Educação

ENEM 2014 – Nota da pior escola rica é quase igual ao da melhor pobre

A nota no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2014 da pior escola entre as mais ricas é praticamente igual à da melhor escola entre as mais pobres.

O desempenho das escolas no exame de 2014 foi divulgado nesta quarta-feira (5) pelo Ministério da Educação.

Para calcular a média dos colégios, a reportagem considerou as quatro provas objetivas do Enem -linguagem, matemática, ciências humanas e da natureza.

O colégio particular Rui Barbosa, de Jandira, na Grande São Paulo, teve a menor nota entre as escolas com nível socioeconômico “muito alto”: 484,1.

Esse indicador socioeconômico, distribuído em sete níveis, é apurado com base em questionário respondido pelos alunos e que considera itens como escolaridade dos pais, posse de bens e renda familiar.

O desempenho dessa escola paulista é apenas 1% superior ao da escola estadual Professora Odília de Sousa, que fica na zona rural de Minas Novas, em MG (a 500 km de Belo Horizonte).

Melhor entre as mais pobres, a escola mineira teve média de 477,9 no Enem. Outros indicadores também destacam essa escola no grupo das mais pobres.

O índice de formação adequada de seu corpo docente -professores com formação específica na disciplina que lecionam- é de 62%, enquanto nas outras escolas pobres a média é de 41%.

Apenas 2,4% de seus alunos foram reprovados no ano passado -nas demais do mesmo grupo, o índice foi de 5,9%.

Já os indicadores do colégio Rui Barbosa são de 54% (formação adequada dos professores, ante média de 67% no grupo das demais escolas ricas) e 1,4% (taxa de reprovação, ante 5,2% em seu grupo).

IMPACTO

O governo afirma que o contexto social dos estudantes “tem impacto direto sobre o desempenho escolar”.

“Os dados mostram que quanto mais alto o nível socioeconômico, melhores são as notas em todas as áreas de conhecimento avaliadas”, diz o Inep, órgão do MEC responsável pelo Enem.

Na elite do exame (10% com maiores notas), todas as escolas ficam do nível socioeconômico “médio” para cima. A maioria (75%) é classificada no estrato “muito alto”.

Na outra ponta da prova (10% com menores notas), a situação socioeconômica é mais heterogênea. Há duas escolas de nível “alto” e 53 de nível “muito baixo”. A maioria delas, porém, fica no segundo menor nível da escala, “médio baixo”.

Folha Press

Opinião dos leitores

  1. Prezados, o título da matéria acima está com um tom de preconceito. Escola pública ou privada.
    Abs.

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