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Número de desempregados no mundo sobe para 202 milhões

Com a recuperação ainda lenta da economia global, o número de desempregados aumentou em 5 milhões em 2013, e chegou a 202 milhões de pessoas, mas manteve a taxa de 6% do ano anterior, segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), divulgados nesta segunda-feira.

O relatório “Tendências Mundiais de Emprego 2014” mostra que quase metade do contingente mundial de novos desempregados se concentrou nas regiões da Ásia Oriental (taxa de 4,5%), África Subsaariana (7,6%) e Europa (11%).

No Brasil, segundo estimativas preliminares, a taxa foi de 6,7% em 2013, uma queda em relação aos 6,9% registrados em 2012, mas ainda ligeiramente acima da média da região da América Latina e Caribe, que foi de 6,5%. O tempo médio que o brasileiro fica desempregado, de acordo com a OIT, é de pouco mais de quatro meses.

Para os próximos anos até 2018, a projeção da organização é de crescimento do número de vagas – de 40 milhões por ano – menor do que o do contingente que ingressa no mercado de trabalho – de 42,6 milhões por ano.

Desta maneira, o total de desempregados deve aumentar em 13 milhões neste período, para 215 milhões de pessoas, mas o percentual deverá se manter estável, 0,5 ponto percentual acima do valor registrado no início da crise, em 2008.

Desalento avança

O documento apontou ainda que cerca de 23 milhões de trabalhadores abandonaram o mercado no ano passado.

– Quando se estima que 23 milhões de pessoas abandonaram a busca de trabalho, é imperativo que sejam implantadas políticas ativas do mercado laboral com maior vigor para enfrentar a inatividade e o desajuste de qualificações – afirmou o principal autor do relatório, Ekkhard Ernst, em comunicado da OIT.

De acordo com a OIT, “um grande número de potenciais trabalhadores desalentados permanece fora do mercado de trabalho”.

– O que necessitamos com urgência é repensar as políticas. Devemos intensificar nossos esforços para acelerar a geração de empregos e apoiar as empresas que criam empregos – afirmou o diretor geral da OIT, Guy Ryder, em comunicado.

Extrema pobreza recua

A geração de vagas continuou fraca, com reflexos principalmente no emprego de jovens, cuja inclusão a OIT destacou como uma necessidade. Hoje, cerca de 74,5 milhões de pessoas entre 15 e 24 anos estão desempregadas, o que representa uma taxa juvenil de desemprego de 13,1%, mais que o dobro da taxa média mundial.

Nos países em desenvolvimento, o emprego formal continua se prolongando e o ritmo das melhorias na qualidade do emprego está diminuindo, segundo o relatório. Na prática, menos pessoas estão saindo da pobreza.

No ano passado, o número de trabalhadores em situação de extrema pobreza – vivendo com menos de US$ 1,25 por dia – caiu 2,7%, uma das taxas mais baixas da última década. A estimativa da OIT é que 375 milhões de trabalhadores viviam, no ano passado, com menos de US$ 1,25 por dia. (Colaborou Cristiane Bonfanti)

O Globo

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