Judiciário

CNJ: Arquivado processo contra Moro no episódio “prende e solta” de Lula

O corregedor nacional de Justiça, ministro Humberto Martins, decidiu arquivar o pedido de providências instaurado contra Moro e os desembargadores do TRF da 4ª região – Rogério Favreto, João Pedro Gebran Neto e Carlos Eduardo Thompson Flores -, no episódio do HC de Lula em julho deste ano. De acordo com o ministro, não há indícios de desvio de conduta por parte dos magistrados envolvidos no caso.

Em sua decisão, o ministro Humberto Martins analisou a conduta de cada um dos magistrados envolvidos no episódio do HC do ex-presidente Lula.

Rogério Favreto

Em relação ao desembargador Federal Rogério Favreto, o corregedor afirmou que ele atuou nos limites do seu livre convencimento motivado e amparado pelos princípios da independência e da imunidade funcionais, não existindo indícios de desvio funcional em sua atuação jurisdicional.

“Não compete à Corregedoria Nacional de Justiça adentrar no mérito da decisão liminar proferida pelo desembargador federal Rogério Favreto e sobre ele fazer juízo de valor, por força inclusive de independência funcional preconizada pela Loman, em seu artigo 41.”

Sérgio Moro

Em relação ao ex-juiz Federal Sérgio Moro, o corregedor considerou estar evidenciado que, ao tomar conhecimento da decisão liminar, concedido em HC e juntada nos autos do processo que instruiu e julgou na 1ª instância, o então magistrado elaborou “despacho-consulta” para o relator dos recursos em segunda instância, buscando orientação de tal autoridade acerca da legalidade da decisão de soltura do ex-presidente Lula.

Segundo Martins, Sérgio Moro atuou em decorrência da sua indicação como autoridade coatora e nos limites do seu livre convencimento motivado, amparado pelos princípios da independência e da imunidade funcionais.

“Não há indícios de que a atuação do investigado Sérgio Moro tenha sido motivada por má-fé e ou vontade de afrontar a decisão proferida pelo desembargador federal Rogério Favreto, estando evidenciado que o seu atuar buscava a melhor condução do feito, segundo o seu entendimento jurídico e percepção de responsabilidade social, enquanto magistrado responsável pela instrução e julgamento da ação penal condenatória e juiz posteriormente apontado como autoridade coatora.”

João Pedro Gebran Neto

O ministro Humberto Martins ressaltou que foi baseada em razoáveis fundamentos jurídicos e lastreada, inclusive, em fundamentos que integram o requerimento formulado pelo MPF, além de não discrepar do âmbito da atuação jurisdicional, a qual não se sujeita ao crivo do CNJ e, por consequência, também não está sujeita à apreciação disciplinar da Corregedoria Nacional de Justiça;

“Está evidenciado que o investigado desembargador federal João Pedro Gebran Neto, ao ser provocado por ‘despacho em forma de consulta’ proferido nos autos do processo original pelo então juiz federal Sérgio Moro, acerca da comunicação da decisão determinando a soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e também pelo MPF, atuou em decorrência de provocação e nos limites do seu livre convencimento motivado, amparado pelos princípios da independência e da imunidade funcionais, não havendo indícios de desvio funcional em sua atuação no caso em apreço.”

Thompson Flores

Quanto à atuação do presidente do TRF da 4ª região, o corregedor destacou que a atuação de Thompson Flores foi baseada pela necessidade de decidir a questão apresentada pelo MPF. Além disso, segundo Martins, a decisão por ele proferida encontra-se pautada em razoáveis fundamentos jurídicos, não discrepando do âmbito da atuação jurisdicional, a qual não se sujeita ao crivo do CNJ e, por consequência, também não está sujeita à apreciação disciplinar do CNJ, pois o exame de matéria eminentemente jurisdicional não enseja o controle administrativo.

Processo: 0005020-69.2018.2.00.0000
Migalhas

 

Opinião dos leitores

  1. Alguém em sã consciência acreditava que haveria alguma punição? Claro que não, ele é tucano apoiado pelos Irmãos Metralhas!!!

  2. E os "honestos" de plantão, gente que gosta do velho jeitinho brasileiro em tudo, ainda defende bandidos condenados.

    1. Só os petralhas tiveram a expectativa que o Lula Livre ía colar… Enquanto Lula = PT, esqueçam!

    2. e Lula ladrao continua preso… e ainda vai ser condenado mais uma vez por ser corrupto… kkk

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Judiciário

CNJ arquiva três pedidos de investigação contra Moro

sergio-moroO juiz federal Sérgio Moro – Geraldo Bubniak / Geraldo Bubniak / 9-3-2016

Por interino

A corregedora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministra Nancy Andrighi, arquivou nesta segunda-feira três pedidos de investigação contra o juiz federal Sérgio Moro, que conduz a Lava-Jato na primeira instância. Duas representações foram propostas por deputados e senadores do PT. A terceira era de um advogado de Santa Catarina. Moro era acusado de ter cometido infrações disciplinares na condução das investigações — em especial, as que atingiram o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Desde a condução coercitiva de Lula para prestar depoimento à Polícia Federal, em março, já chegaram ao CNJ 14 pedidos de investigação disciplinar contra Moro. Oito petições já foram arquivadas, contando as desta segunda-feira. As últimas representações arquivadas questionavam a legalidade das interceptações telefônicas da Lava-Jato feitas em telefones usados por Lula, incluindo diálogo travado com a presidente afastada Dilma Rousseff. As outras seis petições ainda não foram analisadas pela Corregedoria.

Segundo as petições arquivadas nesta segunda, Moro teria invadido a competência do STF, já que Dilma tem foro privilegiado e só poderia ser investigada em processo aberto no próprio tribunal. Também foi questionada a divulgação do conteúdo dos grampos e conversas gravadas fora do horário que abrangia a autorização judicial. Na decisão, a ministra Nancy Andrighi explicou que o CNJ não pode decidir sobre o assunto, porque caberá ao STF analisar em que foro ficarão as investigações contra Lula e Dilma.

Sobre as conversas terem sido supostamente gravadas fora do horário permitido pela Justiça, a ministra informou que a Corregedoria não tem poderes para anular os grampos. “A corregedoria não detém funções jurisdicionais que lhe autorizem invalidar atos processuais”, explicou Nancy. Sobre a divulgação das escutas, a ministra acrescentou que a Corregedoria do Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região está apurando o fato.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Corporativismo demasiado. Nesse poderes tudo acontece sob a égide do corporativismo. lembram dos 02 desembrargadores?

    1. Um exemplo de servidor público. A serviço da ética e da moralidade. A esquerdalha detesta, claro.

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