Economia

IBGE: Prévia da inflação oficial acelera e sobe 0,48% em outubro; carne teve maior impacto e ficou mais cara

13483846_H1191647Foto: Bloomberg/Dimas Ardian

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), prévia da inflação oficial, acelerou e subiu 0,48% em outubro. No mês anterior, a alta havia sido de 0,39% no mês anterior, informou o IBGE nesta terça-feira. Pesquisa da Reuters com economistas estimava alta de 0,51% para o período.

Com o resultado de outubro, o acumulado no ano subiu a 5,23%, acima da taxa de 4,46% do mesmo período de 2013. Nos últimos 12 meses, o IPCA-15 ficou em 6,62%, a mesma variação dos 12 meses imediatamente anteriores (6,62%), já que o IPCA-15 de outubro de 2013 também foi de 0,48%.

A meta oficial do governo, orientada pelo IPCA, para o ano é de 4,5%, podendo chegar a 6,5%. Considerando o IPCA-15, portanto, em 12 meses a inflação está acima do objetivo do governo.

Segundo o IBGE, cinco dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados mostraram aceleração na taxa de setembro para outubro, enquanto os outros quatro apresentaram desaceleração. Em outubro, os preços dos alimentos continuaram a subir e foram para 0,69%, após registrarem avanço de 0,28% em setembro.

Reportagem desta terça-feira do GLOBO mostra que a falta de chuvas já se reflete nos preços de alimentos. Segundo especialistas, no Sudeste, café, carne e leite sentem mais a estiagem.

Pelo IPCA-15, as carnes ficaram 2,38% mais caras em outubro e tiveram o mais elevado impacto individual no índice no mês, com 0,06 ponto percentual. Outros itens também apresentaram aumentos significativos em seus preços, como a cerveja (3,52%), o frango (1,75%) e o arroz (1,35%).

No grupo Habitação, cuja variação foi de 0,72% para 0,80% em outubro, os destaques foram as contas de energia elétrica, com alta de 1,28%, e o gás de cozinha, com 2,52%. Na energia elétrica, o maior resultado foi o de Goiânia (15,54%), onde as tarifas tiveram reajuste de 19% em 12 de setembro.

INFLAÇÃO NO RIO FICA ACIMA DA MÉDIA NACIONAL

De acordo com o instituto, os grupos Vestuário (de 0,17% para 0,70%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,30% para 0,37%) e Despesas Pessoais (de 0,31% para 0,40%) também mostraram aceleração nas taxas de crescimento de setembro para outubro.

O IBGE destaca o item empregado doméstico, no grupo Despesas Pessoais (de 0,31% para 0,40%): o item avançou 0,73% e merece destaque, afirma o instituto, porque as informações de rendimentos da Pesquisa Mensal de Emprego – PME das regiões metropolitanas de Porto Alegre e Salvador não estiveram disponíveis para os cálculos dos índices de julho, agosto e setembro, o que levou à adaptação da metodologia.

Já no grupo Transportes, o destaque são as passagens aéreas, que recuaram para 1,40% em outubro, enquanto haviam pressionado setembro com alta de 17,58%.

Entre os índices regionais, o maior foi o de Brasília (0,73%), em razão da alta da energia elétrica (5,99%) tendo em vista o reajuste de 18,88% em vigor desde 26 de agosto. O menor índice foi o de Belém (-0,04%), onde os alimentos consumidos em casa (-0,01%) mostraram pequena queda. No Rio, a taxa ficou em 0,34% — no ano a alta é de 5,07% e em 12 meses, de 6,43%, acima da média nacional, de 6,62%.

DIFERENÇAS ENTRE IPCA-15 E IPCA

A diferença entre o IPCA-15 e o IPCA é o período de apuração dos preços e na abrangência geográfica. Neste caso, de 14 de agosto a 12 de setembro. O indicador refere-se a famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia.

O IPCA, por sua vez, é coletado entre 1 e 30 do mês de referência. As regiões são de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Vitória e Porto Alegre, Brasília e municípios de Goiânia e Campo Grande.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Eu quero é que chegue a R$ 100'00, o governo do PT quer que o povo coma merda, eu acho é pouco, comer ovo vai ser luxo! aguardem!

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