação inadequada.
O medo era de que o americano fizesse uma espécie de emboscada para o brasileiro, a exemplo do que fez com outros líderes europeus na Casa Branca. Os dois presidentes participam como convidados na Malásia da cúpula da Asean (Associação dos Países do Sudeste Asiático, em português).
O encontro também foi precedido por apreensão do governo devido a falas de Lula em seu giro pela Ásia. Quando passou por Jacarta, na Indonésia, o presidente tocou em temas sensíveis para os americanos, como a Venezuela, e criticou o protecionismo do país sem citar Trump nominalmente.
Em conversa com jornalistas, Lula disse que traficantes são “vítimas” de usuários de drogas, referindo-se aos ataques dos EUA a embarcações da Venezuela.
Em conversa com jornalistas logo após decolar, Trump afirmou que poderia diminuir as tarifas do Brasil “sob circunstâncias certas”. Já Marco Rubio, ao falar com a imprensa a bordo do Air Force One após a saída do Catar, disse que é melhor para o Brasil, a longo prazo, que o país seja parceiro comercial dos EUA, e não da China.
O secretário de Estado afirmou ainda que questões políticas podem estar ligadas ao possível acordo com o Brasil.
“Obviamente, temos alguns problemas com o Brasil, particularmente com a forma como eles têm tratado alguns de seus juízes, com o setor digital nos Estados Unidos, com os indivíduos localizados nos Estados Unidos, por meio de postagens nas redes sociais. Teremos que resolver isso também”, disse ele.
“Isso se tornou um problema em tudo isso. Mas o presidente vai explorar se há maneiras de resolver tudo isso, porque achamos que será benéfico fazê-lo. Vai levar algum tempo.”
A guerra pelo bilionário mercado de delivery no Brasil atingiu um novo patamar e se transformou em caso policial em São Paulo, com suspeitas de espionagem corporativa. Na última sexta-feira (24/10), a Polícia Civil paulista iniciou investigação sobre um ex-funcionário do iFood, acusado de levar informações sigilosas para uma empresa concorrente de origem asiática.
Segundo a denúncia, o ex-colaborador teria transferido milhares de dados de clientes e informações internas para dispositivos pessoais e compartilhado parte do conteúdo com um sobrinho. Ele nega as acusações e atualmente trabalha na 99 Food, aplicativo de delivery que começou a operar em São Paulo em agosto. Durante o cumprimento da ordem judicial, foram apreendidos computadores, celulares e pen drives, que passarão por perícia técnica.
Esta não foi a única ação envolvendo a guerra entre empresas. No início da semana, outro ex-funcionário do iFood foi alvo de busca e apreensão em Itaquera, zona leste da capital. O caso envolve suspeita de repasse de informações para a Keeta, do grupo chinês Meituan, que iniciará operações no Brasil em Santos e São Vicente, com planos de expansão para São Paulo ainda em 2025. A empresa nega as acusações.
O iFood vem investigando casos desse tipo desde o início do ano. A empresa suspeita que diversos funcionários foram assediados por consultorias internacionais, principalmente da China, oferecendo até R$ 5.500 para obter informações sobre faturamento, precificação e margens de lucro, configurando um possível caso de espionagem industrial.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nas redes sociais que teve uma “ótima reunião” com o americano Donald Trump neste domingo (26), na Malásia. Segundo o brasileiro, o encontro foi “franco e construtivo” e serviu para tratar da agenda comercial e econômica bilateral. Lula destacou que as equipes de ambos os países vão se reunir “imediatamente” para buscar soluções sobre tarifas e sanções aplicadas a autoridades brasileiras.
A reunião ocorreu no Centro da Cidade de Kuala Lumpur (KLCC), às 15h30, horário local (4h30 de Brasília), e durou cerca de 50 minutos. Foi o primeiro encontro presencial entre os dois desde uma breve conversa durante a Assembleia Geral da ONU, em setembro, e acontece no contexto das tarifas de 50% sobre produtos brasileiros impostas pelos EUA e das sanções a autoridades brasileiras relacionadas ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro.
No encontro, Lula afirmou não haver assunto proibido e pediu que o tarifaço fosse suspenso enquanto durassem as negociações. Estiveram ao lado do presidente brasileiro o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, o assessor do Ministério do Desenvolvimento, Márcio Elias Rosa, e o diplomata Audo Faleiro, ligado ao assessor especial da presidência, Celso Amorim. Pelo lado americano, participaram o secretário de Estado Marco Rubio, o secretário do Tesouro Scott Bessent e o representante de Comércio Jamieson Greer.
