Finanças

Ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque deixa a prisão em Curitiba; na saída, popular grita: “ maloqueiro” e “vagabundo”

O ex-diretor de Engenharia e Serviços da Petrobras Renato Duque deixou a carceragem da Polícia Federal em Curitiba por volta das 12h45m desta quarta-feira. Duque, que foi preso na sétima etapa da Operação Lava-Jato, saiu acompanhado de um dos advogados de defesa.

Ele não quis dar nenhuma declaração à imprensa, que o cercou na saída, apenas disse que “queria ver a família e iria direto para o Rio de Janeiro”.

Duque segue em direção ao aeroporto do Paraná. Na saída, em cima de uma moto, um popular viu Renato Duque e o xingou“ maloqueiro” e “vagabundo”.

Em sua decisão, o ministro Teori Zavascki afirmou que o fato de Renato Duque supostamente manter contas no exterior não é motivo para a manutenção da prisão preventiva” e que a decisão do Primeiro e Segundo Grau, de mantê-lo preso, foi baseada apenas em “presunção de fuga”, não em atos concretos que indicassem a possibilidade de ele fugir do país.

Ao decretar a prisão preventiva de Duque, o juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal do Paraná, baseou-se nos depoimentos de Augusto Ribeiro Mendonça Neto e Júlio Camargo, executivos da Toyo Setal, que afirmaram ter pago propina ao ex-diretor de Serviços da Petrobras e ter depositado os valores em contas no Brasil e no exterior. Foi indicada inclusive o nome de uma das contas usadas por Duque, da off shore Drenos, no Banco Cramer, na Suíça.

Camargo afirmou ter repassado a Duque propina de R$ 6 milhões referentes a obras da Repav, R$ 12 milhões vinculados a obras da Repar e R$ 3 milhões pelo Projeto Cabiúnas 2. Afirmou ainda que a Toyo Setal pagou R$ 50 milhões ou R$ 60 milhões de propina entre 2008 e 2011 e que os valores foram negociados por ele mesmo diretamente com Duque.

Na primeira fase da Operação Lava Jato, o ex-diretor Paulo Roberto Costa foi mantido preso porque suas filhas e genros foram até asª empresas da família para retirar malas de documentos. A Justiça considerou que, em liberdade, Costa poderia obstruir as investigações em curso.

No caso de Duque, Zavascki considerou que ele estava preso apenas para garantir aplicação da lei, não por necessidade da instrução criminal ou garantia da ordem. “O fato de o agente supostamente manter valores tidos por ilegais no exterior, por si só, não constitui motivo para a decretação da prisão preventiva”, afirmou o ministro do STF, acrescentando que a Justiça também não esclareceu as medidas concretas feitas para a busca de valores.

O Globo

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Diversos

Ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa deixa a prisão em Curitiba

O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa deixou a carceragem da Polícia Federal em Curitiba no início da tarde desta quarta-feira (1º).

Costa deixou o local por volta das 13h10, em uma Pajero sem placas, escoltada por dois carros da corporação e um terceiro veículo descaracterizado como os demais. Ele não falou com a imprensa.

O ex-diretor seguiu direto para o aeroporto Afonso Pena, onde embarcaria ainda à tarde num avião da PF rumo ao Rio de Janeiro. Costa ficará em prisão domiciliar e será monitorado por uma tornozeleira eletrônica e protegido por agentes da PF.

Alvo da Operação Lava Jato e preso desde 11 de junho em Curitiba, Costa fez um acordo de delação premiada com a Justiça no final de agosto, após saber que a PF poderia prender suas filhas.

Ele prometeu revelar o que sabe sobre o esquema de desvio de dinheiro público em obras da Petrobras, investigado pela PF, em troca de uma pena mais branda.

Pelo acordo, Costa também se comprometeu a devolver R$ 70 milhões aos cofres públicos, entre dinheiro e bens, por causa de sua participação em crimes cometidos na estatal.

LAVA JATO

Deflagrada em 17 de março pela PF, a Operação Lava Jato desmontou um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que movimentou cerca de R$ 10 bilhões, com ramificações na Petrobras.

Os suspeitos, segundo a operação, eram responsáveis pela movimentação financeira e pela lavagem de ativos de diversas pessoas físicas e jurídicas, com a participação de doleiros.

Na delação premiada, Costa citou, segundo a revista “Veja”, nomes de 12 parlamentares que recebiam propina do esquema, entre os quais os dos presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Todos negam que tenham recebido recursos.

Folha Press

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