Saúde

Telemedicina já diagnosticou mais de 10 mil casos de infarto no RN

O Programa de Telemedicina do Rio Grande do Norte encerra o ano de 2013 com um balanço positivo de suas atividades. Sua atuação nos 167 municípios do Estado já possibilitou, desde a implantação, em setembro de 2010, o diagnóstico de mais de 10 mil casos de infarto.

“O programa atua no diagnóstico prévio, atendendo pacientes com queixas que, caso sejam identificadas como doenças cardiológicas, permitem ao médico assistente encaminhar o paciente em tempo hábil a uma unidade especializada”, explica o Coordenador do Programa Estadual de Telemedicina, Carlos Eduardo de Albuquerque. A Central de Telemedicina contempla ainda o acesso à segunda opinião médica. “Além de emitirem os laudos, os especialistas podem passar, por telefone, orientações sobre a conduta médica”, completa.

Somente durante o ano de 2013 foram realizados 46.303 exames em 222 unidades de saúde de todo o Estado. Desde o início do programa, em setembro de 2010, até 31 de dezembro de 2013 foram realizados 245.399 exames (tele eletrocardiogramas) em 234 unidades de saúde do RN, com 426.019 diagnósticos, sendo destes, 10.070 infartos.

Para 2014 as principais metas são a implementação dos 62 novos aparelhos em Unidades de Estratégia de Saúde da Família da zona rural das oito Regiões de Saúde. “Queremos priorizar a instalação do programa em áreas mais remotas”. Outro projeto a ser concretizado este ano é a implantação do Tele M.A.P.A. e Tele Holder, exames específicos, de média complexidade, para acompanhamento, em 24 horas, da pressão arterial e da freqüência cardíaca, respectivamente. Estes procedimentos são feitos atualmente apenas por prestadores privados. “O objetivo é oferecer à população um serviço totalmente público e que vai diminuir a demanda que existe atualmente, evitando transferências de pacientes do interior do Estado para a capital”, lembra o coordenador.

O Rio Grande do Norte foi o primeiro Estado do País a implantar a tecnologia da telemedicina como política de saúde pública. Atualmente é o Estado da Federação que tem mais aparelhos instalados e funcionando. Os aparelhos eletrocardiógrafos estão instalados em todos os hospitais da rede estadual de saúde, nas unidades do SAMU, e nos municípios podem ser instalados em Estratégias de Saúde da Família, Unidades Básicas de Saúde e Unidades de Pronto Atendimento.

Ao chegar à unidade de saúde com suspeita de problemas cardíacos, o paciente é examinado com ajuda do equipamento portátil, que pode ser manuseado por um médico, enfermeiro ou técnico de enfermagem, capacitados pela Sesap. Os exames cardiológicos gerados são enviados em tempo real através de telefonia fixa ou móvel, e internet, permitindo que cardiologistas no Hospital do Coração (Hcor), em São Paulo e na ITMS Telemedicina do Brasil, em Minas Gerais, prestem teleconsultas por meio virtual e façam diagnósticos através de eletrocardiogramas, em poucos minutos.

Opinião dos leitores

  1. No Sistema Único de Saúde se paga R$ 10,00 por uma consulta especializada e R$ 5,50 por um eletrocardiograma – temos que ter o médico e o eletrocardiografo convencional – no Programa de Telemedicina pagamos R$ 9,90 por ter o aparelho portátil de 12 derivações simultâneas, fazer o exame, não preciso ter no meu quadro funcional o médico e ainda temo s a segunda opinião médica para orientar o médico generalista ou clinico geral que estar na unidade de saúde, também temos o suporte técnico 7 dias da semana 24 horas, substituição dos aparelhos que danificam – com esse serviço temos um cardiologista virtualmente para cada cidadão potiguar.

  2. Só hoje verifiquei os comentários da reportagem! Amigos não confundam as coisas, a telemedicina veio para suprir a deficiência, falta de médico especialista (cardiologista) nas regiões de saúde do RN, não para substituir, pois não temos como substituir pois eles não querem trabalhar no interior, tem lá suas razões, porém nem por isso o poder público deve deixar a população desassistida – a telemedicina é utilizada no mundo há mais de 15 anos, vc pode também necessitar desse serviço, diagnosticamos muitos infartos em evolução e fizemos os encaminhamento necessários para salvar essa vidas. O serviço é de suma importância hj no Estado, estamos nas regiões mais remotas, zona rural, sem telefonia fixa ou internet, mas temos aparelhos de telefonia móvel que recebe o laudo do traçado do eletrocardiograma e a segunda opinião médica para a condução do problema. É o SUS-RN!

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