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Com ajuste fiscal, brasileiro terá que pagar R$ 47 bi a mais em tributos

imagens-do-dia-impostometro-20140812-007-original(Foto: Apu Gomes/Folhapress)

O ajuste fiscal proposto pelo governo federal deve elevar a carga tributária brasileira em 0,8 ponto porcentual do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano. Isso significa que, se tudo o que foi anunciado for colocado em prática, os brasileiros pagarão 47,5 bilhões de reais a mais em impostos e contribuições. E a projeção é que o adicional de tributos exigidos para melhorar as contas públicas, por baixo, chegue a 100 bilhões de reais de acréscimo até o final do atual governo.

Segundo os cálculos do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), todas as medidas anunciadas pela equipe econômica representam um adicional de 39,8 bilhões de reais à carga tributária. Outros 7,7 bilhões de reais virão de Estados e municípios, que também reajustaram os impostos que lhes cabem, como IPTU e IPVA. Confirmada a tendência, a alta de impostos em 2015 seria o dobro da registrada em 2014 e a carga tributária fecharia o ano em 36,22%. “O governo não precisa negociar tributos e, assim, é mais fácil empurrar a conta”, diz Gilberto Luiz do Amaral, coordenador de estudos do IBPT.

O economista Mansueto Almeida também estima uma alta de 0,8 ponto porcentual, mas incluiu também na contabilidade outros 7,5 bilhões de reais correspondendo ao fim dos subsídios ao setor elétrico. Na sua avaliação, a medida tem efeito tributário: de um lado, alivia o Tesouro Nacional e, de outro, eleva a conta de luz – e os impostos que recaem sobre ela. Por causa dos reajustes, energia se transformou neste início de ano em um dos itens que mais pesam no orçamento das famílias e na alta de custos das empresas.

Dito isso, se todas as medidas anunciadas forem implementadas, o custo para a sociedade neste ano será de cerca de 55 bilhões de reais. Se todo esse dinheiro fosse usado para o superávit primário (a economia para pagamento dos juros da dívida pública), cobriria mais de 80% do total da meta que o ministro da Fazenda Joaquim Levy estabeleceu.

Mansueto Almeida contemporiza que o tamanho da contribuição tributária, ao final deste ano, vai depender do fôlego da economia e da confiança dos consumidores. Com a crise, as pessoas estão apertando o cinto, comprando menos e fazendo a arrecadação cair muito abaixo do esperado. Mas ele prevê que, ainda assim, a alta de impostos esteja apenas no começo.

“Ao longo de todo o mandato de quatro anos, o ajuste vai exigir uns 200 bilhões de reais, e não há a menor dúvida que no mínimo metade disso, uns 100 bilhões de reais, terão de vir de aumentos de carga tributária”, diz Almeida. No fim, diz, a história apenas se repete. Série histórica elaborada pelo economista mostra que, após a Constituição de 1988, nenhum governo deixou de herança um gasto público menor. “Quando todos os presidentes saíram do Planalto, o gasto era maior, e o ajuste foi feito com aumento de impostos”, conclui o economista.

Folha Press

Opinião dos leitores

  1. O Brasil é um BMW.

    Nova fábrica BMW em Araquari, SC.

    Nasce hoje, para um Brasil maior amanhã.

    Ultimamente, parece que está na moda questionar a capacidade do Brasil.

    A capacidade do País de realizar, de crescer, de ser grande, de ser o país que todo mundo espera e precisa.

    Permitam-nos discordar inteiramente dessa percepção. Para nós, o Brasil é um BMW.

    Poucos países no mundo cresceram como este.

    Cresceram em riqueza, cresceram em possibilidades, em autoafirmação e em plena liberdade.

    O Brasil passou de mero espectador a vibrante realizador. Deixou de ser aquele sujeito que ficava à beira da estrada, só assistindo aos carros passarem, para virar motor do seu próprio destino.

    Este país é único. Pensa novo. É original de fábrica na sua natureza, na sua língua, no seu povo.

    Nenhum país hoje no mundo pode escolher um caminho que não passe pelo Brasil. Nada mais natural do que a BMW estar aqui.

    Se alguns duvidam do Brasil, nós investimos 200 milhões de euros.

    Se ficam com o pé atrás, nós pisamos no acelerador: vamos gerar mais de 3.500 empregos diretos e indiretos, numa fábrica com capacidade para produzir 32 mil carros por ano: BMW Série 1, Série 3, BMW X1, X3 e MINI Countryman.

    Esta fábrica que hoje nasce em Araquari. Que vai incorporar o mesmo modelo de produção, excelência e controle de qualidade com que a BMW produz na Alemanha, trazendo mais know-how e tecnologia a este grande país.

    A BMW acredita tanto no Brasil que este será um dos poucos países do mundo a poder fabricar os carros da marca. Um privilégio de pouquíssimos. Aliás, permitam-nos hoje também o privilégio de nos sentir um pouco brasileiros.

    O Brasil não se compara a nenhum outro.

    Seu estilo não tem igual no mundo. E breve, muito breve, ele vai estar ultrapassando, deixando para trás, falando sozinhos os que há pouco duvidavam da sua capacidade.

    O Brasil é um BMW.

    Por isso a gente já está se sentindo em casa.

  2. Vai pra cuba?
    Hollande vai a Cuba na primeira missão francesa em 55 anos.
    Alguém vai criticar, contestar ou espernear?
    Cuba não era o pior lugar do mundo e os nordestinos que votaram em Dilma não deviam ir pra Cuba?
    No seu esforço permanente para derrubar a Presidenta e inviabilizar a candidatura do ex-presidente Lula em 2018, os grandes veículos de comunicação sediados no eixo Rio-São Paulo perderam os limites impostos pela ética e pelos escrúpulos.

  3. Homi aumente mais um pouquinho que na visão dos alienados petistas e tudo normal e se fosse outro candidato seria pior. Pense numa lavagem.

  4. É verdade, "nada garante que seria diferente" então vamos PERMANECER no ERRO!!
    Vamos deixar a institucionalização da corrupção aumentar, vamos deixar os esquemas de desvios dos recursos públicos continuar, afinal, qual a garantia que haverá mudança se votar em outro?
    É por essas e outras que o brasileiro não sabe o valor do voto.
    A mudança é a base da melhora, não a garantia. Muda se não melhorar, muda de novo, até chegar o acerto.
    Aquele que sai e não volta, perde e perder é tudo que o político não quer. Fica a lição para os que estão. Mudar é preciso, pe necessário´e o que mantem a democracia.
    Sem mudança não há sentido na democracia. O continuísmo vicia e destrói.

  5. "Não só eu, mas outros 54 milhões de brasileiros votaram em Dilma na eleição de outubro, e meu voto vale tanto quanto o de qualquer um deles, ou seja, um voto. Sobre a crise que estamos vivendo, digo, porém, não me arrepender do seu voto: "Nada me garante que, se a oposição tivesse vencido, o Brasil estaria hoje vivendo dias melhores".
    A CRISE é no mundo todo e parte dela começou com a "Bolha imobiliária" americana. Sendo que outra parte é estrutural. Inerente aos próprios arranjos do mercado diante dos avanços da tecnologia, do crescimento populacional, do consumismo exacerbado enquanto cultura de massa, neoliberalismo econômico e do processo de saturação que já estamos vivendo em vários setores da economia.

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