Finanças

Paulo Bernardo agiu como ‘operador’ de Gleisi na Lava Jato, diz Procuradoria

A Procuradoria-Geral da República afirmou ao STF (Supremo Tribunal Federal) que o ex-ministro Paulo Bernardo agiu como o “verdadeiro operador” da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), sua mulher, na Lava Jato.

A afirmação consta no pedido da Procuradoria para que o tribunal receba denúncia contra o casal e o empresário Ernesto Kugler Rodrigues, abrindo uma ação penal pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

A acusação é que a campanha de Gleisi ao Senado, em 2010, teria recebido R$ 1 milhão do esquema de corrupção da Petrobras.

O parecer assinado pela procuradora-geral da República em exercício, Ela Wiecko, afirma que Paulo Bernardo foi responsável por solicitar a propina para a campanha.

“O desempenho dessa função por Paulo Bernardo, como um verdadeiro operador de sua esposa -inclusive valendo-se da importância do ministério então por ele ocupado-, exatamente como dito por Paulo Roberto Costa [ex-diretor da Petrobras] e Alberto Youssef [doleiro], que o apontaram como solicitante da vantagem indevida em favor da codenunciada Gleisi”, diz o texto.

Segundo Wiecko, “a denúncia aponta elementos concretos em relação à lavagem de dinheiro da propina repassada à Gleisi, com atuação de Paulo Bernardo e Ernesto Kugler”.

Na manifestação, a Procuradoria reafirma que, entre julho de 2010 e outubro de 2010, “terminais vinculados a Paulo Bernardo realizaram 163 ligações para o telefone de Ronaldo Baltazar responsável pela administração financeira da campanha de Gleisi ao Senado em 2010, e 82 ligações para o PT no Paraná”.

A acusação da Procuradoria leva em consideração a delação premiada do advogado Antonio Carlos Brasil Fioravante Pieruccin, que confirmou repasses de dinheiro para a campanha da petista.

Segundo Pieruccini, em 2010, ele foi orientado por Youssef a fazer quatro viagens de São Paulo a Curitiba para entregar dinheiro à campanha de Gleisi, ex-ministra da Casa Civil (2011-2014).

Ele contou ter ouvido de Youssef que os valores “tinham sido acertados com Paulo Bernardo”, ex-ministro do Planejamento (2005-2011) e das Comunicações (2011-2015), e se destinavam à campanha eleitoral da candidata ao Senado.

O ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF, analisará a denúncia e levará o caso para a segunda turma do tribunal, composta por cinco integrantes.

Se os ministros aceitarem a denúncia, os dois serão transformados em réus. Não há data prevista para essa análise acontecer.

Além desse inquérito sobre a Lava Jato, Gleisi e Paulo Bernardo são investigados por suspeita de participação em um esquema de corrupção no Ministério do Planejamento. Paulo Bernardo chegou a ser preso, a pedido da Justiça de São Paulo, na chamada Operação Custo Brasil.

OUTRO LADO

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Opinião dos leitores

  1. QUAL PARTIDO NÃO RECEBEU PROPINA ? UMA EMPRESA NÃO FAZ DOAÇÃO PARA CAMPANHA POLÍTICA DE BOA VONTADE PARA AJUDAR POLÍTICOS; E SIM PARA RECEBER VIA LADRÃO COM DIVIDENDOS.
    E AQUI NO BRASIL, AINDA TEM POLÍTICO DESFILANDO CONTRA CORRUPÇÃO, ACHANDO QUE TODOS SÃO IDIOTAS

    1. Do jeito que ela é dondoca, deve usar a roupa 1 vez e depois joga fora…
      Depois é só sair para comprar mais com a grana preta que eles ganham

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Polícia

Toffoli manda soltar ex-ministro dos governos Lula e Dilma, Paulo Bernardo

O ministro do STF (Superior Tribunal Federal) Dias Toffoli revogou nesta quarta-feira (29) a prisão do ex-ministro Paulo Bernardo, detido na última quinta-feira (23) na Operação Custo Brasil, que investiga desvios do Ministério do Planejamento.

