Judiciário

Após derrota no TRF-4, Lula pede absolvição e anulação do processo do sítio de Atibaia, que pode aumentar sua permanência na cadeia

Foto: Ricardo Stuckert Filho 02-03-2019 / Reuters

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP) pediu a anulação do processo do sítio de Atibaia e a absolvição do líder petista, condenado a 12 anos e 11 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro neste caso. Conforme antecipou a colunista do GLOBO Bela Megale , os advogados entraram com o recurso no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). Horas antes, o desembargador federal João Pedro Gebran Neto, do mesmo tribunal, havia rejeitado um pedido de suspeição protocolado contra ele no mesmo processo.

Lula hoje cumpre pena por condenação no caso do tríplex do Guarujá, na carceragem da Polícia Federal (PF) em Curitiba. Nesta terça-feira, a Procuradoria-Geral da República emitiu parecer favorável à possibilidade de o líder petista passar do regime fechado para o semiaberto. Caso seja condenado em segunda instância no caso do sítio, o político passa a ter menos chances de deixar a cadeia da capital paranaense.

Para embasar o novo pedido de nulidade, os advogados do líder do PT argumentam que a juíza Gabriela Hardt, que assina a sentença, desconsiderou um depoimento “relevante à elucidação dos fatos” e uma perícia que apontou não haver provas de vínculos do dinheiro revertido à propriedade com Lula. Os advogados pedem também a diminuição de pena e do valor do dano fixado em R$ 265,8 mil e questionam a fundamentação da condenação. Para os advogados de Lula, a juíza condenou o líder do PT pelo mesmo crime ao qual ele foi condenado no processo do tríplex.

Já no recurso negado, os advogados de Lula questionaram a imparcialidade do relator dos processos da Operação Lava-Jato no TRF-4 para atuar na ação que apura de quem é o sítio de Atibaia. Na visão da defesa, o desembargador federal Gebran Neto teria uma relação de “amizade íntima” com o ex-juiz federal e atual ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro — a quem acusam de ter acelerado o trâmite do caso do tríplex para impedir a candidatura do líder petista à Presidência. A defesa alegou ainda que o desembargador interferiu “de forma atípica” para manter o réu preso após decisão oposta do colega Rogerio Favreto, em regime de plantão, em julho de 2018.

Na decisão, Gebran Neto destacou que as alegações não procediam. Considerou que sua amizade com Moro não obsta sua atuação no processo, já que o ex-juiz não é parte da ação, e negou que haja motivação política nos julgamentos criminais. Ele ainda ressaltou haver “autonomia fática e jurídica” entre os dois casos pelos quais Lula foi condenado.

“É pueril a tese de que o relator – e, em maior amplitude, o Poder Judiciário – trata o apelante como se inimigo fosse, utilizando do processo para retirá-lo da vida pública”, escreveu Gebran Neto na decisão.

Em relação ao veto à soltura de Lula, em julho do ano passado, o desembargador federal destacou que a prisão havia sido determinada pelo TRF-4 e não por ele. Segundo Gebran Neto, Rogerio Favreto não tinha o poder de analisar o pedido de habeas corpus. Após rejetar a suspeição contra si meso, o recurso vai à 4ª Seção do tribunal, que julgará esta alegação sem a presença do magistrado.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Calma pessoal….o ladrao SÉRGIO CABRAL irá abrir a boca, e o ladrao condenado Lula ira apodrecer na cadeia , LOGO LOGO TERÁ COMPANHIA, O PESSOAL DA FUNPEC IRÁ JOGAR CARTAS NA CADEIA TAMBÉM

  2. É isso mesmo Gebran, bota esse malandro pra morar na cadeia, tem que tirar a pena inteira. Esse papudinho tem que ir pra pálida.

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Diversos

Após derrota, governo lança nova ofensiva para aprovar meta fiscal

Depois da série de manobras malsucedidas de aliados que levaram o governo a uma derrota, o Palácio do Planalto deflagrou nesta quinta-feira (20) uma nova ofensiva para tentar aprovar no Congresso a manobra fiscal para fechar as contas deste ano.

O ministro Ricardo Berzoini (Relações Institucionais) e o líder do governo na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS), começaram a telefonar para integrantes da base aliada convocando para uma reunião da Comissão Mista de Orçamento na próxima segunda-feira (24), dia em que tradicionalmente os parlamentares ainda cumprem atividades em seus redutos eleitorais.

