Judiciário

Delator: Collor disse ter influência sobre cargos da BR com aval de Dilma

2015-842771205-2015-842129383-2015081933384.jpg_20150819.jpg_20150822Foto: André Coelho / Agência O Globo / 19/08/2015

O ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró afirmou em um de seus depoimento de delação premiada que ouviu do senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) durante uma reunião na “Casa da Dinda”, em 2013, que a presidente Dilma Rousseff teria lhe colocado à disposição a presidência e todas as diretorias da BR Distribuidora. Cerveró foi diretor financeiro da BR entre 2008 e 2014.

“Que Fernando Collor de Mello disse que havia falado com a presidente da República, Dilma Rousseff, a qual teria dito que estavam à disposição de Fernando Collor de Mello a presidência e todas as diretorias da BR Distribuidora”, registra trecho de depoimento prestado por Cerveró no dia 7 de dezembro de 2015.

O ex-diretor disse que, naquela ocasião, agradeceu “ironicamente” ao senador por ter mantido seu cargo na BR. Contou ainda que depois Pedro Paulo Leoni Ramos, ex-ministro de Collor, afirmou que o senador ficou “chateado” com a ironia.

“Que o declarante ironicamente agradeceu a Fernando Collor de Mello por ter sido mantido no cargo de Diretor Financeiro e de Serviços da BR Distribuidora; que Pedro Paulo Leoni Ramos depois disse ao declarante que Fernando Collor de Mello havia ficado chateado com a ironia do declarante, uma vez que pareceu que o declarante estava duvidando de que Fernando Collor de Mello havia falado com Dilma Rousseff; que nessa ocasião o declarante percebeu que Fernando Collor de Mello realmente tinha o controle da BR Distribuidora”, registra outro trecho do depoimento.

Cerveró afirmou aos investigadores que entendeu ter sido mantido no cargo para não atrapalhar os negócios de Collor e Pedro Paulo, “principalmente a base de distribuição de combustíveis de Rondonópolis (MT) e o armazém de produtos químicos de Macaé (RJ)”.

O ex-diretor da Petrobras disse ainda que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva o indicou para a Diretoria Financeira e de Serviços da BR Distribuidora, subsidiária da petroleira, em 2008. Cerveró teria sido politicamente indicado pelo “reconhecimento” de sua ajuda na contratação da Schahin para operar um navio-sonda.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. O mundo da politicagem é repugnante, o PT disse que Collor era tudo de ruim, ultrapassado e corrupto quando este foi afastado da presidência pelo impeachment apoiado pelo PT. Para tirar Collor, pedir impeachment não era golpe, como agora alegam, mesmo diante das irregularidades provadas com as pedaladas fiscais e meios usados na campanha eleitoral.
    Depois de ser desqualificado até a última geração pelo PT, hoje Collor e o PT são unha e carne… se alimentam da mesma comida no mesmo prato.

    1. Estamos aguardando seu comentário sobre a propina de 100 milhões de dólares pago aos politicos do grupo do FHC durante a compra da petroleira agentina pela petrobras durante o governo tucano.

    2. Falou tudo. Esses que ainda ficam defendendo essa laia ou são alienados ou os babões de plantão. A prática do pt é tentar justificar seus erros com os dos outros. kkkkk

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