Política

André Vargas formaliza renúncia à vice-presidência da Câmara; Fábio Faria assume e coloca RN no topo, que já tem Henrique na presidência

O deputado licenciado, André Vargas (PT-PR), formalizou na tarde desta quarta-feira, 16, na Mesa Diretora da Câmara a renúncia ao cargo de vice-presidente da Casa. O documento não apresenta, no entanto, nenhuma menção à possibilidade de ele abrir mão do mandato de parlamentar. O texto da carta entregue na Mesa é o mesmo lido pelo líder do PT na Câmara, Vicentinho (PT-SP), no última quarta-feira, 9, no Salão Verde da Câmara. Com isso, Fábio Faria(PSD-RN) assume a posição e deixa o RN no comando, que já tem Henrique Alves(PMDB-RN) na presidência da Casa.

Na ocasião, Vargas explicou que tomou a decisão de deixar a vice-presidência após a abertura do processo disciplinar contra ele no Conselho de Ética. O processo foi aberto após ser revelado que o petista tinha viajado em um jatinho emprestado pelo doleiro Alberto Yousseff, preso na Operação Lava-Jato, da Polícia Federal.

O presidente em exercício da Câmara, Fábio Faria (PSD-RN), informou que a partir desta quarta começará a contar o prazo de cinco sessões do plenário para que seja feita a substituição de Vargas na Mesa.

“Com a oficialização será aberto o prazo regimental para a escolha do novo vice-presidente. Não poderá haver candidatura avulsa, essa vaga cabe apenas ao PT em razão da proporcionalidade do tamanho da bancada do PT na Casa”, afirmou Farias.

O líder do PT, Vicentinho, comunicou nesta terça que até o próximo dia 29 a bancada deverá indicar o nome para o lugar do paranaense. Entre os mais cotados hoje para o cargo estão os deputados José Guimarães (CE) e Paulo Teixeira (SP).

Renúncia. Em relação à possível renúncia de André Vargas ao mandato, até o momento nada foi formalizado. O petista chegou a anunciar que iria renunciar nesta terça, mas recuou da ideia. Por meio de nota, o deputado informou na tarde de terça-feira que estava “reestudando a hipótese de renúncia” ao mandato parlamentar.

“De acordo com a Constituição Federal, a renúncia ao mandato será inócua, pois não surtirá qualquer efeito. Em face disso, o deputado André Vargas (PT-PR) está reestudando a hipótese de renúncia”, diz a mensagem divulgada por sua assessoria.

O parágrafo 4º do artigo 55 da Constituição diz que a “renúncia de parlamentar submetido a processo que vise ou possa levar à perda do mandato, nos termos deste artigo, terá seus efeitos suspensos até as deliberações finais de que tratam os §§ 2º e 3º”. A emenda constitucional de revisão é de 1994.

Estadão

Opinião dos leitores

  1. DOIS MENINOS CRIADOS PRA ISSO… CHEGAR LÁ E NADA… NADA… PRA POPULAÇÃO! É ISSO AÍ MEU IRMÃO.

  2. Vamos esperar que o deputado Fábio Faria saiba honrar o seu mandato e os seus eleitores.
    A população não suporta mais político sangue-suga de dinheiro público.

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Diversos

‘Não vou renunciar a nada’, diz André Vargas antes do prazo final para decisão

A pouco menos de três horas do prazo final para decidir, o deputado licenciado André Vargas (PT-PR) reafirmou nesta quarta-feira sua disposição de não renunciar ao mandato para se defender das acusações de que estaria envolvido com o doleiro Alberto Youssef em negócios suspeitos no Ministério da Saúde. Ele tem até esta quarta-feira, antes das 14h, para renunciar ao mandato parlamentar se quiser evitar o processo, no Conselho de Ética da Câmara, por quebra de decoro parlamentar, no qual pode ser cassado. Em resposta dada por mensagem ao GLOBO, que indagava se ele renunciaria ao mandato de deputado federal ou, pelo menos, ao cargo de vice-presidente da Câmara, André Vargas afirmou:

– Não vou renunciar a nada.