A ideia é aprovar nesta sessão o projeto de lei que autoriza o governo a descumprir a meta de economia para pagamento de juros da dívida pública em 2014, o chamado superavit primário. Se confirmada a aprovação, a proposta seguiria para análise final no plenário do Congresso entre terça e quarta.

O Planalto ainda vai tentar atrair o apoio do PSB para a brecha fiscal. O partido tem sinalizado que votará com a oposição contra o projeto.

“Essa votação é a prioridade zero do governo”, afirmou Fontana. “O governo não está numa linha de propor que não faremos mais superavit. É um ajuste momentâneo para que não haja desaceleração da economia”, completou o petista destacando que a redução do superavit tem sido seguida por vários países.

Aprovado na Comissão Mista de Orçamento na noite de terça-feira (18), o projeto terá que passar por nova votação no mesmo colegiado na próxima semana. Nesta quarta (19), a base aliada falhou e a oposição conseguiu derrubar a votação.

Para a proposta ser analisada pela Comissão Mista de Orçamento era preciso quebrar o prazo regimental de dois dias entre a leitura do parecer do senador, Romero Jucá (PMDB-RR), e a votação. Eram precisos 18 votos a favor da manobra, mas os governistas só tiveram 15.

Na semana passada, o governo tentou pedir urgência para acelerar a tramitação da proposta, mas não tinha previsão regimental para a medida, o que levou Jucá a aprovar um “calendário especial” para análise do projeto numa espécie de “canetaço”.

CRÍTICA

O projeto, enviado ao Congresso na semana passada, permite ao Executivo descontar do resultado primário todo o valor gasto no ano com obras do Programa de Aceleração do Crescimento e com as desonerações tributárias.

Isso significa um valor que pode chegar próximo a R$ 140 bilhões. Na prática, mesmo que chegue ao final do ano com deficit primário, ainda assim o governo não terá descumprido a meta fiscal de 2014. A meta é definida pela Lei de Diretrizes Orçamentárias.

Fontana disse que não vê necessidade de o governo fixar um novo valor de redutor. Ele criticou a postura da oposição contra a mudança na meta fiscal e cobrou que governadores oposicionistas se manifestem.

“Não ouvi nenhum governador da oposição de fazer declaração contra o projeto que quer mudar o superavit. É interessante ouvirmos se os Estados governados pelo PSDB não estão fazendo menos superavit”, afirmou.

Folha Press

Opinião dos leitores

  1. Se é bom para o Brasil, eu sou a favor, se for ruim, sou contra.
    O que vejo é uma tentativa ridícula do PSDB de tornar o poder a qualquer preço.
    Se tiver que comprar os deputados, terão que comprar os imaculados e honestissimos deputados do PSDB. Kkkkk….que dificuldades!!!

    1. Petista gosta de maquiagem… so não engana o investidor estrangeiro que vê esse comportamento do governo petralha como falta de caráter e compromisso com a sociedade. Dizer que nao deve e nao cumprir as leis, mudando números e as próprias leis é tipico de republiqueta caribenha.

  2. Essa manobra vai custar caro, vai ter que comprar os Deputados para ser aprovada, acorda BRASIL!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

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Esporte

Andrés Sanchez diz que Croácia quebrou vestiário do Itaquerão após derrota

Os jogadores da Croácia detonaram o vestiário em que ficaram na Arena Corinthians, em São Paulo, após a derrota por 3 a 1 para o Brasil nesta quinta-feira, dia da abertura da Copa do Mundo.

A reportagem do ESPN.com.br conversou com algumas das pessoas responsáveis pela limpeza do estádio. E as funcionárias “‘entregaram” que os europeus quebraram uma mesa e também objetos que ficavam presos nas paredes do local.

“Nossa, quebraram tudo lá”, disse uma delas.

Até por isso, a ‘turma da limpeza’ contratada para deixar todas as dependências do estádio em perfeitas condições teve que fazer hora extra nesta quinta. A previsão inicial era de um turno de 12 horas, começando às 9h e terminando às 21h.

No entanto, o serviço só foi finalizado por volta das 21h40, justamente por conta do imprevisto no vestiário dos rivais brasileiros.

O relato vai ao encontro das declarações de Andrés Sanchez reproduzidas pela “Rádio Bandeirantes”. O ex-dirigente do Corinthians e da CBF afirmou que o vestiário usado pelos croatas estava com sujeira e inundação.

A imprensa não tem permissão para entrar nos vestiários dos jogos da Copa.

ESPN

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