Na primeira parte do encontro, os líderes conversaram com a imprensa por cerca de 10 minutos. Questionado sobre a possibilidade de redução das tarifas, Trump disse que o assunto seria discutido: “Sabemos o que cada um quer”. O americano afirmou ainda ser uma “honra” estar com Lula e que provavelmente fariam “alguns bons acordos”.
O presidente do Conselho de Ética da Câmara, deputado Fabio Schiochet (União-SC), apresentou um projeto de lei que cria o crime de “Gestão Temerária em Empresa Estatal”, com penas de 2 a 8 anos de prisão para dirigentes que, por negligência ou imprudência, causem prejuízos relevantes a empresas públicas. A proposta foi protocolada na quinta-feira (23) e prevê alterações no Código Penal Brasileiro.
A informação é da coluna do Igor Gadelha, do Metrópoles. O texto determina que será punido o gestor que praticar ato de má administração capaz de gerar dano econômico expressivo ao patrimônio da estatal. Entre as condutas enquadradas estão violar normas legais ou estatutárias, assumir riscos desproporcionais e realizar operações sem respaldo técnico, contábil ou jurídico suficiente. O deputado, porém, exclui da aplicação da lei situações decorrentes de eventos macroeconômicos extraordinários ou de políticas públicas determinadas formalmente por órgãos de controle.
Schiochet citou os Correios como exemplo de caso que justifica a urgência da proposta. A estatal registrou prejuízo de R$ 4,3 bilhões apenas no primeiro semestre de 2025, segundo dados oficiais. Para o parlamentar, esse tipo de resultado demonstra “a necessidade de punir condutas de má gestão desvinculadas de corrupção, mas que ainda assim causam danos vultosos e evitáveis ao erário”.
O projeto será analisado inicialmente pelas comissões temáticas da Câmara antes de seguir para votação no plenário. Se aprovado, segue para o Senado e, posteriormente, para sanção presidencial.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) retorna da Ásia nesta terça-feira (28) sob forte expectativa pela escolha do novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). A cadeira está vaga desde 18 de outubro, quando foi oficializada a aposentadoria de Luís Roberto Barroso. Antes da viagem, havia a possibilidade de o anúncio ocorrer ainda no exterior, o que não se concretizou. O principal cotado é o advogado-geral da União, Jorge Messias, nome considerado favorito no Planalto.
Após a indicação, o nome escolhido precisará ser avaliado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e aprovado pelo plenário do Senado, com pelo menos 41 votos favoráveis. Messias, que vem adotando postura discreta para evitar a imagem de campanha, afirmou em recente evento no IDP (Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa) que o STF deve respeitar as políticas públicas definidas pelo Executivo e Legislativo, reforçando a defesa da autonomia entre os Poderes.
O segundo nome mais cotado é o do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado, que tem boa interlocução com ministros do STF. Diferente de Messias, Pacheco tem falado abertamente sobre o assunto e declarou estar “honrado” por ser lembrado, mas destacou que a decisão cabe exclusivamente ao presidente. “É importante que todas as etapas sejam cumpridas com espírito público e republicanismo”, afirmou na quinta-feira (23).
Nos bastidores, auxiliares do governo lembram que Lula costuma demorar algumas semanas para definir nomes ao Supremo. Em seu terceiro mandato, o petista levou 57 dias para indicar Cristiano Zanin, substituto de Ricardo Lewandowski, e 60 dias para anunciar Flávio Dino no lugar de Rosa Weber. Caso o ritmo se repita, a nova indicação deve ocorrer até meados de novembro, após o retorno do presidente e as conversas finais com aliados e líderes do Congresso.
A comunidade científica brasileira enfrenta dificuldades crescentes para manter suas atividades em meio à redução da cota de isenção de impostos para importação de materiais de pesquisa, mecanismo essencial administrado pelo CNPq. O valor destinado a essa isenção vem diminuindo nos dois últimos anos do governo Lula (PT), o que tem paralisado a chegada de equipamentos e insumos fundamentais a laboratórios de universidades e institutos.
Neste ano, a cota anual de US$ 229,2 milhões (R$ 1,2 bilhão) praticamente se esgotou antes do fim de 2025 — restando apenas 0,7% do total, segundo o CNPq. Instituições como UFRJ, UnB e UFABC já relatam impossibilidade de registrar novos pedidos desde o meio do ano. Pesquisadores afirmam que o impasse tem levado à interrupção de experimentos e atrasos em projetos, incluindo o radiotelescópio Bingo, parceria entre Brasil e China, que precisou recorrer a apoios emergenciais para prosseguir.
