Judiciário

Sem margem à dúvida, recibos de Lula são ideologicamente falsos, diz Procuradoria

Força-tarefa da Lava Jato afirma ser ‘imperativa’ uma perícia nos comprovantes de aluguel do apartamento 121, do edifício Hill House, em São Bernardo do Campo, apresentados pelo ex-presidente na ação penal em que é réu por corrupção passiva e lavagem de dinheiro supostamente recebido em propinas da Odebrecht

A força-tarefa da Operação Lava Jato, no Paraná, afirmou ao juiz federal Sérgio Moro que ‘sem margem à dúvida’ os recibos apresentados pela defesa do ex-presidente Lula, para comprovar o pagamento de aluguel do apartamento 121, do edifício Hill House, em São Bernardo do Campos (SP), são ‘ideologicamente falsos’. O Ministério Público Federal, no Paraná, entrou com um incidente de falsidade para apurar a autenticidade dos documentos apresentados pela defesa do ex-presidente e cobra os recibos originais.

“Sem margem à dúvida que os recibos juntados pela defesa de Luiz Inácio Lula da Silva são ideologicamente falsos, visto que é simulada a relação locatícia representada pelo engendrado contrato de locação”, afirmou a Procuradoria da República.

Lula é réu por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em ação penal sobre supostas propinas da Odeberecht. Para os procuradores, a Odebrecht custeou a compra do apartamento, em nome do engenheiro Glaucos da Costamarques, primo do pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente. Na mesma ação, ele responde por também ter supostamente recebido da empreiteira terreno onde seria sediado o Instituto Lula, no valor de R$ 12,5 milhões. A Lava Jato afirma que não houve pagamento de aluguel entre fevereiro de 2011 e pelo menos novembro de 2015, do imóvel vizinho a Lula, em São Bernardo.

No dia 25 de setembro, a defesa do ex-presidente apresentou documentos que contestam a versão dos procuradores. Os advogados do ex-presidente anexaram um contrato da ex-primeira dama Marisa Letícia com Glaucos da Costamarques, dono do imóvel no cartório, e recibos de pagamento. Dois dos comprovantes apresentam datas que não existem no calendário. Parte dos documentos ainda apresenta os mesmos erros de ortografia.

Ao pedir investigação sobre os comprovantes, a Procuradoria afirmou ser ‘imperativa’ a realização de uma perícia ‘para aclarar aspectos pontuais com relação à confecção dos recibos de que se trata, considerando que foram apresentados perante o Poder Judiciário, no curso da ação penal’.

“Efetivamente, urge (i) esclarecer se os recibos apresentados pela defesa de Luiz Inácio Lula da Silva foram firmados por Glaucos da Costamarques, (ii) tendo sido firmados por Glaucos da Costamarques, identificar o momento em que foram apostas as assinaturas em cada qual, deslindando quando os recibos foram confeccionados, e (iii) verificar se houve adulterações e/ou montagens desses documentos”, solicitou a força-tarefa da Lava Jato.

Os recibos apresentados por Lula batem de frente com o depoimento de Glaucos da Costamarques, cuja defesa afirma que ‘o primeiro aluguel efetivamente recebido, ocorreu em novembro de 2015; tendo, após, recebido todos os alugueres até atualmente, excetuando-se, ao que se recorda, o aluguel referente a fevereiro de 2017, possivelmente em razão do falecimento da Sra. Marisa Letícia Lula da Silva’.

Glaucos alega ter sido procurado por José Carlos Bumlai ‘no sentido de adquirir um imóvel em um edifício em São Bernardo do Campo – SP, em seu nome, uma vez que não contava com recursos necessários para fazê-lo pessoalmente’.

“Como razão primordial, informou a Glaucos que precisava atender a um pedido da sra. Marisa Letícia Lula da Silva, preocupada com o fato de alguém poder interessar-se pelo imóvel, que era localizado no mesmo andar, e em frente, ao apartamento que servia de residência ao ex-presidente e sua esposa, cuja privacidade poderia ser comprometida”, afirmam os advogados do laranja.

Os defensores de Glaucos ainda dizem que ele foi orientado a ‘procurar ao Dr. Roberto Teixeira, que trataria da documentação necessária relativamente à aquisição do imóvel e do contrato de locação’.

