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Celular quer virar carteira eletrônica já em 2014

As operadoras de telefonia finalizam os testes em projetos-piloto para implementar, já no começo do ano que vem, um novo instrumento eletrônico que deve mudar a cara dos pagamentos no país.

A aposta é que o cartão dê lugar, no futuro, ao celular na realização de compras. As empresas de telefonia trabalham com o conceito de carteira eletrônica para os clientes que já possuem conta em banco.

Na prática, funcionaria da seguinte forma: o cliente interessado em fazer pagamento com o celular autoriza o banco a transferir os dados de sua conta à operadora de telefonia, que os insere no chip. A partir daí, o cliente não vai mais precisar do cartão de banco, diz Carlos Roseiro, diretor da TIM Brasil.

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Com os dados da conta no chip, basta o cliente aproximar o celular da maquininha para pagar a compra, fazer saques ou transferências. Até aí os projetos coincidem. No entanto, ainda não há consenso sobre o valor de compras permitido sem a necessidade de senha.

Para Maurício Romão, diretor de serviços digitais B2C da Telefônica/Vivo, os bancos é que devem determinar em quais segmentos a senha será necessária para finalizar a compra. “Por exemplo, um segmento com muita fraude, como uma joalheria, pode exigir senha em qualquer valor. Já para pedágios ou compras com valores baixos, não precisaria”, diz.

RETICÊNCIA

As operadoras estão otimistas com a implantação do pagamento com celular. “O mercado de pagamentos com celular continuará em crescimento, com o lançamento de novos produtos e o desenvolvimento dos já existentes”, diz Eduardo Aspesi, diretor de segmentos de varejo da Oi.

Apesar do otimismo, há quem ainda encare o pagamento com celular com desconfiança. “Você não tem uma grande realidade, um ‘case’ de sucesso em que se comprove que deu certo”, afirma Ricardo Vieira, diretor executivo da Abecs.

Já Marcel Solimeo, economista da Associação Comercial, considera o meio de pagamento “incipiente”. Ele vê um apelo junto à geração jovem, conforme for entrando no mercado de consumo.

“A tendência é de crescimento. Mas ainda vai demorar um pouco porque exige uma contrapartida do outro lado [lojistas], que é ter o equipamento compatível.”

Folha

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