Colegas deputados do PT estiveram com ele ontem à noite e hoje pela manhã e afirmaram que ele está irredutível na renúncia ao mandato, argumentando que não teria como se defender caso saia da Casa. Segundo um petista que não quis se identificar, André Vargas teria concordado, no entanto, em deixar o cargo de vice-presidente da Câmara, o que ele negou no torpedo.

Se renunciar à Vice-Presidência, André Vargas abre caminho para uma nova eleição dentro da bancada do PT, já que o cargo , pela proporcionalidade, é do partido. Ontem, o vice-líder do governo na Câmara, Henrique Fontana (RS) defendeu a renúncia de Vargas da vice-presidência.

– Não podemos ficar 60 dias sem o vice-presidente da Casa – disse Fontana.

Embora Vargas negue intenção de renunciar, na Câmara aliados e petistas ainda duvidam que ele irá resistir à pressão. A reunião do Conselho de Ética que irá instaurar o processo por quebra de decoro parlamentar contra ele, que poderá acabar na cassação de seu mandato, está marcada para 14h desta quarta-feira.

Se o petista renunciar antes da instauração, o processo não tem seguimento na Câmara. Mas, depois de instaurado, mesmo que ele renuncie, o processo segue o trâmite normal.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Essa é a turma da presidente ex-guerrilheira.
    Na bíblia está escrito: "Diga-me com quem andas e eu te direi quem és".

  2. Renunciar pra quê, é só ligar para os comparsas políticos e terá apoio suficiente para abafar o caso. Um dia esses políticos vão roubar a luz do sol.

  3. Até o pinguço do LULA, outro sujeito sem moral, sem caráter e desonesto, atirou o meliante do PTralha André Vargas aos leões, mostrado com seu passado de impunidade que nesse país sem justiça o PTralha pode prevaricar a vontade que demora ir pra cadeia… Se for!!!

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Diversos

Em 2010, André Vargas doou quase R$ 1 milhão para candidatos; só do PT, R$ 876 mil, inclusive Dilma, com R$ 45,8 mil

2013061835919Embora previsse receber até R$ 6 milhões em doações para sua campanha para deputado federal em 2010, o vice-presidente licenciado da Câmara dos Deputados, André Vargas (PT-PR), desempenhou um papel oposto nas eleições: doou R$ 893,9 mil para 32 candidaturas, por meio de seu comitê de campanha.

Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que os maiores beneficiários da distribuição de recursos por parte do comitê eleitoral de Vargas foram candidatos do PT: 12 deles receberam R$ 876 mil, entre eles a presidente Dilma Rousseff (R$ 45,8 mil).

O petista arrecadou R$ 1,3 milhão em sua campanha, dos quais R$ 806 mil vieram do diretório nacional da legenda, segundo o TSE.

Como doou a maior parte do que recebeu, na prática a campanha de Vargas teria custado, oficialmente, apenas R$ 468 mil, o que corresponde a apenas 7,8% do que havia previsto para sua campanha. Esse valor inclui doações que ele fez como pessoa física para a própria campanha.

Por terem sido registradas no TSE, as contribuições são consideradas legais pela Justiça. Porém, evidenciam o papel desempenhado por Vargas nas eleições de 2010, como intermediário da distribuição de recursos no estado.

Perguntado sobre o motivo da diferença entre o que estava previsto para ser gasto e o efetivamente realizado pela sua equipe de campanha, a assessoria do deputado argumentou que “a estimativa de gastos normalmente é superestimada, para evitar alterações posteriores”.

De acordo com o petista, a maior parte dos valores de sua campanha teria sido doada para outros políticos porque ele teria optado por uma gestão descentralizada dos recursos.

“A elevada quantidade de doações deve-se ao fato de que a campanha foi organizada em parcerias com candidatos a deputado estadual, que se responsabilizavam pela campanha em cada base eleitoral”, afirmou a assessoria de Vargas, em nota.

