Política

Alvo da Lava Jato, Renan Calheiros seria reeleito senador se eleições fossem hoje, diz pesquisa

Foto: Jefferson Rudy/08.03.2017/Agência Senado

O ex-presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) seria reeleito para mais um mandato de oito anos na Casa se as eleições fossem hoje. Levantamento do Paraná Pesquisas, divulgado nesta terça-feira (14), indicam que o peemedebista ficaria com a segunda das duas vagas do Estado para o Senado se as Eleições 2018 ocorressem agora.

O instituto questionou ao eleitor em quem votaria na primeira opção. Na pesquisa estimulada, ou seja, quando os nomes dos candidatos são dados ao eleitor, Ronaldo Lessa aparece com 24,5% e Renan surge com 16,1%. O terceiro colocado é Teotônio Vilela, com 15,8%.

Completam a lista Benedito de Lira (10,1%), Maurício Quintella (9%) e Marx Beltrão 8%. Os eleitores que não escolheriam nenhum deles são 11,8% e os indecisos, 4,8%.

O Paraná Pesquisas ouviu 1.500 eleitores de 46 municípios alagoanos entre os dias 6 e 9 de março. A margem de erro é de 2,5 pontos percentuais para mais ou para menos, e o nível de confiança chega a 95%.

É importante lembrar que Renan foi denunciado pelo MPF (Ministério Público Federal) ao STF (Supremo Tribunal Federal) por corrupção e lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Lava Jato em dezembro de 2016. Foi a primeira denúncia contra o senador na investigação relatada pelo ministro Edson Fachin no Supremo.

Antes, também em dezembro, o peemedebista se tornou réu pela primeira vez na Corte pelo crime de peculato (desvio de dinheiro público por funcionário que tem a seu cargo a gestão de verbas públicas). O caso tramita no Supremo desde 2007.

R7

Opinião dos leitores

  1. Lula e Renan são iguais em tudo. No jeito de fazer política, no de manipular seus discípulos eleitorais e no de vitimizar.
    Vou além: eles dois são provas que só existe político corrupto onde a sociedade é no mínimo conivente com essa corrupção. No mínimo porque na verdade a sociedade brasileira em sua maioria e em algum grau é corrupta também. Basta ver o resultado dessa pesquisa e da que coloca o Encantador de Jumentos em primeiro lugar.
    Isso deriva de quê? Do fato da maioria se espelhar, serem iguais a esses dois.

  2. Esses números não batem com a pesquisa apresentada em outros sites que dão o esperto e aproveitador Renan em terceiro. Mas isso é detalhe, ele nem deveria concorrer só aqui, nessas terras sem lei uma figura dessa, cheio de processos, pode concorrer e ser eleito.
    Pior é o sistema permitir um caso assim…

  3. Pelas terras tupiniquins, Henriquinho têm 11 mandatos, se eu não me engano, e se elege de novo fácil, fácil, sem precisar nem fazer campanha. Culpa de quem? do povo que vota mal ou em troca de alguma benesse.

  4. BG
    Grande parte da população Brasileira é CONIVENTE com BANDIDOS. Reeleger um individuo desta especie é demais.

  5. No Diario do Poder o resultado é outro;
    Ronaldo Lessa -35,3
    Teotonio -27,8
    Renan -25,1
    Numeros da mesma pesquisa.Alguem esta comendo mosca.

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Finanças

Funcionário diz que viu Lula no edifício do Guarujá, alvo da Lava Jato

Um funcionário do condomínio Solaris que não quis se identificar confirmou à Folha já ter visto o ex-presidente Lula e familiares no prédio, alvo da nova fase da Operação Lava Jato, a Triplo X, que apura irregularidades envolvendo o condomínio e a empreiteira OAS.

O empregado apontou o apartamento como sendo do petista. Ele disse ainda que há no local um elevador privado, para circular entre os três andares do tríplex com vista para o mar, que fica na cobertura do condomínio, de frente para a praia das Astúrias, em Guarujá (SP).

Segundo ele, as informações já foram prestadas em depoimento ao Ministério Público.

O ex-presidente Lula e sua mulher, Marisa Letícia, compraram em 2005, por meio da cooperativa habitacional Bancoop, que construía o empreendimento e foi presidida por Vaccari Neto, uma cota para ter um apartamento no edifício Solaris.