“O pagamento de alugueres, esclareça-se, só começou a ocorrer após visita do Dr. Roberto Teixeira ao defendente, quando este estava internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde Glaucos se submeteria a intervenção cardiovascular. Foi nesta visita que o referido advogado informou-o de que os alugueres passariam a ser pagos regularmente”, sustentam os advogados.

A defesa de Glaucos tem reiterado que, no dia seguinte à visita de Roberto Teixeira, ele recebeu a visita do ‘contador João M. Leite, que foi colher as assinaturas nos recibos, referentes ao ano de 2015’.

O juiz federal Sérgio Moro determinou que o hospital entregue os registros das visitas do compadre de Lula e do contador a Glaucos.

COM A PALAVRA, LULA

Em nota, o advogado Cristiano Zanin Martins, defensor do ex-presidente Lula, reagiu à nova ofensiva da força-tarefa da Lava Jato.

“A realização de perícia nos recibos irá demonstrar que eles são idôneos e que foram assinados pelo proprietário do imóvel, dando quitação dos aluguéis à D. Marisa, que contratou a locação. O questionamento do MPF é uma tática ilusionista de quem não conseguiu provar que valores provenientes de contratos da Petrobras beneficiaram o ex-Presidente Lula.”

“O proprietário do imóvel jamais negou que tenha emitido os recibos, tampouco levou ao processo qualquer declaração de que tenha assinado os documentos em uma única data, como se verifica na petição por ele protocolada em 28/09. Ele demonstrou ter adquirido o apartamento com recursos próprios, por meio de cheques administrativos, e não com valores de contratos da Petrobras.”

“A Defesa também questionou a autenticidade de documentos apresentados na ação pelo MPF por meio de incidente protocolado em 1º/09/2017, mas o juiz Sérgio Moro não autorizou a realização da perícia até o momento. De acordo com decisão proferida em 27/09, o processamento do incidente deveria aguardar a realização de outra perícia, relativa às supostas cópias dos sistemas paralelos da Odebrecht.”

“Espera-se que o juiz dê ao questionamento da defesa o mesmo tratamento em relação aos questionamentos da acusação, não apenas em relação à idoneidade de documentos, mas sobretudo no que tange à necessidade de demonstração do afirmado uso de recursos da Petrobras para a aquisição dos imóveis (“follow the money”).”

Cristiano Zanin Martins

Fausto Macedo – ESTADÃO 

 

Opinião dos leitores

  1. O Luladrao achou que estava lidando com os MILITONTOS kkkkkkkkkkk
    Esse procuradores não recebe bolsa família não é não são da CUT ou MST kkkk
    Que o Luladrao faz o que quer com um sanduíche de mortadela
    Achonque os procuradores nem gosta de mortadela kkkk
    Si fu Luladrao kkk

  2. pelo que eu saiba, novembro só tem trinta dias, o recibo tá com data de 31 de novembro, pode um negócio desse?

  3. O MPF não sossegará enquanto não conseguir criar um crime para Lula…
    Ainda bem que no futuro descobriremos que os verdadeiros criminosos são o MPF junto com o Judiciário…

    1. Sei…Agora vamos ter que entender que Lula é um homem de bem é isso? Só faltava essa! PQP!

    2. Viiiiixi MPF e Judiciário São os verdadeiros criminosos?
      Aí lascou geral ?

  4. Tá na cara q esses recibos falsos são verdadeiros. Basta ter um coração complacente e acreditar em Papai Noel e bicho papão.

  5. Ideologicamente falsos ? Como cara pálida ? Como comendador ? As perícias foram feitas ? Ah não . Mais uma bola fora do MPF COM A AJUDINHA DA IMPRENSA . Nessa aí eles não vão se dar bem e já sabem disso . Mais uma para fortalecer o mito .

    1. Impressiona como ainda aparece alguém acreditando que Lula é sério! Isso só pode ser uma doença!

    2. ERNERTO VOCÊ É HONESTO . E ESPERO QUE SEJA SADiO . Que não tenha nenhuma doença . Mas , contudo , todavia e entretanto . Seja Ernesto com argumentos honestos . Você pode até ser muito inteligente. , mas procure ser sábio , antes de falar . Argumente com , argumentos não com chefões ou bordões . Vovô era um nanicaca assumido e dizia isso , não tem nada de deERNESTO nisso . Agora antes de contraargumentar ou diagnosticar doença , aprenda a se embasar , para escrever . Como diria CHICO CARA DE SUVACO , um grande sapateiro lá da cidade alta . “ o pior peba é aquele que como tanto , que tem gue se mistura com bode magro para ser comido .”