A decisão foi uma resposta da reclamação feita pelo advogado dele, Juliano Breda, junto ao tribunal.

Na decisão, Toffoli que houve “flagrante e constrangimento ilegal, passível de correção por habeas corpus de ofício, determina-se cautelarmente a revogação da prisão preventiva”.

O juiz determina o cumprimento de medidas cautelares alternativas.

Na reclamação, a defesa pedia a nulidade da ação envolvendo Paulo Bernardo e que o caso fosse julgado no Supremo.

HISTÓRICO

Ex-ministro dos governos Lula e Dilma, Paulo Bernardo foi preso na quinta na Operação Custo Brasil, um desdobramento da Lava Jato. O petista é acusado de ter se beneficiado de propina de contratos do Ministério do Planejamento que perduraram de 2010 a 2015.

Folha Press

Opinião dos leitores

  1. Ministro, o senhor nos envergonha. Nesse país fajuto, só ladrão se dar bem. Ah, se fosse meu herói, Moro….Moro…Moro….

  2. Estou no grupo dos bolivarianoscomunistas doutrinados pela esquerda (cuja maior contribuição para o país residiu da invenção da corrupção) nos cursos "scrito senso" que entende – como o ministro Toffolli – que a prisão preventiva nesse caso foi arbitrária.

  3. Só para o PT a empresa desses calhordas doaram 100 milhões, tudo arrancado dos empréstimos consignado.

  4. Meteu a mão no dinheiro dos aposentados e ainda vai solto, isso é uma cambada de ministros calça frouxa, vai ver tem culpa no cartório. Como é que se pode confiar nesse STF? Tá comprovado roubaram o dinheiro dos aposentados, cobraram pelo que não se devia. O crime nesse país de terceiro mundo compensar.

  5. Qual a explicação disto petistas? É na cara dura! Estão cuspindo em todos nós! Daqui a pouco virá o indulto para todos.

  6. Se este ladrão estivesse em Curitiba, com o dr Moro, duvido que o tal ministro teria coragem de solta – lo com ,medo do povo

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Política

Ministro Paulo Bernardo distribui emissoras para seu reduto eleitoral

O ministro Paulo Bernardo (Comunicações) concentrou a liberação de retransmissoras de TV no Paraná –reduto eleitoral dele e de sua mulher, Gleisi Hoffmann (Casa Civil), que deve disputar o governo pelo PT em 2014.

Bernardo nasceu em São Paulo, mas fez carreira política no Paraná. Os municípios que receberam retransmissoras (RTVs) na gestão de Bernardo concentram 33% do eleitorado paranaense.

As retransmissoras veiculam a programação de geradoras, como Globo e SBT, em municípios onde não chega o sinal dessas empresas.

Dados obtidos pela Folha por meio da Lei de Acesso à Informação revelam que, de 39 retransmissoras concedidas por Bernardo ou seu secretário de Comunicação Eletrônica, Genildo Lins, 8 foram para municípios do Paraná.

A lista inclui Londrina e Foz do Iguaçu, principais bases eleitorais dos ministros, que já tinham 12 e 11 retransmissoras operando em cada uma delas. Também receberam os municípios de Maringá, Toledo, Campo Largo, Ponta Grossa e Guaratuba, administrados por partidos aliados ao governo Dilma. Em Guaratuba, a prefeita é do PSDB, mas teve apoio do PT.

Além dessas, o ministro também mandou publicar no “Diário Oficial” outras 6 retransmissoras no Paraná. Essas outorgas foram assinadas por seus antecessores, mas só passaram a valer com o ato de Bernardo. Com isso, somam 14 as RTVs dadas na sua gestão no Estado.

Para o Paraná, tramitam no ministério 438 pedidos de RTVs secundária. Os Estados para os quais há mais solicitações são Minas Gerais (1.672) e São Paulo (1.040). O ministro e seu secretário autorizaram nesses Estados 6 e 8 pedidos, respectivamente.

Com as outorgas das gestões anteriores, que Bernardo mandou publicar, Minas recebeu 20 e São Paulo, 9.

