Esporte

Jogadores da Alemanha são recebidos como heróis nacionais em Berlim

A festa da volta para casa dos campeões do mundo foi completa. O roteiro não poderia ter sido melhor: sobrevoo do avião dos jogadores sobre a multidão de torcedores, desfile em carro aberto e a grande celebração com a taça da Copa do Mundo no tradicional Portão de Brandemburgo.

O avião desembarcou com uma hora de atraso em Berlim, por volta de 10h10 (5h10, horário de Brasília) desta terça-feira (15). Coube ao capitão Philipp Lahm ser o primeiro a descer, seguido pelos companheiros e o técnico Joachim Löw.

Pelas ruas de Berlim, percorreram um trajeto em caminhão aberto com referências às quatro conquistas de Copa na história alemã: 1954, 1974, 1990 e agora em 2014.

A cidade praticamente parou (o tempo ensolarado ajudou e muito). Três horas depois do desembarque, o ápice da festa: os campeões do mundo, com a taça na mão, se juntaram às 500 mil pessoas (segundo estimativas locais) no Portão de Brandemburgo.

A torcida, então, alucinou. “Obrigado [em português mesmo], fans [torcedores]”, dizia uma das faixas seguradas pelos jogadores, que mais uma vez usaram a língua portuguesa para homenagear o Brasil pela sede da Copa.

Com bandeiras e camisas da Alemanha, os torcedores, entre eles muitas crianças, ocuparam 1,3 quilômetro do trecho entre Brademburgo e o Obelisco da Vitória, um das principais vias turísticas da cidade.

“MADRUGANDO”

A maioria “madrugou” para arrumar um bom espaço para ver Schweinsteiger, Müller e outros ídolos.

Foi o caso da estudante Maggie Proschlag, 23, que chegou às 7h, seis horas antes da presença dos jogadores. “Não consigo descrever o que estou sentindo. É um grande dia para todos nós”, comemorava, assim como os amigos Justin Labes, 14, e Lukas Bicaw, 15, outros que amanheceram para festejar a conquista e recepcionar os atletas.

Desde às 8h, a cerveja rolava solta, como no domingo (13), onde no mesmo local 250 mil pessoas assistiram à vitória da Alemanha sobre a Argentina no Maracanã com o gol de Mario Götze -um dos nomes, aliás, que mais estampavam as camisas dos torcedores nesta terça em Berlim.

Muitos, aliás, viajaram horas de carro só para ver o que eles chamam de “geração de ouro” do futebol alemão.

“Valeu a pena, um dia histórico para a Alemanha”, descrevia com euforia o estudante Marc Hasselach, 13, ao lado da mãe, Andrea, 46, da cidade de Düsserdoff.

É a quarta conquista da Alemanha e a primeira do país desde a reunificação, no fim de 1990. Há uma geração de jovens alemães com menos de 24 anos que, pela primeira vez, podem celebrar uma Copa do Mundo.

A final no Maracanã bateu o recorde de audiência da TV alemã. Ao todo, 34,6 milhões de pessoas assistiram ao jogo -86% das televisões ligadas.

O governo alemão anunciou ainda a impressão de 5 milhões de selos postais em homenagem à conquista no Maracanã.

Folha Press

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Diversos

(Polêmica) – cenas de sexo gay e nu de Wagner Moura: público se retira de exibição no Festival de Berlim

Na contramão de “Hoje eu Não Quero Voltar Sozinho”, que usa da delicadeza e da percepção para narrar a história de um adolescente que se descobre gay, “Praia do Futuro”, exibido nesta terça-feira (11) na mostra competitiva da Berlinale, apresenta a história de um casal gay adulto que busca se aventurar e encontrar coragem para viver. O longa chamou a atenção por conta das diversas cenas de sexo e nu frontal de Wagner Moura.

O novo longa de Karim Aïnouz foi apresentado para uma sala cheia, mas não arrancou palmas da plateia. O presidente do júri, o ator Christopher Waltz, bocejou algumas vezes durante a exibição. Alguns espectadores deixaram a sala nas cenas que envolviam carícias do casal.

Na conversa com os atores após a exibição, Wagner Moura, Jesuíta Barbosa e o alemão Clemens Schick comentaram sobre o trabalho, filmado em Berlim e em Fortaleza (CE). “Uma das coisas importantes é que [os atores] falassem, se aventurassem, se arriscassem e fossem a lugares desconhecidos. Queríamos falar sobre o contratempo entre medo e coragem”, comentou o diretor.

Moura chegou a morar na capital alemã durante as filmagens e disse que se identifica com a cidade. “Berlim é uma das minhas cidades favoritas, mas viver aqui e estar na cidade fez uma grande diferença. O filme é sobre alguém que chega em um lugar e se reconstrói. A gente é o que as pessoas projetam na gente. Vir para um lugar e começar do zero foi fascinante. Viver a cidade foi fascinante”, comentou.

Em relação à polêmica que o filme pode gerar no Brasil, o ator afirmou que essa não é uma preocupação. “Não me preocupo com a recepção no Brasil. A relação que existe entre os caras é importante, mas não o mais importante no filme. Quanto mais a gente não fazer disso uma questão, um problema, mais ajudamos politicamente contra o preconceito a homossexuais. Tem duas dimensões, uma dramática e outra política. Temos que parar de ver isso como um assunto.”

UOL

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