    3. Kkkk esse maracujina é uma piada acorda MILITONTO aprenda com seu erro esse canalha não enganou só você não mas aprenda a separar quem presta e quem não presta
      Ou vice e aqueles que também tem sua boquinha kkkkk

  6. IDEOLOGICAMENTE Falsos?! O correto não deveria ser APÓS PERICIA TECNICA se concluiu que Falsos?! O MPF do Paraná sempre age deixando prechas pra questionamentos sobre sua atuação aparentemente parcial e ideologica!

    1. Falsidade de documento não se confunde com falsidade ideologica. O que o MPF falou é que a ideia contida no documento é falsa, sem sombra de duvidas. E foi feito o pedido de pericia para provar que os documentos foram fabricados em série.

    2. Verdade Junior, mas eles precisam de algo pra defender esse MARGINAL!Seja lá o que for!

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Diversos

Medida provisória do ensino médio é inconstitucional, diz Procuradoria-Geral da República

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, durante sessão do Supremo Tribunal Federal. Foto: Alan Marques – 22.jun.2016/Folhapress

A medida provisória do governo Michel Temer (PMDB) para a reforma do ensino médio foi considerada inconstitucional pela PGR (Procuradoria-Geral da República), de acordo com parecer enviado ao Supremo Tribunal Federal nessa segunda-feira (19). A manifestação da PGR se deu na ação de inconstitucionalidade proposta pelo partido Psol, que será analisada pelo Supremo.

Para o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, uma medida provisória, “por seu próprio rito abreviado, não é instrumento adequado para reformas estruturais em políticas públicas, menos ainda em esfera crucial para o desenvolvimento do país, como é a educação”.

“Demonstração concreta de faltar urgência para edição precipitada da norma está no fato de que, se aprovada pelo Congresso Nacional ainda em 2016, a reforma só será adotada nas escolas em 2018”, afirma Janot.

A PGR também questiona o conteúdo da proposta do governo e afirma que a MP 746/2016 fere o direito à educação e o princípio da igualdade. Cita especificamente a não-obrigatoriedade do ensino de artes e educação física em parte desse período.

“A facultatividade prevista para o ensino da arte viola, frontalmente, o artigo 206, II, pois, para largas porções de alunos, impedirá o exercício da liberdade de aprender ‘o pensamento, a arte e o saber’.” A PGR ainda aponta como irregularidades a flexibilização na admissão de profissionais de educação, a supressão do ensino noturno e os itinerários formativos específicos.

A ação de inconstitucionalidade será levada ao plenário do Supremo pelo relator do caso, ministro Edson Fachin, o que só acontecerá a partir de fevereiro, após o recesso do Judiciário. O governo também deverá se manifestar sobre a questão.

A MP foi aprovada pela Câmara dos Deputados na última terça-feira (13) com uma alteração que manteve o ensino de filosofia, sociologia, artes e educação física obrigatórios nessa etapa de ensino.

A reforma ainda precisa ser votada pelo Senado, que só retomará as sessões em plenário a partir de fevereiro, também após o recesso. A MP perde a validade se não for aprovada até o dia 3 de março.

Pesquisa Datafolha realizada na cidade de São Paulo no final do mês passado mostra que a possibilidade de escolher disciplinas e áreas no ensino médio agrada os estudantes, mas não tem a simpatia da maioria dos pais. Com a reforma, alunos poderão escolher parte da grade curricular em cinco áreas: linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas ou ensino técnico.

O Ministério da Educação tem defendido que o prazo de tramitação da MP é suficiente para as discussões sobre o tema.

Folha Press

 

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Finanças

Paulo Bernardo agiu como ‘operador’ de Gleisi na Lava Jato, diz Procuradoria

A Procuradoria-Geral da República afirmou ao STF (Supremo Tribunal Federal) que o ex-ministro Paulo Bernardo agiu como o “verdadeiro operador” da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), sua mulher, na Lava Jato.

A afirmação consta no pedido da Procuradoria para que o tribunal receba denúncia contra o casal e o empresário Ernesto Kugler Rodrigues, abrindo uma ação penal pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

A acusação é que a campanha de Gleisi ao Senado, em 2010, teria recebido R$ 1 milhão do esquema de corrupção da Petrobras.