OUTRO LADO

Para o ministério, “não existe privilégio” na distribuição das retransmissoras para o Paraná: “As outorgas são feitas de acordo com as demandas protocoladas” e “a disponibilidade de espectro”.

“O ministro foi candidato pela última vez em 2002, razão pela qual não há como fazer essa vinculação” à distribuição de RTVs.

Da Folha

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Economia

Ministro diz que Claro, Oi e TIM já sabiam que serviço ruim resultaria em suspensão das vendas

As operadoras de telefonia celular não foram pegas de surpresa. Em entrevista à Agência Estado, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, destacou que elas já sabiam que a baixa qualidade dos serviços resultaria em medidas punitivas por parte do governo. “Foi um episódio bem pensado”, disse o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, por telefone. Ele está em Santa Clara, Califórnia (EUA), onde visita empresas no Vale do Silício. “Foram feitos vários contatos com as empresas e elas foram avisadas que haveria medidas.”

Nessa quarta-feira, 18, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) suspendeu, a partir de segunda-feira, 23, a venda de novas linhas das operadoras Tim, Claro e Oi, nos Estados onde elas apresentam mais problemas.

“O governo sempre incentivou a competição entre empresas e a fidelização, mas as empresas têm de respeitar o consumidor”, afirmou o ministro. “Não é razoável que ela faça uma promoção e o serviço não seja entregue, isso é inaceitável.”, disse. O ministro conta que foi abordado muitas vezes no supermercado e no aeroporto por pessoas que pediam providências em relação aos serviços de telefonia móvel.

A medida ainda estava em preparação, mas seu anúncio foi precipitado para ontem depois que informações “vazaram” e isso começou a afetar o mercado. “Diante disso, achei razoável telefonar para a presidenta”, contou o ministro. Dilma ouviu as explicações sobre o que a Anatel faria e aprovou.

“Mas você não está aqui?”, cobrou ela do ministro. Ele explicou que não, mas que de qualquer maneira o anúncio caberia mesmo à Anatel. Está programada para hoje uma reunião do ministro interino, César Alvarez, com as empresas.

Plano de investimentos

Para que voltem a vender novas linhas, as operadoras terão que apresentar um plano de investimento em 30 dias. Bernardo acredita que as empresas farão isso antes do prazo. “Foi uma medida forte, mas ao mesmo tempo não deixamos as empresas sem saída imediata”, comentou.

Ele observou que as operadoras seguem vendendo chips nas localidades onde não apresentam problemas na prestação de serviços e que os contratos em vigor não foram afetados. “Não podíamos deixar o consumidor sem opção”, disse.

O ministro ressaltou que a Câmara aprovou nesta semana a Medida Provisória (MP) do Brasil Maior, que desonera dos tributos federais os investimentos para construção de redes de telecomunicações, o que deverá baratear a expansão. “O governo está fazendo sua parte.”

Ele comentou que os deputados acrescentaram outros benefícios fiscais para o setor, como incentivos à compra de equipamentos para internet rural. Ele informou que vai consultar o Ministério da Fazenda sobre a possibilidade de manter esses incentivos, embora eles não estivessem nos planos iniciais do governo.

Fonte: Estadão

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Política

A lama começa a chegar no Ministro Paulo Bernardo

Josias de Souza:

Desde que Alfredo Nascimento e Cia. foram desalojados da pasta dos Transportes, o ministro Paulo Bernardo (Conunicações) frequenta o noticiário em posição incômoda.

Nos subterrâneos, Luiz Antonio Pagot, o ex-mandachuva do Dnit, afirma que Bernardo exibia interesse inusual pelas obras rodoviárias, especialmente as do Paraná.

Ex-governador paranaense, o senador Roberto Requião (PMDB) afirma que Bernardo interessava-se também por ferrovias.

Requião diz ter sido procurado por Bernardo na época em que ele era ministro do Planejamento de Lula.

Acusa-o de ter proposto a construção de uma ferrovia sem licitação, com preço acima do razoável e com direcionamento a uma empresa privada.

Segundo Requião, nos moldes propostos por Bernardo, o custo da obra saltaria de R$ 220 milhões para R$ 550 milhões.

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