Polêmica

Bispo católico critica especial de Natal do Porta dos Fundos “A primeira tentação de Cristo”, que insinua Jesus gay e relacionamento com Satanás: “Cancele a Netflix”

Gregório Duvivier e Fábio Porchat no ‘Especial de Natal Porta dos Fundos: A primeira tentação de cristo’ Foto: Divulgação

Jesus (Gregório Duvivier) está prestes a completar 30 anos, e é surpreendido com uma festa de aniversário quando voltava do deserto acompanhado do namorado, Orlando (Fábio Porchat) . Essa é a premissa do “Especial de Natal Porta dos Fundos: A primeira tentação de Cristo” , no ar na Netflix desde 3 de dezembro.

A sinopse da comédia de 46 minutos não agradou a alguns setores religiosos. No Change.org, um abaixo-assinado com 293 mil assinaturas pede o “impedimento” do especial por “ofender gravemente os cristãos”, sem dar mais detalhes.

Já Dom Henrique Soares da Costa , atual bispo da Diocese de Palmares, em Pernambuco, iniciou uma campanha pelo cancelamento de assinaturas da Netflix.

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“Então, como Bispo da Igreja, eu exorto vivamente aos cristãos: neste Natal, proclame seu amor, sua fé, seu respeito em relação a Nosso Senhor Jesus Cristo; mostre que seu amor por Ele é real e ativo: cancele a assinatura da Netflix e lá, no menu apropriado, explique o motivo: “desrespeito por Jesus Cristo”, “desrespeito pelo cristianismo”, etc. Se você realmente crê e ama ao Senhor, não há outra atitude a tomar…”, escreveu o bispo em sua página no Facebook.

Procurado pela reportagem, o ator Gregório Duvivier ironizou, por mensagem de WhatsApp, a realização do abaixo-assinado contra o especial.

— Sim, vi que são quase 300 mil pessoas. Acho que fizemos algo errado, porque é muita pouca gente. Da próxima vez, acho que vale pegar mais pesado. O Porta tem quase 20 milhões de inscritos. 300 mil é um fiasco. Mas de qualquer jeito, vale pra medir a audiência. Pelo menos 300 mil pessoas viram. É mais que a base de apoio do Bolsonaro — respondeu.

Desde 2013, o Porta dos Fundos publica especiais de Natal todo dezembro. O filme do ano passado, “Se beber, não ceie”, venceu o Emmy Internacional por melhor comédia no final de novembro. Na véspera da cerimônia que consagrou o filme, Fábio Porchat (que vive Jesus no especial de 2018), comemorou a indicação.

— É muito bom concorrer com uma sátira religiosa nesse momento do Brasil em que as pessoas estão dizendo muito “não pode”. A gente vai lá e faz uma das coisas que mais “não pode” no mundo, porque para a gente, no humor, tudo pode — comentou.

O Globo

 

Opinião dos leitores

    1. Ih amiguinho… Deus tá bem mais ocupado com pastores que usam o nome Dele pra enriquecer, padres pedófilos e supostos cristãos homofóbicos do que com humoristas, pode ter certeza.

  1. Falta de respeito com um país que 90% da população é cristão. Isso é a turma que gosta de da fundo, que faz isso.

  2. Se fizer comédia com gay, negro, mulher, deficiente, imigrante não pode mas contra cristão não tem nada de mais, isso é hipocrisia, preconceito, discriminação, cristofobia sim !

  3. Não são esses mesmos "progressistas" que clamam pedindo respeito por toda bizarrice? Canalhas hipócritas. Escória moral.

  4. A bispada católica prefere viver submersa no oceano da hipocrisia religiosa a reconhecer o talento e a verve criativa que caracterizam o humor brasileiro.

    1. Errado. É uma sátira. O velho testamento diz que mulher menstruada é impura. Eu considero isso ofensivo. Nem por isso saio fazendo mimimi sobre o velho testamento. Saia da caixinha, mente fechada.

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