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SUPERAÇÃO: Goleiro volta a atuar após morte da mãe por covid, leva nove gols, mas é ovacionado pela torcida adversária

Foto: Reprodução / Samara Miranda

O goleiro Edivandro fez o que pode para segurar o Clube do Remo na noite da última terça-feira, no Baenão, e ajudar o Galvez a garantir vaga nas quartas de final da Copa Verde. Até que conseguiu boas defesas, mas saiu de campo goleado por 9 a 0. O resultado, entretanto, acredite, foi um mero detalhe para o jogador. Com uma história de volta por cima na carreira, foi ovacionado pela torcida adversária.

Com 38 anos, Edivandro parou de jogar após ser impactado pela Covid-19. A mãe do atleta acreano foi uma das mais de 600 mil vítimas da pandemia no Brasil até aqui. Desmotivado, preferiu pendurar as chuteiras. Mas voltou um ano e seis meses depois para ajudar o Galvez na temporada.

Os gols foram saindo na capital paraense e, mesmo assim, Edivandro recebia o carinho das arquibancadas do Baenão. A torcida azulina, apelidada de Fenômeno Azul, cantava o nome do jogador entre uma defesa e outra. O arqueiro, inclusive, ainda ajudava a puxar o coro. Muito mais do que lamentar cada bola que pegava no fundo da rede, ele queria aproveitar poder voltar a fazer o que gosta.

– Só tenho a agradecer a Deus. Eu já tinha parado no futebol, um ano e seis meses sem treinar, minha mãe tinha falecido de covid, falei pra mim que não iria jogar mais. É a vida que segue… Pra quem não estava nem treinando, o que fiz hoje já é mérito de Deus. Não pude tirar as que foram gol, se tiro estava com o resultado de 0 a 0, mas as que tirei, tenho certeza, teria agregado mais no placar. Teria sido mais de 14, sei lá – falou Edivandro.

Ao final do confronto pela competição regional, Edivandro recebeu uma camisa do Remo, time que ganhou a torcida do jogador pela conquista da Copa Verde.

GE

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