Judiciário

Planilhas indicam que Márcio Thomaz Bastos coordenou ‘pool’ de escritórios na Castelo de Areia

Nas buscas realizadas durante a Operação Appius em novembro, a Polícia Federal apreendeu ofícios, planilhas, recibos e contratos da Camargo Corrêa com os escritórios de Márcio Thomaz Bastos e de vários outros advogados famosos.

Os documentos, segundo investigadores, sugerem que o ex-ministro coordenou a atuação dessas bancas na defesa da empreiteira, que era alvo principal da Operação Castelo de Areia.

Um dos parceiros de Thomaz Bastos teria sido o criminalista Antonio Cláudio Mariz de Oliveira, amigo e advogado de Michel Temer. Também estão listados os escritórios Malheiros Filho, Camargo Lima e Rahal; Ráo, Pacheco, Pires e Penón Advogados; e Vilardi e Advogados Associados.

Numa das planilhas, os nomes dos advogados aparecem associados a valores de honorários que vão de R$ 1,25 milhão a R$ 2,6 milhões. Em alguns casos, os pagamentos teriam sido parcelados em até dez vezes.

Com base nessa documentação, a PF cobra da Camargo Corrêa que apresente todos os contratos e documentos que comprovem a prestação de serviços jurídicos. O objetivo da Operação Appyus é apurar suspeita de venda de decisões judicias para anular a Castelo de Areia, conforme delação de Antonio Palocci.

Reprodução: O Antagonista

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Polícia

Palocci diz em delação que campanhas de Gleisi e Fátima Bezerra foram destinatárias de propina para enterrar investigações da Castelo de Areia

Foto: Polícia Federal/Reprodução

O ex-ministro Antonio Palocci implicou a deputada federal e presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PT-PR) e a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), em sua delação premiada.

Segundo Palocci, as duas aparecem entre os políticos da sigla que se beneficiaram de parte dos R$ 50 milhões de doações realizadas pela empreiteira Camargo Corrêa em campanhas de 2010. O dinheiro era uma contra partida, segundo o ex-ministro, pela atuação da sigla para enterrar as investigações da Castelo de Areia, que mirava a construtora.

As informações estão em um relatório da Operação Appius, que apura o caso. Segundo o documento, Gleisi e Fátima tinham “plena consciência da origem ilícita das doações realizadas pela Camargo Corrêa”.

Em suas duas fases deflagradas em novembro, a Appius mirou o ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça, Cesar Asfor Rocha. Em seu acordo, Palocci do que o ex-ministro também teria recebido dinheiro para suspender investigações da Castelo de Areia. Asfor Rocha nega as acusações.

Gleisi Hoffamann disse, por meio de sua assessoria, que “nada que Antonio Palocci diga sobre o PT e seus dirigentes têm qualquer resquício de credibilidade desde que ele negociou com a Polícia Federal, no âmbito da Lava Jato, um pacote de mentiras para escapar da cadeia e usufruir de dezenas de milhões em valores que haviam sido bloqueados”.

A assessoria de imprensa da governadora Fátima Bezerra afirmou que em 2010 não recebeu doações diretamente da Camargo Corrêa, e só via diretório nacional do PT. Ela negou ter conhecimento de qualquer origem ilícita do dinheiro envolvendo a Castelo de Areia.

Veja mais: DELAÇÃO: Fátima diz que jamais tratou com a Camargo Corrêa e Palocci sobre campanha

Bela Megale – O Globo

 

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  1. Gleise rebateu Palocci dizendo que era tudo mentira e que Palocci queria apenas usufruir de milhões bloqueados pela Justiça. Ora, Palocci teve milhões bloqueados, mas obteve ilicitamente sozinho esses milhões???
    Gleise está de sacanagem novamente.

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