Oficialmente, quem recebeu mais recursos do petista foi Nedson Luiz Micheleti, ex-prefeito de Londrina e candidato a deputado estadual pelo PT em 2010, com R$ 279,7 mil.

O segundo que mais recebeu foi o também candidato a deputado estadual Elton Carlos Welter, com R$ 94,4 mil.

Por meio de sua assessoria, Welter informou ter pedido votos para ele e também para Vargas na região de Toledo, no interior do Paraná. Por isso, teria recebido a doação do colega. Ontem, Micheleti não foi localizado pelo GLOBO.

Embora petistas tenham recebido a maior parte dos recursos, candidatos a deputado estadual do PMDB e do PDT, partidos que faziam parte da aliança com o PT no Paraná, também receberam recursos do deputado.

Segundo o TSE, Vargas doou para sua própria campanha, como pessoa física, R$ 89 mil. O valor corresponde a 16% do patrimônio declarado pelo político em 2010 (R$ 572 mil). Conforme mostrou O GLOBO na última semana, em dez anos o patrimônio do deputado cresceu 50 vezes.

Quando entrou na política, em 2000, tudo o que o Vargas tinha era um Monza 1993, avaliado em R$ 9 mil, e sociedade em três pequenas empresas, cujas cotas somavam R$ 2,1 mil.

Na última campanha eleitoral, dez anos depois, Vargas declarou ter dois terrenos, uma casa e três carros de luxo, além de ter adquirido sociedade em duas empresas, alcançando um patrimônio de R$ 572 mil.

Por meio de sua assessoria, o deputado informou que sua evolução patrimonial teria sido “compatível com sua renda ao longo dos dez anos”.

O Globo

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Diversos

'Interesse particular': André Vargas pede licença de 60 dias do mandato de deputado na Câmara

O vice-presidente da Câmara, André Vargas (PT-PR), entregou nesta segunda-feira (7) à Secretaria-Geral da Mesa da Câmara carta com pedido de afastamento temporário por 60 dias. O pedido ocorre em meio a denúncias e pedidos de investigação por parlamentares sobre viagem que Vargas fez em avião do doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal.

Youssef foi preso em março por suspeita de movimentar cerca de R$ 10 bilhões por meio de lavagem de dinheiro. De acordo com reportagem do jornal “Folha de S.Paulo”, o empréstimo do avião para viagem a João Pessoa foi acertado entre Vargas e Youssef por mensagem de celular no dia 2 de janeiro.

Neste fim de semana, reportagem da revista “Veja” revelou mensagens de celular entre André Vargas e Youssef. Segundo a PF, eles atuavam juntos para fechar um contrato entre uma empresa de fachada e o Ministério da Saúde. De acordo com as investigações, Vargas ajudava Youssef a localizar projetos no governo pelos quais poderia ser desviado dinheiro público.

No pedido de afastamento, André Vargas afirma ter motivos de “interesse particular” para a saída temporária. Formalmente, ele permanece sendo o vice-presidente da Câmara, mas licenciado.

Como o afastamento é de menos de 120 dias, não será convocado um suplente para ocupar a sua vaga de deputado, mas o deputado Fabio Faria (PSD-RN), segundo-vice presidente da Casa, assume o cargo durante o afastamento.

Com o afastamento, Vargas ficará sem receber o salário de deputado, atualmente de R$ 26,7 mil. Ele também perde outros benefícios financeiros, como as verbas de gabinete. O afastamento não impede que a Câmara abra processo de investigação contra Vargas. A previsão é que nesta segunda partidos de oposição representem contra ele no Conselho de Ética da Casa.

G1 Brasil e O Globo

Opinião dos leitores

  1. Perguntinha basica: Pq o partido dos PETRALHAS nao copia o DEM[ o DEM expulsou Demostenes Torres] e expulsa esse BANDIDO dos seus quadros?

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