O parecer assinado pela procuradora-geral da República em exercício, Ela Wiecko, afirma que Paulo Bernardo foi responsável por solicitar a propina para a campanha.

“O desempenho dessa função por Paulo Bernardo, como um verdadeiro operador de sua esposa -inclusive valendo-se da importância do ministério então por ele ocupado-, exatamente como dito por Paulo Roberto Costa [ex-diretor da Petrobras] e Alberto Youssef [doleiro], que o apontaram como solicitante da vantagem indevida em favor da codenunciada Gleisi”, diz o texto.

Segundo Wiecko, “a denúncia aponta elementos concretos em relação à lavagem de dinheiro da propina repassada à Gleisi, com atuação de Paulo Bernardo e Ernesto Kugler”.

Na manifestação, a Procuradoria reafirma que, entre julho de 2010 e outubro de 2010, “terminais vinculados a Paulo Bernardo realizaram 163 ligações para o telefone de Ronaldo Baltazar responsável pela administração financeira da campanha de Gleisi ao Senado em 2010, e 82 ligações para o PT no Paraná”.

A acusação da Procuradoria leva em consideração a delação premiada do advogado Antonio Carlos Brasil Fioravante Pieruccin, que confirmou repasses de dinheiro para a campanha da petista.

Segundo Pieruccini, em 2010, ele foi orientado por Youssef a fazer quatro viagens de São Paulo a Curitiba para entregar dinheiro à campanha de Gleisi, ex-ministra da Casa Civil (2011-2014).

Ele contou ter ouvido de Youssef que os valores “tinham sido acertados com Paulo Bernardo”, ex-ministro do Planejamento (2005-2011) e das Comunicações (2011-2015), e se destinavam à campanha eleitoral da candidata ao Senado.

O ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF, analisará a denúncia e levará o caso para a segunda turma do tribunal, composta por cinco integrantes.

Se os ministros aceitarem a denúncia, os dois serão transformados em réus. Não há data prevista para essa análise acontecer.

Além desse inquérito sobre a Lava Jato, Gleisi e Paulo Bernardo são investigados por suspeita de participação em um esquema de corrupção no Ministério do Planejamento. Paulo Bernardo chegou a ser preso, a pedido da Justiça de São Paulo, na chamada Operação Custo Brasil.

OUTRO LADO

(mais…)

Opinião dos leitores

  1. QUAL PARTIDO NÃO RECEBEU PROPINA ? UMA EMPRESA NÃO FAZ DOAÇÃO PARA CAMPANHA POLÍTICA DE BOA VONTADE PARA AJUDAR POLÍTICOS; E SIM PARA RECEBER VIA LADRÃO COM DIVIDENDOS.
    E AQUI NO BRASIL, AINDA TEM POLÍTICO DESFILANDO CONTRA CORRUPÇÃO, ACHANDO QUE TODOS SÃO IDIOTAS

    1. Do jeito que ela é dondoca, deve usar a roupa 1 vez e depois joga fora…
      Depois é só sair para comprar mais com a grana preta que eles ganham

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Esporte

Cunha cobrou R$ 1,9 mi por emendas em MP da Olimpíada, diz procuradoria

CWgmSMlW4AAp1PrFrancisco Dornelles, vice-governador do Rio, e Eduardo Cunha, presidente da Câmara

Os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016 estão no centro da atuação do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) nos esquemas de corrupção denunciados pela Procuradoria Geral da República (PGR) nesta semana. O pedido de afastamento do parlamentar mostra como ele usou o evento e a função legislativa para o recebimento de propina e outras vantagens ilícitas.

Segundo consta da medida cautelar, foi por meio da MP 584 – que aprovou benefícios fiscais para os envolvidos nos Jogos Olímpicos – que Cunha atendeu aos interesses de empreiteiros, em especial da construtora OAS.

“Verifica-se que Francisco Dornelles apresentou nada menos que 15 emendas à referida MP”, descreveu o procurador Rodrigo Janot no pedido, completando posteriormente: “Eduardo Cunha afirmou que passou o texto na Comissão e que teria ficado ‘muito bom o texto’ e ‘alcança todas as obras no Rio'”.

