Diversos

RIO: Crivella diz que as pessoas gostam de morar perto de áreas de risco porque gastam menos com ‘cocô e xixi’

Foto: Reprodução

No mesmo fim de semana em que quatro pessoas morreram em decorrência das fortes chuvas que atingiram o Rio de Janeiro, o prefeito Marcelo Crivella (PRB) afirmou que cariocas gostam de morar perto de áreas de risco para ‘se verem livres dos esgotos’ e gastarem ‘menos tubos para colocar cocô e xixi’.

As declarações de Crivella foram dadas no domingo (1º) durante uma reunião no Centro de Operações Rio, que foi transmitida ao vivo por uma rede social. O prefeito afirmou que os moradores da cidade escolhem viver em áreas de talvegues, caminhos por onde passam as águas das chuvas, considerados de risco.

“Todas as encostas lá são perigosas, mas aonde descem as águas, predominantemente chamado talvegues, e as pessoas gostam de morar ali perto porque gastam menos tubo para colocar cocô e xixi e ficar livre daquilo, essas áreas são muito perigosas”, disse Crivella.

Falando sobre prevenções às ocorrências causadas pelas chuvas, o prefeito afirma, ainda, que há coisas que “cada cidadão tem que fazer por si mesmo”, como “não morar perto dos canais” ou encostas.

“Os galhos das árvores, o lixo que é deixado no chão, eles são levados pelas chuvas para aqueles pontos predominantes de descida das águas e as pessoas moram ali perto porque é uma maneira de se verem livres dos esgotos e do seu lixo, morando perto do rio, joga tudo ali”, afirma o prefeito.

G1

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Judiciário

MPRN recomenda que Prefeitura de Mossoró não autorize obras em áreas de risco; veja locais apontados pelo estudo do Serviço Geológico do Brasil

Município tem 11 áreas de risco apontadas pelo estudo do Serviço Geológico do Brasil, realizado em maio de 2012.

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) recomendou que a Prefeitura de Mossoró se abstenha, imediatamente, de conceder qualquer nova autorização de construção, reforma, obra e/ou demolição nas 11 áreas de risco apontadas pelo estudo do Serviço Geológico do Brasil (CPRM). Esse levantamento foi feito em maio de 2012.

A 3ª Promotoria de Justiça de Mossoró recomendou também que a Prefeitura faça um levantamento minucioso das construções já edificadas nessas áreas, e mais especificamente das construções consideradas pelo estudo do CPRM como “em estado crítico”. Esse trabalho deve ser feito em parceria com a Secretaria Municipal de Segurança Pública, Defesa Civil, Mobilidade Urbana e Trânsito (SESEM), com o objetivo de se constatar a possibilidade de realocação dos moradores em local adequado.

A recomendação leva em consideração que o levantamento do Serviço Geológico do Brasil definiu como as “áreas de alto e muito alto risco a movimentos de massas e enchentes”: Alto da Conceição, Pereiros, Paredões, Ilha de Santa Luzia, Alto de São Manoel, Passagem de Pedras, Picada I, Costa e Silva, Lagoa de Pau / Passagem do Rio, Môcego / Camurupim e Redenção.

O MPRN ressalta que as sugestões de intervenções do estudo do Serviço Geológico do Brasil são de suma importância para minimizar os impactos causados por movimentação de massas e enchentes foram: remoção das pessoas em caso de chuvas intensas; remoção definitiva de moradias em estado crítico; evitar o avanço da ocupação nas áreas de risco; evitar o lançamento de lixo e entulhos na superfície; recuperar a mata ciliar nessas localidades, além de obras de drenagem e saneamento básico.

A Promotoria de Justiça reforça ser “inadmissível a expansão urbana com a construção de novas residências, prédios públicos e comerciais nestas áreas denominadas ‘áreas de alto e muito alto risco a movimentos de massas e enchentes’”.

O MPRN destaca que é responsabilidade do Poder Público de Mossoró adotar as medidas cabíveis objetivando a inocorrência de eventos danosos que ocorram nessas localidades ocasionados por omissão das autoridades competentes. A Prefeitura tem prazo de 120 dias para que informar quais as medidas adotadas para atendimento da recomendação.

 

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