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FOTO: Vice-presidente da Câmara viajou em avião de doleiro preso

andre_vargas(Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados)

O vice-presidente da Câmara, deputado André Vargas (PT-PR), usou avião do doleiro Alberto Yousseff, preso pela operação Lava Jato da Polícia Federal (PF), para viajar a João Pessoa (PB) no início do ano. A informação foi publicada nesta terça-feira (1º) pelo jornal Folha de S.Paulo.

Segundo a publicação, Vargas e Yousseff combinaram a viagem por celular no dia 2 de janeiro. Por mensagens, o doleiro disse ao vice-presidente da Câmara: “Tudo certo para amanhã” e “Boa viagem se (sic) boas férias.”

De acordo com a Folha, Vargas disse que pediu um avião emprestado a Yousseff porque o doleiro já teve um hangar, mas que não sabia se o avião pertencia a ele. O deputado afirmou à reportagem que as passagens comerciais de Londrina a João Pessoa estavam muito caras naquela época do ano e que foi ele quem pagou pelo combustível usado pela aeronave. Em comunicado, André Vargas afirmou que conheceu Alberto Yousseff há 20 anos, em Londrina, e que não tem ligação com os crimes pelos quais o doleiro está sendo acusado pela Justiça. “Eu não sabia com quem estava me relacionando.”Não tenho nenhuma relação com os crimes que ele eventualmente cometeu”, afirmou Vargas à Folha.

A Polícia Federal investiga o envolvimento do doleiro Alberto Yousseff num grande esquema de lavagem de dinheiro que movimentou R$ 10 bilhões. O grupo investigado é responsável pela movimentação financeira e lavagem de ativos de diversas pessoas físicas e jurídicas envolvidas com crimes como o tráfico internacional de drogas, corrupção de agentes públicos, sonegação fiscal, evasão de divisas, extração, contrabando de pedras preciosas, desvios de recursos públicos, dentre outros. Para a PF, Yousseff era um dos líderes do esquema. O deputado André Vargas chamou a atenção nos últimos meses por ter feito um gesto de apoio aos mensaleiros condenados pelo STF ao lado do ministro Joaquim Barbosa, o presidente do Supremo.

Ainda segundo reportagem da Folha, em outras conversas registradas pela PF é possível perceber uma ligação não só pessoal, mas também envolvendo interesses políticos e econômicos entre Vargas e Yousseff. Nelas, aparece o nome do secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha.

Revista Época

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