Em outro trecho, a Procuradoria afirma que alguns dias depois da negociação das emendas à MP da Olimpíada “Cunha cobrou o pagamento de valores, que, pelo teor das conversas anteriores, era em duas partes: R$ 1.500.000,00 e R$ 400.000,00”, descrevem na medida cautelar.

As conversas sobre os valores foram entre o deputado federal e o diretor operacional da OAS Bahia, Manuel Ribeiro Filho.

Isenções fiscais para os Jogos

Francisco Dornelles (PP-RJ) é senador e atual vice-governador do Rio. Segundo o documento, ele teria sido um dos escolhidos pelo peemedebista para atender aos interesses das empreiteiras. Não há informações no relatório, no entanto, se o senador recebeu qualquer valor em troca. Uma das emendas, de número 52, ampliou a isenção fiscal prevista na MP às obras de infraestrutura de transportes.

Aprovada em 2012, a medida concedeu benefícios fiscais aos órgãos envolvidos nos Jogos Olímpicos, entre eles: Comitê Olímpico Internacional (COI), Corte Arbitral do Esporte (CAS), Agência Mundial Antidoping (Wada) e o comitê Rio 2016.

ESPN

Opinião dos leitores

    1. Estão vendo o mundo ilusório dos petistas, vou explicar:
      Exatamente o oposto IB, como ele foi macho e barrou o domínio do PT na câmara e no senado, o PT voltou sua bateria de choque em cima dele, mandando virar a vida do deputado de cabeça para baixo.
      Cunha passou a ser o inimigo número 1 da nação petista, enquanto o HONESTO Renan Calheiros, que APOIA O PT tem todas as investigações BARRADAS, PARADAS e SUSPENSAS.

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Finanças

Filho de Lula levou R$ 1,5 milhão de forma ‘muito suspeita’, diz procuradoria

Documentos que integram a Operação Zelotes apontam que a empresa de um dos filhos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a LFT Marketing Esportivo, de Luis Claudio Lula da Silva, recebeu R$ 1,5 milhão da empresa de lobby Marcondes e Mautoni na mesma época que os lobistas foram remunerados por empresas interessadas na renovação dos efeitos de uma medida provisória pelo governo federal.

Para a Procuradoria da República no DF, “é muito suspeito que uma empresa de marketing esportivo receba valor tão expressivo de uma empresa especializada em manter contatos com a administração pública (Marcondes e Mautoni)”.

Entre 2013 e 2014, segundo a investigação, o grupo de lobistas atuou para renovar uma medida provisória de 2009, com prazo de validade de cinco anos, que na época havia gerado o pagamento de “comissões”. A nova empreitada ocorrida entre 2013 e 2014, de acordo com a Zelotes, resultou na edição da medida provisória n° 627, de 2013, que foi convertida na lei nº 12.973, de 2014.

A investigação não aponta de que forma Luis Cláudio supostamente teria agido para a renovação da medida provisória.

Na petição entregue à 10ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federal, a Procuradoria concluiu que a firma de Luis Cláudio “estranhamente” foi o segundo maior destino dos recursos obtidos pela Marcondes e Mautoni em 2014 das firmas automotivas MMC e Caoa, as mesmas que são alvo de investigação relativa à medida provisória de 2009.

As empresas, segundo a PF, pagaram R$ 8 milhões cada uma à Marcondes e Mautoni no ano de 2014. O terceiro maior cliente da Marcondes foi uma agência de turismo, com apenas R$ 18 mil.

Ao analisar os registros de saída do dinheiro da Marcondes, a Zelotes concluiu que em primeiro lugar apareceu o próprio dono da firma, Mauro Marcondes, com R$ 3 milhões, e em seguida a firma do filho do ex-presidente. Abaixo da LFT surgiu a mulher de Mauro, Cristina, com R$ 1 milhão. Em quarto lugar veio a SGR Consultoria, com apenas R$ 200 mil, também contratada em 2009 para a edição da medida provisória anterior.

“Dentro desse contexto”, diz a Procuradoria, “justifica-se a execução de busca e apreensão na sede da empresa” LFT, cumprida nesta segunda-feira (26) em São Paulo.