O contraste é que, ao mesmo tempo, os recursos do FNDCT (Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) atingiram cifras bilionárias, ampliando o financiamento geral da ciência, mas sem o aumento proporcional na cota de importação. Para a presidente da SBPC, Francilene Procópio Garcia, “houve irrigação de recursos, mas sem permitir que os laboratórios tivessem como comprá-los”. Uma nota técnica do CNPq reforça que a “redução da isenção fiscal compromete a eficiência dos investimentos em CT&I”.
A SBPC, a ABC e a Andifes enviaram carta à Casa Civil, alertando que a limitação da cota é um “entrave crítico ao desenvolvimento científico” e pedindo ampliação imediata. O documento foi encaminhado ao Ministério da Fazenda e ao MCTI, que afirmaram acompanhar o caso e buscar soluções conjuntas. O CNPq reconheceu a insuficiência dos valores e tenta liberar novo aporte ainda neste ano, projetando para 2026 uma cota mínima de US$ 400 milhões para atender à demanda reprimida.
Enquanto o impasse não é resolvido, pesquisadores apontam que o atraso nas importações freia o avanço de descobertas e o ritmo da inovação no país. “Com esses entraves, você retarda o desenvolvimento das pesquisas”, lamenta o professor Romildo Toledo, da Coppe/UFRJ, que tenta há meses importar um equipamento essencial ao seu laboratório.
Durante o encontro com o presidente americano Donald Trump, neste domingo (26), em Kuala Lumpur, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que não há motivo para desavença entre Brasil e Estados Unidos. O petista destacou que os dois países devem manter uma relação baseada no diálogo e no respeito mútuo, reforçando a importância de evitar conflitos diplomáticos.
Lula afirmou que levou uma “longa pauta” para a conversa com Trump e se disse otimista com a possibilidade de avanços concretos nas negociações comerciais. O encontro ocorre em meio à expectativa de um acordo que reduza as barreiras tarifárias impostas pelos EUA a produtos brasileiros — medida que gerou tensão entre os dois governos nos últimos meses.
Trump, por sua vez, declarou que espera um resultado positivo para ambos os países, elogiando o Brasil e ressaltando o respeito pelo presidente brasileiro. O americano afirmou que as conversas caminham para uma solução rápida sobre as tarifas, sinalizando disposição para uma reaproximação diplomática.
Essa foi a primeira reunião presencial entre Lula e Trump, com duração aproximada de 50 minutos. O encontro ocorreu durante a 47ª Cúpula da ASEAN (Associação das Nações do Sudeste Asiático), e marcou o primeiro gesto concreto de tentativa de reconstrução da relação entre as duas maiores economias do continente americano.
A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, inicia nesta semana uma nova rodada de reuniões com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e líderes partidários da base e do Centrão para medir o tamanho do apoio ao governo e tentar reorganizar a articulação política. A ministra pretende se reunir com representantes do MDB, PSD, Podemos, PP, União Brasil e Republicanos, partidos que mantêm cargos na Esplanada, mas vêm demonstrando divisão em votações recentes.
O governo busca recompor sua base após a derrota com a derrubada da MP 1303, que tratava do IOF. Desde então, aliados do Centrão foram exonerados de cargos federais, o que aumentou a tensão política. Agora, Gleisi tenta reconstruir pontes e negocia redistribuição de cargos e revisão de demissões, condicionando a retomada de espaços à fidelidade em votações-chave. Nos bastidores, integrantes do Planalto avaliam que a estratégia surtiu efeito, já que deputados que haviam se afastado do governo agora buscam reaproximação e novas indicações.
Na avaliação de Gleisi, a recomposição é essencial para garantir apoio a projetos econômicos prioritários e para o desenho de estratégias eleitorais visando 2026. Um dos exemplos de conciliação ocorreu com o PP, que manteve sua cota no Ministério dos Esportes após acordo que garantiu a permanência de André Fufuca sem punições internas.
O presidente da Câmara, Hugo Motta, reconheceu que a relação entre o governo e o Congresso “ainda tem muito a melhorar” e cobrou liberação de emendas e ajustes na articulação política. Ele prometeu votar ainda nesta semana o projeto de corte de gastos do Executivo, enquanto o Planalto planeja reenviar o conteúdo da MP 1303 em dois projetos de lei e uma nova medida provisória, com foco na tributação de apostas esportivas, fintechs e juros sobre capital próprio — pontos que devem gerar resistência no plenário.
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