Em 2006, a cota, no valor de R$ 47.695,38, apareceu na declaração de bens de Lula, que concorria à reeleição. Após a cooperativa entrar em crise, o empreendimento foi transferido para a construtora OAS, em 2009. A empreiteira pagou por reformas feitas em 2014 no tríplex, que incluíam a instalação do elevador privativo.

Em novembro do ano passado, a assessoria do ex-presidente afirmou que ele e sua família haviam desistido de ficar com o imóvel. Eles resgataram a cota, segundo a defesa do petista.

Em despacho sobre a operação Triplo X, o juiz Sérgio Moro afirma suspeitar que a empreiteira OAS “teria utilizado o empreendimento imobiliário no Guarujá para repasse disfarçado de propina a agentes envolvidos no esquema criminoso da Petrobras”.

VANTAGEM

Entre os condôminos e turistas que costumam frequentar o lugar, a informação de que o imóvel seria do ex-presidente já corria como rumor há anos, inclusive como vantagem.

De acordo com Célia Fernandes, proprietária de um apartamento no primeiro andar do condomínio, com 86m2, três quartos e duas vagas na garagem, o assunto foi levantado na primeira reunião de condomínio de que participou, após adquirir o imóvel de um corretor por R$ 420 mil.

O mesmo diz a leiloeira Vivian Perez, dona de outro apartamento. “Quando começaram a falar que o Lula moraria aqui achamos até bom, porque o prédio estaria sempre cheio de seguranças”, diz ela.

A publicitária paulistana Lia Hirakawa, que costuma frequentar as praias de Guarujá e tem um imóvel em outro prédio próximo, confirma: “Sempre houve boatos de que o Lula iria morar aqui. Vim olhar um apartamento uma vez e a corretora contou isso como vantagem”, diz.

Nesta quinta, após a operação da PF, o edifício no Guarujá virou atração turística no Guarujá.

Folha Press

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Finanças

Alvo da Lava Jato, Collor pede dados sobre conduta do Ministério Público

Investigado no Supremo Tribunal Federal por suspeita de participação no esquema de corrupção da Petrobras, o senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) pediu que o Ministério Público Federal envie informações ao Senado dentro da ofensiva deflagrada pelo parlamentar contra o órgão.

Collor quer ter acesso à lista dos membros da Procuradoria que não residem no Distrito Federal, além de levantar as despesas, passagens e diárias de viagens pagas pela instituição entre 2011 e 2015.

A solicitação do senador foi aprovada nesta quinta (26) pelo comando do Senado, presidido por Renan Calheiros (PMDB-AL), também investigado no STF no âmbito da Operação Lava Jato.

Nos pedidos, Collor não justifica porque pretende levantar essas informações sobre os procuradores. Mas aliados do parlamentar afirmam que seu objetivo é reunir eventuais irregularidades cometidas por membros do Ministério Público –como residir irregularmente fora de Brasília.

O senador também teria o objetivo de analisar suspeitas de mau uso de passagens e diárias por procuradores e subprocuradores, especialmente nas missões dedicadas a investigações.

Em um dos pedidos, Collor pede que o Ministério Público informe o nome e o cargo dos servidores que receberam as passagens e diárias, além de detalhes como o motivo da viagem, origem e destino dos trechos, meio de transporte, valores das passagens e diárias.

O senador Zezé Perrela (PDT-MG), que relatou os requerimentos de Collor na Mesa Diretora, disse que o Ministério Público tem que responder a solicitações do Senado como previsto pela Lei de Acesso à Informação. “A matéria tratada é da maior relevância, pois almeja levantar informações sobre a organização e o funcionamento do Ministério Público Federal, à luz dos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, aplicáveis à administração pública”, afirma em seu relatório.

Desde 2013, Collor faz sucessivas críticas e ataques à conduta do Ministério Público Federal, especialmente nas figuras do atual procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e de seu antecessor, Roberto Gurgel.

O senador acusa Janot de não ter “estatura moral” para estar no cargo e de usar métodos irregulares nas investigações da Procuradoria-Geral da República. Também afirma que um “grupelho” instalado na Procuradoria levantou provas infundadas contra os políticos investigados na Operação Lava Jato.

Em 2013, o senador conduziu articulação que resultou na rejeição pelo Senado da indicação de um procurador para o Conselho Nacional do Ministério Público.

Na época, Collor mirava Gurgel, seu desafeto desde a extinta CPI do Cachoeira –quando começou a criticar a atuação do Ministério Público.

Folha Press

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