A busca e apreensão foi deferida pela juíza federal substituta da 10ª Vara, Célia Regina Ody Bernardes. Após o deferimento, porém, a Procuradoria apurou que “outras duas empresas, que têm vínculos societários entre si, têm a mesma sede”, a Touchdown Promoção de Eventos Esportivos Ltda e a Silva e Cassaro Corretora de Seguros Ltda., e por isso ofereceu um aditamento para que as buscas fossem estendidas às outras duas empresas, o que também foi deferido pela juíza.

De acordo com a investigação, a Touchdown tem como única sócia a própria LFT. O administrador da Touchdown é Luis Claudio, o sócio administrador da LFT. A outra sócia da LFT, Fatima Regina Cassaro da Silva é também dona, com 50% das cotas, da Silva e Cassaro Corretora de Seguros Ltda. Luis Claudio foi sócio da corretora entre 2014 e 2015.

“Enfim, ante o quadro de promiscuidade apresentado, tudo indica que as empresas representam uma única entidade. Nessa linha, não há como, na atual fase da investigação, abrir mão do material localizado no endereço do condomínio empresarial”, apontou a Procuradoria da República, em ofício.

“A unidade das empresas (física e societária) é evidente, tudo girando em torno de Luis Claudio Lula da Silva.”

Pagamentos da Marcondes e Mautoni à firma do filho de Lula haviam sido revelados por “O Estado de S. Paulo” no último dia 1º.

Em nota divulgada à imprensa, o advogado do filho de Lula, Cristiano Zanin Martins, afirmou que a ação da PF nesta segunda-feira foi “despropositada”, pois a empresa Touchdown “não tem qualquer relação com o objeto da investigação” da Zelotes.

“A Touchdown organiza o campeonato brasileiro de futebol americano -torneio que reúne 16 times, incluindo Corinthians, Flamengo, Vasco da Gama, Botafogo, Santos e Portuguesa-, atividade lícita e fora do âmbito da referida operação”, afirmou a nota.

“A Touchdown e a LFT jamais tiveram qualquer relação, direta ou indireta, com o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF). Assim que tomaram conhecimento da busca e apreensão os advogados da Touchdown e da LFT pediram à Justiça e à Polícia Federal acesso a todo o material usado para justificar a medida, não tendo sido atendidos até o momento. Tal situação impede que a defesa possa exercer o contraditório e tomar outras medidas cabíveis”, informou o advogado.

Folha Press

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Finanças

LAVA JATO: Propina a presidente da Eletronuclear foi de R$ 4,5 mi, diz Procuradoria

O presidente licenciado da Eletronuclear, o almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, recebeu R$ 4,5 milhões em propina, de acordo com Athayde Ribeiro Costa, um dos procuradores integrantes da força-tarefa da Operação Lava Jato.

Os pagamentos, diz a investigação, foram efetuados entre 2009 e 2014.

Em entrevista coletiva na manhã desta terça (28), o procurador Costa disse que o pagamento de propinas continuou a ocorrer mesmo após a prisão dos primeiros executivos no âmbito da Operação Lava Jato. “A corrupção no Brasil é endêmica e está em processo de metástase”, disse.

O almirante Othon, que foi afastado este ano da estatal, foi preso na manhã desta terça no Rio em nova fase da Lava Jato.

Ele pediu o afastamento do cargo em abril, após virem à tona notícias de que ele teria recebido propina nas obras da usina nuclear de Angra 3. Parte das revelações foram feitas na delação premiada de Dalton Avancini, ex-presidente da Camargo Corrêa. O almirante nega ter recebido pagamentos indevidos.

Os pagamentos tiveram origem em contratos das empreiteiras Andrade Gutierrez e Engevix, segundo as investigações. O dinheiro, ainda de acordo com a Procuradoria, percorreu pagamentos de empresas intermediárias por serviços não prestados de consultoria, que, depois, repassaram os valores para a Aratec Engenharia Consultoria e Representações, controlada pelo almirante Othon.

Uma das notas da Aratec foi emitida em setembro de 2014, seis meses após o início das investigações da Lava Jato. O foco sobre Angra 3 começou com o depoimento do delator Dalton Avancini, da Camargo Corrêa.

Iniciada em 2009, Angra 3 deveria ter entrado em operação este ano, mas a usina, a terceira planta de geração nuclear do país, está prevista para começar a produzir energia apenas em maio de 2018. O custo da obra mais que dobrou em seis anos: prevista inicialmente para custar R$ 7 bilhões, a obra é orçada atualmente em R$ 15 bilhões.

Folha Press

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